Foi um longo, sofrido e
tortuoso caminho percorrido pela humanidade nem um pouco humana, para entender
com olhos críticos as coisas naturais e afastá-las das meramente atreladas às
superstições que pululavam e ainda pululam no imaginário de pessoas boas e
principalmente das más, até, porém sem conhecimento científico que as ajudassem
a entender o que é real e o que é simplesmente imaginário ou ilusório.
Hoje, sabe-se, após muitos
estudos e exaustivas pesquisas que o homem nada mais é que a evolução de
antigos primatas e isto é inegável devido o conhecimento adquirido pelo homem,
como o próprio DNA. Obviamente há abissais disparidades na contagem dessas
diferenças, entretanto é inegável que o homem tenha surgido da lenta e
progressiva evolução de parentes animais não mais existentes. Lembro que o
homem não é matéria acabada e sua evolução continua e continuará, se o próprio
homem não o levá-lo a extinção.
Abro aqui um espaço para
abordar a eternidade. Por ter o homem um pequeníssimo tempo sobre a Terra, hoje
vivendo entre 70 e 80 anos, ou pouco mais, dizem “o que deus criou é eterno”.
Nunca acabará. Isto é uma total sandice, já que o nunca é discutível e sobre
sua veracidade pairam argumentos que muitos ficariam perplexos. O nunca é
durável e não é eterno. O nunca não se pode mensurar e é a coisa mais tosca que
alguém possa afirmar. O Nunca de hoje, não é o nunca da idade média e assim por
diante, como o nosso nunca poderá ser um total atraso para as gerações de
quinhentos ou mil anos do porvir.
Como exemplo cito:
- O Feudalismo nunca acabará.
(Dizia-se na Idade Média)
- O capitalismo nunca mudará
(Diz-se hoje).
- A China nunca será um país
desenvolvido. (Diziam os grandes pensadores do Século XIX).
- O Sol morre a noite, mas renascerá no outro dia. (Dizia-se na Idade Média).
O Feudalismo terminou, afundou
em sua própria podridão e desapareceu sem deixar saudades; o Capitalismo um dia
cambiará, pois nada dura para sempre; a China tornou-se a segunda economia do
mundo e em breve deixará os EUA na poeira de seu ritmo alucinante e o Sol jamais morre durante a noite, pois ele está, desde que surgiu, aceso, mas um dia deixará
definitivamente de queimar, quando então se transformará numa minúscula anã
branca e chegará um dia que desaparecerá (por volta de 5 ou 6 bilhões de anos).
Assim são as ditas obras de
deus. Um dia todas elas deixarão de existir, cascatas, rios mares, continentes,
animais, inclusive nossa Galáxia, que se aproxima alucinadamente da Galáxia de
Andrômeda, numa colisão espetacular, que destruirá planetas e estrelas. Também
nosso Universo está fadado ao extermínio.
Portanto o nunca tem seu
prazo de validade.
Porém homens e mulheres,
desde seus nascimentos são bombardeados por conceitos hoje inconcebíveis, fora
da realidade e dentro de um campo onde tudo é possível, o campo obscuro da “metafísica”.
Neste campo vão encontrar um deus que evoluiu de deuses menores, com atributos
puramente humanos, com defeitos e valores discutíveis. Deuses vingativos,
adúlteros, mentirosos e fofoqueiros, para um deus bom, justo, onisciente, onipresente,
imaterial e atemporal, mas também cruel, vingativo, vaidoso e como os outros, cheio
de defeitos.
Foi uma drástica mudança das
antigas seitas de múltiplos deuses a uma seita nacional judaica, racista e
estatal de um único deus, o deus de Israel, que com o tempo foi sendo copiado,
tanto por cristãos como por islâmicos, ambos, mestres dos sem criatividade. Ávidos
em ter também uma base histórica aos moldes do judaísmo para poder erigir suas
religiões, mesmo que plagiadas de outras. Surge então, neste confuso emaranhado
de conceitos e lendas as três religiões normativas. Judaísmo, Cristianismo e Islamismo,
elaboradas por homens cujo conhecimento era menor do que o conhecimento que
qualquer criança de seis ou sete anos de hoje, elaboradas conforme suas
necessidades ideológicas e tendo como base o ódio entre elas.
Porém o mundo não se resume
a essas três religiões. Outras existem, com conceitos diferentes, deuses
diferentes ou sem deuses como budismo, xintoísmo e outras ou com milhões de
deuses como hinduísmo, que até agora já foram catalogados mais de 700 milhões
de deuses, mas que facilmente poderá ultrapassar a de 1 bilhão.
Lembrando que as três
religiões abraâmicas foram cópias uma da outra, sendo que a primeira, o
judaísmo, porém o próprio judaísmo é também cópia de antigas lendas de vários
povos, inclusive dos sumérios que viviam a seu redor e essas cópias foram com o
tempo sendo ditas verdadeiras e o povo, com medo do desconhecido, com o medo da
morte, das doenças, sufocados por conceitos retrógrados e muitos até, pueris,
deixaram-se levar por esse caminho verdadeiramente obscuro e sem nenhuma comprovação,
na vã esperança da salvação do fogo de um inferno inexistente.
O Judaísmo vai surgir então,
aproximadamente há 1.800 anos antes de nossa era, ou seja, surgiu pelo século
XVIII a.C., quando Javé manda Abraão procurar a chamada terra prometida, que na
época pertencia a outros povos, mas esse deus justo, onisciente e bondoso não
se importou com os outros e os judeus para conquistá-la mataram milhares e
milhares de homens, mulheres, velhos, crianças, inclusive as de colo e animais
como cabras e ovelhas, num festival de maldades, tudo sob os olhares
complacentes deste deus extremamente perverso e insensível, o que prova que ele,
se existisse não seria onisciente nem onipotente. Prova-se que ele não é
onisciente, pois não anteviu a barbárie que os judeus cometeriam a outros povos
e se fosse onipotente, já que dizem que ele teria criado todo o infinito
Universo num simples “faça-se”, teria então criado uma terra nova cheia de
matas luxuriantes, florida e bela e não aquela terra cáustica, arenosa e
sufocante e realocado os judeus.
Ele não fez isto e deixou os
judeus cometerem as maiores barbáries contra outros povos e também não anteviu
o holocausto e permitiu que milhões de judeus e outros povos fossem
barbaramente mortos pelos alemães, num festival de horror e maldades.
A dita terra santa, de tanto
ódio, mortes e guerras, não pode ser uma terra santa.
Infelizmente a esmagadora
maioria dos que creem acreditam piamente nessas verdadeiras bobagens, bobagens
estapafúrdias. Enxurrada de historietas imbecis que tanto cativam quem não as
lê com razão e base histórico científica. Caso as lessem com atenção e
desvestidos de qualquer interferência deste ou daquele conceito veriam que a
bíblia é na verdade o livro mais odioso que surgiu em épocas remotas, quando o
conhecimento humano nem sequer engatinhava.
Crer num deus onisciente é
negar a própria inteligência, já que esse deus onisciente arrepende-se de suas
criações o que prova não ser onisciente.
Crer num deus que afirma ser
bom e onipotente é enveredar pelo mais absurdo erro, já que esse deus dito bom
diz ter criado o mal. Ora, pois, se deus criou o mal, aqueles que os cometem
estão cometendo uma criação deste deus, portanto se deus o criou é porque deus
também não é bom.
Ah! Dirá aquela boa pessoa. -
Deus assim fez para testar o homem.
Bom, se assim fosse é mais
uma prova da não onisciência de deus, pois sendo ele onisciente para que testar
um pobre infeliz se ele já saberia o que viria a acontecer.
Enfurecido, babando de ódio
como é comum entre a maioria que crê em deus, um “sábio” dirá:
- Mas existe um projeto de
deus.
Mais uma prova da tolice de
muitos. Se existe um projeto de deus, tanto aquele que pratica o bem quanto o
mal estão igualmente salvos, pois estariam cumprindo esse projeto.
Mas sempre aparecerá uma
pessoa de mente empedernida que aos brados dirá que aquele que comete o mal não
está cumprindo um projeto de deus. E eu perguntaria:
- Quem te disse?
Aqui então, como já frisei
em outro post, torno a enfatizar:
- E disse deus que mandaria
o seu filho para morrer por nós.
Em primeiro lugar pai algum
faria essa sandice, principalmente esse deus onipotente, que poderia mudar tudo
num simples - faça-se.
E muitos creem nessa fraude
chamada Jesus.
Segundo, caso fosse
realidade, Judas deveria ser o maior dos Santos, pois ele fez com que se cumprisse
o tal projeto de deus, pois muitos outros projetos desse deus deram com os
burros n’água, conforme podemos encontrar nesse livro recordista de
contradições e erros chamado e Bíblia Sagrada.
Basta uma coisinha simples:
Pensar!