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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Erros e Acertos




Fica mui difícil para as pessoas de pouco conhecimento, pois não tem acesso à cultura e assim  vivendo apenas o momento, não sabem do que houve como houve e porque houve certos fatos históricos que mudaram o rumo da própria sociedade.

A sociedade não é estática, ela vive sempre se aperfeiçoando em certas áreas, se bem que retrocede em outras, o que nos deixa numa grande incógnita do que será o futuro dessa humanidade nem um pouco humana.

Vejamos os erros e acertos que redundaram num avanço para a sociedade.


A começar peguemos a Revolução Francesa (1789) que implantou na França uma República, destronando assim a monarquia que governava desde sempre, destituindo e guilhotinando o Rei Luís XVI.

No caso específico houve muitos erros, pois essa recém-formada república, para evitar a volta dos depostos, tiveram que usar a mão de ferro. A guilhotina passou a funcionar e o terror foi implantado, mesmo contra os aliados. 


Isto foi uma República democrática ou foi um arremedo de qualquer coisa?

Sim, erraram e o terror levou ao esvaziamento da Revolução e não tardou para que o antigo regime viesse e se instalasse e se locupletasse dos erros dos revolucionários, mostrando ao mundo que República era uma utopia impossível de ser alcançada, pois era violenta e tão ou mais despótica que a monarquia.

Por outro lado o povo não estava preparado para tão grande e profunda modificação. 

Já em 1777 as Treze Colônias da América Inglesa tornaram-se independentes e instalaram uma República onde a democracia seria a tônica.


Entretanto essa nova república, cuja democracia seria o diferencial não acabou com a escravidão e seu presidente George Washington portava-se como um verdadeiro monarca.

Afinal de contas era a isto que ele e seus pares estavam acostumados.



Foi preciso uma Guerra Civil, ou Guerra da Secessão ocorrida cem anos após a independência dentro dessa nova república para que a escravidão acabasse, mesmo assim a discriminação continuou até os anos 60 do Século XX. Inclusive lembrando que essa Democracia não permitia a Ascensão social dos negros, proibidos inclusive de votar, e em alguns estados vigorava o regime de apartheid.


E mesmo depois da Guerra da Secessão que acabou com a escravidão dos negros outro tipo de escravidão começava. Desta vez eram os imigrantes que eram mal remunerados, passavam fome e frio e muitas vezes até castigos físicos sofriam, quando não eram executados sumariamente como ocorreu em greves que redundaram muito tempo depois em data comemorativas como o 1º de Maio e o 8 de Março. Eram arregimentados nos portos e levados para dentro dos pátios das fábricas e ali amontoados com outras famílias trabalhavam de sol-a-sol, sob um novo tipo de escravidão que se estendeu até o início do Século XX.


Foi um duro caminho, cuja perfeição está longe ainda de ser atingida.

Muitos erros e barbáries foram cometidos. Milhões de pessoas padeceram todo o tipo de crueldade enquanto isso o Capitalismo evoluía e tornava-se o referencial em todo o mundo.

Pelos erros da República Francesa ou pelos erros da República Americana muitos pensavam que jamais alguém teria a ideia de derrubar as monarquias. Pois o certo eram os regimes monárquicos, onde um rei mandava e pronto, e as democracias apresentadas eram tão ou mais violentas.

Qualquer tentativa era imediatamente sufocada pelas monarquias, lembrando que o próprio Napoleão, auto coroado Imperador foi destronado pelas monarquias europeias e em seu lugar foi colocada a figura patética de Luís XVIII, já que o XVII jamais reinou.

Com o aperfeiçoamento das Democracias, uma a uma foram caindo às monarquias. Inclusive hoje elas existem, porém no velho acordo, há um rei que não governa, isto passou a ser responsabilidade dos ministros e parlamentos.

Por outro lado essas monarquias correm o risco de serem riscadas da história, a crises dentro da Espanha, e da própria Inglaterra onde um percentual bem elevado de súditos começa a contestar tais realezas, envolvidas com gastos exorbitantes e no caso da Espanha até em corrupção.

O óbvio é que conforme vão se organizando e passem a evoluir, as coisas parecem se acomodar, pois é impensável qualquer República dos dias de hoje transformar-se em monarquia.

E assim são as coisas. Surgem, cometem muitos e hediondos erros, porém com o seu aperfeiçoamento vão se acomodando e evoluindo.

Com o socialismo aconteceu à mesma coisa. Erros grotescos, violência descabida, fuzilamentos em massa, estagnação e pressão por parte das “democracias” capitalista para verem sucumbidos os sonhos de mudança.


Houve barbáries na primeira República dita socialista do mundo, a URSS, que não conseguiu emplacar cem anos, em Cuba o fracasso levado a cabo principalmente pelo bloqueio econômico imposto pela maior economia do planeta fez com que o sonho de socialismo e liberdade fosse quase que apagado desse país caribenho.

                    China.

Na China a coisa funciona, pois é um povo diferente, mesmo assim o “Comunismo” como dizem, dentro desse país vai aos poucos se aperfeiçoando. Quatrocentos milhões de pessoas que passaram de uma classe extremamente pobre a grandes consumidores. Obviamente não é esse o sonho acalentado, pois muita coisa precisa ser modificada, e se em seus 65 anos de erros ainda não alcançou os quase cem anos de erros que passou a Democracia americana. 

Quanto aos escravos chineses.



Acho simplesmente deplorável alguém tentar justificar seus erros apontando o erro dos outros. Infelizmente isso acontece, portanto não se justifica o grande número de pessoas na China que são submetidas a trabalhos degradantes como acontecia nos EUA até o início do Século XX.
 
Porém aqueles que acham que esse modelo capitalista é eterno enganam-se redondamente. Quem tem uma bola de cristal para saber o que será a sociedade humana dentro de quinhentos ou mil anos?

São tolos de pensar que isto que temos hoje permanecerá para sempre.

Erros e acertos. Assim a humanidade vai aperfeiçoando seu modo de fazer as coisas.

Temos que estar sempre um passo a frente para entendermos o que sucederá no futuro.

Uma coisa quase impossível de afirmar.



Entretanto vamos levando os avanços técnicos e sociais e um dia quem sabe teremos em todo o mundo um sistema como o da Finlândia, onde todos tem acesso ao consumo, a medicina, a educação, ao trabalho e ao lazer, dentro de um sistema democrático como nunca se viu.

Quem sabe um dia a sociedade evolua a tal ponto que o mundo todo alcance esse país que é o melhor lugar para se viver no mundo.



Um país onde um professor percebe um dos maiores salário do planeta, que deixa muito empresário tupiniquim com inveja de seus ganhos.

Quiçá um dia o mundo seja um Grande Finlândia.

Nada é impossível.

Porém aqueles que não conseguem ver além de suas muralhas reacionárias não aceitarão, pois dizem alguns especialistas que os finlandeses vivem sob um regime “socialista”. Alguns arriscam até dizer o “socialismo finlandês”.

Quem sabe? 



Lembrando que lá se tem o mais alto padrão de vida do mundo e mesmo pertencendo a Zona do Euro, a Finlândia vai bem obrigado e não passa pelos apuros de uma Grécia, de uma Itália ou de uma Espanha.

Assim as coisas vão se aperfeiçoando, mas o certo é que em muito pouco tempo, talvez um século ou dois tenha o mundo outro sistema econômico que não seja esse capitalismo devastador e desumano de hoje.

O tempo dirá, é só aguardar, pois nada é eterno.




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