Acabei de ler uma
maravilhosa obra, que a cada pé de página perguntava interessado, motivado e
cheios de indagações:
- “Qual surpresa me aguarda
na próxima?”.
E com redobrado interesse,
querendo ler mais virava e seguia ininterruptamente a leitura e as horas não
eram notadas, perdia a noção do tempo, pois a cada virada de quase 500
páginas o interesse redobrava e ao terminar o livro, perguntei:
- Por que acabou?
Talvez para muitos tal livro
não seja tão belo e interessante, porém lendo “Sapiens – Uma Breve História da
Humanidade” de Yuval Noah Harari, que é professor de História da Universidade
Hebraica de Jerusalém e também autor de Homo-Deus – Uma Breve História do
Amanhã e de 21 Lições Para o Século 21, muitas coisas que há muito tempo vinham
sorrateiras fluindo em meus pensamentos desde os meus primeiros estudos das
Grandes Navegações se dissiparam e o entendimento tornou-se, apesar de penoso,
bem mais interessante.
Para afinar o caldo, já que
é um assunto muito denso ou para encurtar o caminho que me parece infindável,
vamos logo a um fato histórico que sempre me deixou estarrecido.
Grandes e florescentes
Impérios, ricos, maravilhosos e “limpos”, ou seja, de povo asseado, como os
Astecas e outros, que possuíam um grande desenvolvimento e eram construtores
extraordinários de templos, aquedutos, palácios, pirâmides, sucumbiram diante dos
espanhóis que era um povo rude, sujo, mal cheiroso, verdadeiras carniças
ambulantes, que por onde passavam deixavam um rastro de fedor. Fedor de corpos
sujos, doentes, imundos, pútridos, pois banho não tomavam, roupas não trocavam
e não faziam sua higiene pessoal após suas necessidade fisiológicas.
Esses eram os europeus que
chegaram à América, destruíram povos, saquearam riquezas e achavam que os
índios queimavam plantas aromáticas era em sua honra, pois se sentiam
superiores, verdadeiros deuses, porém jamais passava por suas mentes que o fato
dos índios acenderem ervas aromáticas era para poderem aguentar a aca, o budum,
o cheiro horripilantes desses homens estranhos, maus, gananciosos e
extremamente porcos e fedorentos, cheirando a urina e fezes, como suas barbas
desgrenhadas, cheias de restos podres de alimentos, piolhos e pulgas.
Até ai as coisas eram
entendidas, mas algo ainda ficava no ar.
Por que eles vieram para a
América, se nem sabiam de sua existência?
O que atiçou a vontade de chegarem
por outros caminhos às Índias?
Curiosidade.
Simplesmente curiosidade.
Porém ao descobrirem tão
ricos povos, ingênuos e desprovidos de armas de fogo e com muito ouro e outras
riquezas a ganância tomou conta e aventureiros CRISTÃOS fizeram o serviço sujo enchendo a Europa de suntuosos templos, coberto de ouro, prata e pedras preciosas roubados dos índios, mas que ainda suas paredes vertem o sangue de inocentes que foram escravizados e mortos para que os europeus agradassem seu deus mau, injusto, falso e impotente, pois nada fez para livrar os índios desse mal.
Chegaram ao Novo Mundo pelo
simples fato de quererem conhecer, saber, querer conhecer o desconhecido, foram
desbravando o mundo, porém a morte os acompanhava e cometeram massacres e
genocídios em sua trilha. Não poupavam homens, mulheres e crianças. A matança
foi generalizada.
Seguiram os espanhóis outros
povos europeus tão gananciosos quanto, violentos, e também brutos e sujos, mas
todos carregavam a dita Boa Nova, que pela força e morte foi sendo implantada
nas terras que eram conquistadas. O maior crime feito contra a própria
humanidade por ignorantes que acreditavam em deuses e demônios.