Quando a França e a Alemanha encaminhavam-se para a Segunda Grande Guerra, um soldado francês enamorou-se por uma jovem adolescente de uma cidadezinha onde estava com sua tropa e a engravidou. Era uma bela jovem do interior do país.
Porém com o recrudescimento do conflito e posterior invasão do solo francês pelas tropas alemãs o referido soldado perdeu o contato com sua amada, fugindo com o Exército francês para a Inglaterra na histórica Retirada de Dunquerque.
Seis anos após, terminado o conflito, o jovem soldado, já desmobilizado do Exército Francês, procurou a jovem em sua cidadezinha, porém essa havia sido praticamente destruída pelos bombardeiros alemães durante o conflito e sua amada havia saído dessa cidade.
Por muitos anos procurou seu antigo amor que deixara grávida e mesmo a procurando nunca mais a encontrou.
Passados mais de trinta anos o então soldado, que nos anos setenta era um rico industrial encontrou sua filha natural, mas sua amada namorada havia falecido.
Feliz passou a conviver com sua amada filha, levando-a inclusive a morar em sua companhia, pois jamais casara e não tivera nenhum descendente.
Ao tentar deixar em testamento toda a sua incalculável fortuna à sua filha natural, foi pelos familiares, sobrinhos e irmãos impedido, pois não havia como provar que aquela jovem de trinta e poucos anos era realmente sua filha. Não havia o teste de DNA.
Na verdade havia interesses outros de seus familiares, pois queriam na verdade ficar com o seu patrimônio.
Como, mesmo a Justiça Francesa não reconhecia ser a jovem sua filha, o que fez o inteligente industrial.
Casou com a própria filha, transformando-a em sua herdeira legítima.
Obviamente foi um casamento apenas no papel, legalizando assim sua filha a receber quando de sua morte todo o seu patrimônio.
Pai e filha viveram felizes neste casamento para inglês ver.
Tal história li em uma revista que circulou nos anos setenta no Brasil.
Uma inteligente saída de um pai que amava e respeitava muito o fruto de um amor adolescente.
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