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sábado, 1 de novembro de 2014

Educação, Para Aonde Estamos Indo?









Afinal de contas, de modo geral o que querem fazer com a educação no Brasil?


A Educação como tal abrange os processos formativos que se desenvolvem tanto na vida familiar como no cotidiano de toda a sociedade. A Educação engloba os processos de ensino e aprendizagem, observado em qualquer sociedade, e nessa fragmentado em comunidades que também desenvolvem métodos de ensino aprendizagem de maneira diferente, porém da mesma forma importante.


Entretanto, preocupa-me ver educadores defendendo de maneira acéfala e intransigente uma educação sem objetivos, e mensurando o que é ou não é importante para o aluno, como se todos fossem robôs, feitos apenas para aprender o trivial, esquecendo os conteúdos mínimos por acharem que não importa, quando deveriam ampliá-los e aprimorá-los.


Por outro lado vem em discussão por meia dúzia de atormentados a transformação do ensino Republicano Laico para uma imbecilizada educação criacionista, que nada vai contribuir com o crescimento da sociedade e seus cidadãos e sim tornar o país num grande caldeirão de condutopatas também atormentados.


A não observância dos conteúdos, com ampliação e aprimoramento desses levará a sociedade a um caminho por demais perigoso, se bem que alguns dizem que perigoso é o povo ter conhecimento.


Assim sendo, servem bem ao sistema de exploração onde o pragmatismo é o mote, pensamento dos que querem fazer das massas criaturas não pensantes, que acredita que o povo não serve para outra coisa se não servir, ou como elementos desprovidos de inteligência que não tem a capacidade de aprender, e para tal acha que deve essa massa desorientada e invisível servir aos interesses de uma minoria que detém não só poder econômico como o poder do conhecimento.

Se observarmos, mesmo nas antigas civilizações o conhecimento era coisa secreta. Ou seja, o detentor do conhecimento também detinha o poder, e assim, mesmo o homem primitivo usava dessa artimanha para dominar.


Um caso mais emblemático era manter em segredo as invenções ritualísticas religiosas, pois o não conhecimento ou o não entendimento dava ao mentor a supremacia. Para exemplificar, temos que saber que todos os que disseram ter falado com deus o fizeram em particular, sem nenhuma testemunha, e que são desmentidos pelo próprio São João quando afirma que ninguém viu a face de deus.


Porém manter o povo sem informação é uma maneira de dominação, ou mesmo com informação, sendo essa sub-reptícia ou velada o povo ficará da mesma maneira ao largo da informação.


A mentira quando muitas vezes dita passa a ser uma verdade. Ou, invente uma mentira sobre alguém. Isto abalará profundamente essa pessoa, porém mesmo que ela venha a provar que se trata de uma mentira, perdurará a dúvida.


Ouvi em uma determinada tarde de sábado, de uma autoridade militar a seguinte frase: AS ELITES DEVEM SABER TUDO, PORÉM, QUANTO MENOS SOUBER O POVO MELHOR.


E são tão estapafúrdios os métodos que querem inserir na educação que, para muitos basta apenas o homem saber ler e calcular.


Porém esse que deve apenas saber ler e calcular trata-se do pobre, do desprovido, do invisível, já que como foi dito acima, a elite dever tudo saber. Veja o exemplo entre as crianças oriundas das escolas públicas e as das escolas privadas. Há uma diferença abissal entre as duas. O pobre aprende o trivial, pouco ou nada, já o riquinho, além da escola, vai para as aulas particulares, línguas, música, balé, história e outras, mostrando bem que quando disse tal autoridade que as elites devem saber tudo, nada mais é que a base ideológica para a dominação, e o pobre alienado, por não entender que se trata de uma coisa segregacionista vai acreditando que tudo são provações pelas quais ele e seus filhos tem que passar, e para tal a religião faz o serviço sujo.



A imbecilização das massas chega a tal ponto que mesmo o pobre perguntar, para que aprender?


Ou afirmar, meu filho nasceu pobre e assim é a vontade de deus.


Muitos acham desinteressante dar ao povo uma cultura humanista, onde esse, mesmo sujeito tão desprestigiado dentro dessa sociedade, onde títulos valem mais que pessoas, possa ter acesso ao conhecimento científico ou cultural de modo geral.


Por quê?


Imbecilizar a massa é a meta?


Quanto menos essa massa souber, melhor será para essa elite que detém o poder. E quando digo poder, não é o poder de estar em algum cargo e sim o poder que manobra todos os cargos. É o poder econômico, social, político sem ser partidário, e sim ideológico e acima de tudo, e isso se consegue através do poder do conhecimento.




Não bastasse vemos em nossas redes de televisão, que são uma concessão pública a imbecilização generalizada que fazem com programas de péssima qualidade, novelas, BBBs ou cultos obscurantistas que levam o indivíduo a não pensar, mas agir como um verdadeiro robô, pois assim é fácil manobrar um ser sem um sentido real, lógico e concreto, mas apenas, ilusório.


Li um artigo que circulou há mais de três anos sobre a ação imposta pelo Banco Mundial, que estipulava certos critérios para conceder empréstimos a determinados países, obviamente países do chamado terceiro mundo, onde para tal seria necessário que o país interessado abrisse mão da pesquisa, do conhecimento, inclusive citava a desnecessária presença de professores e escolas, pois dizia o artigo que bastava que uma pessoa soubesse ler, para ensinar as demais. Ou seja, seria a formação de nações inteiras de “gado”, imbecilizado, sem o direito de saber, assim sendo, sem perspectiva de contestar.


Veja a situação de muitos países, principalmente na África, onde as estruturas são arcaicas ou não existem.


Dizia mais, que tais governos deveriam investir menos na educação e deixar de formar professores e que não se fazia necessário pesquisar, pois isto já era feito pelas grandes nações. 


Ou seja, um mundo refém dos grandes laboratórios, como são as sementes transgênicas e outros.


E o que podemos constatar é que muitos que estão à frente da educação, ou aqueles que querem subir na escala profissional, mesmo que para isso tenha que usar, sem nenhuma ética, os próprios colegas como escada, e o fazem defendendo a mesma teoria do “desnecessário”. A teoria do povo condutopata, ou povo alienado, fazendo exatamente o papel que o sistema estabeleceu e quer que ele faça.


Desnecessário conhecer ciências, desnecessário conhecer geografia, desnecessário conhecer história. Desnecessário conhecer.



Estão fazendo exatamente o que elites querem que eles façam, formando imbecis, simplórios e robôs.


Assim se torna mais fácil manter o poder, este poder invisível e intocável, esse poder maléfico que está muito acima das próprias instituições. O poder do “EU POSSO”, “EU MANDO”, “EU DECIDO”.




A própria LDB – Lei de Diretrizes de Base da Educação quando de sua aprovação, estava mais remendada do que calça de pobre, o que a fez perder muito de sua característica inicial, e infelizmente como aconteceu há pouco tempo até o Senado da República esboçou vontade de se intrometer na educação sugerindo que a maneira de escrever fosse empobrecida, numa verdadeira chacina às regras da língua portuguesa do Brasil.


Seria bom que cada macaco ficasse em seu galho, pois já bastam às leis espúrias desse país para termos agora políticos se intrometendo na educação e de educação eles pouco ou nada entendem, salvo raríssimas exceções.


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