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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Vida e Morte.



Ao nos aproximar da morte e por não entendê-la, começamos a conjeturar o quão bom seria se tivéssemos outra vida, onde as coisas fossem melhores, as escolhas fossem melhores, onde as pessoas vivessem numa boa. Muitos sonham com o reencontro de pessoas que jamais se verão. Muitos sonham com amores que deixaram fugir por entre os dedos. Muitos sonham com um mundo em tudo, melhor.


A maioria esmagadora vive da ilusão de continuar vivendo após a morte, para que nessa vida, para eles melhor, tenham seus sonhos realizados, tenham uma vida de prazeres e farturas.

Este sonho de realizar coisas que deixamos de fazer, de amar mais, de sorrir mais de ser mais feliz levaram os primitivos homens a acharem que assim era, e os atuais nessas lendas acreditam.

Porém se há as trevas da noite e a luz esplendorosa do dia, se há o bem e o mal, imaginaram também que há outra vida de sofrimentos para os maus.

Não podemos esquecer que se existimos não foi por nenhum passe de mágica, um fiat, ou qualquer outra lenda mirabolante como a de um pueril e hilário bonequinho de barro.

Existimos por simples acidentes.


Vejamos: Se um gigantesco meteoro não tivesse se chocado com a Terra, e foram desde o surgimento do planeta milhões de impactos, e este gigantesco corpo estelar não tivesse exterminado os grandes sáurios por volta de 65 milhões de anos atrás, não haveria a possibilidade de outros animais evoluírem e nesses milhões de anos chegarem ao que chegaram.

Somos fruto da evolução, demorada e continuada, porém negar isto é dar atestado de extraordinária ignorância, pois milhares de sábios vêm estudando, teorizando e encontrando provas e todos os caminhos que animais primitivos levaram até chegarem ao que hoje são, inclusive o homem.


O ignorante muito sabe, o inteligente pouco sabe, o sábio diz que nada sabe, a velha história do quanto mais eu sei, mais eu sei que nada sei, entretanto o imbecil acha que sabe tudo. E sempre aparecerá alguém para no momento já inventar uma historinha bobinha que foi um deusinho quem mandou o meteorinho chocar-se com a Terrinha para propiciar a surgimento de sua criaçãozinha.

É sempre assim, eles são ágeis em inventar, distorcer, maquiar, enrolar e formular teorias na hora. São ligeirinhos.

Porém temos que lembra que o homem também esteve à beira da extinção não por uma, mas por várias vezes, sendo que a mais delicada foi quando, antes de ter a raça humana saído da África, há 100 mil anos, chegado a perigosos dois mil indivíduos.

Ao sair da Mãe África a raça humana que já vinha dentro do continente africano em constantes mutações, em grupos isolados, passou cada vez mais a se modificar, chegando hoje a esta verdadeira colcha de retalhos, onde vamos encontrar os mais diferentes grupos humanos.

Ora bolas! Se não existisse como dizem os iletrados uma transformação física, pois o que deus fez seria imutável, como explicar então os Maoris, Massais, Berberes, Chineses, Aborígenes Australianos, Ndanis, Alemães, Índios, de diversas formas e cores, e centenas de tipos diferentes.

Os ligeirinhos já vêm a algum tempo dizendo que deus havia criado vários casais primordiais, num total cabalístico de sete. Ou seja, um Adão e uma Eva de cada cor, altura e compleição diferente. Tudo para eles é no achismo, nada se comprova cientificamente, e todas as vezes que quiseram explicar cientificamente caíram na vala fétida das inverdades, das contradições e das mesmices, como um livro que circulou por muito tempo com o título Criação ou Evolução, um amontoado de sandices, de inverdades, mostrando experimentos idiotas e sem sentido na vã tentativa de explicar cientificamente que os evolucionistas estavam errados.


Não pesquisam nem para saber o significado das palavras Adão e Eva, que segundo estudiosos como T. H. Gaster e J. J. Frazer, mostram em seu livro Mito, Leyenda y Costumbre en el Libro del Gênesis que tais palavras provém das palavras adamah, que quer dizer argila e confunde-se com a palavra adam que quer dizer homem, assim como e hawwah, tradução hebraica de nin-ti, dos sumérios que quer dizer tanto senhora da vida como senhora da costela.

