Ano – 1960
Local – Ginásio Estadual
Vasconcelos Jardim.
Diretor do Ginásio: Karel
Ortz
Professor de Latim: Karel
Ortz.
Professor de Francês: Karel
Ortz
Cidade – General Câmara – RS.
Feliz e contente comecei nesse
ano a cursar o Ginásio, numa incrível façanha que muitos ficaram boquiabertos.
Ano anterior havia cursado a
5ª série, já que por motivo de data de nascimento minha entrada na escola
atrasou um ano, e dois anos foram perdidos devido, um neste, mesmo ano por
conta de uma malévola Irmã que odiava a todos e a mim também, mas que no ano
seguinte eu fui pivô de uma ação que fez cair esse ser demoníaco que atendia
pelo nome de irmã Conceição, e que se houvesse inferno lá estaria ela pagando
as judiarias que fazia com seus alunos, as verdadeiras surras que dava nas
pobres crianças, e ao meter-se comigo teve os dedos amassados na porta da sala
de aula.
Ôrre tasca!
Não contente a denunciei
para minha mãe que foi à escola e fez com que a madre superiora mandasse essa
irmã doente e carente de um macho bem dotado para os quintos.
Sumiu a megera e eu fui
ungido pelos coleguinhas como o grande herói. O cavaleiro fracote e
esquelético, mas corajoso e destemido, que ao ver a doida correndo para me dar
umas reguadas, corri e saí porta a fora, porém ao sair lembrei que esta porta não
havia maçaneta pela parte de dentro, voltei e segurei com as duas mãozinhas a
maçaneta externa e quando a irmã Conceição meteu a mão para segurar a porta
entreaberta, quase fechada, com força e raiva puxei a porta com violência,
amassando os dedos da maleva, que gemeu de dor, deixando-a com duas unhas
roxas.
Como um azougue corri, pulei
o muro do colégio que dava acesso à casa de meu padrinho Frederico Schwanz e
ali, juntamente com minha madrinha Ernestina fiquei até que os ânimos no
colégio São Pedro, lá no Fragata em Pelotas se acalmassem, quando então fui
para casa.
O segundo ano perdido foi
num 4 º ano, por vagabundagem e irresponsabilidade de menino que já começava a
olhar as gurias de modo diferente.
Porém minha façanha ao
entrar para o ginásio foi a de ter sido reprovado vergonhosamente no 5º ano
primário, com quase todas as notas vermelhas, pois não queria nada com nada, a
não ser ficar contemplando as belas meninas de minha sala de aula, Leila,
Luísa, Maria Helena, Cecília, Iara, Regina, e todas as outras, menos minha irmã
menor que estava pela segunda vez em minha sala de aula e não largava o meu pé.
Entretanto para entrar no
Ginásio fazia-se necessidade de prestar um verdadeiro vestibular, difícil e
complicado exame, chamado de Admissão ao Ginásio, que eliminava 70% dos
candidatos, porém, para surpresa de todos, inclusive a de meus pais, mesmo
tendo sido reprovado no 5º ano, fui, “euzinho”, classificado em um dos
primeiros lugares.
- Ôrre tasca!
E digo mais:
- Ôrre tasca!
E já na primeira série
ginasial comecei a estudar francês e latim, além de português, história,
geografia, canto orfeônico, artes, matemática e ciências.
E ir para o Ginásio
resultava em usar um uniforme bonito barbariodade.
Um uniforme militarizado,
cheio de detalhes que a gurizada se achava verdadeiros generais. Já as doces e lindas meninas usavam sapatinhos baixos pretos, meias brancas até o joelhos, saia plissada azul marinho, camisa branca, tope azul juto a gola da camisa, blusão e casaco azul.
Lindíssimas!
Principalmente porque foi nessa época que as meninas mais moderninhas começaram a mostrar os joelhos.
Loucura, loucura, loucura!
Lindíssimas!
Principalmente porque foi nessa época que as meninas mais moderninhas começaram a mostrar os joelhos.
Loucura, loucura, loucura!
E ninguém reclamava por usar
uniforme, e não era distribuído graciosamente como se faz hoje em dia e esse
piazedo nojento reclama e não usa.
Uns bobalhões que muitas
vezes vão para o colégio por que lá tem comida e não querem usar o uniforme.
