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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Acordo Ortográfico – O Futuro Que Nos Espere.




É sim “O futuro que nos espere” - 3ª pessoa do presente do Subjuntivo (no Brasil), ou seja, “que ele, o futuro nos espere”.

     Apenas para pensar. 

Não sou especialista em língua portuguesa, porém vislumbro adiante, num futuro não muito distante, com certeza, muitas coisas irão mudar e mudarão a tal ponto que um dia chegará e o português do Brasil não mais será uma extensão do português de Portugal, será um novo idioma. Uma língua autônoma. E disto não tenho dúvidas.


E tentando descomplicar, este último Acordo Ortográfico para muitos complicou e ainda está dando muitos nós na cabeça não só do povo simples, como de pessoas bem escolarizadas. O que é normal, pois até acertarmos os ponteiros levará tempo para os menos atilados e para aqueles que mantêm vícios adquiridos ao longo de suas vidas. Lembrando que somos infelizmente um país, cuja esmagadora maioria peca muito no escrever, inclusive eu. Afinal há menos de cinquenta anos éramos um país de analfabetos, cujo percentual era gigantesco.


O mais conceituado professor de português do Brasil, Pasquale Cipro Neto disse:

- O acordo ortográfico entre os países lusófonos é "inútil e desnecessário" e não terá qualquer influência no papel da língua portuguesa a nível internacional.

Concordo plenamente e vejo que esse acordo além de complicar para muitos, não terá qualquer influência no modo de escrever e falar neste futuro que vislumbro.


E ainda, por conta do não entendimento deste Acordo muitos fazem confusões, tanto que ao ter dado entrada em uma Escola no Município de Esteio, bem à vista dos que ali entravam estava um cartaz dedicado aos alunos, que, com letras garrafais dizia: 

      “Seja benvindo...”.

Imediatamente procurei a equipe diretiva (pedagogas) e mostrei o erro, o que foi uma dificuldade para provar que a palavra “bem-vindo” não perdera o hífen (m?). Mas argumentaram com veemência que o hífen havia caído. Tiveram que vasculhar o acordo e procurar na Internet, até que lá pelas tantas viram que realmente a palavras continuava sendo - BEM-VINDO.


Mas esse acordo ortográfico, assunto que já escrevi neste espaço, foi um acordo tímido e até certo ponto desnecessário, é mais uma dessas coisas que partiu de cabeças brilhantes, mas que não terá futuro a médio e principalmente em longo prazo ou a longo prazo, ambas formas são aceitas, pois os idiomas não são estáticos e sofrem com o tempo uma série de alterações, muitas impossíveis de conter. Idiomas não são feitos por leis, decretos, acordos ou tratados e sim são feitos pela massa que os fala. Lembro aqui da tentativa infrutífera de se implantar no mundo o Esperanto como uma língua internacional neutra, que o inglês o fez sem nenhum trauma. 


O Esperanto é uma língua artificial criada em 1887 pelo médico judeu polonês Ludwig Lazar Zamenhof que não alcançou ainda seus objetivos. Aliás, 90% da população mundial nem sabe o que é Esperanto.

Por outro lado o Brasil é campeão em gírias que em Portugal, se não me falham as “catracas” (gíria = cérebro, cabeça, ideias. Ideias que pelo novo Acordo perdeu o acento, assim como o próprio acordo) são chamadas de maleitas. (corrijam-me se eu estiver errado). Já maleita no Brasil é uma doença. A malária.



Alguém dirá que precisamos de regras. Concordo plenamente, porém repito, se mexeram, por que não o fizeram em profundidade. O quê esse acordo trouxe em benefício do nosso povo?



Quiseram com isso igualar a forma escrita, e esqueceram da falada, mas o fizeram sem aprofundar, ou seja, trocaram a casca, mas não atingiram o cerne da questão, o qual deveria descomplicar, mas para muitos complicou ainda mais, como a supressão do trema e não atingiu coisas que na verdade descomplicariam.


Temos aqui no Rio Grande do Sul milhares de palavras que são desconhecidas mesmo no Brasil, quiçá em Portugal, assim como as dezenas de milhares de palavras do Brasil que não fazem o menor sentido ou são desconhecidas nos demais países de língua portuguesa.


As diferenças encontradas entre os diferentes modos de falar tendem a aumentar. Acredito que dos milhares de idiomas e dialetos que hoje são falados no mundo, muitos irão desaparecer e outros, já existentes ou não, tomarão o seu lugar.


Ou alguém acha que a maneira de falar da Inglaterra é a mesma da América? Ou o Francês europeu é o mesmo do Caribe ou da África?


Não! 


No caso do inglês britânico tem suas diferenças com o inglês “caipira” dos Estados Unidos da América e dos demais países de língua inglesa no que tange não somente as pronúncias, pois algumas palavras são igualmente diferentes como entre Brasil e Portugal, como exemplo cito algumas palavras do inglês britânico e sua correspondente americana:

           Inglaterra:      USA (EUA)
               - courgette           - zucchini
               - dummy             - pacifier
               - trousers             - pant
               - rubber               - eraser
               - chemist             - drug store
               - sweets              - candy
               - chips              - french fries

O mesmo continuará acontecendo com o nosso português, quer seja em Portugal, no Brasil, em Angola, em Moçambique e nos demais países de fala portuguesa.


O português europeu continuará a ser diferente dos demais portugueses, mesmo dentro de Portugal, que é um país de dimensões pequenas se comparado ao gigantismo do Brasil há diferenças no falar, quanto mais em nosso país, a tal ponto de livros e entrevistas serem traduzidas, filmes serem dublados ou legendados, pois é muito mais difícil entender um português falando do que um espanhol de Madri. Lembrando que no próprio espanhol há diferenças gritantes no modo de falar. Ou acreditas que a pronúncia da Espanha é a mesma da Argentina ou do Uruguai. 

Mesmo dentro da América Espanhola existem diferentes pronúncias para a mesma palavra, como é o caso de cavalo cuja pronuncia pode ser “cavaio”, “cavalhio” ou “cavajo” ou entaõ CAbAIO, a CAbALHIO ou CAbAJO. Sendo que a escrita é a mesma - CABALLO.


