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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

As Crenças.


Desde que o homem tomou consciência de si mesmo, muitas dúvidas passaram a fazer parte de suas inúmeras indagações, como:

- De onde viemos?

- Quem somos?

- Para onde vamos?

- O que é a chuva?

- O que é o Sol?

- O que são os vulcões?

- O que serão as estrelas.

Em frente a tantas indagações e sem conhecimento que pudesse aplacar suas inúmeras interrogações o homem foi construindo fabulas orais que passavam de geração em geração.

 

Cabe aqui dizer que a primeira “matéria plástica” utilizada pelos primitivos foi o barro, a argila. Dela os primitivos homens faziam estatuetas, utensílios, potes e outras coisas, portanto era a única matéria utilizada, não havia outra forma de confeccionarem as coisas, pois não conheciam outra forma de esculpirem.

Para tal, esse homem primitivo elucubrou que os primeiro ser de sua espécie tenha sido feito de argila, pois não havia outra forma concebível e assim foi por milhares de anos.

E entre essa gama infindável de indagações começou o homem a transmitir oralmente, com sua pobre linguagem, fatos corriqueiros, porém sem ter o devido conhecimento muitas coisas passaram a ser entendidas erradamente, surgindo daí as lendas, que quanto mais aprimoradas mais cativavam os que as ouviam.

No passado, havia a crença de que todos os fenômenos que não tinham explicação, seja lógica ou natural, eram interpretados como coisas feitas por entes misteriosos não visíveis. Surge daí as crenças em entes bons ou malignos que com o tempo vão receber diversos nomes como Leprechaus, Duendes, Fadas, Bruxas, Curupiras, Sacis e tantos outros entes misteriosos e lendários que inundas a imaginação dos povos.

Conforme o homem foi evoluindo, seus entes imaginários foram também evoluindo, surgindo, com o passar de milênios, os grandes espíritos ou deuses.

Dentro de uma crença animista surgiram os deuses das montanhas, das florestas, dos rios. Tinham esses deuses, principalmente a forma de animais, o chamado Zoomorfismo, que com o tempo e muito tempo passou a ser adaptada a forma meio animal, meio homem, onde vamos encontrar em várias culturas deuses com corpo animal e cabeça de homem ou corpo de homem e cabeça de animal, lembrando que o homem também é um animal.

           Pan, deus grego, meio homem meio cabra

Só no hinduísmo são milhares de deuses, muitos com cabeças de animais, como Ganesha, com sua cabeça de elefante que mais de um bilhão de pessoas creem. Índia, Paquistão, Sri Lanka, Bangladesh, Nepal, Indonésia e outros países, como um grande número nos Estados Unidos da América e Canadá.

                      Ganesha

Essas representações deístas meio animais meio homens dá-se o nome de Antropozoomorfismo e não ficam restritas a Índia, pois nas religiões, principalmente a egípcia vamos também encontrá-los, como, Anúbis, Hórus e tantos outros.

                                              Deusa Aserá            
 

Porém o homem pretensiosamente passou a elucubrar deuses humanizados, ou seja, deuses com a forma exclusiva de homem. Interessante que com o passar dos anos as religiões monoteístas passaram a excluir as mulheres de seus panteões, e as deusas foram esquecidas ou banidas. Aserá, chamada por vezes de Astaroth, uma divindade doadora, como a Ishtar babilônica, ou a Astarte grega, arquétipos da divindade feminina, como a Lua, a Terra e Vênus foi banida das religiões abraâmicas, pois o homem misógino vê as mulheres como seres de quarta ou quinta categoria e isto ninguém pode negar vendo hoje, como exemplo mais brutal o Afeganistão, onde as mulheres não passam de semoventes, proibidas de qualquer atividade fora do lar, sem trabalho, sem estudo e sem nenhum direito. Ao ponto de meninas de onze ou doze anos estarem sendo usadas para casarem a força com homens sujos, imundos e elas tem que se sujeitarem ou morrerão.

                      Mulheres sem rostos e sem historias.

Muitos hão de pensar que isto só acontece no Afeganistão ou no Islamismo. Não, esperem, para ver o que acontecerá no Brasil quando os fundamentalistas chegarem ao poder. Um verdadeiro inferno de proibição, discriminações e preconceitos jogará as mulheres no mesmo ou pior inferno que o Talibã está jogando as mulheres afegãs. Preparem-se para não chorar depois. Visto que já existem lojas que vendem roupinhas ridículas para as meninas e mocinhas usarem. E os pais, dominados, as obrigam vestir e tem a soberba de dizem que são roupas tecidas por deus.

Que imbecilidade!

O mais triste de tudo é que as mulheres se sujeitam a isto e seguem a cartilha instituída por esses misóginos destrambelhados e como cordeirinhas se deixam dominar por essas fábulas discriminatórias e cruéis. A BURCA é um atentado à liberdade individual, porém como vemos as refugiadas que vão para outros países fugindo da repressão do Talibã, continuam como múmias cobrindo seus corpos com esse instrumento da opressão e não conseguem se libertar.

Mulheres! Uni-vos contra o que te discrimina e oprime.

Lembre-se que:

“O intolerante prega a tolerância até que se torne dominante. A partir daí ele procura silenciar a todos”.

Certa manhã de domingo estava em casa sossegadamente quando bateram ao portão. Dirigi-me até ele onde quatro mulheres me aguardavam. Cumprimentei-as com educação quando uma delas me disse:

- Viemos aqui para falar sobre a bíblia.

E eu educadamente perguntei:

- As senhoras seguem rigorosamente o que está nesse livro?

- Sim! Responderam:

Então eu disse:

Se as senhoras seguem a bíblia, calem a boca e retornem as suas casas, pois na bíblia diz que as mulheres devem se manter caladas.

Virei-lhes as costas e voltei para dentro de minha casa e elas caladinhas sumiram.

Ou seja, por mais opressora que sejam as religiões as mulheres se submeterão como cordeirinhas. Não dá para entender.

o quero dizer que as mulheres ou o povo em geral não devesse acreditar em deus ou em suas religiões, mas devem ter o cuidado de não se transformarem em robozinho do “sim senhor”. Conteste, busque esclarecimento científico para não fazer parte deste mundo de simplórios que acreditam sem contestar. Busque esclarecimento, porém, lembre-se que não encontrarás isto em nenhuma escritura dita sagrada, pois a que temos é o livro recordista e contradições e mentiras.

Se fosse a palavra de deus não daria margem a interpretações, ou é ou não é. Pois se esse livro dá margem as mais disparatadas interpretações não pode ser considerado um livro sério e nessas brechas é que entram os vigaristas que se autoproclamam homens de deus.

 


 

 

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