Não procuram saber de onde vem esta lenda idiota de um dilúvio Universal, lenda copiada, mutilada, prostituída de outros contos muito mais antigos do que se pensa, como a Epopeia de Gilgamesh e outros contos, e que por total ignorância só cita os animais conhecidos no Oriente Médio, pois jamais verás nessas narrativas idiotas a presença de gorila, canguru, onça, anta, alce, bisão, panda, saiga, lhama, ou outro animal das América, da Austrália e outras regiões as quais aqueles homens primitivos sequer sabiam de sua existência.

Por erros em traduções de escritas cuneiformes temos hoje muitas historietas bíblicas que foram deturpadas, falsificadas, enfeitadas, acrescentadas e omitidas de outras histórias que nada tinham de criativas, que também eram cópias de outros contos pueris.

E assim na ilusão a humanidade vai acreditando em um paraíso celestial cheio de anjinhos chatos tocando harpas e trombetas, aporrinhando teus ouvidos com odes e cantos gregorianos, cações angelicais e ou outras babaquices.


O medo da morte, o medo do desconhecido faz o homem teorizar mil e uma coisas para amenizar suas angústias, seus medos e seus sofrimentos.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O Dito Mundo Livre

Para ampliar clique sobre as fotos















Os espertos que vivem malhando Cuba, deveriam saber que apesar a extrema pobreza deste país subjugado por um embargo comercial de mais de meio século, imposto pelos Americanos, inimigos da humanidade, não há uma só pessoa ou criança dormindo pelas ruas.

Mas os abobados não sabem.






quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Um Socialista na Casa Branca




Vamos apenas supor que o Senador Democrata Bernie Sanders consiga superar sua mais ferrenha adversária Hillary Clinton e seja indicado a concorrer à Casa Branca, e que venha a vencer as próximas eleições nos EUA.

Então teremos um socialista no mando da mais poderosa, rica e influente nação do mundo.

E como o Brasil é um país de macacos imitadores, no outro dia toda essa direita raivosa se filiará aos partidos de esquerda, e Socialistas, Comunistas e Anarquistas passarão a ser ungidos por essa direita destrambelhada como a salvação do Mundo Livre.

É assim que funciona. Se os americanos mandarem que os brasileiros andem com o bumbum a mostra, na mesma hora a esmagadora maioria vai abaixar as calças.

Espero que os novos ventos arejem o povo americano e que venham a colocar no poder um ser supremo socialista, assim talvez esses raivosos passem, a saber, que socialistas não são os bandidos que a direita raivosa diz que são.

Não podemos esquecer que muitos países europeus saíram das crises do pós Guerra na liderança de socialista, como Portugal, com Mário Soares que fez a transição para a democracia de forma pacífica, e foi presidente por dois mandatos. Na Espanha, Felipe González Márquez, do Partido Socialista Operário, ficou 13 anos no poder e alçou o país a alturas nunca dantes alcançadas. França, onde o presidente socialista François Mitterrand aboliu a pena de morte e elevou o país ao status de grande economia mundial.


E não podemos esquecer do exemplo que somente grandes homens são capazes de dar, que é o perdoar. E aí temos que lembrar do COMUNISTA Nelson Mandela, que apesar de ter sofrido 27 anos de prisão e torturas, ao sair da cadeia foi eleito Presidente da Racista África do Sul e perdoou todos os seus algozes e levou a país rumo a liberdade e democracia sem nenhum tipo de ressentimento, acabando com o Apartheid e transformando a África do Sul, onde brancos e negros passaram a conviver civilizadamente.

Hoje, o melhor país para se viver é a Finlândia e seu povo diz com orgulho que são governados pelo socialismo finlandês, onde vamos encontrar a melhor sistema de ensino do mundo, onde a medicina e gratuita, onde um professor ganha muitíssimo bem, onde o povo vive livre e a maioria feliz, pois nada lhes falta.

