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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Vergonha na Política Brasileira



Diz a história que Diógenes de Sinope, um filósofo grego que fez da miséria uma virtude e andava pelas ruas de Atenas carregando uma lamparina durante o dia e quando perguntado para que a lamparina, ele respondia que andava sempre com aquela lamparina na mão, mesmo à luz do Sol, a procura de um homem honesto.

Por favor, deem-me mil holofotes, pois o que vejo são cangaceiros, tramposos, caborteiros, ladrões, corruptos, mafiosos e canalhas enfiados no Senado, na Câmara Federal, nas Assembleias Legislativas e nas inoperantes, inúteis e corruptas Câmaras de Vereadores, este antro fétido que polui nossas cidades.

Pois a cada dia minhas esperanças de encontrar um homem digno esvaem-se. Passei a não confiar nem mesmo na sombra, pois ela pode estar corrompida pelas sombras que se agigantam em todos os setores e classes do país. Pois não há um único setor neste país que não haja corrupção.

Hoje estou mais envergonhado ao ver um desnecessário Senador, do meu querido Mato Grosso do Sul, terra de minha filha, ser preso como qualquer meliante, desclassificado e mafioso.

A vergonha que sinto, a perplexidade que me assalta, o ódio que transpiro são imensuráveis.


Aquele ufanismo que aprendi com meu velho avô, o Professor Lourival da Rosa Teixeira, um sonhador, amante e apaixonado pelo Brasil, esvai-se a cada dia.

A cada dia a vergonha que sinto faz-se chorar, faz-me sentir um vazio profundo, faz com que não possa nem fitar os olhos de meus filhos, pois sempre os ensinei a amar esta terra.

A única coisa que sinto além da vergonha profunda é o desejo de ver este país passado a limpo, dentro do Estado Democrático de Direito, reestruturado, moralizado e que os maus brasileiros sejam também presos, que tenham seus bens confiscados, pois acredito que nenhum político seja o suficientemente sério para nele depositar confiança e que os seus bens amealhados não tenham sido de maneira honesta.

Um Estado Democrático de Direito é um tipo de Estado guiado pelas leis e baseado na vontade do povo. Para ser “de Direito”, o Estado deve ser o “império das leis” - isto é, as leis devem valer para todos, sendo que ninguém está acima delas.

Quero o Brasil Unicameral e Parlamentarista, abolindo-se assim a necessidade de um Senado desnecessário, onde também flutua num mar de lama.

Eliminem os cargos de vereadores, outro antro viscoso fétido, e corrupto transformando-os em conselheiros distritais sem salários e sem assessorias, mas que sirva de pré-requisito para poderem concorrer a qualquer cargo dos Estados e da República.

E que Deputados Federais como Estaduais tenham o direito apenas a uma reeleição e nada mais e que não façam da política uma profissão.

Para tal que se faça como fizeram na Islândia, onde todos os políticos foram mandados para casa e cidadãos sem filiação partidária ou religiosa foram escolhidos para fazerem uma nova constituição para o país.

Estou muito envergonhado com este mar de podridão que se espraia por todo o Brasil e o envergonha a nível mundial.

Elimine-se o Senado, moralize o Brasil de alto a baixo.

CHEGA DE VERGONHA.

CHEGA DE DESMANDOS.

CHEGA DE TANTA CORRUPÇÃO.

Que o povo eleitor compra com seu voto de forma segura, honesta e que vote com responsabilidade e que não vote mais em loucos, fanfarrões, destrambelhados e sociopatas, para que um dia eu possa dizer aos meus filhos que meu avô não era só um sonhador, mas um homem digno que amava este país.

 

9º RI - Boca Fechada


No jargão militar, tocar horror é quando o comandante da unidade manda inesperadamente a tropa entrar em forma, ao chamado do Corneteiro-de-Dia, para fazer uma súbita inspeção na tropa e é aquele corre-corre, ou mesmo, para uma recomendação que o próprio deseja fazer diretamente aos seus comandados.

Cada toque tem uma determinada finalidade, seja o toque da Alvorada, onde os Sargentos-de-Dia, juntamente com os Cabos-de-Dia, no grito ou no apito aceleram suas subunidades e os Soldados correm para os banheiros para fazerem sua higiene matinal, após deixarem suas camas devidamente arrumadas, pois quase imediatamente haverá o toque do tão esperado café da manhã, onde as Companhias já em forma, sob o comando do Sargento ou Cabo-de-Dia aguardarão em forma o Oficial-de-Dia ordenar ao Corneteiro que, através de um toque específico para que tal ou qual subunidade avance em passo cadenciado em direção ao Rancho, aonde será servido o desjejum.


Há o belíssimo e melancólico toque de Silêncio, quando os soldados recolhem-se às suas camas e reina um absoluto silêncio e paz, momento em que, em total silêncio os Sargentos e Cabos que estão de serviço preparam-se para uma noite de sono interrompido, para as tarefas de ronda aos postos de vigilância, guarda ou permanência junto a Guarda principal, para que o Sargento Comandante dessa possa descansar boas horas. Já o Cabo da Guarda não é poupado, pois a cada duas horas as sentinelas tem que ser substituídas, sob o comando e na presença de tal praça-de-pré.