Já escrevemos no passado com Ph, cuja pronúncia é “f” como em phósphoros pharmácia, Amphilóquio, Raphaela e tantas outras. Já acentuamos certas palavras, como cafèzinho, sòzinho e alcoól (de alcohol). Já tiramos acentos, já introduzimos letras e outras foram suprimidas e hoje conforme a região serão mantidas ou não e terão dupla grafia em dicionários escritas com o B, C, G, M, P e T, sendo que muitas já não existiam no “brasilês”, porém continuarão em Portugal.


Exemplos de consoantes pronunciadas: Compactado, pacto, aptidão, nupcial, adaptar e toda a sua conjugação, entre outras. Não pronunciadas e inexistentes no Brasil, Acção, Secção, efectivo e para complicar temos o óptimo sem falar no afectivo. 


Porém! - E sempre há um porém., muitas serão dicionarizadas com dupla grafia. Vejas bem. Terás o cuidado de entender a localização geográfica para saber se sim ou se não. Por um lado é bom, pois mostrará para muitos onde fica o Brasil e onde fica Portugal, pois se dermos um mapa veremos que grande parcela fica mais perdida do que cego em tiroteio.



De dupla grafia teremos várias palavras, entre elas, a amígdala, amnistia, subtil e súbdito, para Portugal e os Tupiniquins ficarão com a amídala, anistia (ampla, geral e irrestrita, coisa do Geisel para livras os militares assassinos e torturadores), sutil e súdito. 


Por causa do grego, já escrevemos theatro, bibiotheca, hydrographia, polytechnica, polygono, telephone, christão e phonógrafo.


Muitos argumentos para tal acordo são capengas, (Capengar=Mancar. Aquele que é manco ou claudicante, que deriva de Cláudio, que significa manco), pois nós estamos cada vez mais falando o “brasilês” e por isto os grandes mestres deveriam mudar o nosso jeito de escrever e não ficar se preocupando simplesmente com uma uniformidade da língua portuguesa, mesmo que isto fosse necessário para uma uniformização importante a nível internacional, mas que no futuro complicará ainda mais e o rolo compressor passará por cima.


Precisaríamos de mudanças que viessem a facilitar o escrever, o falar, o sentir a palavra.


Por que continuamos a escrever exército com “X”?


Para manter a raiz latina de Exercitus?.

Sim, dirá o especialista em língua portuguesa. Mas deveríamos caminhar para a facilitação e não descomplicar complicando, assim como no passado suprimimos letras usadas em palavras de origem grega, poderíamos nos livrar de muitas letras de origem latina. Afinal o que é o latim senão uma base muito distante de nosso idioma, antecipando assim esse novo idioma que já começou e tende pelo número suplantar os demais portugueses, que é o “brasilês”, afinal são mais de duzentos milhões tagarelando regionalismos e gírias, e dele se afastando tanto que passará a ser um novo idioma. A língua falada está sempre em evolução e caminha para uma mutação impossível de deter.

Ex.


Estadia é o tempo que um navio permanece em um determinado porto.

Estada é o tempo que alguém fica em algum lugar. Hotel.


Porém hoje quase ninguém fala estada e sim estadia no hotel, o que passou a ser um sinônimo de estada.


No espanhol que também é de origem latina como o português escrevem exército com “J”, ejército.


Não! 


A pronúncia não é egército e sim ErrÉRCITO.


Facilitaria muito se escrevêssemos com “z”. Pois o som é de “z”. Ezército, que para os que têm conhecimento pode até ficar estranho, mas para a massa não bem escolarizada seria mais fácil. Há os que ficarão contrariados. Perdoem-se, mas esta é uma opinião pessoal de um historiador e não de um catedrático em língua portuguesa.

“Talves o ecelentíssimo Jeneral, diante de seu ezército, após tantos êzitos tivesse visto passar em sua frente toda a sua ezemplar ezistência”.

        Alguém não entendeu?


Houve em passadas épocas um grande avanço tornando a língua portuguesa um verdadeiro idioma (galego-português, por volta do século XII), que não deve ser confundido como um dialeto espanhol, pois não era um apêndice da Espanha, a qual ainda não havia surgido como reino unificado, apesar de ter sido em terras hoje pertencentes à Espanha o berço da língua portuguesa, porém o mundo mudou e hoje o português, apesar de sua similaridade com o espanhol é notadamente uma língua autônoma. Obviamente não para os americanos que acham que tudo é a mesma coisa.

Lembrando que Portugal foi o Primeiro, portanto o mais antigo Estado Nacional ou Estado Nação da Europa, que antecede em muito tempo o Reino da Espanha, assim sendo não podemos entender como sendo um dialeto e sim uma língua autônoma mesmo que tenha, como disse, surgido em território hoje pertencente a atual Espanha, na época no Reino de Galícia, ao norte de Portugal e foi com o tempo chegando até o Algarve. E de Portugal para o mundo, hoje o conhecido mundo lusófono, ao qual estamos incluídos. Porém caminha o Brasil para um afastamento tão grande que chegará um dia de termos um idioma próprio, que eu chamo de brasilês.


Como professor de adultos observava a dificuldade de muitos quanto ao emprego do “x”. Complica para os leigos, pois tem vários usos e são totalmente diferentes. Pode ser empregado como “s”, “ss”, “z”, “ch” e  “cs”. 



Novamente o especialista em língua portuguesa perguntará qual é a dificuldade? 


Não há dificuldade para as pessoas bem escolarizadas, mas as dificuldades são semelhantes à de um médico proctologista diante de um tórax aberto para fazer um transplante de coração. É assim que o povo se sente. Perdido. Totalmente perdido. 


Dirá o enfático especialista: Nós estamos aqui para ensinar. Corretíssimo! Mas aí lembro de uma frase mui usual na caserna: “Se podemos complicar para que facilitar?”.



A base foi perdida, a alfabetização não foi correta.