Hoje, com a entrada de
senegaleses e principalmente haitianos no país, tenho com quem quando em vez
exercitar meu já precário francês, entretanto o latim é coisa de cientista que
ao dar um nome científico a um animal ou planta o fazem nesta língua morta a
quase dois mil anos ou em grego, como no caso deste maléfico mosquito da
dengue, o tal de Aedes Aegypti, que para complicar ainda mais tem nome grego e
sobrenome latino.
Aēdēs ægypti, que que dizer Odioso do Egito.
No
latim Æ ou æ, uma letra inexistente no
português, pois trata-se de um “A” geminado com a letra “E”, tem a
pronúncia E, como no caso de
Cæsar, César e não Caésar, muito menos Caézar.
Canidæ, “canide” e não canidae como muitos espertos dizem e
que quer dizer canino, da família dos caninos (cachorro, lobo, coiote, chacal,
mabeco e raposa, entre outros), já que cachorro em latim é canis ou Canis Lupus
Familiaris e o lobo é lupus ou Canis Lupus).
Já
se fores procurar para ver se está correta a tradução no Google Tradutor, vais
dar com a cara na parede, pois é de dar pena. Os erros de tradução são enormes,
como o de traduzir cão para o latim como sendo dog, entre outros milhares de
erros grotescos.
Não
dá para confiar no Google Tradutor.
Haja
paciência.
Outrossim
levando-se em conta que devemos manter a raiz latina vamos verificar que a
grafia Cézar está incorreta, pois em latim se escrevia com “S”. Portanto o
correto é César.
Mas
como neste país ninguém dá bola para o certo e o errado vamos encontrar uma
porção de atrocidades com a língua portuguesa como mortandela, mussarela, Luiz,
Luiza, kilo, kilômetro, provalecido, mero (peixe), e tantas outras babaquices,
pois o correto é: mortadela, muçarela, Luís, Luisa, quilo, quilômetro,
prevalecido, e o peixe é MELRO cuja pronuncia é “Mel-rro”, já que o “r” não
está entre vogais.
Putz
grila.
Muçarela
é correto, pois diz a regrinha da língua portuguesa do Brasil que os dois ZZ,
do italiano passam para o português como Ç, e não SS.
Muzzarela
muda para Muçarela. Não aconselho ninguém a escrever como deveria ser a palavra
Pizza.
Assim
como o nome do povo Massai, que vem de uma das línguas africanas, chamadas de
línguas bunda deve ser escrito Maçai, pois a regra assim diz: Eu mesmo já
escrevi várias vezes errado, pois o certo parece estar errado.
Socorra-me
dicionário.
bunda1
adj m+f 1 Designativo de uma língua falada pelos pretos de Angola. 2 Diz-se de qualquer linguagem corrupta e dissonante. 3 gír Reles, sem valor. sf Língua do grupo banto de Angola e costas vizinhas, Congo e Benguela. Sin: quimbundo.
adj m+f 1 Designativo de uma língua falada pelos pretos de Angola. 2 Diz-se de qualquer linguagem corrupta e dissonante. 3 gír Reles, sem valor. sf Língua do grupo banto de Angola e costas vizinhas, Congo e Benguela. Sin: quimbundo.
Também
assim devemos escrever em palavras indígenas do Brasil como Canguçu, Bataguaçu,
Iguaçu e não como vemos em algumas placas onde essas palavras são escritas com
SS.
O
que eu não entendo é que se escreve jibóia, jirau, pajé tudo com “j” conforme
manda a regra, entretanto a cidade chama-se Bagé, com “G”. Lembrando que a
origem do nome desta cidade está ligada a um nome indígena e foi escrito da
maneira castelhana de escrever Bayé, portanto mais ainda deveria ser “J”, já
que a pronuncia do “Y” em castelhano é “Jota”. Yamaha eles pronunciam Jamarra.
Dorma-se
com um barulho deste.
Curiosidade:
Sabão em espanhol, do Uruguai e Argentina jabón se pronuncia RRabón, já a
palavra Rabão, aumentativo de rabo se pronuncia com R de arado “rABÓN”.
O
mesmo caso aplica-se a Ramão e Presunto.
Se
tu chamares um castelhano de RRamón, (Ramón) tu estarás chamando-o de presunto,
já que o nome próprio Ramón se pronuncia com o mesmo “R” de arado, ou seja
“rAMÓN” e presunto cuja escrita é jamón, se pronuncia RRamón.
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