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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Educação




Fico perplexo e com vergonha alheia, porém não surpreso com o que vejo viajando pela Internet, em alguns sites ou blogues. Obviamente nestes não procuro conhecimento e sim uma leitura cordial e interessada em coisas novas que possam distrair-me e obter assuntos muitas vezes interessantes e muitos dos quais também enriquecedores pelo seu belo embasamento, não só no sentido científico como literário, mas para o meu conhecimento continuo estudando, apesar de ser um homem de 70 anos, procuro cada vez mais aperfeiçoar-me, do que ficar ocioso ou como muitos reunindo-se pelas esquinas para discutir futebol ou qualquer outra coisa sem importância. Vivo a procura do saber em diversas áreas do conhecimento humano, uma incansável procura que com o tempo teve o reconhecimento, visto que em uma homenagem em vida fui agraciado com meu nome em uma Biblioteca, na cidade de Sapucaia do Sul o que muito me honra e para a qual doei mais de dois mil livros de minha propriedade.

                                Em meu escritório há alguns anos. 70% dos livros foram doados.


Ler certos comentários realmente é uma coisa até certo ponto assustadora e desagradável. À falta de educação que uma grande parcela, para não dizer a maioria tem ao comentar qualquer assunto.


Outro dia lendo um grande filósofo, teólogo e educador, um dos grandes mestres brasileiros, fiquei até revoltado com a falta de educação que alguns leitores menos esclarecidos, com reles cultura básica que comentaram sua publicação. Comentários que de início já passam a agredir verbalmente, com palavras chulas, palavras de baixo calão e agressivas com quem deveriam ter no mínimo respeito pelo que representam, sem falar na diferença de conhecimento, pois geralmente quem agride são pessoas de baixa estatura cultural, que pelo seu não entendimento partem logo para a mais requintada ignorância, pensando que com palavras baixas vão mudar o pensamento formado de grandes e renomadas figuras da inteligência brasileira, forjadas em Universidades, Mestres, Doutores e PhD, (Philodophiae Doctor ou Doutor da Filosofia) último e mais alto título acadêmico.


Obviamente é sábio dizer que as pessoas inteligentes podem mudar seus conceitos e ver as coisas por outro ângulo, quando bem esclarecidas, partidas de um renomado cientista ou grupo que venha a descobrir algo que se encaixe melhor nesta saga humana que de divina nada tem, já os ignorantes empedernidos não mudam, pois se pressupõem no ápice do conhecimento, mas esses não conhecem a frase atribuída ao filósofo grego Sócrates que disse:




- Só sei que nada sei.


E esta frase nos remete a uma analise profundo de seu teor, pois por ter a clareza de que nada sabe abre a oportunidade de procurar mais conhecimento, pois ninguém sabe tudo, quanto mais um cidadão com apenas a educação básica que parou no tempo e quiçá a tenha completado.


Ele, Sócrates, sabia que não sabia tudo, porém quem não tem cultura acha que sabe tudo, pois a presunção é um dos maiores defeitos de quem pensa que sabe pensar. 


Muitos desses mal educados, que não tem nem um pouco de cultura ou berço, partem logo para a agressão o que é de deixar qualquer pessoa civilizada enojada em navegar pela Internet, e isto que não estou me referindo ao Face Book, pois aí a grosseria, a estupidez, o desconhecimento e a falta de educação são a tônica de mais de 80% dos que comentam com aspereza mostrando ao mundo que nosso país é um país de povo extremamente atrasado, boçais que se acham mestres e que dão mostras insofismáveis de um atraso mais do que selvagem, pois tive contatos com povos ditos selvagens na Amazônia e no Centro-Oeste nos anos 70 e 80 e os mesmos não agridem desta forma tão áspera quanto esses críticos de plantão sem conhecimento algum. Escória de uma sociedade que longe está de dizer-se civilizada, visto que grande parcela desta sociedade sequer conhece a sua própria procedência.


Basta alguém postar qualquer assunto, polêmico ou não, do qual tem conhecimento profundo para que qualquer um que discorde, sem conhecimento venha a achincalhar e dizer uma porção de bobagens e palavrões mostrando bem o seu mundinho bitolado, pequeno e turvo.


Escrevo muito neste meu blogue sobre vários assuntos, desde ocorrências pessoais e familiares, contos e casos, sobre história, geografia, artes plásticas, cinema e um desses, assuntos é em grande parte sobre religiões, mas para tal estudei Cultura Religiosa e História das Religiões, buscando em diversos e diversos livros aprender o que me levou a escrever o Livro “A GRANDE MENTIRA” que já está pronto para publicação. Não só procurei esse conhecimento nos bancos acadêmicos como em diversos cursos e seminários onde participei como aluno e palestrante em outros. 


Passo buscando em publicações científicas de profundo lastro mais e mais conhecimento, porém discuto com os pés no chão e com elevada postura de dignidade e educação e jamais no achismo. O mesmo não acontecendo com muitos que seus comentários baixos e depreciativos são simplesmente excluídos, pois meus leitores não tem a obrigação de estarem lendo coisas que não só ferem seus sentimentos como empobrecem qualquer debate. 


Tive há pouco tempo uma série de comentários e respostas, provavelmente de um jovem evangélico, que começou se expressando de maneira meio áspera, porém com minhas respostas ponderadas, longas, bem embasada e acima de tudo educadas, foi aos poucos mudando seu tom e sua fala e da discussão retirou-se educadamente, inclusive agradecendo a minha disposição em esclarecer suas dúvidas e temores.


Porém não é o que acontece com a maioria, muitos dos quais, por não terem conhecimento suficiente para entabular uma conversação partem logo para a agressividade ou simplesmente tentam ignorar, retirando-se abruptamente sem terem a dignidade de pelo menos aprender alguma coisa.


Infelizmente isto ocorre com muita frequência, porém sigo meu instinto e continuo aberto aos debates.


Por ser agnóstico, muitos se sentem ofendidos, porém a todos digo que religião não forma o caráter de ninguém, nem faz o homem digno, caso contrário não teríamos tantos e tantos cardeais, bispos, padres e pastores respondendo processos, condenados e presos por pedofilia e outro crimes.


Em estudos realizados por psicólogos americanos, descobriram que todos os apenados por diversos crimes no país, ou seja, 100% dos condenados por crimes que iam de simples roubos, ao trafico e assassinatos acreditam em deus, não havia um só ateu.


Sempre digo: Quem muito reza é quem muito deve. E muitos oram para pedir o mal dos outros, já eu como agnóstico não rezo, portanto fiquem tranquilos que jamais pedirei o mal de qualquer um que não concorde comigo.


E para finalizar vou novamente relembrar o filósofo Ludwig Andreas Feuerbach que dizia:




“O deus do homem é o próprio homem”.


A bientôt mes amis.

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