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terça-feira, 2 de agosto de 2022

MARIA PITRÊZ - O Padre.

 

Viajando de Porto Alegre para Brasília, no ano de 1985, tinha como companheira de poltrona ao lado esquerdo, uma senhorinha de 71 anos, muito educada, inteligente e crítica, que viajava a capital federal para visitar seu filho, funcionário da gráfica do Senado, seu nome era MARIA PITRÊZ.

Era uma doce, educada e terna senhora, que foi conversando alegremente comigo durante toda a viagem, e quando em vez abria sua bagagem de mão e dessa tirava uma garrafinha de boa água ardente e um belo gole bebia.

Nesta conversa franca e descontraída, a gentil senhora recitou um “verso”, o qual anotei em uma folha de papel, a qual hoje guardo com muito carinho em meu acervo.

Recitou a amável senhora:

Padre! É para o bem,

Que teu silêncio eu peço.

Padre, inimigo acérrimo da paz,

A tua batina Padre eu confesso,

Um rosário de crimes ela conduz.

Sempre zombastes da sagrada cruz,

Sempre tolhestes a marcha do progresso,

Negociante do corpo de Jesus,

Tu és a perfeição do retrocesso.

E queres tu, que o povo brasileiro,

Este gigante intrépido e altaneiro,

Que glórias conquistou de armas nas mãos,

Se curve humilde e reverentemente,

Ante a batina imunda e repelente,

Que oculta tantos crimes e devassidão.

 

As coisas mudaram principalmente agora com o surgimento do Papa Francisco, principalmente a Igreja da América Latina e sua Teologia da Libertação, que tem como expoente o fraterno e inteligente ex-padre Leonardo Boff, por quem tenho uma grande admiração. Amigo de um grande amigo meu, da época de adolescência, Dr. Luiz Augusto Passos, uma amizade que perdura por sessenta anos, uma igreja mais próxima dos pobres, mas muitas coisas do passado envergonham a história não só da igreja católica como e principalmente destas igrejas eletrônicas que mantém seus cordeiros sob o medo e a ignorância, praticando lavagem cerebral e um descarado assalto ao dinheiro desses cordeirinhos e com enriquecimentos ilícitos de seus líderes à custa de suas atormentadas ovelhinhas.

 

Gostaria imensamente que Dona Maria Pitrêz fizesse mais um verso, agora sobre esses pastores evangélicos. De certo a coisa seria bem mais crítica e dura, pois muita vergonha corre solta no meio desses “certinhos” aleluias.

 

Ou não?

 

Dona Maria Pitrêz, o tempo passou, vão-se quase 40 anos, mas guardo na lembrança a sua figura fraterna, alegre, maravilhosa e disposta que todo o filho se orgulharia de tê-la como mãe.

 

 

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