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quinta-feira, 25 de março de 2021

Extinção das abelhas.

 Lembram-se de minhas amiguinhas que todos os dias vinham me visitar e eu as aguardava com uma bela cucharada de mel e elas felizes passeavam em minhas mãos, braços e rosto e voavam em minha volta, faceiras e felizes num alvoroço dentro de meu pequeno escritório de impor medo a muitos mas que me deixava extremamente alegre, feliz e em paz com a natureza, pois que mal poderiam fazer?

                          Lembram-se?

Lembram-se das doces criaturinhas da natureza que enchiam todos os espaços a minha volta a procura incessante do tão doce e esperado néctar do Olimpo, que tanta beleza, aroma, vivacidade traziam para o meu cantinho?                                

Pois é.

Há um bom tempo senti a falta de minhas pontuais e doces amiguinhas. E não é por causa do frio que fez no inverno de 2020, pois desde o verão daquele ano elas não mais apareceram. Porém sabia onde elas moravam. Moravam na mata nativa ao redor do edifício em que resido numa frondosa árvore de mais de dez metros de atura a qual seriam necessários dois ou três homens para abraçá-la, esta mata nativa de “preservação” pertence a uma organização religiosa e eu fui notando com o tempo várias mortas ou desorientadas, caindo nas calçadas, nos pátios e no asfalto, pelos corredores do edifício onde moro.

Resolvi procurá-las em sua enorme árvore, porém nenhuma restou. Todas desapareceram. O oco da árvore, bem no alto, a mais de oito metros, antes efervescente, com milhares de espertas e graciosas abelhinhas que formavam uma nuvem densa para entrarem em sua casinha está completa e tristemente abandonada, Não há mais vida. Todas desapareceram.

O que teria acontecido com minhas abelhinhas do coração.

Semana passada assistindo o jornal ao meio-dia soube que 30% das abelhas do meu Estado desapareceram mortas pelos inseticidas das grandes lavouras de soja, arroz, milho e tudo mais.

E as minhas pontuais amiguinhas eram da cidade como poderiam ter desaparecido.

Devem ter sido mortas, pois poderiam perturbar os velhinhos do asilo que foi construído em um dos cantos desta mata. 

Será?

Não há dúvidas.

Ao procurar mais informações fiquei sabendo que os bichinhos estão na lista de extinção nos Estado Unidos da América assim como na União Europeia, por conta dessa agricultura de modelo “insustentável”. No Brasil a situação é bem pior, pois aqui, os grandes produtores rurais irresponsáveis que não ligam para a natureza, eles querem apenas lucros e lucros cada vez maiores, queimando florestas, matando rios e animais. Reacionários e prepotentes.

A única coisa que serena meus ânimos é saber que com a extinção das abelhas, como está ocorrendo no mundo todo, não haverá mais vida humana na Terra.

Folgo em saber.

             Na tela de meu computador.


E o exemplo maior vem de Chernobyl, pois a irresponsabilidade humana levou a um acidente nuclear nessa cidade, hoje cidade fantasma da Ucrânia, porém sem a presença nefasta do homem a natureza está se recompondo. Hoje encontramos em Chernobyl alcateias de lobos, manadas de gado selvagem que estão voltando à forma primitiva, aves, e outros animais, o que prova que este bicho daninho que é o homem mais mal faz ao meio ambiente do que bem.

Talvez se explodíssemos uma bomba atômica em cada cidade do mundo a natureza pudesse se recompor.

Será?

Isto provaria que acidentes nucleares são menos nocivos que a presença humana, esta presença nefasta e repulsiva que está acabando com a natureza.

                           

                              Chernobyl - Ucrânia - Hoje

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