Além do mais o “x” tem regras complicadas para quem não é muito letrado, como ser usado após um ditongo, como feixe ou caixa, após palavra iniciadas com o prefixo “en” como enxame, enxoval; após palavras iniciadas pela sílaba “me”, como mexer, mexerico; nas palavras oriundas das diferentes línguas indígenas, as quais muitas não são usadas nem conhecidas em Portugal, como xará, xerente, xexéu; nas de origem africana, como caxumba, caxixí, caxangá, caxambu, fuxico, xodó, xendengue e xepa; ou nas palavras de origem inglesa que já foram aportuguesadas, como xerife ou xampu, assim como poderia ser “xópim” e não shopping, entre milhares. (Eu mesmo vivo aportuguesando o “blogue”, pois a maioria fala blogue, blogueiro, etc.) Também diz à regra que após o prefixo “em” seguido de palavras com “ch”, o dígrafo “ch” será mantido, como em encher. Mas quem dentro da grande população sabe o que é um dígrafo?


E quem sabe profundamente das complicadas regras a não ser um especialista e dos bons?

A começar pelo “zz” italiano que deve ser substituído pelo “ç”, como no caso de muzzarela. O correto deveria ser escrito com “Ç”, mas quase ninguém usa e sim usam o “ss”. Grandes redes de Supermercados e Restaurantes usam erradamente o “ss” e juram que estão certos, inclusive uma colega professora de língua portuguesa na hora de escrever se “embasbacou”. Porém como já escrevi, duvidaria que alguém seguisse a regra no caso de Pizza. Pois com “Ç” é, pejorativamente, o pênis.


O que me surpreende é que palavras de origem indígenas deve ser usado o “Ç”, como em Canguçu, Paraguçu, Iguaçu, paçoca, onça, caçoeira, caçuá, entretanto fiquei boquiaberto, mesmo existindo essa regra tenha sido lançado há mais de dez anos um dicionário de determinada língua da Amazônia em que o MESTRE DICIONARISTA usou “SS” no lugar do “Ç” conforme manda o Código de Hamurabi, digo, conforme manda a regra da língua portuguesa.


E em muitos casos nomes foram registrados errados usando o SS no lugar de Ç, ou CH no lugar de X e G no lugar de J. Inclusive cidades de nomes indígenas trocaram o J por G e ficou Bagé, Mogi das Cruzes além do “ss” em Bataguassu e Bossoroca, que deveriam ser Bajé, Moji das Cruzes, Bataguaçu e Boçoroca. Nem vamos entrar no caso de Juçara.

Fora milhares de palavras dos povos nativos, muitas das quais de uso corriqueiro no Brasil que não fazem o menor sentido em Portugal, como aguapé, anhanguera (aqui já complicou, nesta palavra havia o trema), açaí. anauê, açu, araraúna, canoa, capim, piroga, gravatá, curumim, caiçara, biboca, camotim, caatinga e nhenhenhém.
 

Por que ter “X” em excelência se nós pronunciamos ecelência. Sei que é da raiz latina ‘EXCELLENTIA, porém quem no meio do povo sabe o que é latim? Muitos especialistas em língua portuguesa cairão de pau, porém perguntar não ofende e vamos parar de nhenhenhém. 

Ficaria estranho, concordo, mas precisamos ter uma escrita fácil e clara para ser dominada pela grande massa. E se fossem mexer que mexessem nas profundidades e não nas amenidades.


Já li de renomados mestres, o que têm o meu apoio, entre outras coisas a questão de G – Por que o G+A é ga, o G+O é go e o G+U é gu e quando é G+E é je e G+I e ji?


     Lencinho popular português com erros ortográficos tem origem  no Minho, norte de Portugal. Não existe mais, hoje é propositadamente bordado apenas para turista ver e comprar. (Carlos Romão – Porto – Portugal).
                         


Não podemos ficar atrelados ao modo de escrever de Portugal, se eles mesmos dizem que nos falamos o “brasileiro”. Amo a língua portuguesa, bonita, sonora, rica em regras, e aqui no Brasil, cheia de “malemolência” devido à influência dos negros escravos que deram esse “gingado” à língua e enriqueceram com milhares de palavras, e adotou certas sonoridades por influência dos índios, que iniciou com a chamada Língua Geral ou Língua Brasílica, que se apoiou no Tupi, falado pelos tupinambás que habitavam o litoral. 


A língua, portanto, deve ser sentida, usada com vitalidade e prazer, pois sua raiz verdadeira está no coração, mas restringe muito no escrever.


O que eu gostaria é que no Brasil se falasse como se escreve e não como muitíssimos fazem e ficam inventando modas e afetações no falar, como o número 12, se escreve doze, mas alguns afetados dizem douze. Isto é que está errado e precisamos um acordo para ensinar esses menos esclarecidos a falarem corretamente. Menos esclarecidos não, assim falam grande apresentadores de televisão do centro do país, o que é uma vergonhosa afetação.


Dirá algum brasileiro que nós Gaúchos é que falamos cheios de floreios, que falamos diferente.

Não! Nós falamos conforme escrevemos, mas é óbvio que temos nossas próprias palavras que não são entendidas pelos brasileiros e que um dia seja matéria curricular no Rio Grande do Sul.


A começar pelo próprio brasileiro. Brasileiro é uma profissão. Aquele que trabalha com o pau-brasil (Paubrasilia enchinata Lam) também chamado de arabutã, ibirapiranga, ibirapitanga, ibirapitá, orubutã, pau-de-pernambuco, pau-de-tinta e pau-pernambucano, pois o correto seria “brasilês”, assim como português, francês, inglês, japonês, chinês, maltês, finlandês, norueguês, genovês e outros. Já o brasileiro seria comparado a oleiro, marceneiro, carpinteiro, serralheiro, madeireiro, ferreiro, copeiro, cervejeiro e por aí se vai um vasto rol de profissões. Mas fazer o quê, se já está cimentado à cultura?

Repito, no Rio Grande do Sul se fala como se escreve:


Xerenga (faca de má qualidade) – Nós escrevemos xerenga e pronunciamos xerenga.


Tumbeiro (indivíduo parasita, vagabundo, gaudério, que vive de estância em estância)– Nós escrevemos e falamos tumbeiro, ou truviscar (bater, açoitar, bater com pau ou relho, etc.), inhapa de ñapa ou nhapa (?) (regalo, presente), emponchar (cobrir com o poncho), abichornado (triste, sem ânimo, doentio) e outras.


