Ao nos aproximar da morte e
por não entendê-la, começamos a conjeturar o quão bom seria se tivéssemos outra
vida, onde as coisas fossem melhores, as escolhas fossem melhores, onde as
pessoas vivessem numa boa. Muitos sonham com o reencontro de pessoas que jamais
se verão. Muitos sonham com amores que deixaram fugir por entre os dedos.
Muitos sonham com um mundo em tudo, melhor.
A maioria esmagadora vive da
ilusão de continuar vivendo após a morte, para que nessa vida, para eles
melhor, tenham seus sonhos realizados, tenham uma vida de prazeres e farturas.
Este sonho de realizar
coisas que deixamos de fazer, de amar mais, de sorrir mais de ser mais feliz
levaram os primitivos homens a acharem que assim era, e os atuais nessas lendas
acreditam.
Porém se há as trevas da
noite e a luz esplendorosa do dia, se há o bem e o mal, imaginaram também que
há outra vida de sofrimentos para os maus.
Não podemos esquecer que se
existimos não foi por nenhum passe de mágica, um fiat, ou qualquer outra lenda
mirabolante como a de um pueril e hilário bonequinho de barro.
Existimos por simples
acidentes.
Vejamos: Se um gigantesco
meteoro não tivesse se chocado com a Terra, e foram desde o surgimento do
planeta milhões de impactos, e este gigantesco corpo estelar não tivesse
exterminado os grandes sáurios por volta de 65 milhões de anos atrás, não haveria
a possibilidade de outros animais evoluírem e nesses milhões de anos chegarem
ao que chegaram.
Somos fruto da evolução,
demorada e continuada, porém negar isto é dar atestado de extraordinária
ignorância, pois milhares de sábios vêm estudando, teorizando e encontrando
provas e todos os caminhos que animais primitivos levaram até chegarem ao que
hoje são, inclusive o homem.
O ignorante muito sabe, o
inteligente pouco sabe, o sábio diz que nada sabe, a velha história do quanto
mais eu sei, mais eu sei que nada sei, entretanto o imbecil acha que sabe tudo.
E sempre aparecerá alguém para no momento já inventar uma historinha bobinha
que foi um deusinho quem mandou o meteorinho chocar-se com a Terrinha para
propiciar a surgimento de sua criaçãozinha.
É sempre assim, eles são
ágeis em inventar, distorcer, maquiar, enrolar e formular teorias na hora. São
ligeirinhos.
Porém temos que lembra que o
homem também esteve à beira da extinção não por uma, mas por várias vezes,
sendo que a mais delicada foi quando, antes de ter a raça humana saído da
África, há 100 mil anos, chegado a perigosos dois mil indivíduos.
Ao sair da Mãe África a raça
humana que já vinha dentro do continente africano em constantes mutações, em
grupos isolados, passou cada vez mais a se modificar, chegando hoje a esta
verdadeira colcha de retalhos, onde vamos encontrar os mais diferentes grupos
humanos.
Ora bolas! Se não existisse
como dizem os iletrados uma transformação física, pois o que deus fez seria
imutável, como explicar então os Maoris, Massais, Berberes, Chineses,
Aborígenes Australianos, Ndanis, Alemães, Índios, de diversas formas e cores, e
centenas de tipos diferentes.
Os ligeirinhos já vêm a algum
tempo dizendo que deus havia criado vários casais primordiais, num total
cabalístico de sete. Ou seja, um Adão e uma Eva de cada cor, altura e
compleição diferente. Tudo para eles é no achismo, nada se comprova
cientificamente, e todas as vezes que quiseram explicar cientificamente caíram
na vala fétida das inverdades, das contradições e das mesmices, como um livro
que circulou por muito tempo com o título Criação ou Evolução, um amontoado de
sandices, de inverdades, mostrando experimentos idiotas e sem sentido na vã
tentativa de explicar cientificamente que os evolucionistas estavam errados.
Não pesquisam nem para saber
o significado das palavras Adão e Eva, que segundo estudiosos como T. H. Gaster
e J. J. Frazer, mostram em seu livro Mito, Leyenda y Costumbre en el Libro del Gênesis que tais
palavras provém das palavras adamah, que quer dizer argila e confunde-se com a
palavra adam que quer dizer homem, assim como e hawwah, tradução hebraica de
nin-ti, dos sumérios que quer dizer tanto senhora da vida como senhora da
costela.
Não procuram saber de onde
vem esta lenda idiota de um dilúvio Universal, lenda copiada, mutilada, prostituída
de outros contos muito mais antigos do que se pensa, como a Epopeia de Gilgamesh
e outros contos, e que por total ignorância só cita os animais conhecidos no
Oriente Médio, pois jamais verás nessas narrativas idiotas a presença de
gorila, canguru, onça, anta, alce, bisão, panda, saiga, lhama, ou outro animal
das América, da Austrália e outras regiões as quais aqueles homens primitivos
sequer sabiam de sua existência.
Por erros em traduções de escritas
cuneiformes temos hoje muitas historietas bíblicas que foram deturpadas,
falsificadas, enfeitadas, acrescentadas e omitidas de outras histórias que nada
tinham de criativas, que também eram cópias de outros contos pueris.
E assim na ilusão a
humanidade vai acreditando em um paraíso celestial cheio de anjinhos chatos
tocando harpas e trombetas, aporrinhando teus ouvidos com odes e cantos
gregorianos, cações angelicais e ou outras babaquices.
O medo da morte, o medo do
desconhecido faz o homem teorizar mil e uma coisas para amenizar suas
angústias, seus medos e seus sofrimentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário