Coisas impressionantes
acontecem em nosso organismo desde o momento de nossa concepção, pois ao sermos
concebidos nos é passado heranças de várias gerações em linha direta e passamos
a ter lembranças boas e más dos nossos mais antigos ancestrais, o que não seria
de nos espantar, porém quando recebemos um transplante de órgão a coisa fica
complicadíssima, pois muitos passam a sentir e ter os mesmos desejos e
lembranças do doador.
Há 100 bilhões de neurônios,
com 100 trilhões de conexões
no cérebro humano, capazes
de fazerem muito mais do que pensamos, mas continua um mistério o fato de nosso
cérebro ter se formado a partir
de um simples conjunto de neurônios. Porém essas conexões estão ligadas a
outras trilhões de células de nosso corpo, e cada uma delas carrega informações
maravilhosas, não só físicas, como traços genéticos, cor da pele, dos olhos e
cabelos entre milhões de outras informações, como também emoções alegres e ou
traumáticas ocorridas na vida de nossos ancestrais, sejam eles próximos ou tão
distantes quanto o começo da vida na Terra.
A sensação de queda durante
o sono:
Nossa sensação de queda
durante as primeiras fases do sono, sentimos que estamos caindo e acordamos com
aquele assombro de queda.
Alguns renomados cientistas da área da Etologia
afirmam que são lembranças herdadas de quando ainda nossos mais antigos
ancestrais dormiam sobre árvores e que na iminência de uma queda tenham se
horrorizado, pois poderiam, se caíssem, ser devorados por alguma fera e isto vem
passando de gerações em gerações.
Essas informações nos são
passadas geneticamente, entretanto há outras maneiras desta transferência, como
por meio de transplantes simples de órgãos.
Sabendo-se disto podemos
entender a razão de um
transplantado passar a ter sentimentos e lembranças do doador, porque o órgão
transplantado, seja um rim, fígado ou qualquer outro tecido, carrega essas informações
do doador, ainda não bem entendidas pela ciência, assim como as células que nos
formaram (espermatozoide e óvulo) carregam essas mesmas lembranças e
sentimentos.
Sim! Recebemos essas
informações.
A transferência de memória
genética foi apresentada no início do Século passado, mas em diversos estudos
realizados, muitas décadas depois com transplantados isto se comprovou, o que
deixa a ciência ainda sem explicações sólidas, o que com o tempo será
entendida, pois as ciências não param de evoluir e dar respostas a muitas
coisas que não entendemos.
Como se dá essa
transferência?
Essa transferência se dá
nessas bilhões de conexões, mas isto não só acontece com transplantes de
órgãos, pois se sabe da transferência genética que vem há mais de um século
sendo estudada e chamada de Memória Genética, uma das peças-chave da famosa
psicologia do inconsciente de Carl Jung, publicada em 1912, a ideia do
“inconsciente coletivo”, pelo qual os seres humanos herdam ideias e sentimentos
dos seus ancestrais. Não discordando de Yung, diria que essa herança também
acontece com animais ditos irracionais.
Com o tempo e muitos estudos,
faculdade, aperfeiçoamentos, palestras e muito esforço deparei-me com mestres
de renome como, David Émile Durkheim, sociólogo, antropólogo,
cientista político, psicólogo social e filósofo francês. Arquiteto da ciência social
moderna e pai da sociologia; Jean William Fritz Piaget que foi um biólogo,
psicólogo e especialista em epistemologia, suíço, considerado um dos mais importantes
pensadores do século XX e Carl Gustav Jung que foi um psiquiatra e
psicoterapeuta, também suíço que fundou a psicologia analítica, que propôs e
desenvolveu os conceitos de personalidade extrovertida e introvertida,
arquétipo e inconsciente coletivo. Seu trabalho tem sido influente na
psiquiatria, psicologia, ciências, literatura e áreas afins, além de outros
como Carl Roger e Alfred Adler, não esquecendo da Doutora Melanie Klein que
discordava em parte de Sigmund Freud e afirmava que o bebê, muito antes do que
teorizava Freud já experimenta sensações agradáveis e desagradáveis.
Muitos bebês lembram de
coisas ocorridas nos primeiros dias de vida, o que ainda me parece não ser
aceito pela moderna Psiquiatria e
Psicologia, porém muitos vem claramente nos primeiros dias de vida assim como guardam essas lembranças. Com o tempo muitos
esquecem, porém, mecanismos ainda não conhecidos guardam essas imagens e muitos
não dão a verdadeira importância, inclusive grandes médicos e cientistas, para
tal estou buscando junto a Universidade de Westminster de Londres meios para
esclarecer esses fatos notadamente espetaculares que ocorrem em nossas mentes.