Mas apesar dos pesares vivemos num país sufocado pela ignorância, pela mentira e pela propaganda bem dirigida e antipopular que semeia o ódio.

A utopia pode ser alcançada, basta acabar com a ignorância que sufoca o povo.

                            Este homem pode calar o mundo.

Mas se Bernie Sanders for eleito presidente dos EUA, eu quero assistir de camarote e rir da cara dos rançosos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Ódio


As sementes do ódio foram sendo sorrateiramente plantadas no meio da massa inculta. O ódio tomou corpo a tal e nojento ponto que hoje temos que estar nos cuidado de todos os lados.
A principal responsável por essa onda de ódio que corrói a sociedade é a mesma que há alguns anos semeou este mesmo ódio e que levou o país a uma brutal ditadura, onde centenas de pessoas foram torturadas e mortas, apesar de ter muitos “babacas” que negam tal e horripilante verdade.
As ideias neonazistas que vicejam nas mais altas rodas sociais e que usam o povo inculto e altamente sugestionável, através redes criminosas de TV, como massa de manobra está transformando o Brasil em uma nova Síria, mas o povo não percebe que está sendo usado.
Irmãos apunhalando irmãos, pais que seriam a base da família odiando os próprios filhos, uns contra os outros é esse o retrato do Brasil de hoje. Um Brasil onde as famílias são dilaceradas pelo ódio.
Não há mais respeito, amizade, fraternidade, carinho, parentesco e compreensão. Basta uma palavra para o mundo vir abaixo com ódio, com sarcasmo, com violência, com brutalidade e arrogância, para não dizer, ignorância.
São aqueles que leram mal e porcamente um ou dois livros e se acham doutores, aliás a maioria é aquele tipo que apenas lê as manchetes de jornais, pois acham palha estar lendo. A maioria sequer lê o que posta no Face Book, e envia pilhas de bobagens sem ter ideia do que está postando.
São os bobalhões proletários que acham que tem o rei na barriga, como um determinado pai que disse que em um embate político mataria o próprio filho, se ele estivesse do outro lado e ainda cinicamente disse que as ideias do filho são as que destroem as famílias.
São os cabresteados que se deslumbram com uma nova situação, que viviam na maior pindaíba, na maior miséria, mas que hoje tem um pouco, pouco que não é fruto de seu trabalho e sim dos outros, mas que não passam de pobres diabos no meio da pequena burguesia que os titereia, e são tão analfabetos políticos que não sabem que estão sendo usados. Burros e calhordas.
O ódio que permeia a sociedade, que vira irmão contra irmão é o mesmo ódio que carregavam as hordas das S.A. nazistas durante os anos 20 e 30 na Alemanha.
Agem da mesma e truculenta forma que os nazista faziam contra os judeus, a ponto de agredirem uma senhora que saiu para fazer compras usando uma velha blusa vermelha. E esses babaca é que querem governar o meu país.
O que vejo é a falta de respeito, o que ouço são as provocações, o que sinto é o ódio sendo instilado com toda a raiva possível.
Este não é o país que sonhei e queria que fosse a terra de paz para meus filhos, pois eles têm também que viver se cuidado dos maledicentes, dos provocadores, dos sorrateiros, dos arruaceiros e depredadores.
Basta alguém falar alguma coisa que a boçalidade de plantão já te apedreja com um punhado de pedras e mentiras sórdidas ou meias verdades carregadas de ódio, e sempre querem ser o Joãozinho do passo certo. Os analfabetos políticos que tudo sabem os bobalhões que não tem moral nenhuma de falar, pois falam o que os outros dizem ou mandam dizer, pois não tem capacidade de criar uma ou duas frase ou linhas.
Lamento.
Lamento muito.
Lamento porque  este não é o meu Brasil.
Tanto ódio, tanta raiva, tanta arrogância, tanta mentira. O que dirá Chico Buarque, este gênio, cantor, compositor e escritor que foi achincalhado e quase agredido por bobalhões celerados que só sabem semear o ódio, que acham que sabem alguma coisa.
Lamento que a ignorância tomou corpo e espalhou tanto ódio.
São tão imbecis que não sabem discutir civilizadamente e partem logo para as agressões.
Agora como parte da lavagem cerebral estão divulgando fotos de criancinhas fardadas. Pois é assim que eles entendem educação, ou seja, a lavagem cerebral começa na tenra idade. Hipócritas que usam a ingenuidade para passar uma ideia ideológica do ódio. (Se é que eles sabem o que é ideológica), e muitos as publicam achando bonitinhas. Conheci e trabalhei com um que fardava seu filhinho desde os dois anos de idade. O filho não consegui ser militar e hoje é simplesmente um traficante. Um bandido, um qualquer.
Estes mesmos são tão podres que instruem os filhos a contestar professores, a agredir professores a tentar mostrar que seus rebentos sabem mais que os professores. E ainda vão às escolas criticar quando um professor não soube dar uma resposta, como se professor fosse um computador. Sociedade vil, cheia de preconceitos e de ódio, um ódio barato, pois a incompetência que mostram é a prova disto.
Falam dos professores, mas são extremamente incompetentes em suas profissões.
Idiotas que não sabem que títulos são dos outros, mas os idiotas seguem cegamente os que o fazem de joguete, de marionete sem cérebro que acham que são alguma coisa.

