Escrever sobre o racismo ou
sobre a escravidão são coisas já escritas, debatidas, mostradas e sabidas,
dentre todos os males muito bem organizados e incentivados pelas ditas
escrituras sagradas, também já sabemos, inclusive que o Santo, pedra basilar da
Igreja Católica e deixou escrito que “tu terás no reino dos céus os mesmos
escravos que tivesses na Terra”, sendo que esse livro é guia não só para os
católicos como para todos os que acreditam na religião judaico-cristã, que de
forma ordenada, organizada e malévola não só incentiva como organiza e
qualifica o escravo e nisso é pródiga em ensinamentos de submissão, inclusive
dizendo que é agradável aos olhos de deus ver alguém sofrendo agravos. Vejas
bem, “é agradável aos olhos de deus”.
Quem estudou a história das
religiões, como eu ou leu pormenorizadamente as ditas palavras de deus
constante da bíblia, dita também sagrada, plágio feito dos livros judaicos de
Esdras e Daniel, que por sua vez são cópias de outros escritos e de outros povos,
ou teve contato com o corão, também uma mal feita cópia, deparou-se com
escritos nojentos, escabrosos e cruéis sobre povos diferentes, mas que, com o
passar dos tempos as maiores vítimas foram os negros, e quando escrevo negro
não estou me referindo a apenas um tipo de povo e sim de dezenas de povos
diferentes física e culturalmente de pele escura, o que me leva a questionar
muitos negros que nesse livro que verte maldade e morte acreditam, já que esse
deus Yavé ou Jeová os amaldiçoou. Portanto, tantos os brancos como os negros de
princípios morais, éticos e humanitários elevados deveriam repudiar com
veemência esse livro contraditório e malévolo, pois de santo não tem nada, são
fábulas, cópias mal feitas, plágios, mentiras, ruindades e contradições, em um
livro que se torcido escorreria sangue.
Não é por menos que os
cristãos botaram essas escrituras goela a baixo dos diferentes povos africanos,
assim sendo muitos seriam cruelmente tratados e se resignariam ao sofrimento acreditando
que um deus, seja o nome que possua, os tenha amaldiçoado e os relegado a
terceiro plano, pois muitos eram mais maltratados do que mulas e cabras, mesmo
assim passaram a acreditar nesse livro, se o mais lido do mundo, é também o
mais vil, cruel e danoso livro de toda a história.
Pior que os escritos, pior
que a escravidão, pior que os maus tratos, os negros tiveram suas raízes
deliberada e organizadamente ceifadas, numa tentativa que supera todas as
barbáries já feitas a diferentes povos, tão nocivas quanto as feitas aos judeus
dos tempos do Holocausto pela Alemanha.
Essa grande barbárie foi
apagar a história desses povos escravizados, foi o de apagar sua genealogia, se
bem que a esmagadora maioria dá de ombros, não se importando de onde veio, pois
para muitos, o que importa saber de seus bisavós ou tataravós? Nem precisamos
ir longe, não precisamos falar sobre outras terras, vamos nos focar apenas no
Brasil, onde a escravidão foi à base daquela sociedade, como a de hoje extremamente
hipócrita e onde encontrava-se o maior número de negros escravizados no mundo,
insensível e como todas as sociedades, extremamente cruel.
A iniciar pela separação de
famílias, pela coisa organizada e sádica de evitar que negros de uma mesma
família ou etnia permanecessem juntos. Assim se estaria idiotizando os
remanescentes, que sem sua história e tradições perderiam suas identidades.
Para tal até mesmo os nomes de famílias foram substituídos, apagando-se assim o
passado, e não há, até prova em contrário que exista no Brasil negros que
guardem seus nomes africanos, quanto mais os seus sobrenomes. Sendo que os
nomes mais comuns entre eles são Maria, João e José, e agora com essa onda
americanista que domina a mente de milhões de brasileiros apareceram os Michaels,
Jeffersons, Washingtons e outros.