Não contente fui buscar em
trabalhos maravilhosos, assuntos que levassem ao entendimento de fatos não só
associados aos seres ditos humanos como também aos animais, geralmente chamados
de irracionais.
Mas será que existe
irracionalidade?
Para Nietzsche,
Schopenhauer, Kant, Max Weber que muito teorizaram sobre a lógica, o
conhecimento intuitivo e uma vastíssima obra de conhecimento, porém nenhum
deles teve acesso aos modernos estudos realizados nos últimos cinquenta anos
sobre os animais ditos irracionais. Não os entendemos, não entendemos seus sons
ou sua linguagem corporal e tudo que sabíamos até cinquenta anos era puro
achismo, recheado de vaidade e prepotências próprias dos humanos .
Aquilo que pensamos ser
instinto nada mais é que prepotência próprias dos humanos.
Sabemos hoje que manadas de
elefantes se comunicam entre elas, mesmo estando afastadas por muitos
quilômetros, dando muitas informações sobre o território, sobre presença de
água, ou de possível presença de caçadores, entre centenas de outras.
Os golfinhos se comunicam
entre eles por sons e usam sua capacidade mental melhor que os humanos, pois seu
cérebro pode encontrar objetos e animais escondidos ou em águas turvas, usando
para tal seu sonar natural que nós, bicho homem, não possuímos.
Ao chegar nesses ditos “irracionais”,
passei a ter uma visão completamente diferenciada da maioria, pois não consigo
conceber a total “irracionalidade” tão apregoado pelo bicho mais daninho que já
pisou a face da Terra, o homem.
Aquilo que pensamos ser
instinto nada mais é que transferência genética de conhecimento. Pode parecer
inconcebível, mas os outros animais também têm milhões de conexões neurais e
elas, assim como nos humanos, são transferidas geneticamente, porém nossa
contumaz soberba e arrogância de se dizer o ápice da evolução e para alguns
menos brilhantes, “criação” de um ser supremo que com sua varinha mágica
parecida com a do Harry Potter saiu por aí criando as coisas num simples
faça-se, não temos a capacidade de entender que somos tão iguais e até menos
importantes.
Para a vida, o homem é menos
importante que uma bactéria.
Se tirarmos os seres humanos da face da Terra,
a vida continuaria melhor do que está, entretanto se tirarmos as bactérias do
planeta a vida acabaria de imediato. Ou seja, nosso valor para a vida é inferior
ao de uma bactéria, nosso valor para a vida é um nada, mas um nada cheio de
vaidade, soberba, prepotência e arrogância. Ao ponto de durante milhares de
anos, chegando inclusive a meados do Século XX, pois muito ouvia quando menino,
de adultos bem formados, educados ou rudes e atrasados dizerem que os animais
não sentiam dor.
Os mamíferos,
principalmente, agem de acordo com um plano traçado em seus cérebros menos
desenvolvidos. Leões preparam com seu bando emboscadas elaboradas assim também
procedem os predadores solitários como os leopardos, onças e suçuaranas, que
furtivamente vão em total silêncio aproximando-se da vítima, para num determinado
momento darem o bote. Será que eles pensam? Premeditam planos para sua caça ser
bem sucedida? Disto não tenho dúvidas.
Alguns afirmam que os
“animais” não pensam, pois não há a palavra para que eles formulem um
pensamento lógico, porém um humano mudo e surdo de nascença, que jamais ouviu
ou pronunciou uma palavra, pensa.
E pensa sim e com muita
lógica.
Caso contrário os animais
ditos irracionais não sobreviveriam, pois não fariam as coisas de maneira
furtiva e elaborada para obter seu ganho.
Formigas rainhas ao saírem
no seu voo nupcial sabem muito bem que devem começar seu formigueiro e
iniciarem o plantio de seus fungos, para quando eclodirem os primeiros ovos já tenha
um estoque de alimentos prontos para essa prole. Então de alguma maneira ela
age com algum propósito.
Portanto, o cérebro não seria uma folha em branco, sem nada escrito na
hora do nosso nascimento, ele está pré-programado com uma enorme carga de
informações que lhes foram passadas geneticamente.
Darold Treffert, psiquiatra nascido em 1933, especializado em autismo e
síndrome de Savant, ilustra isto com o exemplo das borboletas monarcas, que
viajam mais de 4.000 quilômetros do Canadá ao México no inverno. Elas voltam ao
norte na primavera, mesmo que leve mais de uma geração para completar o
trajeto. As borboletas conhecem a rota sem nunca terem passado por ela antes.
