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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Abelhas. Entre Elas.








Esta é uma linda abelhinha,

Solitária voando sozinha.

Voou muito até chegar ao meu coração,

E se alimentar na palma de minha mão.







Foi-se feliz e sem segredo,
Voltou logo para comer em meu dedo.
Oh, abelhinha de doloroso ferrão,
Comeste também na ponta do meu dedão.




Novamente alçou voo e sumiu,
Quando menos esperava ela surgiu.
Queria mais do doce licor,
Natural e embriagador.

Foi perto e voltou sem medo,
Ofereci, com mel, o outro dedo.
Foram tantas idas e vindas que acostumou,
E muito, muito mel ela tomou.




A janela estará sempre aberta para ti, abelhinha,
Se cansares podes descansar em minha mão tuas asinhas.
Mal eu jamais te farei,
E de ti o mal eu não terei.

A chuva forte caiu,
E a abelhinha cansada por um tempo sumiu.
De certo mais tarde voltará,
E mais mel em minha mão tomará.





Quando a chuva forte passou,

A abelhinha em meu dedo pousou.

Deixei de usar o teclado,

Para ela tomar outro bocado.



E para eu puder tranquilo digitar,

Um potinho com mel eu fui buscar.

Num vai e vem constante,

O mel que deixei não foi o bastante.






Lembre-te amável operária,
Que vai e volta voluntária.
Carregar mel para tua casinha,
Todas comerão, até tua rainha.

É só vir sem medo e confiante,
Aqui tem mel abundante.
Sou teu amigo, parceiro e solidário,
E tu alegras meu cantinho solitário.






Mas tu foste muito espertinha,
Trouxeste logo uma amiguinha.
E outras em um zum-zum, vejo voando,
E pela janela estão entrando.


Batem asas, o doce mel procurando,
Frenéticas ficam pousando.
Até na tela do monitor,
Assim não posso usar o meu computador.






Voam em minha volta e eu não posso reclamar,
Quem mandou ser bonzinho e muito mel eu te dar.
Pousam em minha testa, no nariz e na orelha,
Agora outra sentou, também em minha sobrancelha.


Todas foram, até minha amiguinha sumiu.
Era tarde e a noite escura caiu.
Não ouço zumbido de nenhuma asa.
Pois moça recatada não dorme fora de casa.

 

Há no Brasil aproximadamente 300 espécies de abelhas nativas, sendo a Jataí a menor e mais dócil, pois se adapta ao meio urbano e não tem ferrão, são rústicas classificadas como tetragonisca angustula.



            Africanizadas..Num potinho bem maior.


A abelha comum, ou europeia (apis melífera) foram introduzidas no continente pelos espanhóis e ingleses, e chegaram ao Brasil em 1839 para suprirem apiários na produção de cera e mel. Já as naturais do Brasil não são manejáveis, com exceção da Jataí ou Mirim, que produz um excelente, finíssimo, doce e aromático mel, porém em pouquíssima escala.
             Jataí.     

Em 1966 cientistas brasileiros trouxeram as abelhas africanas, (apis melífera scutellata), agressivas e mais eficientes na produção de mel, porém por um descuido do laboratório que tentava o cruzamento das espécies, tornando assim as europeias africanizadas mais produtivas, vário enxames fugiram e em pouco tempo espraiaram-se por todo o continente, chegando aos Estados Unidos. Por sua agressividade e causadoras de alguns óbitos em humanos e outros animais, foram chamadas de abelhas assassinas e hoje quase todas as abelhas europeias do continente estão africanizadas, o que causa pavor entre as pessoas, sendo protagonistas de filmes sensacionalistas de Hollywood. Ontem, quando escrevi esses simplíssimos versos era domingo, um domingo de chuva fina e constante, quando comecei a dar mel para uma solitária abelhinha. Hoje, oito horas da manhã, ao abrir minha janela, já estavam elas aguardando e em minutos invadiram o meu escritório e voam em minha volta frenéticas, passam pela frente de meus olhos, voam em minha volta, pousam em meu rosto, cabeça e orelhas, pois são dezenas que batem suas asinhas em estonteantes zum-zuns, em busca do bom e aromático néctar que as ofereço.
                                A enorme e solitária Mamangava


Aviso aos meus estimados leitores que não devemos espantá-las com movimentos bruscos, bater ou apertá-las e se por tua sorte alguma pousar em tua pele não as trate mal, pode até espantá-la, porém com movimentos leves e delicados, assim elas não te picarão, caso contrário sofrerás com a ardida picada que pode levar pessoas sensíveis ao veneno, à morte.


             Catinga-de-mulata


Já fui tantas vezes picado que não me importo com uma picada a mais, e como antídoto o tabaco mascado e colocado sobre a picada imediatamente alivia a dor ou também a palma africana, conhecida aqui no Sul como catinga-de-mulata, macerada com um pouco de água quente e colocada como emplastro. 

                                                    Lechiguana


Quando elas picam, deixam seu ferrão com a bolsa de veneno pulsando e injetando mais veneno e morrem. Não tentes retirar o ferrão apertando a bolsa, use uma lamina para, no sentido contrário retirar o ferrão e coloque imediatamente tais antídotos, se dispuseres. Caso contrário à dor se prolongará e poderá ter efeitos danosos a certas pessoas.



Clique sobre as fotos para ampliá-las.

6 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá Paulo Vieira, honradíssimo com tua visita e comentário. Sou um apreciador da natureza e a respeito muito. Mesmo um pequenino animal tão útil e complexo como as abelhas.
      Volte sempre, meu blogue estará sempre à disposição de meus caríssimos leitores.
      Fraterno abraço e que tenhas muita saúde e alegria.

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  2. Ai, ai, Pedrito de mi corázon, tenho de ir para o "hospital", pke um amigo me "quebrou" uma costela (rs) de tanto me apertar em seus braços e agora "tou" nesse estado. Ah, me dá tua mão, por favor, ah, essa k tá ferrada, pois deve te doer ou já estás acostumado às "picadelas" de "amor", que elas te dão, te entregam (rs)?

    De mim, não tenhas o mais pequeno receio, pke eu sou Jatai e Pinguchita (será esse o termo? Adoro esse vocábulo, pke acho k ele combina mto bem comigo, pois tenho 1,56 de altura, sou maneirinha, mas não me "meto" em qualquer lugar -rs) e portanto, sou serena como uma folha em seu "posto".

    Gaúchito adorado, creio ter entendido tuas palavras lá no blog, no sentido geral, mas olha k no específico, os regionalismos, por ex. não sei seu significado. Tu depois, "traduzes" pra mim, por favor. Merci bien, chéri!

    O título k deste a esse teu post, tem k se lhe diga, hein!? Sabes k, se calhar, é minha imaginação k já está trabalhando a mil. Não ligues pra ela!

    Me ri a valer com tuas "queixas" sobre os teus dedinhos, sobrancelhas, rostinho e tudo o k esteja ao leu (rs).
    Tu és meloso PRA ELAS e depois elas te lambuzem, desse jeito e tu gostando.

    Há quadras, que se podem adaptar, ou seja, a abelha pode ser substituída na tua escrita por uma mulher. Foi isso k eu senti, mas tu não estás "nem aí". Vero? (rs).

    Falando sério, acho teu post, aliás como todos, um SUPER, MEGA POST com imensa informação histórica e não só: "quem sabe, sabe, conhece bem...". Tenho pavor de abelha, minino lindo.

    Agradeço tua informação sobre o comentário k deixaste no blog "Casa de Madeira". Depois, passarei por lá, pra ler o k disseste de mim.

    Para a próxima semana, dia 12, bem cedinho, vou passar uns dias ao Alentejo e não levo PC atrás de mim, coisa nenhuma. É mesmo pra relaxar e ver papoilas. Voltarei por volta do dia 07-07 e depois no dia 10-07 vou manda pintar minha casa, todinha, k é um apartamento e fazer umas reformas. Segundo me disseram os profissionais, é trabalho para um mês, um mês e meio, o que me leva a pensar, que só regressarei à blogosfera em Setembro. É mto tempo, não é? Pois, eu tb acho, mas tenho de dar atenção aos trabalhos por aqui. Nem quero pensar nisso, mas o trabalho tem de ser feito. Não postarei, nem comentarei, nesse período de tempo. Espero k entendas a situação e k sintas saudades da "tua" miguchinha.

    Beijinhos para ti e apra todos aí de casa.