Os sobrenomes como Kuti, Xito,
Tutu, Soyinka, Achebe, Ngozi, Adichie, Thiong’o, Abacha, Mengestu, Mabanckou,
Tansi, Oyono, Kourouma, Dadié, Waberi, Mandela, Hampáté Bá, Tadio, Armah,
p’Bitek, Wainaina, Marechera, Aidoo, Busia, Dangarembga e tantos outros sumiram,
sumiram para apagar qualquer vestígio de história dos povo negros escravizados.
Esse crime, como todos os
crimes de escravidão jamais foram a julgamento, a não ser na revolta haitiana,
aonde os negros dizimaram fisicamente os seus algozes cristãos brancos, numa das
maiores vinganças, que de tão justa e brutal levou o Haiti a essa infinita
pobreza, pois as nações brancas, tal como os EUA fizeram com Cuba, bloquearam o
Haiti por sessenta anos, com a finalidade de matar de fome toda a população
daquela metade da ilha, onde se encontra também a República Dominicana, além de
pesadas multas impostas pela França, o que até hoje aniquila o povo haitiano,
lembrando que de 1915 a 1934 os EUA invadiram e dominaram o país, numa
escancarada agressão, apoiada talvez no Big Stik, que muitos livros de história
omitem e quase ninguém fala.
Hoje encontramos no Brasil
milhões de negros sem conhecer sua verdadeira etnia, sem conhecer seus nomes
originais de famílias, sem saber que quando nos referimos aos negros, o que vem
a nossa mente é a mãe África, porém não se sabe e muitos negros também não qual
é a sua procedência e qual é a sua verdadeira “raça”, pois ardilosamente tudo
foi colocado como negro, porém isto é uma classificação racial para os seres
humanos, como um fenótipo de pele escura, porém se são de um ou de outro ramo
racial não são assim vistos e muitos por total ignorância e racismo ainda dizem
– negro é negro. Então vejam a série de fotos abaixo e digam se negro é apenas negro.
Não notar as diferenças que
existem entre diferentes povos africanos, e não me refiro a indumentária, é como não achar diferença entre um
alemão e um português, entre um polonês e um espanhol ou entre belga e russo.
Observem os tipos físicos, cores que não são fruto de miscigenação, pois o
negro mais claro desta foto representa um dos povos mais antigos, talvez o mais
antigo representante da raça humana.
Só para se ter uma ideia,
assim como a Europa está compartimentada em diversos tipos humanos que vão do lapões aos italianos, dos russos aos
holandeses, dos croatas aos sérvios, na África há somente no sul do continente
povos totalmente diferentes não só em sua cultura como nos seus atributos
físicos como os zulus, xhosa, basotho, bapedi, venda, tswa na, tsonga, swazi, ndebele, sem falar nos
arqui-inimigos tutsis e hutus de Ruanda e arredores totalmente diferentes
fisicamente.
Nada tenho contra a eugenia
não forçada, porém também nada tenho contra a miscigenação tão gratificante,
que forma tipos raciais interessantes, porém para muitos visto como um
empecilho. Pois para muitos racistas o cruzamento entre um representante do
povo himba e um do povo massai resultaria apenas no nascimento de mais um
negro, mas não é assim tão simples, pois se fosse estariam perdendo sua
identidade, e milhões perderam essa identidade pela constante e organizada
miscigenação. É mais fácil notar a enorme diferença racial entre um himba e um
massai do que de um russo e um alemão, para tal as fotos que se seguem mostram
bem essa diferença, porém muitos vão dizer que se trata de duas mulheres negras
uma russa e uma alemã.
Por quê?
Porque não dizem uma mulher
himba, uma mulher massai, uma mulher russa e uma mulher alemã.
Não, dirá um racista! Negro
é negro, já o alemão é raça pura e o russo é inferior ao alemão, o que ainda
povoa a mente de muitos racistas idiotizados pela propaganda racista e pelos adoradores
de Hitler.