Fui! 

Tapado de pena destes que semeiam tanto ódio e ao mesmo tempo são tão sorrateiros e calhordas.



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Ciência e Religião.


Na Idade Média as loucuras religiosas proibiram a medicina, a igreja proibiu que “médicos” abrissem cadáveres para estudá-lo com o argumento de que o corpo era um mistério que só a deus era permitido ver. Entretanto os tararacas dilaceravam corpos em guerras religiosas.


Queimavam mulheres vivas por fazerem chás, pois curar algum mal era coisa de bruxas e os atormentados não permitiam tais curas.  Os primitivos astrônomos que olhavam para o que eles chamavam “domínios de deus” eram também queimados vivos.

As Ciências nascidas da filosofia, não esmoreceram diante da ignorância religiosa e continuaram pesquisando, mesmo correndo riscos.


Durante a Peste Negra, na Baixa Idade Média que dizimou mais da metade da população europeia a ignorância religiosa fazia com que o povo se amontoasse dentro das igrejas em busca de proteção divina e exatamente nestes ambientes, fechados e imundos a doença proliferava muito mais e o deus que eles procuravam não ajudava, ao contrário, mais e mais ficavam infectados.

Como os cientistas são teimosos e persistentes aos poucos a humanidade foi adquirindo uma série de conhecimentos, lembrando que o Príncipe João de Portugal só chegou a ser rei porque sua mãe Dona Maria Primeira proibiu os “médicos” que tratassem Dom José, o primogênito, dizendo que as Ciências não eram coisa de deus e só deus podia salvar seu filho e futuro herdeiro. Ele morreu da doença em 1788. Poderia ter sido salvo e o Joãozinho jamais seria Dom João VI, pois era o segundo na linha sucessória.


Com o passar do tempo essa, para os tararacas igrejeiros, “maldita” Ciência trouxe a cura para doenças simples que matavam milhões de pessoas, como a gripe, a difteria, o escorbuto, a sífilis e centenas de outros males.

Mas ainda existem religiosos destrambelhados que dizem que deus mandou a AIDS para castigar os homens e as Ciências não a podem curar. Só que os atormentados não sabem que a sífilis por mais de quatrocentos anos matou, mas finalmente a cura veio. A AIDS ainda é uma menina de 34 anos, mas um dia, pode ou não demorar, será tratada como se trata hoje um resfriado.


A Ciência trouxe milhares de benefícios à saúde, como os antibióticos, vacinas, anestesia, cirurgias assépticas, transplantes de órgãos, radiografia, tomografia, pílulas, comprimidos, xaropes e injeções. 

Trouxe a cura para a paralisia infantil, coisa que nos anos 50 muitos religiosos ignorantes diziam que aquilo era um projeto de deus. O que prova que a Ciência é muito maior que esse deus perverso e inexistente, pois o seu projeto foi por águas abaixo.

