Bíblia - Dissecando as Escrituras – I

Não se faz necessário ter uma inteligência acima da média, nem ser um gênio para ver nas ditas Escrituras Sagradas uma série de contradições, erros e mentiras compiladas em uma gigantesca fábula que atormenta a humanidade há muitos séculos. Milênios.

Como dizia o escritor português José Saramago, “A bíblia é um manual de maus costumes”.

Desde que espécies anteriores ao homo sapiens passaram a falar e tentar entender as coisas, o que não podemos afirmar se tinham um pensamento bem desenvolvido, apesar de já utilizarem ferramentas e o fogo, porém de uma fala rudimentar, com seu paupérrimo entendimento, pois se tratavam de povos ainda em estado sub-humano, que pouco ou nada sabiam, e como não tinham conhecimento para entender as coisas, foram inventando através do tempo uma porção de historinhas bobas, copiadas de seu cotidiano, pois como já utilizavam o barro, elucubraram que o próprio homem havia sido feito desse material e assim na tentativa de explicar como surgiu o Universo e como surgiu o próprio homem, além dos outros animais e vegetais, muitos erros foram por eles engendrados, o que foi passando de gerações em gerações, a tal ponto de homens primitivos, ainda na Idade da Pedra, afirmarem por milhares de anos que a Terra era plana. Plana como uma pizza, que ainda não existia, e como disse Jó, coberta por uma campânula vítrea, apoiada sobre quatro elefante suspensa no espaço. (Jó 26:7). Tem que ser muito atormentado para acreditar em tal e ridícula fábula.

Caçadores selvagens e coletores broncos sem nenhum conhecimento de matemática, astronomia, física, enfim, sem conhecimento de qualquer ciência foram através dos tempos formulando conjecturas pueris, sem pé nem cabeça, mas pela repetição conseguem até hoje dominar a mente da maior parte da humanidade, que se sujeita a conceitos toscos e sem nenhuma base científica. Mas se acham espertos.

          Em quem acreditas, nos primitivos homens ou nos sábios de hoje?

Muitas dessas historietas surgiram bem antes da fase desses ancestrais chegarem a ser homo sapiens e chegarem ao que somos hoje, trilhando caminhos tortuosos e cheios de indagações. 

Hoje entendo e defendo que a humanidade não tenha surgido em um único nicho, e sim proto-homens ao dispersarem-se por vastas regiões da hoje África foram refinando-se, dando origem à humanidade, portanto sou favorável a tese de que as diferentes raças surgiram em diferentes nichos, mantendo características únicas e não híbridas, que no decorrer de migrações, separações e uniões foram formando essa colcha de retalhos que é a humanidade. Portanto a humanidade não tem uma “mãe” comum e sim “avós” ou “bisavós” comuns.

Obviamente não havia conhecimento e tudo o que foi dito e posteriormente escrito, partiu de relatos, já contaminados tanto no aumentativo, quanto no superlativo, de como o homem via o mundo e sem entender das coisas, muitas fábulas foram sendo contadas, escritas e posteriormente copiadas, como a de um dilúvio que era uma lenda de vários povos primitivos, muito antes do aparecimento dos judeus, enriquecidas modificadas, subvertidas, prostituídas e tendenciosamente organizadas ideologicamente para manter as massas sob o domínio cego e inquestionável. Pois questionar é proibido. Para tal inventaram que foi deus que as escreveu. Assim tais histórias teriam uma paternidade divina inefável, o que oficializou o embuste, visto que os povos que viviam fora do chamado Velho Mundo, apesar de terem suas religiões, herdadas da mesma matriz primitiva, essas eram e são diametralmente opostas, cheias de outros deuses e grandes espíritos, com deuses até então desconhecidos dos Velhos-mundistas. (Parte da Europa e parte do Oriente Médio)

E o que mais chama a atenção é que o homem atual, dispondo de farta literatura científica, de conhecimento que nos últimos cem anos suplantaram todo o conhecimento anterior da humanidade se deixa dominar por essas lendas inventadas por selvagens, analfabetos, rudes que viviam mergulhados nas superstições e crendices e que não tinham conhecimento algum.

Para tal usaram de uma estratégia infalível, ou seja, disseram terem falado com um suposto deus, e todos os que isso disseram, fizeram sem testemunhas, a sós e em situações muito questionáveis, pois tinham o interesse em dominar as mentes de seus semelhantes de uma maneira ou outra. Queriam o poder. E nisto não podemos esquecer que o próprio São João disse que ninguém viu deus. (João 1:18) Ou seja, os que disseram ter falado com deus face a face eram no mínimo ardilosos mentirosos e embusteiros.

Hoje a arqueologia antropológica, duvida que muitos dos Patriarcas citados no chamado livro sagrado tenham até existido, já que eram nomes corriqueiros entre os judeus e outros povos.

Sem me alongar vou, em outras publicações mostrar o que as pessoas desconhecem e em que piamente acreditam.

                     Quando a Terra Surgiu, o Sol já brilhava.

Para começar este festival de contradições vamos iniciar por esta máxima:

Genisis: E Deus andava sobre a face da Terra e viu que era bom e criou a luz, e somente após criar a luz ele criou o Sol.

Ops! Mas esta luz vem do Sol, como teria luz sem a existência do astro rei.

 

Buenas tche, aí a coisa pega, pois inclusive sabemos hoje que o Sol é bem mais antigo do que a Terra, tanto que a Terra se formou a seu redor, assim como os demais planetas de nosso sistema solar.

Então tudo que há em Gênesis é puro achismo, sem base científica alguma. Formulações que mostram bem a escuridão do saber daqueles que inventaram tais fábulas.

Mas como argumentar com religiosos fundamentalistas que não aceitam argumentações sólidas. Se tal fosse possível não existiriam religiões, pois tudo o que se fala é puro e pueril achismo.

E para encerrar vamos por conhecimento em nossas mentes e fugir das invencionices existentes em duas das três grandes religiões normativas, o Cristianismo e o Islamismo, cuja base é sem sombras de dúvidas, o Judaísmo, primeira religião normativa, que também se utilizou de lendas muito antigas, de outros povos, que são narradas na Torá, sua pedra angular, porém nela inexistentes.

Demônio: É originário do grego “Daimon” que significa Conhecimento, Inteligência.

Lúcifer: Originário do latim “Lucem Ferre” e significa Portador da Luz, Claridade.

Satã ou Satanás: Originário do hebraico e significa Questionador, opositor.

Entenderam como se pode manipular as consciências? 

Pacem in Terris.

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