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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Vida e Morte.



Ao nos aproximar da morte e por não entendê-la, começamos a conjeturar o quão bom seria se tivéssemos outra vida, onde as coisas fossem melhores, as escolhas fossem melhores, onde as pessoas vivessem numa boa. Muitos sonham com o reencontro de pessoas que jamais se verão. Muitos sonham com amores que deixaram fugir por entre os dedos. Muitos sonham com um mundo em tudo, melhor.


A maioria esmagadora vive da ilusão de continuar vivendo após a morte, para que nessa vida, para eles melhor, tenham seus sonhos realizados, tenham uma vida de prazeres e farturas.

Este sonho de realizar coisas que deixamos de fazer, de amar mais, de sorrir mais de ser mais feliz levaram os primitivos homens a acharem que assim era, e os atuais nessas lendas acreditam.

Porém se há as trevas da noite e a luz esplendorosa do dia, se há o bem e o mal, imaginaram também que há outra vida de sofrimentos para os maus.

Não podemos esquecer que se existimos não foi por nenhum passe de mágica, um fiat, ou qualquer outra lenda mirabolante como a de um pueril e hilário bonequinho de barro.

Existimos por simples acidentes.


Vejamos: Se um gigantesco meteoro não tivesse se chocado com a Terra, e foram desde o surgimento do planeta milhões de impactos, e este gigantesco corpo estelar não tivesse exterminado os grandes sáurios por volta de 65 milhões de anos atrás, não haveria a possibilidade de outros animais evoluírem e nesses milhões de anos chegarem ao que chegaram.

Somos fruto da evolução, demorada e continuada, porém negar isto é dar atestado de extraordinária ignorância, pois milhares de sábios vêm estudando, teorizando e encontrando provas e todos os caminhos que animais primitivos levaram até chegarem ao que hoje são, inclusive o homem.


O ignorante muito sabe, o inteligente pouco sabe, o sábio diz que nada sabe, a velha história do quanto mais eu sei, mais eu sei que nada sei, entretanto o imbecil acha que sabe tudo. E sempre aparecerá alguém para no momento já inventar uma historinha bobinha que foi um deusinho quem mandou o meteorinho chocar-se com a Terrinha para propiciar a surgimento de sua criaçãozinha.

É sempre assim, eles são ágeis em inventar, distorcer, maquiar, enrolar e formular teorias na hora. São ligeirinhos.

Porém temos que lembra que o homem também esteve à beira da extinção não por uma, mas por várias vezes, sendo que a mais delicada foi quando, antes de ter a raça humana saído da África, há 100 mil anos, chegado a perigosos dois mil indivíduos.

Ao sair da Mãe África a raça humana que já vinha dentro do continente africano em constantes mutações, em grupos isolados, passou cada vez mais a se modificar, chegando hoje a esta verdadeira colcha de retalhos, onde vamos encontrar os mais diferentes grupos humanos.

Ora bolas! Se não existisse como dizem os iletrados uma transformação física, pois o que deus fez seria imutável, como explicar então os Maoris, Massais, Berberes, Chineses, Aborígenes Australianos, Ndanis, Alemães, Índios, de diversas formas e cores, e centenas de tipos diferentes.

Os ligeirinhos já vêm a algum tempo dizendo que deus havia criado vários casais primordiais, num total cabalístico de sete. Ou seja, um Adão e uma Eva de cada cor, altura e compleição diferente. Tudo para eles é no achismo, nada se comprova cientificamente, e todas as vezes que quiseram explicar cientificamente caíram na vala fétida das inverdades, das contradições e das mesmices, como um livro que circulou por muito tempo com o título Criação ou Evolução, um amontoado de sandices, de inverdades, mostrando experimentos idiotas e sem sentido na vã tentativa de explicar cientificamente que os evolucionistas estavam errados.


Não pesquisam nem para saber o significado das palavras Adão e Eva, que segundo estudiosos como T. H. Gaster e J. J. Frazer, mostram em seu livro Mito, Leyenda y Costumbre en el Libro del Gênesis que tais palavras provém das palavras adamah, que quer dizer argila e confunde-se com a palavra adam que quer dizer homem, assim como e hawwah, tradução hebraica de nin-ti, dos sumérios que quer dizer tanto senhora da vida como senhora da costela.

Não procuram saber de onde vem esta lenda idiota de um dilúvio Universal, lenda copiada, mutilada, prostituída de outros contos muito mais antigos do que se pensa, como a Epopeia de Gilgamesh e outros contos, e que por total ignorância só cita os animais conhecidos no Oriente Médio, pois jamais verás nessas narrativas idiotas a presença de gorila, canguru, onça, anta, alce, bisão, panda, saiga, lhama, ou outro animal das América, da Austrália e outras regiões as quais aqueles homens primitivos sequer sabiam de sua existência.

Por erros em traduções de escritas cuneiformes temos hoje muitas historietas bíblicas que foram deturpadas, falsificadas, enfeitadas, acrescentadas e omitidas de outras histórias que nada tinham de criativas, que também eram cópias de outros contos pueris.

E assim na ilusão a humanidade vai acreditando em um paraíso celestial cheio de anjinhos chatos tocando harpas e trombetas, aporrinhando teus ouvidos com odes e cantos gregorianos, cações angelicais e ou outras babaquices.


O medo da morte, o medo do desconhecido faz o homem teorizar mil e uma coisas para amenizar suas angústias, seus medos e seus sofrimentos.


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