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domingo, 13 de dezembro de 2015

O Prato Partido


Nos pedaços esparramados pelo chão,
Ficou o prato em estranha formação.
São pedaços espalhados,
Sobre os ladrilhos separados.



Pedaço, pequena parte,
Nela também eu vejo arte.
Gumes, pontas e ângulos,
Formam diversos triângulos.


No meio de uma parte restou sozinho,
Do lobinho, apenas seu focinho.
E do chapéu escarlate da menininha,
Apenas restou a torta pontinha.


Pedaço por pedaço fui juntando,
Mas uma parte ficou faltando.
Que parte seria esta que tanto me faz pensar,
Talvez seja importante, é difícil de imaginar.


São pedaços encantados,
Pelo chão esparramados.
Que juntei com todo o carinho
Mas onde está o pedacinho?


AH! Disse meu coração.
Em acelerada palpitação.
Esta parte jamais vais encontrar.
Não adianta procurar.


É o pedacinho não resolvido,
De teu passado meio esquecido.
Amores e paixões quebradas.
Dores e lembranças magoadas.


Sofrimentos e alegrias,
Momentos alegres e horas vazias.
Dor imediata e as vezes tardia,
Momentos tristes, rancores, nostalgia.


Ficaram marcas de um grande amor,
Feridas deixaram em mim tanta dor.
Louca e arrebatadora paixão,
Mas quem sofre sou eu, o teu coração.







2 comentários:

  1. Muito criativo. De quem é a autoria do poema e dos desenhos?

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  2. Meu caro Monteiro.
    Privilégio imenso em tê-lo em meu blogue.
    O poema assim como a montagem do prato partido é de minha autoria. O mais interessante é que na manhã em que publiquei tal matéria havia acordado durante e madrugada com "Nos pedaços esparramado pelo chão, ficou o prato em estranha formação" em meu pensamento. O que me levou a compor tal e simples poema.
    Agradeço muito tua presença e ponho-me a teu dispor.
    Leia comente ou critique, fique a vontade.
    Um grande e respeitoso abraço.
    Tenhas um belo final de ano.
    Prof. Pedro

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