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    1. Olá!
      Céu, não imaginas o quanto fico feliz em receber teus comentários e este trocar de mensagens vai cinchando (apertando) nossa amizade. Hoje, diferentemente da primeira vez sinto-me mais a vontade em escrever, em responder, em alegrar-me sem medo de ser feliz. Sou realmente um privilegiado em poder trocar essas ideias e informação com uma amiga inteligente e distinta, a ponto de diariamente quando acesso meu blogue vem em primeiro lugar em minha mente a tua pessoa. És maravilhosa não só em teus poemas como na tua salutar amizade.
      Como vais ficar algum tempo afastada (oh dor) fico com o coração apertado e ao mesmo tempo estreleiro (alegre) em saber que vais para a tua boa terrinha, o Alentejo, que é bem pertinho, mas nada como a terrinha natal.
      Já de início quero pedir perdão por um erro de digitação em comentário último postado em teu espaço, o que já fiz a devida correção em teu blogue, pois o termo é PINGUANCHITA (menininha)
      Já que estamos no assunto vou explicar este vocabulário:
      MACANUDO: Corruptela de Bacanudo, ou seja, bacana, lindo, formoso, elegante, torena. Mui usado principalmente pelos argentinos.
      MINUANO – Além de ser uma extinta nação indígena que entra na composição do sangue Gaúcho é também um vento gélido que sopra da Antártida passando pela Patagônia, trazendo para o Sul do Brasil muito frio. Chamado nos outros Estados do Sul de Cortante.
      FRIÁCA – Muito frio. Coisa gelada.
      Gajeta – Espécie de cuia pequena para tomar mate (chimarrão) individualmente. Muito usada no Uruguai, na Argentina e na Campanha do Rio Grande do Sul.
      Jujo – Ervas medicinais que são colocadas na água quente momentos antes de beber o chimarrão. Pode ser capim-cidró, catinga-de-mulata, cidró-pessegueiro, carrapicho rasteiro, carqueja, etc.
      BOMBEANDO – Admirando, olhando com atenção alguma coisa, envolto em pensamentos.
      CABORTEIRO – Mau. Tratante.
      GAUDÉRIO – Vagabundo. Sem eira nem beira. Andarilho. Que vive pelas estradas e campos.
      DESGUARITADO – Sem boa morada, sem abrigo, sem ter onde ficar ou morar.
      HORNERO – Pássaro, joão-de-barro. Forneirinha.
      EUCALIPTO: Árvore gigantesca, trazida no final do século XIX da Austrália e hoje ocupa vastíssimas áreas de reflorestamento, principalmente no Rio Grande do Sul, para abastecer as indústrias de celulose.
      Quanto às abelhas, moro no meio de uma mata nativa de preservação, bem no centro da cidade e certamente há ninhos delas nessas árvores e todos os dias entram pela minha janela. Já estou acostumado com elas e elas nunca me picaram. Trato-as bem e costumo deixar sempre algum regalo. Ontem mais de cinquenta abelhas voavam em minha volta, como podes verificar nas fotos de minhas, corretamente, quadras.
      Eu sou um amante destas bravas e ao mesmo tempo gentis e laboriosas abelhas, em especial com as jataís que constroem suas colmeias em qualquer lugar, até em brechas de paredes ou muros. Infelizmente, por desconhecimento e medo, muitos as matam com inseticidas.
      És então como uma jataí, assim como minha filha Monica, pequenina, professora e guerreira.
      Com o tempo hás também de aprender o Gauchês, pois minha maneira de falar é esta. Policio-me muito para, no escrever, evitar certos termos que são desconhecidos mesmo no Brasil, país de muitos regionalismos. Lembrando que mesmo no Rio Grande do Sul, muitos, principalmente da Área Metropolitana de Porto Alegre e Serra não as entendem, e por não entenderem não falam desta maneira, mas eu no dia a dia assim me expresso, mantendo minhas raízes pampeanas, afinal como já ressaltei sou um Gaúcho por quatro costados, ou seja, os quatro avós são de mesma vertente.
      Amada Céu, desejo do fundo de meu coração que tenhas uma bela estada no Alentejo, com muita alegria e saúde junto a teus familiares e amigos.
      Ficarei a espera de teu retorno, já com saudades da miguchinha.

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  3. Buenos dias, mi gaúchito querido!

    Olhando as fotos desse teu post, até k fico amedrontada, mas por outro lado, sei k és bem valentão, destemido e meloso e k o diga Sandrinha. Beijinhos pra ela e para a Moniquinha, que comeu feijão com carne (acho k foi isso)da mamãe até não poder mais. Uma vez por mês não mexe com nosso peso, mas mais, talvez possa interferir com nossa elegância (rs).

    Eu, como boa alentejana que sou adoro pão, e me é tão difícil não o comer às principais refeições. Tempo houve em k o meu Alentejo foi considerado o Celeiro da Nação, muito trigo tínhamos nós e ainda hoje o pão alentejano é apreciado no país inteiro, tal como os vinhos.

    É natural, garoto, k tu, inicialmente, e tal como eu não nos sentíssemos tão à-vontade para falar, dizer coisas brejeiras, etc. depois com a convivência a gente faz a amizade ou qquer outro sentimento tomar forma e crescer.

