Êta palavrinha curta, mas
que fez tanta história e tem suscitado tanta polêmica e definições.
Tche na verdade é um, vamos
dizer neologismo, pois é o Che, cuja pronuncia, tche foi abrasileirada.
(aportuguesada). Botaram um “t”, coisa que no espanhol não é preciso.
Uns dizem que ela foi
introduzida pelos espanhóis e pelos portugueses referindo-se a algo celeste.
Dos céus. Uma coisa meio santa.
Obviamente temos que dar um
baita desconto, pois tanto uns quanto os outros viviam presos a crendices e
eram de um fanatismo religioso doentio que beirava a demência. O que não mudou
nada para muitos “tampinhas”, que vivem nos enchendo o saco querendo que todos
pensem igual e vivam rezando como desvairados.
Por outro lado temos que dar mais um baita desconto por conta do etnocentrismo europeu, pois por essa razão somos de baixar a cabeça e achar que tudo surgiu na Europa. Ou seja, a velha e asquerosa submissão.
Outrossim, se assim fosse
por que então não é uma palavra espraiada por todo a América Latina?
Tal questionamento é de se
pensar, pois tal palavra só é usada no ou na Pampa, “en la Cuenca”. Ou seja, só
é usada na região primitivamente habitada pelos índios Charruas e Minuanos. Notadamente
os primeiros.
Segundo o maior historiador
Gaúcho, Luiz Carlos Barbosa Lessa, escritor de diversos livros como o Rodeio do
Vento, Nativismo entre outros, e o que atualmente estou relendo, cujo título é “Rio Grande do Sul,
prazer em conhecê-lo – Como Surgiu o Rio Grande”, editado pela AGE Editora ,
Porto Alegre, 2002, dá-nos outra tradução ou origem desta palavrinha tão ou
mais Gaúcha que o churrasco.
Segundo Barbosa Lessa, esta
palavra tem sua origem junto aos índios que habitavam esta região que se
estende não só pelo Rio Grande do Sul, nas terras abaixo do Ibicuí, Missões,
Uruguai e Argentina e significa “MEU”.
Tanto que desta palavrinha
Charrua vão surgir certas curruptelas, como China e Xiru entre outras.
No caso de China, nada tem a
ver com o Império do Centro, e sim com a expressão “Che Iná”, que em Charrua
quer dizer minha amiga, minha companheira.
Xiru, barbaramente
aportuguesado, vem de Che Iru, que quer dizer meu amigo, meu companheiro.
Donde os portugas traduziram
como índio. Pois ao ouvirem um Charrua chamando outro Charrua de Che Iru,
pensaram em suas diminutas mentes que o índio estava chamando o outro índio
de índio.
Também o Mestre dos Mestres
Barbosa Lessa dá-nos uma explicação sensacional, mais bonita que laranja de
amostra, quando explica o que quer dizer Che Piá.
Ao ouvirem esta expressão os
ibéricos pensaram que os índios estavam chamando um menininho, donde Piá passa
a ser usado para identificar ou chamar um menino ou menininho.
Porém “Che Piá” como diziam
os Charruas quer dizer “Meu Coração”.
Ou seja, uma maneira
carinhosa, amável de chamar uma criança, conforme fazemos hoje, principalmente
quando se trata de nossos filhos ainda pequenos, cujo pai ou mãe assim os chamam.
Meu coração.
Obviamente há milhares de
palavra em diversos idiomas que tem o mesmo som, entretanto seu significado é
outro, e completamente diferente, que pelo não entendimento muitos são os linguistas que confundem, chegando ao absurdo de escreverem em teses extensas e
incompreensíveis para a esmagadora maioria dos mortais que tal e qual língua
pré colombiana é de origem etrusca, grega ou o raio que o parta, porque há meia
dúzia de palavrinhas com o mesmo som.
Da mesma forma que muitos
desses expertos dizem que nas América a língua gestual surgiu antes da falada.
Bem. Aí é beirar a total
insanidade, pois a palavra antecede ao aparecimento do homo Sapiens. A palavra
nos foi passada por nossos ancestrais bem mais primitivos, pois seria
inadmissível um ser que usasse o fogo, uma revolução dentro da evolução e o
fizesse mudo.
Não dá para aguentar, pois o fogo antecede o surgimento da nossa
espécie, pois o Homo Erectus que viveu entre 1,5 milhões e 300 mil anos atrás já o utilizava.
Darei apenas um exemplo para
que o senhor leitor tenha uma ideia desta confusão que muitos fazem quanto a sons parecidos ou iguais.
Do alemão, do francês e do
brasilês (?) ou seria português.
A palavra cuja pronuncia é “cu”.
Do alemão “kuh”, quer dizer
vaca.
Do francês “cou”, que dizer
pescoço.
E do português...
Bem não há necessidade de
dizer o que é, pois todo o mundo sabe.
Portanto. Por mais que esperneiem o “Che ou Tche” é
Charrua e quer dizer MEU.
Nenhum comentário:
Postar um comentário