O
tempo implacável apaga a já pouca cultura de um povo que ainda está muito longe
de ser um povo culto, como o caso do brasileiro de modo geral.
Por
modismo mudam-se as coisas, não só seus nomes como certos “conceitos”.
Palavras
caem no esquecimento, pois a incultura os leva para o fundo do poço turvo do
saber, como por exemplo, o que já escrevi neste blog, o tal alho “poró”, que
hoje em dia todos falam e escrevem dessa maneira, porque as grandes redes de
televisão que deveriam levar o conhecimento ao público são os principais meios
de comunicação que subvertem, erram e tornam o erro em coisa usual, pois o
correto e dicionarizado é alho PORRO – (pôrro). de Allium Porrum
Alguns
abobados dizem que isto é um neologismo.
Porém
devido a baixíssima escolaridade do nosso povo e o baixíssimo conhecimento,
juntamente com a baixíssima capacidade de discernimento, essa massa quase
analfabeta serve de berço esplêndido para que se corrompam as coisas.
Aliado
a isto está a maneira afetada de muitos falarem, não é o caso do povo Gaúcho
que fala diferente, mas fala o que escreve, como por exemplo,se escreve
querência e se fala querência, se escreve tche e se fala tche, se escreve bacudo,
mas se pronuncia bacudo, diferentemente de certo povo de meu Brasil que escreve
“MESMO” e pronuncia “MÊRRRMO” ou “MEISXXMO”, ou escreve ”LEITE” e pronuncia “LEITI”.
Pura
afetação. Afetação que não deve ser confundida com sotaque. Sotaque é sotaque,
mas afetação é frescura.
No
caso das GALOCHAS, a coisa pega.
Galochas
eram proteções de borracha que se usava até os anos 62/63. Era uma espécie de
cobertura para os sapatos. Ou seja, era uma espécie de luva que se usava sobre
os sapatos para evitar a umidade. Essa cobertura cobria completamente o sapato,
pois era feita de uma borracha bem flexível e eram fáceis de tirar, podendo o
seu usuário retirá-las quando chegasse a um ambiente fechado e seus sapatos
estariam secos.
No
início dos anos 60, na cidade de Pelotas, surgiram as galochas para sapatos de
salto, e muitas senhoras e senhoritas as usavam com graça e charme. Eram
galochas no formato dos sapatos de salto, porém no lugar do salto havia um furo
por onde esse passava, mas protegia os pés delicados das senhoras e moçoilas da
bela Pelotas, tão encantadoras quanto era a própria cidade.
Porém
esse modismo acéfalo lançou no mercado uma série de botas de borracha e deram o
nome de galochas, e o povão sem ter conhecimento vai aceitando.
E
o mulherio fica todo se fazendo usando “BOTAS DE BORRACHA”, grosseiras, que os
espertos deram alguns detalhes e decorações coloridas que deixam as gurias
faceiras barbaridade e acham que estão usando GALOCHAS.
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