Já alguns brasileiros chiadores se usassem a palavra truviscar, diriam “truviischcarrr”, pois os alcaides escrevem “mesmo” e falam meiixxmo ou o que é pior, com ridícula afetação dizem “mêrrrmo”. Ao passo desta afetação ser tão grande que um afetado tenha escrito no Facebook “ANTEIS e Depois”. Aí já não é sotaque nem afetação, é outra coisa.



A esmagadora maioria das línguas que hoje são faladas no mundo, não existia sequer há dois mil anos, tanto é que os idiomas francês, italiano, romeno, espanhol, português, catalão, galego, occitano (provençal e outros), dalmático (extinto), entre outras, derivaram do latim, e por isto são chamadas neolatinas, quiçá há mais de dois mil anos.


Ou quiçá apenas cem anos no futuro, que é um lapso na história?


Dos quase sete mil idiomas e dialetos hoje existentes no mundo, num curto espaço de tempo a maioria poderá deixar de existir, por conta desta internacionalização das comunicações e do comércio, ou seja, da globalização, que usa o inglês e não o sonhado esperanto.


O próprio aramaico, língua semítica usada pelos povos antigos do Oriente Médio, sendo a língua original em que foram escritos os livros bíblicos de Daniel e Esdras, e também a reedição do Talmud, que data do ano de 499 a.C. versando sobre leis e tradições judaicas, que são 63 tratados de assuntos legais, éticos e históricos do povo judeu, que nada tem a ver com outros povos, mas que os cristãos sem nenhum pudor ou vergonha, copiaram, falsificaram, suprimiram e acrescentaram coisas, assim como o Corão, e que “possivelmente”, repito, “possivelmente” tenha sido a língua de um judeu chamado Yeshua, para nós Jesus, que grandes antropólogos e historiadores negam até sua existência, que se auto proclamou filho de Deus, hoje só é falada em algumas pequenas comunidades do Oriente Médio em especial na Síria e corre o risco de, como o latim, tornar-se uma língua exclusiva dos religiosos. Coisa que o vice deus, Bento XVI, queria reintroduzir nas missas da igreja católica. Ou seja, um passo atrás, pois ninguém a não ser a “padrecada” entende essa língua morta, voltando assim aos “mistérios” que só podem ser ditos e entendidos por aqueles que detêm o poder religioso, alijando o povo de orar com Deus, como se esse Deus ouvisse tanta reza. Afinal povo é povo, não precisa falar com Deus, pois existem os intermediários nem sempre honestos. Deus que além, de surdo, para certos religiosos que gritam como desvairados só entende o latim ou o aramaico. E ainda existem aqueles ingênuos, para não dizer outra coisa, que acreditam que só entrará no reino dos céus aquele que falar uma língua estranha. Tive inclusive uma aluna evangélica, com mais de sessenta anos, na EJA em Esteio que queria a todo custo aprender o inglês, não para obter conhecimento e sim porque leu na bíblia essa sandice.


Não discuto se aprendi muitas manhas deste acordo, entretanto mesmo procurando errar menos possível, quando em vez cometo alguns erros. Não sou catedrático em língua portuguesa, apesar de ter estudado dois anos latim que é base das línguas neolatinas, muitas vezes cometo minhas “gafes”, principalmente no uso da crase. É perdoável até certo ponto, mas gostaria que o povo tivesse uma regra para facilitar e não complicar o que já era complicado.


E para encerrar. Tal acordo não livra um português de ficar mais perdido que “jaguara” em procissão, pois, tirando o Gauchês fora, dou como exemplo algumas palavras próprias dos amados irmãos nordestinos:


Qual português, angolês (angolano ou angolense), moçambicano e outros saberia o significado de:

Sapirico, tá na bagaça, baqueado, aritimbó, botimbora, quirrite, cafucu, babau, dente queiro, maluvudo, coió, na ruma, dar um xêxo, borreia, bila, auê, abuticar, pipoco, estruir, malamanhado, rebolo, zureta, goipada, cipoada, jerimum, escabriado, baitinga, biloto, biculinha, cotôco, dar uma rata, espilicute, nas bregas, foló, guabiru, leriado, lheguelhé, mané mago, xubichin, zanói, visage, ruim das oiça, berimbelo, baixa da égua, jabá ou quixó?

“Tá, cabô”.

Agradeço a Carlos Romão de Porto - Portugal, pela  sua importante  contribuição. Este espaço fica aberto a quem quiser enriquecê-lo com informações necessárias para o bom entendimento da matéria.         

(Complicado, então leia neste espaço o post EMULAÇÃO LUDOPÉDICA, de 19 de fevereiro de 2012).

22 comentários:

  1. Caríssimo cidadão.
    Fico honrado com seu comentário, desejando muita saúde e paz.
    Tive minhas primeiras informações sobre o esperanto no longínquo ano de 1954, quando meu pai, ainda Primeiro Sargento do Exército, chegou em casa e nos falou sobre esse idioma, que seria a língua do futuro. Ficamos atentos e ele entusiasmado disse-nos que iria estudá-lo, pois as línguas que tínhamos seriam coisa do passado. O passado foi-se e há 63 anos desde que papai chegou com, para nós, novidade. Estamos no aguardo. Lamentável, porém, como disse no post acima, as línguas não são feitas artificialmente, ou por leis e tratados. Gostaria muito de que essa ideia genial prosperasse, porém vejo com muito ceticismo que um dia isto possa acontecer. Fico lisonjeado com sua informação e já acessei esse "blogue", que está em outra página, no aguardo. Irei ler com cuidado e interesse, pois desde menino ouço tanto sobre tal, mas até hoje não vi se concretizar. Lerei sobre o assunto para poder opinar com mais propriedade.
    Que tenhas um belíssimo final de semana.
    Agradecendo a informação desejo ao caríssimo bons tempos vindouros.

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  2. Caríssimo Pedro Teixeira,

    estou completamente de acordo consigo sobre:

    1 - O chamado Acordo Ortográfico, que mais não trouxe que confusão e desacordo, era e é inútil. Eu tenho-me recusado a segui-lo. Não sei até quando, porque quase tudo o que leio está escrito em "acordês", o que acabará, mais tarde ou mais cedo, por me contaminar.