Como?
Essas informações foram passadas
geneticamente.
Portanto acredito que o agir
por instinto e tantas outras coisas que dizem são frutos ainda da ignorância e principalmente
da arrogância desse serzinho que tem a veleidade de se dizer divino, criado
para reinar absoluto sobre os animais. Isto já não é ignorância e sim uma total
histeria, ao ponto de terem ridicularizado Charles Robert Darwin (1809-1882) quando
esse propôs a evolução das espécies, coisa que ainda acontece no meio de muitos
religiosos dementes, que viram as costas para a verdade e querem impor uma
bobagem, uma ridícula historinha de um boneco de barro. Basta ter apenas um
neurônio para ver o absurdo.
Passei a observar que esses
ditos animais irracionais e concluí que não sobreviveriam à natureza se fossem
como dizem – irracionais - eles agem de forma intrigante o que se poderia
descartar o dito instinto, pois muito precisam de aprendizado. Um elefante que
venha a se criar sem os pais e sem sua manada, passa a ser um elefante problemático,
que desde jovenzinho mostra toda a sua delinquência juvenil, assim como uma
criança criada a la cria, pelas ruas, sem limites e sem afeto e sem amor.
Portanto os animais
precisam, assim como o ser dito humano de aprendizado. O leãozinho precisa
aprender com sua mãe as manhas da caça, o tigre dever ter um longo aprendizado
para saber a se virar na natureza, os chimpanzés, tão estudados, principalmente
pela Doutora Jane Goodall, que eu acompanho seus excelentes trabalhos desde os
anos 60, precisam de aprendizado para saberem quais folhas podem comer e quais
frutos devem evitar, quais sons devem atender, a usarem ferramentas e,
descoberta dela, a caçarem outros animais, pois também apreciam a carne, mesmo
que seja de um primo, como macaco Colobus.
Porém muitas coisas ditas “instintivas”
podem ser com certeza absoluta uma transferência de conhecimentos genéticos
ocorrida nos animais quando da sua concepção. Neste caso incluo o homem nesse
rol, pois por mais que alguns criacionistas esperneiem nós somos fruto da
EVOLUÇÂO, somos um animal e não somos matéria acabada, pois continuamos a
evoluir e chegará um momento que seremos tão diferentes que muitos duvidarão
que um dia fomos esses animais fedidos, toscos e perversos como somos. Porém isto
só acontecerá se a irresponsabilidade humana não o levar a autodestruição.
A Gravidade.
Quando Isaac Newton
(1643-1727), bem antes de Darwin propôs sua visão sobre a Gravidade, foi também
ridicularizado e muitos religiosos queriam vê-lo morto, (Pensamento geral dos
religiosos), pois sua teoria jogava na lata de lixo da história, todas as
bobagens apregoadas pelas igrejas, assim como Darwin faria no Século XIX com a
sua Teoria da Evolução, que hoje não são mais teorias e sim realidades e que
ainda causa mal estar junto ao mundo religioso.
Ou seja, a carga de
conhecimento acumulada por todas as gerações, esse “conhecimento coletivo” não
pode ficar perdido, mas sim transferido. Essa transferência é feita no momento
da concepção. Todo o conhecimento que os pais tinham até aquele momento é
transferido, assim como todo o conhecimento de seus ancestrais até o momento da
união de um espermatozoide e de um óvulo, respeitando a linhagem genética. Pai
ou Mãe até a concepção do filho, Avô e Avó até a concepção do pai ou da mãe,
Bisavô ou Bisavó até a concepção do avô ou da avó e assim sucessivamente até os
mais longínquos ancestrais em linha direta.
Sonhos recorrentes, mesmas
situações, mesmos personagens que surgem em nossa mente do nada, podem estar
ligadas a ancestralidade. Momentos vividos por nossos mais antigos ancestrais,
seus pensamentos, seus anseios seus traumas e suas experiências vividas recaem
em seus descendentes e muitas coisas são esquecidas ou não, porém ainda não se
saber como ativar esses recantos obscuros da mente, mas o certo é que eles
existem e estão presentes em nosso subconsciente.
A Existência de Sábios.
Um dos mais interessantes trabalhos
é de Darold Treffert na Scientific
American, argumenta sobre a existência de “sábios”. Ele sugere que
fenômenos com Leslie Lemke, um genial músico cego que nunca recebera uma aula
de música ou sequer conhecera um piano aos 14 anos tocou, com perfeição, o
Concerto n.º 1 para piano de Tchaikovski,
depois de ouvi-lo pela primeira vez enquanto escutava um filme de televisão.
