Burrice e loucura são duas
características básicas que trazem ao homem a chamada felicidade, pois quanto
mais ignorante ou louca for à pessoa, menos ela se envolve com problemas do dia
a dia, fazendo assim florescer a felicidade. Ver a beleza em tudo. Correr e
brincar sem ter com o que se preocupar.
Riem de tudo, tudo é
correto, tudo é uma graça alcançada, pois o infeliz não tem discernimento para
separar as coisas e saber o que é bom ou o que é ruim. Ignora o que é uma
pandemia, acha que é uma gripezinha, não sabe que o dólar americano passou da
casa dos cinco reais, pois para ele, o imbecil, tanto faz. Não sabe a besta que
os impostos sobem meteoricamente e querem os malditos, safados e corruptos políticos recriar a
CPMF. Mas o que o imbecil sabe de CPMF, se ele não tem conta em Banco e se tem
são trocados. Desconhece o mentecapto que podemos estar à beira de um grave
problema de recessão, de fome, desemprego e miséria. Não sabe o imbecil que
pode ter os seus direitos trabalhistas anulados por um simples decreto de outro
imbecil, e que tal imbecil instiga a ódio, o racista, a misoginia e a homofobia.
Mas o que sabe o louco sobre
ódio, racismo ou misoginia?
Não sabe o imbecil o
significado de misoginia.
Se chegares para um idiota e
disseres que a partir daquele momento ele não terá mais que se preocupar com
dinheiro, pois para ele não gastar dinheiro ele não mais receberá salário. O
imbecil vai rir e sair pisando em nuvens, feliz, pois será uma preocupação a
menos, além das que ele nunca teve.
Não acreditas?
Pois faça uma viagem pelo
interior da Amazônia e veja quantos trabalhadores rurais, trabalham de sol a
sol, por um ou dois pratos de péssima comida e uma choupana no meio da floresta
para dormir, seminus, crivados de picadas de nuvens intermináveis de mosquitos,
cheios de parasitas e vermes em seus corpos famélicos. Vivem felizes e acham
que seus ricos patrões são tão bons, pois lhes dão “casa” e “comida”. Vivem num
regime de semiescravidão e muitas vezes são assassinados no meio da floresta
para desonerar o rico patrão que leva uma vida fausta. E quando chegam as
eleições os malditos votam em patrões.
Porém o que mais me chama a
atenção não é a loucura e sim a burrice que está entranhada a tal ponto na
sociedade que se torna impossível até de argumentar, ao ponto de muitos dizerem
com todas as letras, e aí sou eu que vou à loucura, pois é uma coisa dita por
repórteres, jornalistas, professores, sociólogos e tantos outros “ólogos” ou
“istas” que no ano zero da
história ou da nossa Era aconteceu tal coisa.
Só é admitido o ano zero
para contagem astronômica, fixado pela norma ISO8601:2094, mesmo assim, mesmo
sendo usado pela astronomia, não existe ano zero.
Aí um espertinho dirá:
- Mas o ano anterior ao
Big-bang, não seria o ano zero?
E a resposta pode parecer
simplista, mas antes do Big-bang não existia tempo. Não só não havia tempo como
também não havia espaço.
Há
quem pense que a Igreja Católica, por um decreto papal “infalível”, decidiu vários séculos depois de tal nascimento o dia que Jesus teria nascido é quando
tem início a chamada Era Cristã, portanto, o “ano zero” da nossa Era nunca
existiu e esta Era seria correto chamá-la de Era Comum.
Realmente,
fica muito difícil para certos acéfalos essa matemática, pois se Cristo tivesse
nascido em 25 de dezembro, nós deveríamos perguntar:
-
De que ano?
E
a resposta correta seria do ano 1 a.C. ou do ano 1, que corretamente não
precisa por o d. C., pois subentende-se. Mas também deveríamos dizer “tal” ano
a.E.C, ou seja antes da Era Comum ou para localizar no tempo um ano de nossa
Era Comum, o qual não se fará necessidade de colocar E. C.
Se
o imbecil disser que ele tenha nascido no ano zero, pode ligar imediatamente
para uma clínica de psiquiatria e interná-lo, pois nunca existiu o ano zero. Mesmo
nunca tendo existido o ano zero, muitos são os imbecis de grandes e
internacionais redes de televisão que falam com caras de simplórios que no ano
zero aconteceu tal ou tal coisa.
Que no ano zero nasceu Jesus. Será que nasceu mesmo?
O
que a imbecilidade não se dá por conta é que “se”,
e este “se” tem dupla, tripla, quádrupla ou
quíntupla conotação, as coisas seriam muito diferentes.
-
Se
ele realmente nasceu não foi a 25 de dezembro.
-
Se nasceu
foi no verão do hemisfério norte.
-Se talvez ele não tenha nascido
em dezembro, quando foi?
- Se não tivessem sido estipulado
no Século IV, o 25 de dezembro para coincidir com antiga festa pagã?
- Se sabem o que é uma festa pagã?
Veja
bem, estou pegando o exemplo de Cristo, pois todos pelo menos no mundo
ocidental sabem quem foi, pois se falasse do nascimento de Ptolomeu da
Mauritânia, a esmagadora maioria ficaria a fazer contas e se perguntar:
“Ah!