    2 - Haverá um dia, que creio longínquo, em que a língua unificadora do Brasil, divergirá tanto da matriz portuguesa que constituirá outra língua. É a lei natural das coisas.
    ___

    3 - Gíria em Portugal tem o mesmo significado do Brasil. É a linguagem usada por determinado grupo, por vezes incompreensível para quem não lhe pertencer (ao grupo). Maleita é coisa distinta, é doença, é achaque.
    4 - Achei uma delícia a sua referência a Ernesto Geisel, um dos chefes de governo da ditadura militar brasileira.

    5 - A língua portuguesa não deriva do castelhano (ou espanhol, como é designada hoje). Tem origem no galego (uma língua tão antiga como o castelhano) que por sua vez deriva do latim vulgar e das línguas faladas na península ibérica antes da ocupação romana. Outras línguas românicas dessa época, são o Leonês (a segunda língua oficial de Portugal, com o nome de Mirandês) e o catalão, a língua nacional da Catalunha. O que distingue as línguas grandes das pequenas, é a sua imposição pela força das armas ao longo da história. Foi assim que o português cresceu, se tornou mais falado e que o galego e o leonês mirraram, porque os países da sua origem foram ocupados pelo reino de Castela, sendo hoje apenas regiões do estado espanhol.

    Como curiosidade deixo-lhe alguns provérbios em mirandês, a tal segunda língua oficial de Portugal:

    Honra i bidro cun un golpe se rompe (a honra e o vidro com um golpe se quebram)
    Ganha buona fama i bota te a drumir (Ganha fama e deita-se na cama)
    Finta te na Birge i nun cuorras (Fia-te na Virgem e não corras)
    Dá Diu nuozes a quien nun tem dientes (Dá deus nozes a quem não tem dentes)

    Gostava de voltar a este tema porque me apaixona e é motivo de muita confusão. Para já, porque é tarde para mim, gostaria de frisar que Portugal existe desde o século XII e Espanha "apenas" desde o século XV. Portugal é, de resto, o país mais antigo da Europa, ou melhor, aquele que tem as fronteiras definidas há mais tempo.

    Por último, o lencinho popular português com erros ortográficos tem origem no Minho, norte de Portugal. Não existe mais, hoje é propositadamente bordado apenas para turista ver e comprar.

    Grande abraço

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  3. Caríssimo Carlos Romão, sempre bem-vindo.
    Belo comentário, mas o que mais gostei foi do “acordês”. Expressão inteligente, bem colocada e inovadora. Doravante, se surgir oportunidade a usarei sem medo de ser feliz.
    Esse acordo como escreves em teu comentário, trouxe mesmo mais confusão e não descomplicou o que deveria e neste ponto temos grandes mestres da língua portuguesa totalmente de acordo, como no caso citado acima, pessoa notável, referindo-me ao Professor Pasquale Cipro Neto, grande crítico deste acordo e conceituadíssimo mestre da língua portuguesa. Quanto às gírias já fiz uma nota no corpo do texto, para dissipar esta dúvida que tinha quanto ao modo de falar em Portugal. Obrigado pela “dica” (informação).
    Não poderia em hipótese alguma falar em anistia sem ter a sombria lembrança do General Ernesto Geisel, que a fez com o intuito precípuo de livrar torturadores e assassino, não só das Forças Armadas, como das Forças Militares Auxiliares e de Civis envolvidas em bárbaras atrocidades.
    Quanto à origem da língua portuguesa sou sabedor que ela iniciou na Galícia e também sei que o vosso país é o Estado Nacional, ou Estado Nação mais antigo da Europa, e que a língua portuguesa provém do Galego-português, que seguiu um caminho próprio e quando me refiro à Espanha, estou fazendo dentro da visão espacial e não histórica, já que a Espanha somente vai surgir como um reino unificado muito tempo depois, e entre guerras e touradas fez-se a Espanha, como diz a amada amiga alentejana Céu “da Espanha nem bom vento, nem casamento” (AUSENTE DO CÉU.BLOGSPOT.COM). Espanha que até hoje enfrenta desafios de separatistas, dialetos e também como aqui, corrupção envolvendo inclusive membros da família real (?). A referência à Espanha que fiz, foi meramente para que saibam que o português, mesmo tendo surgido dentro do que hoje é Espanha, a ela é anterior, mas farei os reparos para que não paire dúvidas. Agradeço pelo alerta, porém em postagem anterior sobre esse mesmo “acordês” já citara Portugal como uma língua autônoma, mas muitos ainda fazem confusões. E na ânsia de publicar, esses importantes detalhes me fugiram. (imperdoável).
    Interessante é que nós Gaúchos, quando nos referimos aos hermanitos uruguaios, aos quais temos muito carinho e afeição, o fizemos chamando-os de castelhanos. Acho eu que eles não devem gostar. Lembrando aqui que o bisavô de minha saudosa mãe, Supriano Pereira de Castro, era natural de Castela e no Século XIX já estava radicado no Uruguai.
    Quanto aos provérbios, usamos aqui o “deus dá nozes a quem não tem dentes”, ou, por sermos um povo carnívoro por excelência, dizemos “deus da carne a quem não tem dentes”.
    Quanto ao Lencinho, já fiz a devida correção.
    Honradíssimo com a tua, sempre inestimável presença e agradecendo a rica contribuição, fico no aguardo deixando este espaço sempre ao teu dispor, desejando um bom domingo e uma semana repleta de saúde e paz.

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  4. Olá, Pedro Aurélio, que não Marco Aurélio, meu querido amigo (rs)!

    Estão todos bem, por aí? Aqui, tudo satisfatório.

    Bem, li, reli e treli(existe, este verbo?) o teu post, pke ele é mto interessante. Não sou especialista na "coisa", mas tenho habilitação suficiente em Língua Portuguesa, visto que cursei Línguas e Literaturas Modernas (vamos lá colocar letra maiúscula, caso não, confunde-se com a língua, aquela k está dento da boca - rs).