E ainda hoje aparecem uns babacas que quando se fala em Ciência dizem com desdém – Uhmm! Ciência.

Hoje soube que a Ciência conseguiu isolar o gene da Síndrome de Down e num futuro não muito distante esta mesma Ciência tão atacada pelos tresloucados livrará centenas de milhares de crianças desse mal.


As Ciências inventaram motores, luz elétrica, radiofonia, televisão, cinema, uma gama infinita de aparelhos que facilitaram a vida dos humanos. Máquinas que plantam e colhem. Micro-ondas e tudo mais que temos dentro de casa, dos hospitais, das fábricas. Ciência que colocou o homem no espaço, abrindo uma inacreditável e infinita possibilidade que poderá levar o homens as fronteiras de nossa Galáxia.

Mas os atormentados continuam fazendo pouco caso das Ciências. Os doentinhos que só sabem gritar a todos os pulmões “aleluia” aproveitam-se do progresso, mas vivem suas vidas atormentadas por demônios e infernos inverídicos.

Coitados, são na verdade dignos de pena.

Vão ao médico, fazem exames caros, entopem-se de remédios caros e modernos e com a maior cara estanhada, na maior cara-de-pau, que beira ao que há de mais simplório dizem que foi deus quem curou.


Desafio qualquer crente a deixar seu filho que sofre de diabetes, hepatite, leucemia, hanseníase, cardiopatia grave, fibrose cística, nefropatia grave, sem procurar a Ciência para curá-lo. Duvido que um pai que tenha o filho nesta condição vá ao culto rezar por um “deuzinho” que “tá” nem ai para o seu filho e deixe de procurar as ciências para salvá-lo.

O povo precisa acordar e deixar de ser condutopata.

O povo deve acordar e saber que essa ideia de deus foi à coisa mais bem bolada que acharam para iludir e tirar dinheiro do povo.

Quiçá um dia tenhamos uma sociedade cujo dinheiro desapareça. Quando esta sociedade porvir chegar, nenhuma igreja permanecerá aberta, pois seus próprios gurus virarão as costas, pois sem dinheiro eles não ficarão.

Tanto que faço outro desafio:

Se a dita lei de deus é o que importa então siga o que diz a bíblia quando manda apedrejar o próprio filho comilão e beberrão. Mate-o por apedrejamento como esta escrito neste livro que verte maldade e sangue.


Aí tu verás que o que realmente vale é a lei dos homens e então irás para o fundo da cadeia por assassinato.

Ou seja, essa lei de deus não tem valor legal nenhum. É uma pura enganação.

Dirá um atormentado, - “mas isto está no velho testamento”. É o que convém dizer, mas tratam suas mulheres e filhas como o velho testamento manda.

Ou são hipócritas ou fracos das ideias. Mas bota fraco das ideias.

Fui!


domingo, 7 de fevereiro de 2016

Mãe.




Estarias completando hoje um século de vida.

Mãe! Saudade imorredoura. Mãe que me carreou 9 meses em seu ventre e que por bem 60 anos me carregou pela mão nos momentos alegres e difíceis de minha existência.

Mãe fera.

Mãe doce fera.

Mãe que se agigantava diante das dificuldades, feroz fera em defesa de suas crias, mas que não aceitava que as crias errassem e as corrigia no momento, não esperava o depois.

Mãe pequenina, mas gigante fera.

Mãe que não titubeava diante do perigo e que, na época sozinha com meus dois irmãozinhos mais velhos, pois eu não havia nascido e papai estava guarnecendo as costas do país em plena Segunda Guerra, não se acovardou e de mão de um revólver Royal HB 38, resoluta e corajosamente enfrentou um meliante e com um disparo certeiro o colocou fora de ação fazendo-o fugir deixando uma trilha de sangue. Não o matou, mas deu certeiro recado.

Mãe fera. Fera sempre focada. Que ao ver meus irmãozinhos correndo para dentro de casa viu que algo não estava certo e seu sexto sentido fez correr em sentido contrário, pois algo estava errado encontrando-me dentro d’água, salvando-me de um afogamento.

