Deus e Demônio

Existência de deus ou do demônio.

Ninguém pode provar a existência de deus ou do demônio, assim como ninguém pode não provar. Entretanto a razão pode nos dar uma explicação clara e precisa. Assim sendo o provar se torna impossível, entretanto o contrário nos abre mil horizontes comprobatórios da não existência, pois a existência fica atrelada a crer cegamente no que não pode ser provado, pois a razão diz o contrário.

Minha filha, em conversa a distância me disse esta semana, com muita propriedade, que o demônio é o próprio homem, que como válvula de escape usa o fictício demônio para mascarar os seus próprios males. E deu vários exemplos como Monique Medeiros, Jairo Souza Santos Junior, Adriano Kipper Mai, Adolf Hitler, Augusto Pinochet, Jorge Rafael Videla, Josef Mengueli e poderia ter citado milhares de outros assassinos. 

O doutor e vereador Jairinho (chamar este pústula de doutor é nojento) passou muito tempo torturando o menino Henri Borel, em conluio com Monique, mãe do desafortunado menino de quatro anos, que morreu vítima desses bandidos, covardes, assassinos e torturadores.

Mas ele e ela creem em deus.

O assassino Adriano Kipper Mai que invadiu uma creche no oeste catarinense também crê, mas matou a sangue frio, três inocentes criancinha, sendo que uma delas tinha apenas um ano e seis meses e ainda assassinou a professora e uma funcionária da creche. 

Porém o deus omisso nada fez.

Neste ponto podemos indagar sobre a onipotência deste deus.

Deus virou as costas e deixou acontecer. Mas os dominados por essa fábula vivem proferindo aquela frase pobre, demente e simplória do “graças a deus” para tudo, desde coisinha bobas e sem importância. Esquecendo que os nossos infortúnios são causados por nós mesmos, nossa escolhas mal feitas, e nossas incompetências, nossa falhas. Nossas doenças acontecem com todos, indistintamente se crer ou não. Muitos saem dos hospitais recuperados da Covid e com a maior cara de abobados dizem “graças a deus” e esquecem-se de agradecer os verdadeiros heróis e salvadores, médicos e enfermeiros e esquecem também dos laboratórios que trabalham açodadamente para fornecerem vacinas, o que esse incompetente governo genocida e evangélico liderado por um demente se nega a comprá-las.

Dizem graças a deus por terem sido salvos, mas negam a ciência e ao mesmo tempo esquecem-se dos mais de 420 mil mortos só no Brasil.

Para esses que morreram, deus não existe, pois se existisse e fosse onipotente teria acabado com o primeiro vírus que apareceu e não deixaria chegar a este absurdo de mortes em todo o mundo.

Será que as pessoas não pensam?

Para tal podemos indagar também sobre a onisciência de deus. Tal onisciência é negada pelos próprios adeptos da crença em deus, pois dizem que deus precisa nos testar. Ora! Se deus é onisciente ele não precisaria testar ninguém, pois o resultado de tal teste, ele sendo onisciente já saberia de antemão. Outrossim, os que creem dizem que cada pessoa ao nascer já traz consigo um projeto desse deus. Neste caso o que adiantaria orações e rezas se já há um projeto preconcebido por deus para aquela pessoa. Ou deus mudaria seus projetos no decorrer da vida de cada um, o que provaria ele não ser onipotente nem onisciente. O mais interessante que para alguns, deus dá as coisas o que não faz com a maioria que padece. Nesse caso, mais uma vez se prova não ser esse deus onisciente nem onipotente.

 

Ai então entramos na criação de deus. Deus teria criado um anjo que o traiu e espalha o mal por seu reino. Ora, pois, se deus é, como dizem onisciente, de antemão ele saberia que tal anjo o trairia. Neste caso se fosse deus um ser bom não o teria criado, pois já saberia dos males que esse anjo faria. A não ser que deus seja uma entidade má, pois criou o demônio.