    A Língua, seja ela qual for, não é uma "entidade" estática, "morta", ou seja, ela recebe influências de outras, aceita novas palavras e até outras caem em desuso. É normal k tal aconteça, embora a Língua Francesa permaneça como no tempo de Napoleão Bonaparte, mas a França com aquela "mania" de ser a Pátria da Liberdade, Fraternidade e Igualdade, e é, da moda etc. e tal, não muda nesse aspeto, nem noutros, mas isso é lá com os franceses.

    Falemos do AO, com o qual estou de acordo, na sua maioria. Mtas têm sido as reuniões e debates, onde tenho participado para ouvir, falar, enfim, trocar impressões, pke da discussão, nascem sempre ideias novas e melhores. Não posso, pke não sei falar dos Acordos e Desacordos (rs) daí, pke não estou a par deles e nem sou brasileira, mas sei que muitos Portugueses usam e escrevem expressões vossas, no entanto, dizem k o Português Brasileiro (existe?) está impondo-se à Língua de Camões. Mas qual quê? Tolice, só tolice! Então, admite-se lá que os Portugueses, letrados ou não, digam, por exemplo: CHAMAR DE. O verbo chamar, no Português de Portugal, não pede preposição. Ex: eu chamo a minha irmã; eles chamaram pelos pais; eu chamei por ti. Aí, no Brasil, dizem: eu me chamo de Pedro, um sentimento chamado de raiva. O termo, o substantivo comum filhote, não era usado em Portugal, até há uns tempos, embora a palavra exista na nossa Língua. Agora, e por influência da Língua Brasileira, os portugueses dizem: os meus filhotes (mesmo que eles tenham 30/40 anos) estão bem. Então, quem está adotando novas palavras, novas expressões? O bizarro e caricato de tudo isto é que os portugueses dizem k não aceitam o AO "imposto" por vocês, mas usam-no, diariamente, sobretudo, oralmente, como o "Oi, tudo bem"? Eu respondo, tudo não está, mas está metade, pelo menos (rs).

    Voltando ao AO, para quê escrever letras que não dizemos/pronunciamos?
    Receção=recepção; ação=acção e sei lá mais qtos casos. Evidente que o vocábulo facto, continuará a dizer-se e a escrever-se, deste modo, pke nós pronunciamos o "c". Vocês, não. Ok. Cada Língua tem as suas características.

    O importante, hermanito, querido, é DESCOMPLICAR, corretamente e ponto. Com o tempo, todos escreverão pelo novo Acordo Ortográfico, sem darem por isso, até, e as novas gerações, há mto que para, do verbo parar, não levava acento, vendo-se pelo sentido da frase. Então, repara nas seguintes palavras homógrafas. Ex: A SEDE do clube/team fica ao virar da esquina; eu tenho SEDE. Então, não se compreende tão bem o sentido destas frases e a diferença de uma pra outra?

    O meu Alentejo sofreu influências da Língua Espanhola e aos degraus, por exemplo, chamamos escaleiras, espreitar é assomar, ir embora é abalar etc. etc.

    Qto aos lencinhos bordados, ainda no Verão passado, comprei um em Braga, no S. João. Ainda se bordam, sim, embora em menor quantidade e mantêm os erros ortográficos, que lhe dão imensa graça.

    Bisous, mon chéri y hasta pronto, camarada (rs)!

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    1. Cielito, mi alentejna hermosa e mui amable, mi quedo honrado con tus palabras.
      Gostei do trili. Tri é uma palavra típica e mui usual dos Gaúchos, como tri legal, tri satisfeito, tri bonito e outras, tanto elogiosos como ofensivas, como tri bandido, tri corrupto, tri alcaide, que teve sua popularização no ano de 1970, quando a Seleção Brasileira de futebol conquistou o tri campeonato mundial desta modalidade, ficando definitivamente com a Copa Jules Rimet.
      Concordo plenamente que os idiomas não são estáticos, por este motivo acho cá, que tal “acordês”, como diz o nosso amigo Carlos Romão, foi um acordo desnecessário visto esta mobilidade na forma de falar, entender e aceitar novas palavras.
      Interessante essas reuniões que mencionas sobre tal assunto, porém a grande massa delas não participa e esta é a minha principal e mais importante preocupação, já que o povo menos escolarizado, muitos nem sabem deste acordo ou o desconhece em sua plenitude. Ele será com o tempo assimilado, porém com o tempo, novos desafios aparecerão o que torna tal acordo uma desnecessidade. Importante também é saber que os irmãos portugueses estão usando expressões brasileiras, portanto mesmo assim torna-se difícil o entender a língua falada, não a escrita. Esta me parece que terá uma sobrevida, porém como tudo um dia há de desaparecer como forma única e sim teremos dois idiomas totalmente diferentes. Isto não é profético, mas simples de se notar. A mudança tende a aumentar e muitas coisas se diluirão em pouco tempo, outras provavelmente sobreviverão. (CONTINUA):

