O Ódio.

Podemos definir ódio como execração, raiva, rancor e ira. É o ódio um sentimento enorme de raiva e aversão, que também podemos entendê-lo como antipatia, desgosto, rancor, aversão e inimizade por uma pessoa ou grupo de pessoas. Repulsa.

Muitos, inoculados por esse ódio podem magoar-nos, ferir, desejar o mal e fazer o mal. Muito comum em pessoas que desconhecem a civilidade e o urbanismo e estão muito longe de serem chamados de humanos.

O amor está diametralmente oposto a esse sentimento, porém vamos encontrá-lo não só no meio da ignorância, do desrespeito e da falta de argumentos sólidos que poderiam modificar este sórdido sentimento, mas também vamos encontrá-lo principalmente no meio mais culto e elevado de uma sociedade.

Sofro ataques sistemáticos quanto aos meus posicionamentos, mas isto é enveredar pela ignorância do “eu estou correto”, não deixando espaço para as réplicas ou tréplicas. Sempre aparecerá o dono da verdade, mas nem sempre esse dono da verdade é confiável e muito menos verdadeiro. É na verdade indigno, pois semeia a ira, o ódio e a desconfiança.

Surge então a dúvida – quem está com a verdade, pois a minha verdade pode não ser a verdade de outro, assim como a verdade de outro pode não é a minha verdade.

E neste caldo de informações e afirmações sempre haverá o espaço para o meio termo, porém há aqueles que não admitem também o meio termo, pois se arvoram os donos absolutos da verdade.

Neste impasse, muitas vezes não temos saída, pois somos abruptamente contestados, magoados, repelidos com ódio, tanto referentes aos pensamentos filosóficos, quanto nas posições políticas e até nas coisas pessoais que são atropeladas por aqueles que se imiscuem até nos nossos pensamentos, na  nossa maneira de ser, pois confundem carinho e educação com fraqueza. Confundem serenidade e urbanismo com bajulação. Fui educado para ser cidadão, honrado, afável e carinhoso com todos. Porém os que semeiam o ódio e estão sempre de plantão dirão coisas horríveis para desmerecer, para enganar, para, dissimuladamente, agredir.

Fico deveras impressionado com o radicalismo de muitos que ao não concordar com uma vírgula do que disse, açodadamente intervém de forma insana e muitos começam de maneira irresponsável e tendenciosa a semearem a cizânia. E não há nada mais nocivo que a cizânia, pois essa fere, agride, magoa e lança dúvidas sobre a moral ou o comportamento de terceiros, porém querem na verdade ver o circo pegar fogo, não importando os laços de compreensão, amistosidade ou até amizade. Infelizmente vejo a cizânia como um mal inerente da sociedade dita civilizada.

Conheci uma Especialista em educação, Supervisora de uma escola que quando procurada por uma ou um colega que viera falar que “fulano falou”... Ela o interrompia abruptamente e mandava chamar “fulano”. Aí na presença do citado ela pedia para o colega ou a colega continuar sua fala.

Em pouco tempo acabou com as chamadas “fofocas”, tão nocivas no meio civilizado.

Digo isto, pois é no anonimato que as coisas fluem e deterioram amizades e companheirismos. Pela frente mostram uma cara simpática, educada, solidária, porém ao virares ás costas o discurso muda e sob as sombras incitam o ódio e a desunião.

Posso não concordar com fulano ou beltrano, porém civilizadamente procuro compreender os porquês de suas posições, muitas vezes até equivocadas e ambíguas.

Sempre fui um ferrenho defensor da máxima atribuída a Voltaire, porém não é fruto dele:

"Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”.

Porém e infelizmente não é o que todos fazem, pois é mais fácil a intriga, pois esta muitas vezes não deixa vestígios da pequenez de quem às faz.

Hoje possuo quase um milhão de acessos, e de todas as centenas de comentários (devidamente respondidos), que não são muitos, pois minhas postagens, em sua maioria caracterizam-se por assuntos muitos dos quais longe do domínio de uma maioria inculta, que ao ler as primeiras linhas o abandonam pensando que estou escrevendo em “grego”, pois gostam de coisinhas curtas e até simplórias. Mas ínsito, sou persistente e complicado mais ainda ficará.

É óbvio que sendo um blog de acesso múltiplo, entremeio o folclorismo e histórias de minha vida, assim como coisas simples para que não caiam no esquecimento, lembrando que pertencemos a um povo de memória curta, muitos dos quais analfabetos funcionais, que acham “palha” ler textos extensos e complicados.

Aos meus assíduos leitores e comentadores peço desculpas pelo meu desabafo e não ligo para as críticas que fazem em Off, pois isto só me engrandece, ou seja, não ter a coragem de dizer diretamente usam deste artifício espúrio. 

A todos, mas a todos mesmo, dedico mais uma vez a bela e inteligente bênção apache que diz:

“Que o Sol te traga energia durante o dia. Que a Lua suavemente te restaure à noite. Que a Chuva lave todas as tuas preocupações. Que a Brisa sopre novas forças em teu Ser. Que seja gentil teu caminhar pelo Mundo. E que conheças a beleza todos os dias de tua Vida”.