Nada mais aliena a mente
humana do que as religiões. Alienam pelo medo, pelas mentiras, pelas promessas
falsas de milagres e de uma vida eterna em um paraíso ilusório. As pessoas
realmente acreditam e se acham as escolhidas, que seu deus as livrará de
qualquer mal e chegam ao ponto romperem relações com irmãos, pais, tios e
amigos por discordarem de suas crenças sem nenhum fundamento, mas que as deixam
em verdadeiro estado de torpor, idiotizadas, beirando à demência.
A humanidade, desde o seus
primórdios, vive atormentada com o desconhecido. A morte, o castigo eterno,
doenças e outros tormentos espertamente usados por vigaristas para atormentar mais
ainda os incautos e muitas coisas inventadas por ladinos para dominar as mentes,
pois sabem eles que quanto mais rebuscada, fantasiosa e inacreditável seja a
mentira, mais os iludidos acreditarão. É como conta a historia horripilante de
uma princesa que ganhara de seu pai, um Rei, um belo anel de ouro e brilhante,
que ao chegar à beira do rio foi mergulhar o anel nas águas límpidas e um
esperto peixe ofuscado pelo brilho da rara pedra o abocanhou e o engoliu. Como ela
contaria para seu pai esse episódio inusitado. Tal princesa fez como fazem os
pastores e contou a seu velho pai, o Rei, uma mentira absurda:
- Estava eu a beira do rio
quando uma bruxa me deu um chá para beber e eu drogada caí ao solo, desmaiada
fiquei e nesse momento três homens se aproveitando do meu estado me estupraram,
fiquei desacordada por um tempo, quando recobrava os sentidos vi um homem velho
arrancar o anel de meu dedo com violência, me esmurrar e montando em sua mula sumir
no mato.
O Rei horrorizado mandou
seus guardas procurarem por esses indivíduos.
Como não tinham provas, levaram a presença do Rei uma velha senhora que
morava em uma casa em ruinas e disseram ser ela a bruxa. Levaram três pobres
lavradores que trabalhavam a terra, próximo ao rio, e finalmente encontraram um
pobre senhor velho que havia ido levar doces a seus netos fora da aldeia e
voltava cansado mas feliz em ter visto os netinhos.
Ao vê-los o Rei sentenciou:
- Que a bruxa seja queimada
viva. - E Assim se fez.
- Que os três “estupradores”
sejam decapitados. - E assim se fez.
- Que o velho ladrão seja
enforcado. - E assim se fez.
Dias depois o próprio Rei
pescando, pegou em seu anzol um lindo e enorme peixe. Ao abri-lo encontrou em
suas entranhas o anel que havia dado a filha. Chamou-a e perguntou sobre o
anel, dizendo a ela que o havia encontrado dentro de um peixe.
A princesa disse então ao
pai:
- Papai, se eu contasse a
verdade ninguém acreditaria, mas como inventei uma história trágica, cheia de brutalidades,
mentiras assombrosas, violência, roubo, drogas e sexo todos acreditaram,
inclusive o senhor.
É assim que funciona com as
religiões, quanto mais mirabolante, mais estapafúrdia e fantasiosa for a
mentira, mais e mais pessoas serão cativadas.
E as igrejas prevaricaram,
atormentaram, mataram e iludiram. Até aí se compreende, porém como que as
pessoas se deixam levar por esses embustes ditos por esses canalhas que em se
aproveitando da ingenuidade das pessoas conseguem conduzir rebanhos imensos de
atormentados, parvos, idiotizados por falsas promessas.
São tão mentirosos e injustos
esses relatos bíblicos, que chegam a ser hilários, a começar pelo chamado
pecado original, que esse deus tampinha pune toda a humanidade, bilhões e
bilhões de seres humanos por um eventual deslize da falsa Eva. E mais uma vez o
machismo bíblico aponta a mulher como a causadora do mal, já que ela convenceu
Adão em comer o fruto, não bastasse o “e nasceram-lhes filhas e com elas surgiu
o mal”, apontam Eva como a fonte do mal pelo qual a humanidade, toda a
humanidade paga por ela ter comido uma simples maçã, para não dizer o que na
verdade ela comeu. Poupem-me. Até quando essa cristandade acreditará nessa
idiotice, que entre outras sandices diz que “com dor conceberás”, ora, até uma
vaca, uma égua, uma elefanta tem dores na hora de conceber, mas os extremamente
idiotizados por essa fábula acreditam que isto acontece exclusivamente com as
mulheres. Pensam assim pois são extremamente machistas e muitos, misóginos, que
com desprezo veem as mulheres como seres inferiores e insignificantes.
O Pecado Original nada
mais é que a relação sexual, a maçã nada mais é que uma metáfora e essa relação
é natural, pois o próprio “deus” manda em seus dez mandamentos simplórios que
devemos crescer e multiplicar, outrossim quando o povo de Israel pediu para a
Moisés receber as leis do senhor deus e esse recebe os dez mandamentos, a
humanidade já caminhava há mais de duzentos
mil anos sobre a Terra e já crescia e multiplicava-se, sem falar nos outros animais e plantas que há bilhões
de anos já cresciam e multiplicavam-se, portanto deus entregar essa lei, além
de inócua mostra ser uma imensurável mentira. Perderia deus o seu precioso
tempo para dizer aos reles homens como eles deveriam proceder se já o faziam há
centenas de milhares de anos?
BOBAGEM! Entretanto esse
povo néscio, atormentado e simplório acredita piamente.
Da mesma forma que
acreditaram por séculos em um Limbo das Crianças, reservados aquelas
sem pecados, porém que não haviam sido batizadas, que ficariam a margem do
paraíso a espera de Jesus, segundo Santo Agostinho de Hipona. Da mesma forma as
pessoas adultas sem pecado capital ficariam em outro Limbo, do Latim “Limbus”,
que quer dizer margem, franja, orla, uma invenção católica, mas que causa em
alguns evangélicos uma fúria impressionante e críticas acérrimas, esquecendo
eles do “perdoai, eles não sabem o que dizem”. Aliás, perdão é uma palavra
desconhecida da maioria dos religiosos.
E de mentira em mentira
foram criados templos suntuosos, Igrejas ricas e pastores e bispos bilionários
que usam dessas mentiras para iludir, enganar e tornar seus rebanhos em
rebanhos de atormentados que como zumbis seguem as mentiras de seus ladinos
mentores.
Até quando a ingenuidade das
massas servirá de tônica dessas seitas mentirosas que conduzem essas mesmas massas
de desesperançados por caminhos obscuros, tortuosos e falsos?
Mas eles acreditam e
continuarão a acreditar em qualquer um que tenha o dom verborrágico da mentira.