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    2. Com certeza que temos essas letrinhas não pronunciadas ou de uso comum, algumas até sujeitas a uma análise mais profunda, pois muitas delas se não pronunciadas darão outro sentido a frase oral, como recepção, que se não pronunciado o “p”, teremos a ideia de recessão, recessão a qual passa o meu Brasil com este maldito governo Temer e quadrilha de viscerais bandidos e corruptos. Na questão das palavras homógrafas teremos que, no falar, entender o sentido da frase, mas muitas podem ter duplo sentido, principalmente aqui no Brasil, pois por cá há muitas frases de efeito, com duplo sentido, dependendo da entonação da fala, o que deixa de acontecer na escrita.
      Temos aqui no Rio Grande do Sul uma influência muito grande do espanhol, argentino e uruguaio, porém nas zonas de fronteira, já que a grande Porto Alegre, capital do Estado, é outra coisa, sendo que até existe um dicionário de Porto-Alegrês, o qual tenho sempre a mão, pois além de tudo é hilário. Nesta região metropolitana, como há um paisano de cada pelo muitos não são afeitos ao entendimento deste idioma, tanto que hoje foi com minha amada Sandrinha almoçar em um belo restaurante e entramos conversando em castelhano (espanhol cá destas bandas do Cone Sul) e todos ao “rededor” ficaram bispando a nossa maneira de falar, ainda mais que Sandrinha tem o típico sotaque Oriental, ou seja, assim como eu, o sotaque Uruguaio, visto que nossos avós eram de lá. Ela mais ainda, pois viveu com sua avó argentina e seu avô uruguaio até os onze ou doze anos, e eles só falavam o castelhano, mesmo vivendo em Uruguaiana no Brasil.
      Portanto, essas influências são usuais e entrarão no modo de falar, também naturalmente como entrará no comum o novo modo de escrever deste infrutífero acordês (AO).
      Amada amiga, que tanto me agracia com seus comentários e com quem tanto aprendo, fico extremamente feliz com tua participação neste debate sobre esse Acordo, porém não tenho dúvidas que a distancia não será o motivo desta separação do Português de Portugal com o Português do Brasil, que eu já comecei a chamar de Brasilês, pois o futuro é cruel e incerto e nossa maneira de falar um dia será tão distinta quanto é hoje o alemão do inglês. Disto não tenho dúvidas. Um futuro que não verei, mas que os caminhos tortuosos levarão a este sentido.
      Agradeço os “beijos, meu querido”, bisous, mom chéri, e apesar de ter estudado quatro anos de francês, hoje sinto uma dificuldade no falar e no entender a palavra, porém como sendo um taura topetudo e mais metido que tenente novo, me atrevo, quando em vez conversar com haitianos e senegaleses que migram para “le Brésil”, porém não o faço com vitalidade, pois o tempo vai nos tirando muitas coisas que aprendemos. Infelizmente.
      Amada amiga beijo-a com extremo carinho e fico no aguardo de teus sempre amigáveis e inteligentes comentários que me trazem muita alegria e conhecimento.
      Beijos, beijos, beijos.

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    3. Camarada (gostei muito), e amadaa Céu, perdoe-me, mas aqui faço uma correção no lugar de "foi com minha amada Sandrinha" leia "fui com minha amada Sandrinha".
      À bientôt.

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    4. Pedrinho, lindo!

      Estive lendo nossa conversação, agora, e concluí que não sei Português. Treli, escrevi eu. Que burra! Tri é o prefixo, como toda a gente sabe. Enfim, quoi faire? Esta minha falta de conhecimentos faz-me lembrar o "descriminar" e o "discriminar", k ainda foi li em alguns textos.

      O teu Francês, idioma, não está lá mto "escorreito", afirmaste. É uma Língua lindaaaaaaaaaaaaaa, doce e tenra (rs), em minha opinião. Estás, apenas, um pouco esquecido. É isso, meu amigo.

      Je m' en vais, mon chéri!

      Bisous et bonne nuit. De bons rêves!

      À bientôt!

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    5. Ceu!
      Mon français est terrible, maintenant ne savent plus parler, mais je suis insistant.
      Amada portuguesa, realmente a língua francesa é uma beleza, gostaria eu de dominá-la na perfeição.
      Beijos amada.

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  5. Olá, Carlos Romão!

    Como um blogue é, em minha opinião, um espaço de partilha e de troca de impressões, vamos, então, aplicar, aqui, essas "propriedades".

    Li, com a atenção, que me merece um comentário/opinião, venha de onde vier, seja de quem for, e, naturalmente, o seu não foi exceção (excepção).

    1 - O AO (Acordo Ortográfico) trouxe alguma confusão, sim, porque o Homem tem dificuldade em mudar, em adotar (adoptar), de imediato, novas ideias, embora, tenha muita facilidade em mudar de telemóvel, por exemplo, porque o que comprou há meio ano está já "desatualizado", e portanto, a mudança, aqui, até se faz com muito prazer e rapidamente. Pensa a Humanidade que possuir "coisas" topo de gama, lhes dá estatuto e importância, mas isso é apenas fogo de vista, porque, normalmente, quem compra essas "geringonças", são aqueles que têm menos possibilidades económicas.
    O AO, e com o andar do tempo, afirmar-se-á, naturalmente, fazendo-se cumprir aquele provérbio, que diz: "À primeira estranha-se, à segunda, entranha-se", portanto, o Carlos será, também, "contaminado".
    DESCOMPLICAR com inteligência é crucial e é isso que se tem estado a fazer. Dizem os desentendidos que a palavra espectador, passa a ser espetador. Mas porquê? O "c" do vocábulo escreve-se e diz-se, portanto, não será retirado. Facto, continuará sendo (sou alentejana, portanto, os gerúndios fazem parte da minha linguagem, embora esteja em Lisboa desde os dois anos) acontecimento e fato, roupa de homem. A hifenização tem sido, em minha opinião, o ponto mais "complicado" deste processo, porque é preciso saber regras gramaticais, contudo, quando não tivermos a certeza, o melhor será não colocar hífen.

    2 - Sem dúvida, as Línguas tendem a criar o sua própria "fatiota", ou seja, querem ser independentes, ter seu jeitinho (rs).

    3 - Gíria, em Portugal, tem o mesmo significado que no Brasil, exatamente. É uma linguagem usada por certos grupos, como referiu, e não compreensível a quem está fora do grupo. Bué da fixe, cota, por exemplo!

    5 - A Língua Portuguesa deriva do Galaico, sim, mas o "pai" é o latim.

    Terei muito gosto em voltar a conversar com o Carlos, sobre este assunto, se assim o entender.

    Pois é, já somos "gente" desde a Conferência de Zamora, mas ainda precisámos da Bula "Manifestis Probatum" e do Tratado de Alcanizes, mais tarde, mas a Espanha, ainda hoje, se considera superior a Portugal, enfim, cosas de hermanitos tolos (rs).

    Quanto ao lencinho popular, comprei um o ano passado, e não sou turista, quer dizer, sou alentejana (rs), no S. João de Braga (eu tenho ouvido dizer que os Sãos Joaues (rs), o do Porto e o de Braga, são "rivais, mas isso não passa de má língua, creio. É que eu conheço um e outro. Os erros ortográficos dos lencinhos, ainda lhe dão mais valor e graça.

    Um cordial abraço.

    Pedro, obrigada, pelo espaço de antena, que nem te foi pedido, mas a amizade é um sentimento muito extenso, puro e livre.

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    1. Céu amada. Meu "blogue" e meu coração estão e estarão sempre abertos a todos os comentários. Podes e deves comentar, pois não só enriquecem meu espaço como tornam o mundo menor, melhor e mais aconchegante.
      Fraterno abraço.

