Nosso nome de família foi registrado errado.
Estou sempre pesquisando minhas raízes para um dia deixar para meus filhos e netos uma base sólida de coisas que a esmagadora maioria não tem. Sou um amante de meu passado, de meus ancestrais Portugueses, Espanhóis, Uruguaios, Índios Charruas, Minuanos e do Tape. Gaúchos por excelência. Coisa que muitos biguanos negam que nós temos sangue índio. Tenho com orgulho e alegria basta verem nossas fotos de pequenos, todos uns curumins, com uma única exceção, uma irmã que saiu diferente na cor da pele e dos cabelos, mas saiu igualita ao pai ou ver fotos de nossos ancestrais.
Neste garimpo de nomes, apelidos, apodos, nomes de família e agregados uma coisa passou batido por mais de sessenta, mas quando a dúvida foi lançada se fez a luz.
José Luís Pereira de Castro, este era o nome de meu avô materno Gaucho (gáutcho) Uruguaio, filho de um espanhol chamado Florisbelo Pereira de Castro e de uma Índia charrua, Gaucha Uruguaia de nome Maria Joaquina da Silva (Pereira da Silva). No sistema hispânico de registro difere do modo português, ou seja, na cultura portuguesa o sobrenome do pai ou do marido é registrado por ultimo, já na cultura hispânica é o primeiro a ser registrado, vindo logo após do sobrenome da mãe ou esposa.
Vovô sendo Pereira o sobrenome de seu pai, (meu bisavô) seguido do sobrenome de sua mãe de Castro (minha bisavó)
Professor Lourival da Rosa Teixeira - meu avôJá meu avô paterno, dentro da cultura lusitana, Lourival da Rosa TEIXEIRA, o sobrenome TEIXEIRA de seu pai chamado Joaquim Luís Teixeira é registrado por último. Já o sobrenome de sua mãe, Rosa se registra antes do nome do pai, mas é o que desaparece posteriormente.
Porém na cultura hispânica o sobrenome do pai vem primeiro lugar, no caso de meu sogro argentino, que seria Mário Ariel de los Santos Haois, o Haoys, sobrenome de sua mãe desapareceu nos seus filhos, e esses foram registrados corretamente como “de los Santos”, como minha mulher Sandra Mara Salgueiro (sobrenome da mãe) de los Santos. Na cultura portuguesa do Brasil. Pois na cultura hispânica se registra diferentemente da cultura lusitana, mesmo assim em ambas, o sobrenome que permanece é o do pai, sendo o nome da mãe excluído nos netos e demais descendentes.
Sabendo disto, certa tarde conversando com sempre lembrado Tio Augusto Genes Duarte, casado com a irmã de minha mãe, Zélia Pereira Duarte, ele me falou que o nosso nome estava errado, nós não poderíamos ser de Castro Teixeira, pois o nome de nosso bisavô, espanhol era Pereira de Castro, portanto o nome do Pai dele era PEREIRA, o que deveria ficar nos demais membros da família, em virtude da cultura hispânica.
BINGO!!!
Ele estava corretíssimo, portanto eu, PEDRO AURÉLIO DE CASTRO TEIXEIRA, assim como meus irmãos deveriamos ser PEREIRA TEIXEIRA e não DE CASTRO TEIXEIRA.
A partir desta informação corretíssima de Augusto, fui verificar que minhas tias, irmãs de minha mãe são ambas PEREIRA, Zélia casada com Augusto Genes Duarte, passou corretamente a assinar-se ZÉLIA PEREIRA DUARTE e Adália, casado com Inácio Vieira, passou a ser ADÁLIA PEREIRA VIEIRA.
Porque então minha mãe seria de Castro?
Mãe e Pai - um casamento que durou 70 anosUm erro brutal no momento de seu registro de casamento, quando veio a casar-se com meu Pai Floribal Farias Teixeira, e o nome que foi registrada seria da avó de seu pai e não do pai de seu pai, seu avô e ela deveria ser MARIA JOAQUINA PEREIRA TEIXEIRA.
Tanto que todos os nossos primos, sobrinhos de minha mãe são registrado PEREIRA. Sendo os filhos de Adália, Lino Pereira Vieira, Sidnei Pereira Vieira, Marli Pereira Vieira, Olga Pereira Vieira. Os de Zélia, Mac-Jonay Pereira Duarte, Eladir Magma Pereira Duarte e Luís Augusto Pereira Duarte. Já eu e meus irmãos fomos erradamente registrados como de Castro Teixeira.
Sei que muitos irão espernear mesmo agora não tendo importância nenhuma o nome DE CASTRO, pois diferença não fará. Lembrando que todas as mulheres ao se casarem perderam o sobrenome de nosso Avô, o Vovô Juca ou Vovô José Luís.
Mas vejo uma senhora idosa de punhos cerrados, apertando com gana os polegares e com raiva e olhos saltando das órbitas, rogando pragas, a dizer que eu estou errado, como sempre ela faz.
Portanto para que meus filhos e outros interessados tenham essa base histórica, pois a eles passei toda a nossa genealogia fica aqui a correção já que fiz uma publicação, infelizmente equivocada. Assim sendo nosso nome de família deveria ser PEREIRA TEIXERIA e não de CASTRO TEIXEIRA.
Perdoem-me pela falha, mas isto vai render muita história.