    Meu querido não estejas já entrando em "pânico" como alguns comentaristas, k em OFF me dizem k sou uma desnaturada, ou seja, tanto tempo sem amor e sensualidade como vão eles aguentar? Vê bem, só o "descaramento" dessa gente (rs)!

    É verdade, de Lisboa até a Beja, minha cidade, são 198 Km. Acertaste, em cheio, meu querido amigo. Lá, há mta calma, serenidade, sossego, planícies a perder de vista e mto calor. Devo dar um salto a Espanha, k fica ali bem pertinho, pra complementar.

    Qual perdão, qual quê? Cometeste algum crime? Então, não se pede perdão, mas, se fosse o caso, pedirias desculpas. Ninguém é perfeito e erro de digitação, ah, eu cometo tantos.

    Agora, sim. Fiquei percebendo o teu comentário, na perfeição, meu Macanudo de eleição. Merci bien, chéri! Agradeci em meu blog, tb.

    Passarei no final de semana pelo blog "Casa de Madeira" pra dizer um alô à Janicce e ler o k tu escreveste lá.

    Beijinhos, beijinhos e abracinhos pra ti e para teus meninos, de quem mto gosto tb.

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    1. Olá, Céu amada.
      Que bom teres comentado em meu espaço, pois estava meio ABICHORNADO (triste), tanto com o tempo que não para de chover e tantas coisas tenho que fazer fora de casa, o que fez aliviar a melancolia de um dia escuro, nublado e de chuva fina e constante, mesmo assim já fui visitado hoje por três lindas abelhas, Dei um pouco de mel e tive que fechar a vidraça, pois o vento frio está congelante.
      Pois é, o feijão preto é prato típico do Brasil, o qual não falta na mesa da maioria. Seja o simples feijão com arroz, outro alimento muito consumido no país e de larga produção, somos um dos maiores produtores deste belo grão) ou a famosa feijoada, com costela defumada, pés, rabinho, orelhas de porco; paio, linguiça de porco e de boi, temperos variados e acompanhado de arroz, couve crua cortada fininha (ou refogada), a famosa farofa (farinha de mandioca tostada com bacon) e laranja. Há aqui no Rio Grande do Sul um prato que, modéstia a parte, sou especialista, coisa que já publiquei neste espaço, que é o famosíssimo MOCOTÓ, para muitos é um prato selvagem ou bárbaro, mas comeu uma vez e fica apaixonado. É um prato típico e o que eu faço no inverno é simplesmente riquíssimo em calorias. Inverno retrasado na casa do sogro de meu filho Fábio, servi esta “selvagem” iguaria para mais de 30 pessoas. FEIJÃO BRANCO, patas de boi cozidas até desmanchar as cartilagens, formando o chamado colágeno, os ossos são tirados, além de linguiça fina de porco, linguiça calabresa, da grossa e da fina defumadas, paio, mondongo (bucho do boi ou dobradinha, cortada em iscas do tamanho de meu indicador) carne suína salgada, carnes de cortes não nobres, como músculos das patas, uso também costelinhas de ovelha defumadas, azeitonas e serve-se com bastante ovos de galinha cozidos e picados, com muito tempero verde (salsa ou perejil e cebolinha picadas), pão e uma bela taça de vinho tinto seco. Oigalê, coisa bagual de boa. Haja tempo, pois levo uns cinco dias nos preparativos desta gororoba (comida). Veja em 28 de julho de 2014, com o título MOCOTÓ. Lembrando que faço de várias maneiras. Vou como um cientista inventando novas fórmulas.
      Temos aqui no Rio Grande o costume de pedir perdão ao esbarrar em uma pessoa, ao fazer alguma coisa errada, sem nenhuma conotação religiosa, e sim uma forma urbana que temos de manifestar uma desculpa.
      Tanto de Lisboa como da Espanha, estando em Beja é um pulinho como dizemos aqui. É perto, um pé lá e outro cá. Para agradar Sandrinha, certo domingo a levei para almoçar na Churrascaria Lobão, que fica em Pelotas, mais de 200 quilômetros, fomos pela manhã e a tardinha já estava de volta à Canoas.
      Hoje, bem mais à vontade respondo teu comentário, pois acredito muito que uma amizade pode se consolidar mesmo tamanha seja a distância que nos separe. Na verdade estás bem pertinho, dentro de meu coração.
      Amada Céu, amore mio, lisonjeado fico com teus elogios e retribuímos o amável carinho, Sandrinha, Monica e eu.
      Beijos, muitos beijos com carinho e redobrado respeito e não fiques amedrontada com as abelhinhas que voam a minha volta, elas são tri legais.

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