Fera amada, alegre e brincalhona, que me deste a vida duas vezes.
Mãe amada.

Fera, de mãe Rio-grandense e pai castelhano, oriental de Trienta y Três o que te fez nascer com sangue bravo e peleador dos legítimos Gaúchos.

Mãe fera.

Em teu leito de morte no Hospital Militar te disse ao ouvido:

- Pare de lutar pela vida, já fizeste a tua parte e tuas crias já estão voando sozinhas. Mãe, te amo, te amo muito.

Teus olhinhos me pareceram brilhar, e naquele momento deixaste de viver. Era o teu tempo, era a tua hora, era o teu momento.

Não derramei uma lágrima naquele dia, mas sempre que de ti lembro as lágrimas acumuladas neste tempo vem sorrateira inundar meus olhos.

Mas são lágrimas de um eterno e doce amor.



Almoço de Domingo


Neste domingo cedito no más, preparamos um almoço, pois nosso neto Bruno veio almoçar aqui em casa, e como era um almoço para três, Sandra e eu nos viramos nos trinta para preparar una comida simples, mas com todo o carinho Afinal era o nosso amado neto que vinha almoçar.

Piá bom barbaridade!












Após almoçarmos, a noite já estava chegando, tive que sair com o piá...


Almocito simples, barbaridade!


E depois dizem que Gaúcho é exagerado.



Glossário


Aos estrangeiros que não entendem o Gauchês, ficam aqui unas palavritas para enriquecer o seu vocabulário: Não entendo como ainda existem pessoas que não entendem o que a gente fala.

Almocito - Diminutivo de almoço - almocinho.

Aperar - Arrumar, encilhar, botar as pilchas, vestir-se o homem ou colocar os arreios no flete.

Bolicho - Bar, venda, quiosco, armazém de campanha. 

Cedito - Cedo, muito cedo. Temprano. Tempranito.

Dar um pulo - Ir num vu a algum lugar

Flete - Cavalo.

Num vu - ir muito ligeiro - rapidamente.

Piá - Palavra de origem charrua, que quer dizer coração. Porém pelo   uso e costume passou a designar guri, menino, mandinho.

Pila:  Qualquer moeda, dinheiro, bufunfa, plata, dim-dim. 

Relancina (de relancina) - Rapidamente, num vu.

Repente - O mesmo que de relancina, de soco, 

Tche - Palavra também charrua que quer dizer meu. Alguns "espertos" e desinformados, meigos e submissos a crenças e igrejeiros dizem que vem da palavra celeste. Só na cabeça desses alcaides que acham que sabem alguma coisa.

Tira-Gosto - Aperitivo

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Luxo e Lixo

Estrangeiros – Prestem Atenção.

Sei que na Europa, Estados Unidos da América, Canadá e outros lugares pensam que todas as mulheres brasileiras são prostitutas. Assim eles acham e dizem mais, que o povo brasileiro é um povo promíscuo. Há motivos de sobras para que assim eles pensem afinal todo o mundo conhece é o Rio de Janeiro e não o Rio Grande do Sul.

Porém a maioria dos estrangeiros não sabe que o Brasil é o quinto mais extenso país do mundo, e que há dentro do Brasil 26 Estados e todos são diferentes, além de um Distrito Federal, que se alguém gritar pega ladrão será uma debandada quase que em massa.

O mais diferente é o meu Estado, que nós Gaúchos chamamos de República do Rio Grande do Sul, e assim está bem visível em nossa honrada, tradicional e histórica bandeira.

Somos diferentes e queremos ser diferentes, pois não dá para misturar alhos com bugalhos.

Aos estrangeiros que vierem ao Brasil ficam aqui estas imagens para que possam ver que óleo e água não se misturam.

Não pensem vocês estrangeiros que tudo aqui é essa promiscuidade e essa vagabundagem. 

Estrangeiros.

Vejam e tirem suas conclusões.

                  Rio de Janeiro:










Agora vejam abaixo o Rio Grande do Sul.







