O pesadelo é um estado de
sono extremamente penoso, com sensação doídas e assombrosas que nos levam a
aceleração cardíaca, sobressaltos e muitas vezes gritos e pedidos de socorro.
Os pesadelos não devem ser
associados a nada inexplicável, muito menos às fábulas religiosas, é sim fruto
de ansiedades, dores e por outro lado o medo, produzidos por histórias
fantasiosas que nos deixam assombrados.
Quando passei a frequentar a
escola, antigo Colégio São Pedro no Fragata em Pelotas, colégio de confissão
católica, administrado pela Congregação das Irmãs São José, fundada em 15 de
outubro de 1650, na cidade de Le Puy-en-Velay, na França, e que somente
chegaram ao Rio Grande do Sul em 1898, fundando em 1945 tal escola, para
atender a demanda de parte do bairro Fragata, onde passei a ter aulas de religião,
um molequinho de 8 anos, sendo diariamente bombardeado por uma verdadeira
lavagem cerebral o que ocasionou a partir desta data começar a ter sucessivos
pesadelos, a começar pela imagem terrível de um anjo da guarda que havia em
sala de aula, que me levava a acreditar que tal criatura abominável iria
empurrar penhasco a baixo as pobres criancinhas que em sua frente caminhavam.
Com as frequentes histórias
de anjos e demônios que povoavam e ainda povoam o imaginário de religiosos
destrambelhados passei a sentir estas presenças malignas em tudo o que
acontecia, em um barulho, o assoviar das folhas de árvores ou no cantar de
alguma ave, tudo era motivo para que um pavor do inexistente tomasse forma em
minha tenra imaginação.
Minhas noites passaram a ser
uma tortura e não havia noite que não tivesse pesadelos com anjos, demônios, um
deus vingativo e fogo do inferno.
Que horror os pais fazem com
a cabecinha de seus filhos que em tenra idade são levados para esses cultos
obscurantistas onde um abobado pastor fala mais num inexistente demônio do que
em deus. E quando fala em deus é para falar de castigo eterno, mármore do
inferno, de um deus cruel que castigará com danações eternas, que nos observa e
pune. Que deus é esse? Um deus cruel, mau, abominável, vingativo, falso e
extremamente vaidoso, além de exporem os próprios filhos a falsas dominações
demoníacas, aonde um ator é pago para fazer pantomimas e gritar feito louco,
como se estivesse possuído por um demônio inexistente.
Dúvida não há quanto aos pesadelos
que podem ser extremamente perturbadores, porém não há nenhum significado
espiritual maligno ou benigno para eles.
Sonhos e visões são
mencionados na Bíblia, e diz que Deus às vezes usou o estado de sonho para se
comunicar com os seus profetas e outros. Deus falou com Abimeleque, em Gênesis
20, advertindo-o para não tocar em Sara, mulher de Abraão. Outros sonhos
incluem Jacó (Gênesis 28); o sonho de José de que os seus irmãos iriam lhe servir
no Egito (Gênesis 37); o sonho de José sobre Faraó (Gênesis 40-41). O Senhor ou
os seus anjos aparecem a outros na Bíblia, incluindo Gideão (Juízes 7), Salomão
(1 Reis 3), Nabucodonosor (Daniel 2), Maria (Mateus 1), José (Mateus 2) e a
esposa de Pilatos (Mateus 27). Nenhum desses sonhos, no entanto, pode realmente
ser chamado de um pesadelo. Sendo assim, parece que se trata de mais um embuste
dizer que Deus fala com as pessoas através de sonhos ou pesadelos.
Algumas pessoas acham que
Satanás ou os seus demônios estão dentro de sua mente durante os pesadelos, porém
lembrando que Satanás é uma figura folclórica que só existe na cabecinha de
alguns doentinhos, descarta-se pela razão essa intromissão, pois demônios não
existem.
Outrossim, não há nada na
Bíblia que justifique isso. Uma porque a bíblia é um amontoado de historietas
sem nexo, sem lógica que alguns celerados foram narrando através do tempo,
compilando assim esse que é um dos livros mais contraditórios e mentirosos do
mundo.
Não há nada de demoníaco em
nossos pesadelos. Provavelmente, os pesadelos não são nada mais do que a
maneira que o cérebro tem de externar nossos medos e preocupações. Porém uma vez
que continue os pesadelos em momentos de sono e o cristão experimente pesadelos
contínuos e frequentes ele deve procurar ajuda médica psiquiátrica e não dar
ouvidos a ladinos que se aproveitarão do bocó e vão encher ainda mais sua
cabecinha com bobagens.
Por este motivo as crianças
deveriam ser educadas sem essa presença nefasta da bíblia em suas vidas, pois
mais mal faz do que bem. Quando a compreensão dessas for lógica e racional
ficaria a critério dela ler ou não ler esse livro de fábulas e mentiras que
atazanam a cabeça das pessoas, principalmente das crianças, e as tornam robozinhos
triste, atormentados e verdadeiros “condutopatas”.
Não esquecendo que religião
é como um pênis, é bom ter um, mas ficar o tempo todo tentando enfiar nas
pessoas é uma merda.