Lemke jamais tivera uma aula de piano, é cego, mentalmente incapacitado e tem
paralisia cerebral, ou mesmo o famoso escultor Alonzo Clemons que, de repente,
desenvolveu habilidades artísticas após um golpe que sofrera na cabeça e
consegue criar réplicas de cera perfeitas de qualquer animal. Suas estátuas são
vendidas por uma galeria em Aspen, Colorado, e lhe deram reputação nacional.
Clemons é mentalmente incapacitado são criações da memória genética. Até então se
pensava em espíritos reencarnados, porém hoje se sabe que isto ocorre devido a
essa transferência, sendo que neste caso, por um acidente foi conectada do
inconsciente para o consciente.
“A memória genética envolve
um conhecimento muito complexo e sofisticado, herdado junto com outras
características físicas e os comportamentos mais tipicamente aceitos. Os
grandes músicos, artistas e matemáticos já nasceram talentosos.”
Darold Treffert
Hoje as ciências estudam
como Lembranças Genéticas ou Consciência Coletiva:
Lembrando que nas ditas
regressões que pessoas são submetidas, essas lembranças de vidas passadas nada
mais são que lembranças do consciente ancestrais transferidas às novas gerações
e não podem disto se afastar, pois aí podemos cair no charlatanismo.
Cientistas discutem o
contágio de lembranças e de personalidades ocorridos em transplantes de órgãos.
Ora, se os cientistas
estudam esse contágio, pois pessoas que receberam órgão de outras passaram a
ter comportamentos do doador, na base de um em cada três casos e aí vamos
encontrar na literatura médica centenas ou milhares de exemplos, como o
ocorrido com Claire Sylvia que recebeu coração e pulmões na década de 80 e
passou a ter os mesmos gostos do doador, como beber cerveja e comer nuggets de
frango, coisas que ela não apreciava, mas que o doador fazia com frequência, da
mesma forma passou, mesmo não sendo homossexual, a ser atraída por mulheres
loiras e de baixa estatura como era a namorada do doador.
Outro caso é o da esposa,
chamada Lynda que doou um rim ao seu marido Ian e ele passou a ter os mesmos
gostos da esposa, pois coisas que ele se recusava a fazer, passou com afinco e
prazer a executá-las, como o limpar a casa, lavar louças, cuidar do jardim e
cozinhar. Ian nunca havia sido simpático a cachorros, pois adorava gatos, e
para surpresa de Lynda ele comprou um cachorro e passou a criá-lo com todo o
carinho coisa que Lynda adorava fazer. Tal interligação genética foi tão
surpreendente que passaram a ter em certas noites, inclusive, os mesmos sonhos.
Há uma aparente lógica de que Ian tenha incorporado os estados mentais de
Lynda, por meio do seu DNA Transplantado.
Tais relatos são
apresentados como exemplos de memórias celulares, uma crença de que aspectos
psicológicos de um indivíduo são armazenados em tecidos orgânicos e podem ser
transferidos para um receptor. Alguns alegam que todas as células corporais
estão conectadas. Se o cérebro cria a mente e as células cerebrais contém os
estados psicológicos da memória, então outras células no corpo também
compartilham dessa informação devido as bilhões de conexões existentes.
Ora, se há a possibilidade
de transferência de consciência através de transplantes por que não pode essa
transferência dar-se no momento da concepção de um ser, afinal somos um ser
único com bilhões de conexões, ainda não compreendidas na totalidade.
Todo o conhecimento ancestral
da família é transferido neste momento, sabendo-se que as mulheres ao nascerem
já carregam os óvulos que terão durante toda a vida, lembrando que esses óvulos
estavam no corpo de sua mãe quando grávida e assim chegaremos a infinitas
gerações. Da mesma forma quando os espermatozoides são formados nos testículos,
pode toda a carga de conhecimento pertencente a esse homem assim como todas as
infinitas gerações serem transferidas para essas células.
“Não há dúvida do que aquilo
que acontece com o esperma e o óvulo afeta as gerações seguintes.”
Dr. Brian Dias.
Portanto temos que repensar
tudo o que sabemos sobre a nossa consciência. Tudo esta relacionado com a carga
genética transferida ou transferência genética, assim como devemos tentar
lembrar de fatos ocorridos quando éramos ainda bebês, pois a maioria que não se
atém a isto e acaba esquecendo.