Puro e asqueroso racismo, a
começar que não existe raça pura, todas descendem de uma raça negra e que muito
provavelmente os mais antigos representantes desta raça dita humana, sejam os
bosquímanos, na verdade San, ou povo San. Esses por sua vez foram totalmente
extintos de muitas áreas ancestrais sendo mortos deliberadamente pelos malditos
brancos racistas que dominaram o continente africano. Os bosquímanos que assim
são chamados por terem os europeus os encontrado em bosques, daí o nome, hoje
restam apenas por volta de 80 mil indivíduos e estão fadados ao
desaparecimento.
Portanto no Brasil a coisa
foi tão danosa que hoje muitos negros não sabem suas origens, e de onde provêm
seus sobrenomes e tantas vezes foram cruzados com negros de diferentes povos
que se torna difícil afirmar
Os hipócritas cristãos que
os escravizaram e que colocaram nomes de santos, dias ditos santificado ou o
sobrenome de seus compradores, arrasando assim não só a identidade do infeliz,
como sua história e personalidade não pagaram por essa perversidade. E um negro
que se chamava Vemba, Kekelo, Chisola ou Kizwa, passou a ser chamado de
Sebastião e seu sobrenome que seria Jamba, Ngozi ou Luango, passou a ser Silva,
assim um homem chamado Kekelo Ngozi, passou de uma hora para outra de ser
chamado de Bastião Silva, e seus filhos eram obrigados a serem batizados com
nomes de santos cristãos e terem como sobrenome, geralmente, o sobrenome do
“dono” ou senhor.
A miscigenação forçada na
época da escravidão e o desrespeito brutal formou um amontoado de povos sem
raízes palpáveis, sem uma história de seus ancestrais, e de seus ritos que
redundaram mesmo que muitos procurem resgatar essa história não a conseguirá
fazer com exatidão, pois o passado foi apagado, se liquidou a essência desses
povos tão barbaramente explorados, não sabendo assim de que região vieram seus
antepassados. Antepassados esses que foram miscigenados com outros que também
não sabem ou tem uma vaga ideia de onde poderiam ter vindo, pois para cá vieram
negros de diferentes origens, mais de 10 regiões diferentes.
Por este motivo fica tão
fácil hoje sabermos quando um negro é haitiano ou Senegalês, pois são
diferentes em tudo, não só no falar como nas características físicas.
Seus ritos religiosos foram
proibidos, o que hoje muitos religiosos tararacas querem fazer com o que sobrou
e o que sobrou chamamos de sincretismo, o que levou os de religião de matriz
africana a confundirem-se também achando que Iemanjá é a mesma coisa que Nossa
Senhora dos Navegantes, inclusive festejada no mesmo dia. Já São Jorge, um
cavaleiro da Capadócia que nada tem a ver com os ritos africanos passou a ser
cultuado como sendo Ogum e São Sebastião como sendo Oxóssi, sendo que tanto Ogum
como Oxóssi são milhares de anos anteriores ao próprio nascimento do cavaleiro
chamado Jorge ou de um santo chamado Bastião.
Até nisto o apagão das
culturas e seitas de origem africana sofreram e hoje rezam para a entidade
errada, numa total confusão.
Visto tudo isto, há sim uma
dívida muito grande com os negros, mas essa dívida advém de cristãos brancos
que os escravizaram, mas como no caso alemão é uma culpa coletiva dos que
aceitaram ou apoiaram tanto a escravidão como as barbáries nazistas.
Há muito que fazer, porém,
como sempre digo deve ser feito com base na escala social e não pela cor da
pele. Pois devemos lembrar que no período escravagista grande parcela da
população branca amargava também a miséria, a desnutrição e o desemprego, igual
ou pior que um homem negro, libertos apenas dos trabalhos forçados do dos
açoitamentos.
E tem gente que vota nisto.