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domingo, 28 de julho de 2019

A Curiosidade.



Acabei de ler uma maravilhosa obra, que a cada pé de página perguntava interessado, motivado e cheios de indagações: 


- “Qual surpresa me aguarda na próxima?”.

E com redobrado interesse, querendo ler mais virava e seguia ininterruptamente a leitura e as horas não eram notadas, perdia a noção do tempo, pois a cada virada de quase 500 páginas o interesse redobrava e ao terminar o livro, perguntei: 

- Por que acabou?

Talvez para muitos tal livro não seja tão belo e interessante, porém lendo “Sapiens – Uma Breve História da Humanidade” de Yuval Noah Harari, que é professor de História da Universidade Hebraica de Jerusalém e também autor de Homo-Deus – Uma Breve História do Amanhã e de 21 Lições Para o Século 21, muitas coisas que há muito tempo vinham sorrateiras fluindo em meus pensamentos desde os meus primeiros estudos das Grandes Navegações se dissiparam e o entendimento tornou-se, apesar de penoso, bem mais interessante.

Para afinar o caldo, já que é um assunto muito denso ou para encurtar o caminho que me parece infindável, vamos logo a um fato histórico que sempre me deixou estarrecido.


Grandes e florescentes Impérios, ricos, maravilhosos e “limpos”, ou seja, de povo asseado, como os Astecas e outros, que possuíam um grande desenvolvimento e eram construtores extraordinários de templos, aquedutos, palácios, pirâmides, sucumbiram diante dos espanhóis que era um povo rude, sujo, mal cheiroso, verdadeiras carniças ambulantes, que por onde passavam deixavam um rastro de fedor. Fedor de corpos sujos, doentes, imundos, pútridos, pois banho não tomavam, roupas não trocavam e não faziam sua higiene pessoal após suas necessidade fisiológicas.

Esses eram os europeus que chegaram à América, destruíram povos, saquearam riquezas e achavam que os índios queimavam plantas aromáticas era em sua honra, pois se sentiam superiores, verdadeiros deuses, porém jamais passava por suas mentes que o fato dos índios acenderem ervas aromáticas era para poderem aguentar a aca, o budum, o cheiro horripilantes desses homens estranhos, maus, gananciosos e extremamente porcos e fedorentos, cheirando a urina e fezes, como suas barbas desgrenhadas, cheias de restos podres de alimentos, piolhos e pulgas.


Até ai as coisas eram entendidas, mas algo ainda ficava no ar.

Por que eles vieram para a América, se nem sabiam de sua existência? 

O que atiçou a vontade de chegarem por outros caminhos às Índias?

Curiosidade.

Simplesmente curiosidade.


Porém ao descobrirem tão ricos povos, ingênuos e desprovidos de armas de fogo e com muito ouro e outras riquezas a ganância tomou conta e aventureiros CRISTÃOS fizeram o serviço sujo enchendo a Europa de suntuosos templos, coberto de ouro, prata e pedras preciosas roubados dos índios, mas que ainda suas paredes vertem o sangue de inocentes que foram escravizados e mortos para que os europeus agradassem seu deus mau, injusto, falso e impotente, pois nada fez para livrar os índios desse mal.


Chegaram ao Novo Mundo pelo simples fato de quererem conhecer, saber, querer conhecer o desconhecido, foram desbravando o mundo, porém a morte os acompanhava e cometeram massacres e genocídios em sua trilha. Não poupavam homens, mulheres e crianças. A matança foi generalizada.


Seguiram os espanhóis outros povos europeus tão gananciosos quanto, violentos, e também brutos e sujos, mas todos carregavam a dita Boa Nova, que pela força e morte foi sendo implantada nas terras que eram conquistadas. O maior crime feito contra a própria humanidade por ignorantes que acreditavam em deuses e demônios.

sábado, 13 de julho de 2019

Erico Veríssimo e os Comunistas



Em 1971 no Livro Incidente em Antares escreveu o escritor Érico Veríssimo, natural de Cruz Alta, Rio Grande do Sul, nascido em 17 de dezembro de 1905 e falecido em Porto Alegre em 28 de novembro de 1975, grande escritor gaúcho que nos deixou inúmeras obras como:


 
Clarissa (1933)

A vida de Joana d’Arc (1935),

Música ao Longe (1935),

As aventuras do avião vermelho (1936),Um lugar ao sol (1936)

Olhai os Lírios do Campo (1938)

O urso com música na barriga (1938)

Saga (1940)

Gato Preto em Campo de Neve (1941)

As Mãos de Meu Filho (1942)

O Resto é Silencio (1943)

A Volta do Gato Preto (1946)

Tempo e o Vento – 3 volumes (Vol. I “O continente” (1948), Vol. II “O retrato” (1951) e Vol. III O arquipélago (1961))

Noite (1954)

Gente e Bichos (1956)

O Escritor Diante do Espelho (1956)

O Senhor Embaixador (1965)

O Prisioneiro (1967)

Incidente em Antares (1971)

Foi premiado com os prêmios:

"Prêmio Machado de Assis" (1954), concedido pela Academia Brasileira de Letras.


"Prêmio Jabuti" (mais importante prêmio literário do Brasil).


Diz ele nesse livro:

Comunista é pseudônimo que os conservadores, os conformistas e os saudosistas do fascismo inventaram para designar simplesmente todo o sujeito que clama e luta por justiça social”.


É bem assim que os reacionários e ignorantes fazem por não terem sólidos conhecimentos e acham em suas cabeças torpes e despreparadas que chamar alguém de comunista é uma ofensa muito grande.