Muitas vezes estando de Sargento-de-Dia, ficava próximo ao Corneteiro e assistia da primeira a última nota, do toque de silêncio, principalmente quando este era entoado pelo Cabo Avelino, Cabo Velho, exímio Corneteiro, depois corria para a minha Companhia para ver se estava tudo a contento, sob o controle do Cabo-de-Dia, o que ainda hoje me traz uma grande nostalgia e recuerdos. Há o toque de reunião de Oficiais, enfim, para cada atividade há um toque específico.

Em 1967, no regimento em que servia, era o seu Comandante o Coronel Antônio da Fonseca Sobrinho, homem enérgico e competente que não levava ninguém para compadre. porém caí nas graças de tal Coronel que seguidamente me chamava a seu gabinete para um serviço, fosse um gráfico, um elaborado desenho ou mapas. Obviamente nenhum se comparava aos do, então Segundo-Sargento Camargo, hábil nos pincéis e tintas.

Certa manhã, logo após a formatura diária, “tocou horror”. Corneteiro perfilado ao lado do Mastro em meio a Avenida Regimental chamando todos os Comandantes de Subunidades.

Mas, após tal toque de Horror, Capitães Comandantes das Subunidades, apressadamente subiram ao Gabinete do Coronel Fonseca, e esse após rápida reunião ordenou que todos os Sargentos deveriam estar em frente ao Palanque Oficial para um reunião com ele próprio às dez horas daquela manhã.

Imediatamente soldados, jogados feito mala de louco corriam para todos os lados para avisar este ou aquele Sargento de tal reunião e a ordem corria como um telefone sem fio, de boca a ouvido e todos, do mais simples soldado aos mais altos postos imediatamente ficavam cientes de tal reunião.

E foi num vu. Sargentos de todas as atividades, instrutores, burocratas, mecânicos, músicos, furriéis, enfermeiros, graxeiros(1), enfim todos, minutos antes da hora marcada já estavam em frente ao Palanque. Uns conversando, alguns apreensivos, outros mais perdidos do que cusco em procissão, mas todos arrumando seus uniformes e ajeitando suas coberturas.

Havia no regimento uma infinidade de vidros de todos os tamanhos, em centenas de janelas e portas. Muitos destes vidros estavam quebrados, por tempestades ou descuido de algum militar. Para tal foi feita essa reunião para saber a responsabilidade, já que cada Sargento-de-Dia e Sargentos Comandantes das duas Guardas que existiam na época, a G-1 e a G-2, eram os responsáveis pela fiscalização de algum evento dentro de sua área de atuação. E como havia muitos vidros quebrados e não havia os registros dessas ocorrências o Coronel Fonseca resolveu mandar trocar todos os vidros quebrados e nesta reunião disse, em companhia do Tenente-Coronel S/4, Chefe da Seção Administrativa, Antônio Machado dos Santos, que mandaria trocá-los e que os gastos seriam rateados entre todos os Sargentos, já que não haviam as devidas ocorrências (partes), obrigatórias e precisas.

Os Sargentos, dos Terceiros aos Primeiros, entreolhavam-se e sestrosos nada disseram, pois todos se borravam nas tangas em frente ao Coronel Fonseca. Porém um Segundo-Sargento, de nome Neves, em “mala” hora resolveu dar sua opinião e levantando o braço e logo perfilando-se, disse:

- Meu Coronel! Há centenas de vidros em todo o Regimento, muitos dos quais estão quebrados há muitos anos. Perdoe-me, mas muitos desses vidros foram quebrados antes mesmo da maioria dos atuais Sargentos serem para cá transferidos. Sugiro então, que se faça um levantamento geral, com medidas e especificações de cada vidro, para que no futuro sim, sejam os Sargentos de serviço, responsabilizados.

O Coronel, do alto do Palanque Oficial, sisudo, olhou para o Segundo-Sargento Neves e secamente disse alto e claro, apontando-o com o dedo indicador em riste:

- Faça!

Virou as costas, desceu do Palanque e subiu para o seu gabinete, seguido pelo Tenente-Coronel Machado.

Enquanto alguns Sargentos levavam o Sargento Neves para à Enfermaria, pois esse havia desabado e caído ao solo, com a pressão despencada, os outros dispersaram aliviados.


Quem mandou abrir a boca?

Por vários dias o então Segundo-Sargento Neves, acompanhado de dois ou três Soldados, munido de uma prancheta, papéis, lápis, fita métrica e uma escada, mediu e fez o tal levantamento em todo o Regimento, o que foi motivo para muitos chistes e risadas.

Diz o velho deitado, digo, o velho ditado:

Boca fechada não entra mosca!


(1) Graxeiro, militar que trabalho no rancho, na preparação dos alimentos da tropa.

 

domingo, 27 de fevereiro de 2022

9º RI - Viagem ao Espaço em Lombo de Mulas.

