Papai Noel e Coelhinho da
Páscoa, por serem palpáveis, logo caem na esparrela da brincadeira e nem mesmo
as crianças acreditam a partir de determinada fase de suas vidas, entretanto
essa figura lendária de deus continuará para sempre no imaginário das pessoas
como algo bom e ao mesmo tempo mau.
Vejamos.
Desde que nascemos somos submetidos a lavagem cerebral
Nascemos ouvindo nossas
mães, tias, primas, irmãs mais velhas falando em deus, orando fervorosamente em
nossa volta numa verdadeira lavagem cerebral que é feita instintivamente,
pedindo a cura de um simples resfriado, dor de garganta ou dor de barriga.
Para tudo esse deus é
chamado.
Passamos nossa infância
ouvindo e passamos, devido a tanta insistência a acreditar nessa figura até
certo ponto folclórica, para não dizer cômica.
Ao entrarmos na Escola a
coisa fica mais absurda, pois até professoras, que deveriam seguir com rigor os
princípios laicos republicanos, até bem pouco tempo oravam em sala de aula,
e muitos ainda vivem a falar em deus, santos e milagres.
Falar em um deus que nos ama
e ao mesmo tempo nos condena a um sofrimento eterno no inferno.
Pode?
Claro que não, pois isto é o
cúmulo da contradição.
E o que mais ouvimos é CASTIGO.
Ora, se esse deus é como
dizem, um sujeito bom, legal, que a todos perdoa como podem acreditar que ele
castiga com danações eternas. (E-TER-NA, OU SEJA É PARA SEMPRE).
A razão foge das pessoas, e
essas mesmas pessoas parecem não pensar, pois se pensassem veriam que isto não
passa de uma grande empulhação.
Vejamos novamente.
Fulano está mal. A doença
consome suas forças.
No desespero os familiares
rezam alucinadamente pedindo a salvação do infeliz. Mas não deixam de entupir o
desgraçado de remédios prescritos pelo médico. Pela medicina.
Se esses remédios, frutos da
ciência,
salvarem a vida do infeliz, dirão os alucinados que foi deus quem salvou.
Porém se o tratamento não
der resultado e o infeliz morrer, dirão que deus o chamou. Que havia chegado a
sua hora.
Que era projeto de deus e patati, patatá.
Ou seja, se correr o bicho
pega, se ficar o bicho come.
Não há como escapar desta
armadilha engendrada pelo próprio homem.
Por quê?
Porque o homem precisa se
iludir para aguentar os tortuosos caminhos da vida, e essa ilusão funciona como
uma válvula de escape. Uma muleta. Uma pretensa tábua de salvação.
A razão vai para o espaço e
as pessoas começam a ver com os olhos da irracionalidade.
É tão simplória essa maneira
de ver o mundo e as coisas, que as pessoas funcionam no automático e vivem
evocando esse deus para as coisas mais chinfrim que possa existir.
Enquanto 1/3 da humanidade
passa fome, é mantida em campos de refugiados, em hospitais, sob as mais
diferentes dificuldades, muitos são os inconsequentes e tararacas que evocam
essa divindade para resolver probleminhas sem importância como a vitória de seu
time de futebol; que o namoradinho telefone; que encontre um objeto que foi perdido;
que cure a sarna de seu cachorro, e por ai se vai o festival de insanas babaquices.
Será que essas pessoas não
tem a capacidade de pensar.
Acho que não, pois para tudo
estão evocando esse mítico deus.
E a coisa vai tomando um
vulto tão grande na mente das pessoas que elas não mais tem discernimento de
entender o que é real e verdadeiro, e passam a funcionar como autômatos “demenciados”
que acreditam em qualquer pústula que tenha a capacidade e verborragia de
iludir com mentiras e tolices as incautas ovelhas.
Se acreditam nisto não vão acreditar em coisa mais incrementadas.
Tanto é verdade que Inri,
esse folclórico homem tem um exército de seguidores, cegos, robotizados, que
por ele são capazes de darem a vida, fora os renomados pústulas que lideram
verdadeiras legiões de atormentados.
É realmente patético o
estado quase que letárgico que as pessoas se acomodam em volta desses vivaldinos
que sabem bem o quanto as pessoas são susceptíveis a essas historinhas
inventadas há milhares de anos por homens que não tinham conhecimento algum e
para explicar as coisas apelavam para um deus que tudo teria feito.
E o pior é que realmente
acreditam e não são capazes de contestar tanta babaquice.
Não tem capacidade de
pensar, de discernir, de entender. É mais fácil jogar tudo nas costas de um
mítico deus do que pensar, ler, julgar e compreender.
Sempre dizia para meus
alunos, que é mais fácil acreditar num ridículo bonequinho de barro do que
tentar entender nomes como Australopitecus, Orrorin, Homo de Neandertal, Homo
Erectus, Cro-Magnon entre tantos outros antepassados da espécie Homo Sapiens.
É mais fácil a coisa
simplória.
É mais fácil entender as
coisinhas chinfrins do que entender coisas difíceis de serem pronunciada, pois
isso exige pensar e nem todos sabem, ou tem condições de ver o que é real e o
que é ilusório.
Por isto a humanidade cada
vez mais caminha para o lado escuro das babaquices e não só caminha como age
violentamente em nome de uma religião, matando, agredindo, fazendo atentados e
guerras.
É muito comum ouvir de
religiosos a frase “tem que morrer”, como
agora, pois muitos dos que estão lendo estas “mal traçadas
linhas” em seus pensamentos está presente a vontade de me matar.
Pois é assim que funciona a
idiotice.
Sem argumentos resta-lhes a
violência.
E todas as religiões são, por essência violentas.
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