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  6. Deixei dois comentários aqui, há dias, que não vejo publicados. Um de resposta a Céu e outro ao Pedro Teixeira. Não me diga que se perderam...

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    1. Amigo Carlos Romão, que tudo esteja bem contigo.
      Tenho o extremo cuidado de todos os dias abrir meu blogue para ver os comentários e os publico imediatamente, ainda mais sendo comentários de tão caro amigo. Para não serem publicados só se os mesmos tenham se perdido pelo caminho. Peço encarecidamente que os envie novamente, terei o grato prazer de lê-los e publicá-los.
      Um fraterno abraço.

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  7. Provavelmente cometi algum erro e os comentários perderam-se. Primeiro tentei com a minha identidade e não consegui; depois com nome/url fiquei convencido que tinham ido. Não conseguirei refazê-los mas vou tentar responder de novo amanhã.
    Um abraço
    Abraço fraterno

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    1. Ansioso, muito ansioso em receber teus comentários.
      Caro Carlos Romão, bom dia, aliás, aí já é boa tarde. Fico no aguardo de teus comentário enriquecedores, mas não te preocupes com o tempo, pois terei todo à tua disposição. Carlos Romão que tenhas muitas alegrias e saúde.
      Fraterno abraço.

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  8. Olá Céu,
    obrigado pelo comentário, a que já respondi de forma extensa, mas que se perdeu devido ao browser que utilizo ter activada a opção de omissão de janelas de diálogo. Foi asneira minha. Não conseguirei refazê-lo.

    Como vê, o chamado acordo ortográfico, que tanto desacordo tem causado, não entra na minha escrita. Talvez um dia, quando a capacidade de resistência se tiver esgotado ou eu for contaminado pelo "acordês".

    Uma questão de família: o português não é filho do latim, é neto, porque o pai é o galego. O galego é que nasceu do latim e foi já adulto e muito versado que deu origem ao português. Era a língua falada no condado portucalense (como sabe) onde eu me encontro agora, eh, eh, eh, na Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto. Com a expansão de Portugal para sul é que a língua falada aqui começa a diferenciar-se do galego, dando origem ao português.

    Deixo-lhe uma parte de um poema mais extenso de Rosalia de Castro (Pra Habana) que José Niza verteu do galego para português, e o malogrado Adriano Correia de Oliveira tão bem cantou.
    O original aborda a dureza da emigração galega do século XIX, que Rosalia testemunhou. A canção de Adriano refere-se indirectamente à Galiza do sul, o norte de Portugal, para abordar a emigração portuguesa dos anos 60 do século XX, quando dois milhões de portugueses saíram do país para procurar melhor vida.

    Pra Habana
    Este vaise i aquel vaise,
    e todos, todos se van.
    Galicia, sin homes quedas
    que te poidan traballar.
    Tés, en cambio, orfos e orfas
    e campos de soledad,
    e pais que non teñen fillos
    e fillos que non tén pais.
    E tés corazós que sufren
    longas ausencias mortás,
    viudas de vivos e mortos
    que ninguén consolará.

    Cantar da Emigração
    Este parte, aquele parte
    e todos, todos se vão.
    Galiza, ficas sem homens
    que possam cortar teu pão.
    Tens em troca orfãos e orfãs
    e campos de solidão
    e mães que não têm filhos
    filhos que não têm pais.
    Corações que tens e sofrem
    longas horas mortais
    viúvas de vivos-mortos
    que ninguém consolará

    A canção de Adriano, (de 1971) pode ser ouvida aqui:
    https://www.youtube.com/watch?v=i5YkO1TY9xA

    Um abraço e até outro dia. E obrigado ao Pedro Teixeira pelo "tempo de antena".

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    1. Fiques a vontade Carlos, este meu espaço é democrático e me honra muito este intercâmbio.
      Abraços.

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    2. ... e eu com esta perda e troca de comentários, esqueci-me de agradecer o destaque que o Pedro deu à minha intervenção a propósito do acordo ortográfico. Muito obrigado e um abraço.

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    3. Carlos Romão, prezado amigo.
      Não poderia deixar de fazer esses destaques, já que os mesmo enriqueceram essa discussão sobre o "acordês" e trazem mais conhecimento não só a mim como ao leitores deste espaço. Fico honrado em poder fazê-lo.Este espaço fica sempre aberto para todos os interessado, pois teremos pela frente muitas coisas a serem acertadas sobre esse acordo tímido, que não trouxe nada em profundidade. Grande abraço e sinta-se a vontade em comentar.

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    4. Olá, Carlos Romão!

      Espero k esteja bem e feliz.

      Mto agradeço as suas palavras. Pois, acontece aos melhores. Não se "preocupe" com isso.

      Não conhecia o tema de Adriano Correia de Oliveira, voz de quem a minha mãe mto gostava, tal como a de José Afonso, independentemente de ideais políticos. Mto obrigada!

      Um cordial abraço e até sempre.

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    5. Olá, meu querido amigo Pedrito Aurélio!

      Espero que estejas bem, tal como Sandrinha, vossos meninos e meninas.

      Agradeço teres te deslocado ao meu blogue para me informares de k o Carlos Romão tinha deixado, aqui, umas palavrinhas para mim.

      Acho k os blogues são ou deveriam ser como os Cafés do Século da Luzes. Merci bien, mon chéri ami.

      Beijos e abraços para todos vocês.

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    6. Oi amada. Sinto-me honradíssimo com teus comentários e como já disse meu blogue é democrático e aberto para ser usado pelos amigos, o que me deixa mui contente e feliz. Por aqui todos estão bem, com muita saúde e trabalho, apesar de neste feriado prolongado não ter recebido a visita de meus filhos, mas sei que eles tem também outros compromissos. Conviver com pessoas tão queridas me faz muito bem. Use-o quando quiser. Espero que por aí tudo esteja bem, com muita saúde e paz.
      Desejo que esta semana que ora inicia seja repleta de boas realizações e tranquilidade.
      Beijo-a com muito carinho e sempre serás bem-vinda.
      Com muito respeito e alegria, cá do extremo sul do Brasil um grande abraço a todos os que te são caros.

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