 


Na época em que meu pai servia ao Exército, onde permaneceu por longos 26 anos, havia no 9º Regimento de Infantaria dez Companhias, sendo quatro de Fuzileiros, duas de Petrechos Pesados, com suas grandes metralhadoras e morteiros 60 e 81mm, duas de Comando, uma em cada batalhão, uma de Canhões Regimental, com velho canhões de 81mm e uma de Comando e Serviços, também Regimental, pois na época era o hoje 9º Batalhão de Infantaria Motorizada, um Regimento, o 9º RI. Um Regimento de Infantaria, com dois batalhões movidos até 1966 por mulas caborteiras em velhas carroças de colônia, o que levou meu pai, em 1959, ainda como Subtenente da CPP 1,  dizer ao então Coronel Comandante daquele Regimento, que ao vê-lo ordenando Soldados, Cabos e Sargentos que corriam em volta cinchando cangalhas ou atrelando e carregando as velhas carroças, atrelando as mulas haraganas e aporreadas, perguntou:

- Subtenente Floribal! A Companhia não tem uns caminhõezinhos?

Ao que meu pai, de súbito respondeu secamente, sem muito xaraxaxá, sisudo sem mostrar as canjicas:

- Coronel! Caminhõezinhos só existem nos papeluchos. E concluiu:

- Os russos já estão mandando satélites ao espaço em modernos foguetes e nós continuamos a ser movimentados por mulas caborteiras, coiceadoras e cheias de balda.

O Coronel, em consideração limitou-se a balançar a cabeça em aprovação e subir para o seu gabinete de comando, com o rabo entre as pernas, feito jaguara desguritado, sem nada mais dizer.

E meu pai ficou resmungando ao lado do Sargento Brechane:

- Caminhõezinhos! Caminhõezinhos!

Lembrando-se do que havia dito no fim dos anos 40 um capitão, que ao ser admoestado pelo Coronel, reclamando de alguma coisa disse ostensivamente ao então Comandante, na presença de meu pai, na época um simples Sargento:

- Coronel! Para arrumar o Brasil somente com o COMUNISMO.

Em 1965, quando entrei para o Exército, no mesmo Regimento, onde permaneci por cinco anos, nove meses e vinte e oito dias, ainda era essa Unidade do Exército movimentada pelas mesmas carroças velhas e pelas mesmas mulas caborteiras, coisa que somente no ano de 1966 começou a ser modernizado, recebendo Caminhões, outras viaturas e novos armamentos, como os então modernos fuzis belgas FAL, já fabricados em Itajubá, Minas Gerais.

Só a partir desta data sendo o Exército modernizado.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Russia e Ucrânia

O mundo está enfrentado uma grande crise com a Ucrânia, porém sempre é bom lembrar da Crise dos Mísseis é como ficou conhecido o episódio da história mundial que envolveu a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), os Estados Unidos e Cuba. Por conta dela, durante o período compreendido entre os dias 14 e 28 de outubro de 1962, o mundo viveu a iminência de uma guerra nuclear.

O motivo foi simples, pois a URSS iria montar bases de lançamento de mísseis em Cuba, mas os americanos se borraram de medinho, se rasgaram todos, esbravejaram, choraram, pois não podia a URSS ter bases tão perto dos EUA, entretanto o tempo passou, muitos esquecerem e essa gurizada que defende com unhas e dentes os ianques não sabe de nada, pois agora os Estado Unidos, que manda na OTAM, está cercando a Rússia com suas bases. Eles têm bases em toda a Europa Ocidental e em vários países da Europa Oriental, nas barbas da Rússia, como na Letônia, Estônia e Lituânia, além de outros.

Aí pode, mas ter bases em Cuba nem pensar.


Agora os hipócritas, capachos dos americanos vociferam como cães raivosos, porém nada fizeram quando os EUA atacaram, bombardearam e mataram civis e militares no Vietnam.  Ou quando num verdadeiro genocídio atacaram covardemente o Camboja despejando milhares de toneladas de explosivos sobre aquele pobre país.

Esses mesmos hipócritas chamam Putin de sanguinário, mas nada disseram quando os EUA atacaram covardemente, juntamente com sua matilha, o Iraque, usando da mentira para acabar com Saddam Hussein, a mentira das armas químicas, que eles, americanos usaram em larga escala no Sudeste asiático, mas na verdade seu interesse não eram as armas de Saddam, e sim o petróleo iraquiano.


Lembrando que a Grã-Bretanha não tem muita moral para falar em agressão já que foi um país colonialista e muitos crimes cometeu, mas o povo não sabe. Crimes hediondos contra a humanidade, em todos os cantos do mundo.


O pior é que as nossas emissoras de Televisão, nas mãos de reacionários também nada falou da tragédia das guerras feitas pelos malditos ianques, mas agora vomitam informações tendenciosas contra a Rússia.


Mas nunca esquecerei e agradecerei sempre o valor dos soldados e do povo russo que defenderam a humanidade do Nazismo, numa luta que ceifou mais de vinte milhões de vidas soviéticas e os analfabetos políticos e outros trastes, devido a forte lavagem cerebral que foram submetidos nesse últimos cem anos, são os primeiros a falar mal dos Russos.

Obrigado povo Russo.

A Ucrânia e a Rússia confundem-se em sua História, pois a Rússia nasceu em Kiev.