Afinal, o mal existe?

Sim, o mal existe!

Deus sabe que o mal existe?

Sim, deus sabe!

Deus pode acabar como o mal?

Sim, ele pode!

Então por que o mal existe?

Todas as respostas à última indagação não tem a mínima lógica, pois carecerão de razão, todas as respostas provarão que deus não é onipotente.

Outrossim, se deus fosse onipotente tocaria o coração dos que nele não acreditam, mas todos os que acreditam em deus são ateus, pois acreditam em seu deus e deixam de acreditar nos milhares de deus que existem, pois deixam de acreditar em Brahma, Vishnu, Shiva, Krishna, Ganesha, Alá, e milhares de outros.

Mas sempre aparecerá o dono da verdade que dirá que deus é um só. É o que convém, lembrando que os cristãos são minoria nesse universo fantasioso das religiões.

Mas os celerados dirão que outros deuses não existem , só existe o meu deuzinho, novamente é o que convém, mas os outros que representam a maioria tem outros deuses e não creem no teu deus judeu.

Ponha os pés no chão!

E aí muitos escrevem atrocidades sobre os atos desse deus, a ponto de terem escrito verdadeira aberrações sobre a morte de Ricardo Boechat, que veio a morrer em um acidente de helicóptero. Dizendo os parvos que deus o castigou por nele não acreditar. Ora, pois, que sandice, pois se pegarmos todos os mortos em acidentes, 99% das vítimas acreditavam nesse deus cruel e impiedoso.

Isto mostra que deus não é bom, não é piedoso, pois tem a arrogância e a soberba de matar quem nele não acredita. Onde fica sua santidade?

Ou por acaso evangélicos não morrem a todo o momento?

Ou por acaso não existem evangélico pedófilos, quadrilheiros e traficantes assim como católicos?

Pura enganação.

Aí, me vou campo afora tapado de nojo.

Céu e Seus Mistérios

O Céu de Pelotas.

Passo a relatar um dos acontecimentos mais fantásticos de minha vida, que tive o privilégio de ver, coisa que pouquíssimos mesmo munidos de grandes telescópios não viram e pouquíssimos verão.

 

Corriam os últimos anos sessenta, noite de céu claro e estrelado. Não havia naquela época essa profusão de luzes que ofuscam nossa visão do firmamento, portanto o céu se descortinava maravilhoso, cheio de estrelas e outros pontos luminosos, coisa que em alguns bilhões de anos não existirá, Tudo será destruído por um Big Rip, ou um Big Crunch, ou por um Big Freeze e ou um Big Slurp.

Tanto faz.

A teoria que estiver correta acabará com a vida neste precário, confuso, feroz e admirável Universo o que contraria a crença de que “o que deus criou é eterno”.

Nada é eterno.

Caminhava, então, pela Rua Andrade Neves, em Pelotas no sentido da Avenida Bento Gonçalves, pela calçada da esquerda. Morava nessa época a oito quarteirões do centro da cidade, uma área ainda considerada centro e me dirigia para casa em que morávamos, à Rua General Argolo 325, entre a Andrade e a 15.

No momento em que atravessava a Rua 7, vi no final da Andrade duas estrelas que se destacavam por seus exuberantes brilhos, pareciam estar uma ao lado da outra, porém uma delas não era uma estrela e sim o planeta Vênus, também conhecido como Estrela D’Alva, Vésper, Vespertina, Lúcifer ou aqui o Sul chamada pelos Gaúchos de Boieira quando aparece na madrugada. Também é chamada de Estrela do Pastor, obviamente pastor de ovelhas que conduz seus rebanhos para outras pastagens, pois não me refiro a esses pastores ladinos que mentem e enrolam o povo com historinhas bobas e ficam ricos da noite para dia com o dinheiro extorquido dos extremamente dominados por essas histórias bobas mas que dominam as mentes.

