Sempre que apontam os
presidentes do Brasil que nasceram no Rio Grande do Sul, um deles é quase sempre
omitido. O primeiro Militar eleito presidente diretamente pelo povo (pela minoria do povo que tinha o direito de votar- os bacanas, letrados, doutores, já que analfabeto e mulheres não votavam, lembrando que analfabetos eram mais de 90% da população).
Seu nome –
Hermes Rodrigues da Fonseca, nascido em São Gabriel em 12 de maio de 1865, e
foi Presidente do então Estados Unidos do Brasil entre os anos 1910 e 1914.
Era sobrinho do Primeiro
Presidente da República, o Marechal Deodoro
da Fonseca e também sobrinho do Patrono do Serviço de Saúde do Exército, o
General João Severino da Fonseca.
Seu pai era o Marechal alagoano
Hermes Ernesto da Fonseca e sua mãe a Senhora Rita Rodrigues Barbosa.
Aos 16 anos, já formado
bacharel em Ciência e Letras ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro,
onde teve como professor o Coronel Benjamim Constant, um republicano assumido,
e obviamente foi por esse influenciado. Constant, apesar de pregar abertamente
contra o império, nunca foi chamado de subversivo nem de comunista. Eram outros
tempos.
Hermes, tão logo formado na
Escola Militar, serviu como Ajudante de Ordens do Príncipe Luís Filipe Maria
Fernando Gastão de Orléans, o Conde d’Eu (Conde dÊ), a quem se atribui vários
crimes de Guerra quando da famigerada Guerra do Cone Sul, mais conhecida como
Guerra do Paraguai.
Em 1910 o então Marechal
Hermes da Fonseca concorreu à Presidência contra o afamado Rui Barbosa,
vencendo-o com uma diferença de quase duzentos mil votos.
O Marechal Hermes da
Fonseca, faleceu em Petrópolis (RJ) em 9 de setembro de 1923.
Os outros presidentes do
Brasil, nascidos no Rio Grande do Sul foram:
Getúlio Dorneles Vargas – Gaúcho de São Borja.
João Belchior Marques
Goulart – Gaúcho de São Borja.
Artur da Costa e Silva – Gaúcho de Taquari.
Emílio Garrastazu Médici – Gringo Rio-grandense de Bagé.
Ernesto Beckmann Geisel – Alemón Rui-grandense de Bento Gonçalves.
Apesar de Minas Gerais ter
um presidente a mais que o Rio Grande do Sul, é sempre bom salientar que
Getulio Vargas ficou no poder por ininterruptos 15 anos, de 1930 a 1945,
voltando em 1951, desta vez eleito pelo povão e saindo em 24 de agosto de 1954, morto.
Hermes da Fonseca
Não sei ainda o por que ainda insistem em dizer que Getúlio Vargas suicidou-se, qual seria o motivo de tal ato, sendo que, era militar e com uma história muito grande e importante do passado, ele não suicidou-se e, sim, assassinado pelos inimigos da época e de certa maneira medo de ele continuar por muitos anos mais na presidência do Brasil. " Minha opinião como Gaúcho"
ResponderExcluirMeu caro Alípio Fernandes, saudações, muita saúde e alegria.
ExcluirEntendo tua preocupação com o fato de ainda falarem que Getúlio suicidou-se. É óbvio que muitas sombras envolvem sua morte, porém em nenhum momento falei em suicídio. Outras mortes também ficaram envoltas em mistérios como a do Sr. Tancredo Neves, que jamais foi Presidente do Brasil, pois para sê-lo obrigatoriamente conforme reza a Constituição ele deveria ter assumido, o que não aconteceu. Da mesma forma que Sarnei não poderia ter assumido a presidência, pois se Tancredo não assumiu não teria então um vice, porém bastou um General dizer que Sarnei deveria assumir e todo o mundo aceitou esse ato inconstitucional. O que deveria ser feito era chamar novas eleições. Por outro lado é bom salientar que Getúlio foi tão militar quando todos os brasileiros que fazem o serviço militar obrigatório. Getúlio esteve apenas 5 anos no Exército e foi exonerado na graduação de sargento, não sendo na verdade um militar de carreira, eu mesmo sou civil, professor e servi ao Exército quase 6 anos ou seja, estive mais tempo na farda do que Getúlio. Sua vida foi civil. Ou seja, atuou como advogado, promotor e fazendeiro, tendo três estâncias, duas em Itaqui e uma em São Borja o que não lhe confere nenhum titulo de militar. Eu sou Gaúcho por quatro costados de famílias Rosariense, Uruguaia, Canguçuense e do Capão do Leão, porém qualquer ditadura é injusta e perversa, e como Gaúcho consciente sempre vi razão nos paulistas, bravos de 32 que lutaram contra uma ditadura. Não por ser Getúlio Gaúcho que iria apoiar sua ditadura fascista. Caro Alípio, fico imensamente honrado com tua visita e comentário e espero que continues opinando pois para isto tenho este espaço.
Um grande abraço.