Viram: O Rio Grande do Sul é diferente, é belo, cheio de tradições, gente bem nutrida e educada, gente bonita e capaz, por isto não confundam os Rios, pois o Rio Grande do Sul é a mostra maior que o Brasil não é só Lixo e por isto os outros gostam de fazer piadas de Gaúchos, fazem porque não tem a mesma categoria, a mesma história, as tradições impares e não tem a mesma cultura digna e honrada.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Las Botas.


Conta la lenda gaudéria que um Estancieiro lá para os lados da Fronteira, regalou a um xiruzito, seu empleado, unas botas velhas já carcomidas pelo tempo, simples, lisas de couro judiado sem cor, já meio russilhonas.

Oigalê porqueira, el xiru ficou mais faceiro do que guria de vestido novo, mesmo sendo uns farrapos de botas.

Pela primeira vez tinha unas botas de verdade e não mais usaria las velhas e surradas alpargatas nem tampouco las gastas botas de garrão de potro, amarradas abaixo dos joelhos por piolas de lonca crua.


Mas bá! O Xirulito saiu feliz da vida e foi num vu calçar las botas que o patrão havia lhe regalado. Ficaram meio grandes, mas não importava, el xiru estava faceiro barbaridade.

Feliz da vida vivia com aquelas botas nos pés, que para conservá-las, todas las semanas, antes de ir para um surunguito de campanha, dançar unas vaneras com las pingunchitas, encharcava las ditas botas com sebo de ovelha que las tornavam mais macias e conservava o couro já gasto.

E de tanto andar com aquelas botas sua sola foi desgastando e os pés das botas também. Eram uns frangalhos de tanto trupicar na gaiarama em volta da estância.

Andavam mais raladas do que joelhos de piá que está aprendendo a montar em bicicleta.

O xiruzito foi com o tempo guardando unas platas e quando tinha o suficiente foi até um bom sapateiro e mandou trocar os pés das botas, pois os canos estavam bons ainda e poderiam ser reaproveitados.

E prá já o serviço foi feito, e em menos de sete dias depois o xiru estava denovamente com as botas que lhe haviam sido regaladas pelo patrão.

Mas agora com outros pés, todos decorados e bonitos, mas de cor preta, que lhes custaram os olhos da cara, mas os pés velhos das botas o sapateiro jogou no lixo.

E el tempo foi passando e el patrão em viagens pelo estrangeiro não aparecia na fazendo que ficara aos cuidados de um bom capataz. Um índio velho lá das cercanias de Boçoroca.

Mas el xiruzito não largava das botas que de tanto serem judiadas no serviço o couro dos canos foram se rasgando nos arames farpados das cercar que fazia em volta da estância e em alguns meses eram frangalhos.

Denovamente el xiruzinho procurou el bom e amigo sapateiro e mandou trocar os canos das botas. E lá se foram mais unas platas como pagamento, que não foram poucas. Mas com novos canos todos decorados com fivelas e tiras. Coisa de fazer inveja, mas agora com os canos pretos as botas ficaram mais bonitas do que bolo de casamento e os canos velhos foram também jogados no lixo pelo sapateiro.

Entonces el xiru havia, não somente trocado os pés das botas como havia trocado os canos também. E las botas estavam novinhas em folha.

E até de cor diferente. Pretas reluzentes.


Um dia correu a notícia que o patrão estava por chegar a fazenda. 

Então o vivente correu até um bolicho de campanha e comprou una lata de pomada preta para sapatos e engraxou bem aquelas, agora novas botas.

Oigalê! 

Brilhava mais do que la Boieira na madrugada.

De pronto chegou o patrão e cumprimentou a todos os empleados, que em um círculo aguardavam a chegada do estancieiro.

Ao se aproximar do xiruzito o patrão viu aquelas botas novas, bonitas e mais engraxadas do que bigode de gaudério em festa de igreja e disse:

- Oh xiru. Andastes comprando unas botas novas.

E el chiruzito de chapéu de beijar santo em parede e lenço maragato, abriu um largo sorriso e respondeu:




- Não patrão! Essas botas são aquelas que o senhor me deu!