Nos anos setenta um
solitário defensor da natureza subiu em uma árvore para que essa não fosse
cortada a fim de permitir o alargamento de uma Avenida em Porto Alegre.
E dizem que o raio não cai
duas vezes no mesmo lugar, pois novamente em Porto Alegre, meia dúzia de
indignados cidadãos foram às ruas na tentativa de impedir que árvores fossem cortadas
para também alargarem outra Avenida, enquanto esses ambientalistas (?) saem às ruas por meia dúzia de árvores, na Amazônia milhões de árvores e
milhões de animais são queimados diariamente para dar lugar a pastagem que
inexoravelmente avança pela maior floresta equatorial do mundo e esses mesmos bem-intencionados
nada fazem.
O cerrado que cobria o Mato
Grosso do Sul foi quase que totalmente liquidado para dar lugar às grandes
plantações de arroz e soja, restando pouco do que possuía, e seus rios foram
assoreados, assim como ocorreu também no Mato Grosso, que além do cerrado
perdeu grande parte da floresta que cobria o norte daquele Estado.
Esses bem-intencionados deveriam
saber que Porto Alegre é a capital de Estado que mais árvores possui em suas
ruas, avenidas e parques e que não é por um punhado de árvores que a natureza
vai terminar, pois em uma cidade o replantio e muitas vezes intenso como ocorre
em muitos lugares.
Lembrando que muitos
“cidadãos”, não são capazes de plantar uma única árvore em seus pátios ou
calçadas, mas reclamam.
Porém esses bem-intencionados nada
fazem para evitar o verdadeiro crime ambiental, onde florestas são
transformadas em pastagens e animais são extintos para dar lugar a ganância de
milhares de empresários.
Esses bem-intencionados, por não
terem câmeras e holofotes nada fazem quando da matança de golfinhos, nada
fizeram para evitar o extermínio de animais como a pantera nebulosa, o leão
asiático e o próprio leão africano que de mais de duzentos mil na natureza há
menos de vinte anos hoje não passam de vinte mil.
Esses bem-intencionados deixariam
de sê-los apenas bem-intencionados se soubessem e lutassem contra o que acontece nas florestas da
Indonésia, do Congo e de outros tantos lugares, onde a pressão humana está sim
terminando com a natureza.
Escrevi neste blog sobre a
duplicação da estrada Porto Alegre-Pelotas, e será que esses bem-intencionados sabem
quantas árvores foram derrubadas?
Se vamos protestar, vamos
fazer com conhecimento de causa, aí sim terão não só o meu apoio como o apoio
de toda a sociedade, pois estarão fazendo algo pela vida e não para aparecerem
na mídia, e não esquecendo que o homem é o pior predador.
Ia esquecendo. Há 30 anos o Parque Marinha do Brasil em Porto Alegre era um deserto e hoje é quase uma floresta. Os mais antigos que o digam.
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