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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Racismo:



Desde eras imemoriais o racismo está presente no meio da humanidade, não importando a cor, mas sim suas origens.  É inegável o racismo que existe hoje entre diferentes povos brancos. É inegável o mesmo racismo dentro da Mãe África, onde Tutsis e Hutus odeiam-se, lembrando o Genocídio de Ruanda. (1994). Mas não fica somente entre esses dois povos, muitos outros povos negros também se odeiam.

É inegável o racismo que existe entre chineses e japoneses, que pertencem a uma mesma raiz; entre alemães e todos os outros, o que levou a Alemanha cometer o maior genocídio da História. Nos Balcãs, muitos já esqueceram o massacre de Srebrenica, onde 8.373 bósnios foram mortos por sérvios (1995). Há racismo entre russos e poloneses, entre italianos do Norte e italianos do Sul; entre portugueses e espanhóis e mesmo dentro da Espanha, ao ponto de dizerem na Catalunha que os espanhóis são mais parecidos com portugueses e nós, catalães, somos mais franceses. Aliás, se pegarmos a Europa vamos nos surpreender com o racismo existente entre os países desse que é um dos menores continentes do mundo, apenas à frente da Oceania.


Nos EUA continua e aumenta o racismo, um ódio se estabelece em todos os sítios daquela sociedade, uns contra outros, brancos, negros, índios e hispânicos, sendo destes os mexicanos os mais odiados por americanos brancos ou negros.

No Brasil o racismo iniciou muito antes da chegada dos europeus, pois muitos de nossos índios não viam outros índios como seres humanos, havendo no Brasil sociedades mais desenvolvidas que outras. Os Tupinambás viviam em aldeias organizadas e possuíam lindo e grande linguajar, enquanto os Goitacazes ainda dormiam como animais em meio à floresta, sobre folhas, deitados ao chão, construíam eventualmente choças de palha.

Esse racismo aumentou muito com a chegada dos portugueses e franceses, infelizmente, que passaram a incentivar essas diferenças, pondo tribos contra tribos. E foi tão danosa essa interferência que levou os índios a formarem, num momento de lucidez, a Confederação dos Tamoios e índios se uniram contra o invasor, pois esses não consideravam os índios seres humanos e para tal temos diversos relatos em nossa história desta mácula, como também aconteceu com mais fúria e desrespeito dentro dos EUA, onde os índios foram massacrados pelos cristãos brancos por não acreditarem serem os índios humanos e sim animais. (Lembrando que os humanos também são animais).


Lembrando que a Bíblia não só incentiva a escravidão, como a organiza.

“O direito a ter um escravo está claramente estabelecido nas escrituras sagradas, tanto por preceito como pelo exemplo”.

                                                              Rev. R. Furman

                                                              Batista da Carolina do Sul. USA.

Com a escravidão no Brasil, tendo farta mão de obra negra, trazida da África como gado, amontoados em fétidos porões, os portugueses passaram a tratá-lo como simples semoventes, inferiores e alvo de seus maus tratos, açoitamentos e até matando-os, pois diziam que era um castigo de deus ser negro, como ainda certos pastores apregoam em seus cultos obscurantistas, e os castigando estariam completando a obra do senhor, o mesmo também acontecia, com mais ódio dentro dos EUA. Visto que os negros nos EUA só passaram a ter seus direitos civis respeitados a partir de 1965, após muitas rebeliões e mortes, mas sempre se arvoraram de ser o país da liberdade e da democracia. O chamado mundo livre.

“Pessoas que rejeitam a escravidão, obviamente rejeitam a deus e sua palavra, porque rejeitam o que deus diz e preferem escutar o que dizem simples humanos sobre a escravidão.”
                                                     Senador Charles Davdson.

                                      Mostrando que a bíblia defende a escravidão.

                                                      Alabama - USA


Porém no Brasil não deixavam os portugueses de terem em suas camas mulheres negras. Esse deleite eles não poderiam descartar, já que como diziam as mulheres brancas são para serem mães, esposas e santas e as negras para dar-lhes prazer. Muito bem abordado por Gilberto Freire em seu livro Casa Grande Senzala. Magnífica obra que tão bem retrata esse Brasil desconhecido.


A miscigenação do Brasil começou com o estupro de meninas índias e depois negras pelos seus “senhores” cristãos brancos que se vangloriavam de terem ficado com tantas e tantas meninas. Havia inclusive no Brasil uma falsa ideia dos colonizadores que para serem curados da sífilis deveriam possuir uma menina virgem e essas por bem ou no chicote eram obrigadas a deitar com o seu “senhor”.


Ignorantes e rudes esses colonizadores em sua parca inteligência, achavam que no cruzamento entre um homem branco e uma mulher negra, sairia uma cria totalmente diferente, como acontecia nos cruzamentos de jumentos e éguas, dos quais resultam as mulas, daí a expressão, para mim pejorativa, “mulato”, para identificar um homem que não é branco nem negro.


Esse racismo, nojento, é hoje ainda sentido muito em nossa sociedade, baseada na cultura deixada pelos europeus, porém não só existe no Brasil o racismo branco X negro. Há outro racismo, sorrateiro, que da mesma forma ofende, magoa e leva muitos a repensar o que fez o Brasil em trazer para essas terras imigrantes europeus, muitos dos quais são viscerais racistas contra todos.