Obviamente a estrela que estava um pouco mais acima deveria estar distante algumas centenas de anos luz, ou seja, estavam distanciadas, porém a impressão era de estar uma ao lado da outra. (Visão 2D), já que Vênus está apenas a 41.000.000km da Terra. Na verdade pela distância e pela velocidade da luz, que é de 300.000km/s, tal estrela já estaria em outro lugar no espaço, porém a visão que eu tinha dessa estrela seria a visão da luz lançada por ela a centenas anos da Terra, já que a luz do Sol refletida por Vênus leva apenas dois minutos e trinta segundos para alcançar a Terra.

Muitas pessoas ao olharem para uma estrela acreditam que ela esteja ali, naquele lugar, porém a mesma estrela pode estar a centenas ou milhares de anos a frente, em outro lugar, pois o que se está vendo é a luz que dela partiu há centenas, milhares ou milhões de anos, talvez nem mais exista aquele ponto luminoso que estamos vendo. O que é difícil de muitas pessoas compreenderem.

Assim como ao estarmos em um lugar distante da “civilização” ou em um blackout podemos ver infinitas estrela cintilando no céu que não vemos dentro de uma cidade iluminada, assim como durante o dia não podemos ver nenhuma estrela, pois a luz penetrante do Sol nos impede de ver estrelas durante o dia.

Não, dona Marócas, durante o dia há sim milhões de estelas no céu.

Quando estava chegando à Rua Senador Mendonça notei que a estrela começou a brilhar mais do que Vênus e eu já havia caminhado mais de quatrocentos metros contemplando aquela dupla fascinante.

 

Porém na esquina da Andrade com a Senador algo de estranho, assustador, maravilhoso, magistral e sensacional aconteceu diante de meus olhos. A estrela brilhante, numa fração de segundos se desfez e seus pedaços deixaram rastros luminosos e também em milésimos de segundos desapareceram, ficando apenas em seu lugar um vasto e negro espaço e mais longe pontos luminosos ressaltaram.

 Obviamente que tudo isto teria acontecido há centenas ou milhares de anos, porém em milésimos de segundo, a olho nu vi uma coisa fascinante, bela, eletrizante, espantosa, assombrosa, admirável, esplêndida, estonteante, excepcional, exótica, extraordinária, extravagante, fabulosa, fenomenal, formidável, ímpar, impressionante, incomum, incrível, invulgar, ímpar, maravilhosa, notável, prodigiosa, rara, sensacional, singular, surpreendente e única em minha vida.

A luz havia percorrido centenas ou milhares de anos até ser captado por meus olhos. O que eu vi, naquela fração de segundo ficou gravado em minha mente como se tivesse acontecido, naquele instante. Uma maravilhosa visão ocorrida não sei quantos anos luz da nossa casinha azul chamada Terra.

Ao chegar a nossa casa relatei a meus pais que ficaram incrédulos sem nada dizerem, assim como muitos que estão lendo este post ficarão incrédulos.

 

Muitos hão de pensar que foi um fogo de artifício, porém não era época de fogos e um fogo de artifício não ficaria parado no céu enquanto eu caminhava mais de quatrocentos metros, assim como um bólido ou cometa, que deixaria sua marca no entrar da atmosfera terrestre, mas como pude observar casualmente isto teria ocorrido centenas de anos luz além de Vênus.

              Multiversos ou poliversos
                

Enfim fui um privilegiado em ter visto esse espetáculo, que acontece a cada minuto neste vastíssimo e “quase infindável” Universo que se algum observatório tenha registrado não posso afirmar, pois nada soube, mas apenas levar até o fim de meus dias essa espetacular visão do Universo. Universo que um dia não mais existirá.

Na verdade fui um privilegiado em poder ver uma fascinante explosão que durou milésimos de segundos que num piscar de olhos não seria visto.

Maravilhoso fim de uma estrela que até hoje está em minha memória. Uma fantástica visão do céu noturno de Pelotas, minha cidade natal.