O p... Romeu, marido da Tânia?”
Ou
- “O que é isto?”.
Portanto
pego Jesus para tornar mais fácil a compreensão. Se Jesus nasceu em 25 de
dezembro do primeiro ano da Era Comum, ele teria nascido quase um ano após o
início da Era que a Igreja decretou que seria o início da Era Cristã, o que é
um erro, pois o correto seria Era Comum, caso digam que ele nasceu em 25 de
dezembro do ano anterior, ele teria nascido antes de sua época, portanto nem
Stephen Hawking poderia explicar isto. Ou já existiria naquela época uma
máquina do tempo?
Ou
o ano inicia a 25 de dezembro?
Imaginem
a algazarra:
-
Êba-êba! Hoje 25 de dezembro, Feliz Ano novo!
-
Mais um ano se passou e hoje 25 de dezembro começa mais um Ano.
-
Oba-oba! Hoje, 25 de dezembro, meia noite vamos nos reunir lá em casa para
comemorar o Natal e o Ano Novo.
Gente!
São muitos “ous” para poder explicar essa bobagem dos acéfalos em falar em ano
zero. Ano zero não existe e nem nunca existiu e o que me deixa pasmo é ouvir esta
besteira dita por doutores e até algum historiador.
Assim
como não existe ano zero, os Séculos não iniciam no algarismo ZERO. Ou seja, o
Século XIX (19) iniciou em 1º de janeiro de 1801 e seu último ano foi 1900. O
Século XX (20) iniciou em 1º de janeiro de 1901 e seu último ano foi o ano 2000
e o Século XXI (21), iniciou em 1º de janeiro 2001.
Coloquei
entre parêntesis o número correspondente, pois a maioria das pessoas não
conhece os algarismos romanos, a tal ponto de existir em Porto Alegre uma Rua
chamada Dom João VI (sexto), mas muitos, mesmo moradores daquela rua chamarem
de Rua Dom João vi, do verbo ver. (Conjugação do verbo ver no Pretérito
Perfeito: Eu vi, Tu viste, Ele viu, Nós vimos, Vós vistes, Eles viram). Assim
como em São Paulo, muitos batem o pé e dizem estarem erradas as placas que
informam o nome de determinada rua – Rua Pedro Ivo – dizendo que o correto
seria Pedro IV. Por favor, antes de dizerem bobagem vão procurar saber quem foi
Pedro Ivo. Pedro Ivo Veloso da Silveira foi um dos líderes da Revolução
Praieira, em Pernambuco. Poupem-me.
Pior.
Pior
que esse povo ainda vota.
Outra
coisa que me leva a loucura é ouvir de pessoas cultas a frase muito comum,
usada por 99,99% da população, que assim pergunta.
-
Tu viu a novela?
-
Tu viu o acidente ali na esquina?
-
Tu viu o carro novo do Amphilóquio? (1)
Só
falta eu perguntar se tu viu a conjugação do
verbo ver colocada acima, pois o correto é “tu viste”.
-
Tu viste a novela?
-
Tu viste o acidente ali na esquina?
-
Tu viste o carro novo do Amphilóquio?
Poupem-me.
No
domingo 26 de abril, próximo das 23 horas, assistindo um Telejornal no Canal
40, cujas notícias rodavam em torno da Covid 19, um infeliz apresentador disse
com a maior cara de sonso, que devido ao não terem sido feitos os primeiros
relatórios ou registros sobre as vítimas da Covid 19 no Brasil, fica impossível
identificar a vítima ZERO desta doença. Vítima Zero é a imbecilidade que diz
ter uma Vítima Zero, que bom seria, pois ai não haveria vítima alguma. Será que
o acéfalo que diz tal bobagem ganha para dizer asneiras, será que o atarantado
acha em sua cabecinha pequena que a numeração começa em zero. Para quê então
serve o número 1?
Então
caro leitor, a ignorância e a loucura trazem a felicidade, pois tanto uma
quanto a outra, seja burro ou louco vivem num mundo de Bob, ou seja, tudo para
eles é um sonho.
Respondeu
um louco dentro de um Hospício ao ser convidado por outro louco para pularem o
muro e saírem daquele Sanatório.
-
Não! Não! Eu não quero sair daqui. Lá fora está cheio de loucos.
Será
que o louco estaria errado?
Louco, louco, louco! Foi o que me disseram
Quando disse que te amei.
Mas naveguei as águas puras dos teus olhos
E com versos tão antigos, eu quebrei teu coração.
Nota
de pé de página. Também erro. Porém são erros de digitação ou falta de atenção,
é a pressa de ver publicada uma matéria, lembrando que os ditados dizem:
-
O apressado come cru.
-
A pressa é a inimiga da perfeição.
-
Devagar se vai ao longe.
E
eu, dentro da loucura que nos cerca diria:
-
O apressado como cru, mas não passa fome.
-
A pressa é inimiga da perfeição. Não existe Perfeição?
-
Devagar se vai ao longe, mas cansa pra dedéu .
Finalmente
o (1) Amphilóquio, a pronúncia é Anfilóquio, pois a letra p seguida do h vale
por f, como antigamente se escrevia pharmácia e outras palavras.
Fui!