Eu, homem branco, de notada origem ibérica, já fui alvo de preconceito racial por parte de alemães e alguns italianos, assim como foi nos anos 1930/40 o meu sábio avô, que sendo professor rural, dava suas aulas nas colônias alemãs, e para tal, teve que aprender a falar o pomerano para ensinar os alemães a falarem o português, pois durante o chamado Estado Novo, (1937-46) de Getúlio Vargas, em pleno auge da Alemanha Hitlerista, proibiu que se falasse uma língua estrangeira em território nacional. Sofreu muito, tinha a casa apedrejada, pois não queriam aqueles alemães terem aulas com um brasileiro, de pele tão branca quanto neve, mas de cabelos negros como uma mamangava, sendo que inúmeras vezes teve que dar suas aulas de português escoltado por uma dupla de policiais militares.


Nos anos 80, morei com minha mulher e filhos em uma chácara, circundada de outras, pertencentes somente a brasileiros de origem alemã. Esses racistas referiam-se à minha casa como a “casa dos negros”, já os negros eram por eles chamados, com desdém, em seu rançoso racismo, de brasileiros.


Há uma grande diferença entre os imigrantes italianos que vieram a instalar-se em São Paulo e os que vieram para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pois os que foram para São Paulo, em sua esmagadora maioria vieram do Sul da Itália, bem menos racista, já os que colonizaram o Sul do Brasil vieram do Norte, sendo esses, em sua maioria, extremamente racistas, principalmente os que conseguiram sair da miséria e galgar postos na hierarquia social, o que pude também, mesmo estando dentro de meu País sofrer este tipo de preconceito.

Dentro da própria Itália há esse repugnante racismo, ao ponto dos italianos do Norte dizerem que de Roma para baixo, inicia a África, já os do Sul não gostam dos do Norte, pois sentem-se colonizados pelos nortenhos. Há abissais diferenças entre o Norte e o Sul. Muitos se odeiam.


Há enormes diferenças entre o Norte da Itália, industrializada, rica e racista com o Sul da Itália, ainda remanescente de uma região agrária, pobre e bairrista e que não gostam de estranhos em suas cidades.

Entretanto o que é de se admirar, que muitos brasileiros multirraciais fazem dentro e fora do Brasil uma distinção vergonhosa entre homens, sendo que a maioria não só é contra negros ou miscigenados, mas contra qualquer um que seja pobre.

Certa vez, em 1976, cheguei com um de meus vendedores a uma enorme fazenda, que se perdia de vista, uma linda, verdejante e produtiva plantação de soja no Mato Grosso. Fomos recebidos por uma linda menininha negra, com seu vestido azul, de quando muito, dez anos, que correu para nos atender juntamente com dois irmãozinhos menores.


Cumprimentei-a com carinho e educação, pedindo para falar com seu pai, mas antes lhe perguntei:


- O que faz uma menina tão linda no meio desta plantação?

Ela sorriu meigamente e nem foi preciso sair para chamá-lo, pois o mesmo se apresentava alegre e sorridente. Era um senhor negro, alto que com um belo sorriso veio nos atender, convidando-nos para sentar à sombra em frente a sua bela casa de madeira lustrada e com as portas e janelas brancas. Sentamo-nos e quando eu me preparava para oferece-lhes nossos produtos, secadores de cereais, selecionadores de semente e outros produtos, fui interrompido pelo meu desavisado vendedor que disse:

- Precisamos falar com o proprietário da fazenda.

O senhor negro, olhou para mim, sorriu e disse serenamente a meu vendedor:

- Sou eu mesmo!

Meu vendedor vermelho como um pimentão não fez aquilo por racismo, mas por simples e inexplicável ignorância.


Por outro lado conheço muitos alemães e italianos que se livraram deste racismo, porém alguns poucos ainda permanecem arrogantes e racistas, como esses encontrados não só na Serra Gaúcha como em outras partes do Rio Grande.


Viajo muito pela Serra, região mui colonizada por alemães e italianos. A maioria não tem esse rompante, mas estando em Nova Petrópolis, enquanto Sandrinha admirava uma bela vitrine de uma loja, comecei a conversar com um cidadão branco como eu, uma conversa saudável e cheia de informações. Ele falava da beleza da cidade e me disse que a terra era muito boa de viver e quem sabe eu não fosse morar naquela cidade. Encantado com a educação do cavalheiro disse que esse era o sonho de minha mulher. Ir morar em Nova Petrópolis. Riamos e conversávamos alegremente, quando em um momento de total infelicidade e racismo me disse:


- Aqui é um ótimo lugar, o senhor vai gostar muito, pois nesta cidade não tem negros.


Meu sangue ferveu. Minha vontade foi de dar-lhe um violento murro no meio de seus olhos azuis, porém sem dizer uma só palavra, virei-lhe as costas e fui para junto de minha mulher, sem ao menos despedir-me.


Porém o maior racismo que sinto é quando certos “antropólogos” dizem com soberba que não existem raças, pois a raça é humana. Porém se apresentam defensores ferrenhos de quotas raciais e igualdade racial, numa total e vergonhosa falta de coerência.




Confederação dos Tamoios.

Não existe, nem nunca existiu índios ou nação índia chamada de Tamoio.

Tamoio em Tupinambá quer dizer: O mais antigo. O que primeiro chegou. O mais antigo naquele lugar. O mais velho.

A Confederação era formada pelos índios Tupinambás, Carijós, Goitacazes e Aimorés, ou seja, os mais antigos e donos da terra, que se uniram sob o comando do tupinambá, Cunhambebe para combater o invasor e inimigo comum. (1554/67)

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