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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Galochas




O tempo implacável apaga a já pouca cultura de um povo que ainda está muito longe de ser um povo culto, como o caso do brasileiro de modo geral.

Por modismo mudam-se as coisas, não só seus nomes como certos “conceitos”.

Palavras caem no esquecimento, pois a incultura os leva para o fundo do poço turvo do saber, como por exemplo, o que já escrevi neste blog, o tal alho “poró”, que hoje em dia todos falam e escrevem dessa maneira, porque as grandes redes de televisão que deveriam levar o conhecimento ao público são os principais meios de comunicação que subvertem, erram e tornam o erro em coisa usual, pois o correto e dicionarizado é alho PORRO – (pôrro). de Allium Porrum



Alguns abobados dizem que isto é um neologismo.

Porém devido a baixíssima escolaridade do nosso povo e o baixíssimo conhecimento, juntamente com a baixíssima capacidade de discernimento, essa massa quase analfabeta serve de berço esplêndido para que se corrompam as coisas.

Aliado a isto está a maneira afetada de muitos falarem, não é o caso do povo Gaúcho que fala diferente, mas fala o que escreve, como por exemplo,se escreve querência e se fala querência, se escreve tche e se fala tche, se escreve bacudo, mas se pronuncia bacudo, diferentemente de certo povo de meu Brasil que escreve “MESMO” e pronuncia “MÊRRRMO” ou “MEISXXMO”, ou escreve ”LEITE” e pronuncia “LEITI”.

Pura afetação. Afetação que não deve ser confundida com sotaque. Sotaque é sotaque, mas afetação é frescura.

No caso das GALOCHAS, a coisa pega.

Galochas eram proteções de borracha que se usava até os anos 62/63. Era uma espécie de cobertura para os sapatos. Ou seja, era uma espécie de luva que se usava sobre os sapatos para evitar a umidade. Essa cobertura cobria completamente o sapato, pois era feita de uma borracha bem flexível e eram fáceis de tirar, podendo o seu usuário retirá-las quando chegasse a um ambiente fechado e seus sapatos estariam secos.

No início dos anos 60, na cidade de Pelotas, surgiram as galochas para sapatos de salto, e muitas senhoras e senhoritas as usavam com graça e charme. Eram galochas no formato dos sapatos de salto, porém no lugar do salto havia um furo por onde esse passava, mas protegia os pés delicados das senhoras e moçoilas da bela Pelotas, tão encantadoras quanto era a própria cidade.

Porém esse modismo acéfalo lançou no mercado uma série de botas de borracha e deram o nome de galochas, e o povão sem ter conhecimento vai aceitando.


E o mulherio fica todo se fazendo usando “BOTAS DE BORRACHA”, grosseiras, que os espertos deram alguns detalhes e decorações coloridas que deixam as gurias faceiras barbaridade e acham que estão usando GALOCHAS.



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