Era
uma vez um homem bom e muito religioso.
Orava
cinco vezes ao dia, e ensinava a seus filhos que todos
somos irmãos. Ensinava que todos deveriam ser bons e honestos
.
.
Falava
em deus emocionado e a todos queria ensinar as ditas palavras sagradas, o que fazia insistentemente.
Levava
todos os dias seus filhos ao templo para orarem.
Dizia-se
humano, fraterno e portador do amor, da compreensão e da verdade.
Mas
esse mesmo homem ao chegar a um restaurante tratava com desprezo os garçons.
Esse
mesmo homem não falava com a caixa do supermercado, sequer a cumprimentava.
Esse
mesmo homem entrava e saía calado de um taxi como se o motorista não existisse.
Esse
homem não era capaz de cumprimentar um estranho, pois para ele era feio falar
com uma pessoa que não conhecesse ou falar com uma pessoa que não fosse da sua
religião.
Esse
mesmo homem tratava os empregados com frieza e desrespeito, gritava, xingava,
esbravejava, punia, extorquia e
explorava.
Esse
mesmo homem tratava sua esposa como se estivesse tratando com um semovente,
fria, distanciado e não se preocupava se ela tivesse prazer, bastava ele ter. E
dela caminhava passos a frente arrogante e presunçoso.
Esse
mesmo homem se achava melhor que os outros, era incapaz de auxiliar, de
aconselhar ou de ouvir. Era soberbo, vaidoso, arrogante, e jamais sorria.
Esse
homem vivia reparando e censurando os outros, tudo era feio e pecaminoso.
Falava mal das pessoas. As agredia com palavras e gestos.
Esse
homem religioso, que pregava o amor e perdão irritava-se com facilidade e dizia
que por seu deus mataria quem nele não acreditasse.
E
assim é a esmagadora maioria dos homens que creem em um deus e dizem que o
carregam no coração.
Pura
hipocrisia.
Até cachorro manda em ovelha.
“O homem que precisa de uma religião para ser bom não é uma
pessoa e sim um cachorro adestrado”.
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