Para entendermos a História
do Brasil não basta ler diversos livros, até mesmo fazer uma Faculdade de
História e depois se quiser pós graduar-se em um assunto específico, fazer um
mestrado, um doutorado ou mesmo um pós-doutorado.
Porém nada disto adiantará
se coisinhas pequenas escaparem de nosso entendimento, coisa comum de
acontecer, mas aí podemos cair na vala comum do “eu acho”, o chamado "achismo", lembrando que isto acontece em todos os ramos do conhecimento.
E para não cair na incerteza
vamos começar pelo termo “pero”.
Afinal de contas o que isto
quer dizer ou o que isto significa.
Para tal vamos recorrer ao
dicionário espanhol ou português de Portugal, já que nos nossos dicionários
pode aparecer a palavra “pêro”, cuja
definição é o fruto da pereira ou pera:
Porém o termo Pero, cuja pronúncia é pêro, é uma palavra
de origem ibérica que significa “mas”,
porém, entretanto, todavia.
Lembrando que a língua
portuguesa surgiu dentro da hoje Espanha, já que Portugal é mais antigo que essa e foi o primeiro Estado Nacional, surgiu nossa língua na Região da Galícia ou na época o Reino
da Galiza, ao norte de Portugal, e que foi com o tempo rumando para o sul até
chegar ao Algarve, perfazendo todo o Portugal e daí para o mundo.
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Os portugueses falavam muito pior do que este exemplo
Ao chegarem ao Brasil, os
primeiros exploradores e depois colonizadores portugueses a cada uma ou duas
palavras introduziam o termo pero no
meio.
Ex.
Cortem essas
árvores, pero não as queimem.
Levem os galhos para suas casas, pero deixem os troncos.
Este cão é muito grande, pero é manso.
Eu sonho com aquela índia, pero ela é casada.
Ela sonha comigo, pero o marido dela é muito forte e mau.
E de tanto falarem “pero isto", “pero aquilo", os indígenas brasileiros apelidaram os portugueses de
“peros”.
Ex: Tu foste lá na casa daquele pero malvado?
Fui, o pero estava bêbado e eu roubei esta gamela.
Tu és louco, pois aquele pero vai ficar furioso.
E hoje chegou mais um navio abarrotado de peros.
Ex: Tu foste lá na casa daquele pero malvado?
Fui, o pero estava bêbado e eu roubei esta gamela.
Tu és louco, pois aquele pero vai ficar furioso.
E hoje chegou mais um navio abarrotado de peros.
Com o tempo, assim como
acontece com o alho porro (pôrro), que por total desconhecimento ou vergonha de
falar porro, passaram a dizer e escrever erradamente alho poró. Livros de
culinária, apresentadoras de televisão, revistas, supermercados e restaurantes
escrevem alho poró achando que é o correto, surgiu com o tempo a palavra Peró,
inclusive surgiu nome de uma praia e estabelecimento comerciais com esse nome.
Portanto a palavra pero,
usada pelos índios do litoral carioca e paulista é uma alusão aos
portugueses apelidados de peros. (mas).
Outrossim, aproveitando o
gancho vamos ver a palavra “mas”.
Nos dicionários brasileiros
vamos encontrar a seguinte explicação sobre esta palavra:
Mas, conj: Designa oposição ou
restrição; s. m. obstáculo; embaraço; defeito: tudo tem seu mas; nem mas nem
meio; nada de desculpas ou controvérsias. (do lat. magis)
Porém devemos lembrar que a
palavra “mas” deve ser pronunciada
como “más” e não como a maioria pronuncia principalmente no minha República do Rio
Grande do Sul, mãs. Mãs não existe, ou isto “NON EKZISTE”, como diz o nosso
conhecido, querido e folclórico Padre Quevedo, que pensa, mas pensa com inteligência e crítica fundamentada e não é desses cordeirinhos que acreditam em tudo como está no dito livro sagrado como sendo verdade.
Neste blogue já expliquei
sobre o alho porro (pôrro), que foi motivo de adorno em bengalas. Ao esculpirem o alho porro
nos punhos das bengalas, essas foram chamadas de porras, pois tinham um alho
porro como ornamentação. Tanto que dar uma porrada é bater forte, bater com a
porra (bengala).
Alho porro está dicionarizado
em Aurélio e outros, e inclusive meu computador dá como errada a palavra poró.
Poró
é fruto da ignorância de milhões de iletrados e também de letrados sestrosos.
Com o tempo começaram a
fazer uma analogia entre a bengala e o pênis e daí surgiu o termo porra para
designar “sêmen”, esperma. (do latim “semen” o que já deveria estar
aportuguesado para “sêmem”.
Notinha:
até o século XVII, os colonizadores portugueses em sua maioria não falavam, urravam e nada seria hoje compreendido,
eram extremamente grosseiros e iletrados.
No século XII os textos eram
escritos por uma reduzida parcela em latim bárbaro e apenas em documentos.
Somente no Século XVI haverá a separação do português e do galego e vai começar a uniformização da
língua portuguesa em Portugal, quando vai surgir o dito português moderno, e
mesmo após Camões e a Gramática e linguagem portuguesa do Padre Fernão de
Oliveira, custou muito tempo para começarem a falar e escrever mais “corretamente” o português, A obra do Padre Fernão. chamava-se “Grammatica de Lingoagem Portuguesa” (1536).
Obviamente os idiomas não
são estáticos e com o tempo sofrem profundas modificações. Ou achas que em cem
anos o nosso idioma será o mesmo de Portugal. Pura ilusão, pois hoje livros de
autores brasileiros são traduzidos para o português de Portugal e de
portugueses são traduzidos para o Brasil, assim como filmes portugueses são
dublados ou legendados, assim como entrevistas.
Finalizando. Nada foi mais
desastroso e sem sentido, uma verdadeira perda de tempo o tal Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa. Pura bobagem de quem tem tempo para desperdiçar com bobagens que
mais complicaram do que facilitaram. Se o português já era difícil com o trema, imaginem sem ele. O que levará em breve lapso as pessoas falarem trankilo, entre outras palavas que levavam o trema.
E todas as demais modificações efetuadas só prejudicaram a nós, que somos hoje mais de 200 milhões que falam o “BRASILÊS” ou brasileiro, e tivemos que, como sempre, curvar-se diante dos estrangeiros. Ora bolas, os outros, que são minoria incontestável se quisessem, se adaptassem ao nosso modo de falar.
Os próprios portugueses dizem que nós falamos o "brasilairo".
E todas as demais modificações efetuadas só prejudicaram a nós, que somos hoje mais de 200 milhões que falam o “BRASILÊS” ou brasileiro, e tivemos que, como sempre, curvar-se diante dos estrangeiros. Ora bolas, os outros, que são minoria incontestável se quisessem, se adaptassem ao nosso modo de falar.
Os próprios portugueses dizem que nós falamos o "brasilairo".
Vá a Lisboa e tente entender
um português falando, é mais fácil entender um espanhol de Madrid do que um português de Lisboa, de Trás os Montes ou do Alentejo.
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