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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Café Lamego.


Mais de meio século de história.

Havia em Pelotas Fábricas de torrefação e moagem de cafés, como o “Café do Povo”, “Café 35” e “Café Lamego”, se outras existiam não me lembro, entretanto estas três marcas ficaram gravada em minha memória e nela ficarão enquanto eu viver.

                Clique sobre a gravura para aumentar.

E provavelmente há setenta anos mamãe ganhou esta bela gravura de natal da Fábrica de Café Lamego, afinal de contas estamos a quatro dias desta festa da cristandade e nada é para mim tão bela quanto esta maravilhosa gravura.

Desde tenra idade apreciava este cartão de 22cm X 16,5cm, que fez parte de minha infância, adolescência, juventude, maturidade e agora já quase aos setenta continua sempre comigo, pois é fonte de fascinantes lembranças de um tempo longínquo, um tempo mágico, um tempo de esperanças e sonhos.

Mas ele continua já tão ou mais velho quanto eu a me fazer sonhar como se dele fizesse parte, talvez seja o menininho que caminha de mãos dadas com sua mãe pela rua nevada, ou talvez a criancinha que ao longe caminha sozinha pela mesma rua.

São saudades que saltam de meu coração, tão vivas e claras que me fazem sonhar, porém esmaecida, quase apagada está uma inscrição gravada em baixo-relevo sobre a copa da frondosa árvore, ao lado da igreja, cuja luz que brota de suas janelas me faz lembrar de minha infância, pois as luzes de nossa casa eram desta tonalidade, devido a precariedade do abastecimento elétrico e de lâmpadas de péssima qualidade, lamparinas da Fábrica de Lamparinas São Jorge de São Paulo, que velavam o meu sono quando ainda era um bebê ou das velas de estearina da Lang, de Pelotas, que quando criança ficava encantando com sua chama cambaleante, mas que iluminavam meus passos incipientes e onde com alguma dificuldade ainda dá para se ler:



Que todos os meus leitores tenham um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de esperanças, sem atentados, sem tantas e tantas mortes efetuadas em nome de deus, mesmo que para mim seja fictício, porém aqueles que creem deveriam seguir com retidão a sua crença, a qual eu, mesmo não crendo sigo, que é o perdão, o amor, a retidão de caráter, a compreensão e o respeito pelo próximo, não esquecendo que os animais também são próximos, que as florestas, os rios, os lagos, os mares e oceanos também são próximos.

Respeite a vida e ao que nos mantém vivos, - a Natureza.


Nosso Planeta pede socorro.   

15 comentários:

  1. Opa! Um feliz Natal e um Ótimo 2016 ao Sr. Abraço. Fábio Zündler

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  2. Olá grande Fábio.
    Obrigado e retribuo as felicitações.
    Esta gravura do Café Lamego é histórica e está na família, como disse a bem uns 70 anos, ou mais e hoje faz parte das coisas que guardo com todo o carinho.
    Uma grande e fraterno abraço.
    Prof. Pedro.

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    1. Me chama no whatsap tenho fotos originais do CAFE LAMEGO inclusive de sua vida Encontrei em entulho foi jogado fora e eu peguei meu whatsap 984048129

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    2. Olá Cláudia Souza, com imenso prazer entrarei em contato.
      Muita saúde e alegria. Há outro comentário a seguir que estou respondendo.
      Respeitoso e fraterno abraço.

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    3. Olá! Será que a Claudia Souza ainda tem as fotos e cartas que ela encontrou? Gostaria muito de ver, se possível.

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    4. Olá Anna. Tudo bem? Boas Festas. Anna, não sei, pois estou aguardando esses documentos há mais de um ano. E Cláudia Souza simplesmente sumiu. Estou para ir à Pelotas e espero encontrá-la. Saudações.

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  3. Sou Cláudia Lamego, morei em Pelotas até 1950, filha de Octacílio Lamego, um dos proprietários da Fábrica Lamego (juntamente com Francisco, Adriano e Pedro, meus tios). Conheceu Paulo Lamego, filho de Adriano Lamego, que até algum tempo trabalhava na fábrica? Gostaria de saber notícias de seu relacionamento com eles.

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    1. Caríssima Senhora Cláudia Lamego, seu comentário trouxe-me muitas recordações de uma época distante e maravilhosa. Quando menino costumava passar pela frente das torrefadoras de café existentes em Pelotas, a Lamego, a 35 e a do Povo, e sentia aquele maravilhoso cheiro de café torradinho. Até hoje quando sinto o cheiro de café meus pensamentos voam àquela época. Infelizmente não conheci os proprietários dessas torrefações, era um menino ainda quando mamães recomendava a compra de tal ou tal marca, porém não tive a oportunidade de conhecer nenhum dos proprietários. Estou longe de Pelotas há quase cinquenta anos, apesar de visitá-la seguidamente. Fiquei honradíssimo com sua visita e comentário e deixo este espaço sempre aberto para tão caríssima senhora.
      Que a saúde e a paz sejam constantes em sua vida.
      Muito agradecido pelo comentário e visita.

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    2. Boa tarde, Cláudia
      Tive notícias que havia música no café lamego e que meu avô teria tocado lá. Terias fotos, recortes de jornais, qualquer coisa sobre o café nos anos 40, 50? Obrigada Lúcia

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    3. Nossa vc nao imagima oque eu tenho comigo guardado EU COMPREI UM ATERRO para colocar em um terreno e quando o caminhao comecou a despejar vi junto varias fotos cartas antigas de francisco lamego ate tem fotos de criancas e uma foto DO ANTIGO CAFE LAMEGO tenho quase certeza que vc iria adorar ver Meu whatsap 984048129 POIS

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    4. Olá Cláudia Souza, fiquei mui entusiasmado com as fotos que tens e é óbvio que gostaria de ter acesso a ela, pois tudo isto representa a história de Pelotas e nossa cultura que deve ser preservada. Ansioso entrarei em contato desejando a caríssima leitora muita saúde e alegria, não só hoje como sempre.
      Agradecido, recebas com carinho e muito respeito um fraterno abraço deste velho professor que alegra-se em manter e divulgar cultura.

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  4. Quero confirmar o local endereço que era a fábrica de café lamego

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    1. Olá caro leitor. O tempo passou e passou rápido e hoje não lembro o local da Lamego, o que lembro era que ficava em uma Rua central de Pelotas, mas vou fazer uma pesquisa para identificar tal endereço. Um abraço e muita saúde e alegria em tua vida.

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  5. Excelente as lembrancas, quem dera ter a mesma compreensão que tenho hoje, de como.as coisas, que realmente importam passam tão rapido e quanto se tornam importantes para nós,com.o passar do tempo, e tudo oque realmente e só importa, é o.amor..puro e simples assim...por tudo e todos...fiquem bem...

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    1. Olá caríssimo(a) leitor(a).
      Fico feliz que possa ter feito lembrar de coisas da meninice. São coisas puras que jamais voltarão, mas hoje, aos 75 anos e tendo uma mente privilegiada lembro-me de meus primeiros dias de vida, quando mamãe após as mamadas, deixava-me no berço e eu ficava ouvindo o cacarejar de galinhas ao longe. Jamais esquecerei desta e outras passagens de minha vida. São lembranças puras que muitas vezes de meus olhos brotam fluidas e cristalinas lágrimas e nestes momentos ao pensar no que passou me parece ter sido ontem. Um grande abraço e que as coisas boas de tua vida sejam sempre carregadas com paz e amor.
      Fraterno abraço.

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