Em maio de 1968 a França
começava a ser sacudida por uma greve geral que rapidamente toma proporções
revolucionárias, mas é desencorajada pelo próprio Partido Comunista Francês,
mesmo assim, tão logo o Governo toma as rédeas da governança acusa como sempre
os comunistas de terem articulado tal movimento.
Foi na verdade um
acontecimento revolucionário de maior relevância daquele século na França, que
envolveu não só as classes trabalhadoras, operários e camponeses que eram a
maioria esmagadora, como envolveu várias camadas da população, várias camadas
socioeconômicas e culturais, assim como estudantes, aposentados, donas de casa.
Começou com uma série de
greves estudantis, em todos os graus de Paris o que levou a violentos
confrontos com a polícia e com a administração pública, espalhando-se por todo
o país.
E como sempre acontece, quando
por qualquer motivo dá-se início a uma insurgência popular contra medidas que
venham a penalizar o povo, o bode expiatório é sempre o Partido Comunista, seja
em que país for.
O Governo opressor de de Gaulle estava em vias de
um colapso, chegando ao ponto do próprio Charles de Gaulle refugiar-se em uma base
aérea francesa na Alemanha.
A Federação Geral do
Trabalho, federação sindical de esquerda e o próprio Partido Comunista Francês,
diante da situação que levaria o país a banca rota convenceram os trabalhadores
a voltarem ao trabalho e os estudantes a suas aulas, e o povo finalmente
aceitou as diretrizes levantadas pela esquerda e teve fim aquela insurreição.
Nas eleições de junho,
apenas um mês depois dos protestos o Partido Gaullista (de centro direita)
voltou ainda mais forte.
E por ser um povo de cultura aonde o poder civil é respeitado, suas instituições fortes e competentes acatadas
o país saiu da crise sem nenhum incompetente pedindo uma intervenção militar.
Já aqui, os incompetentes,
os incapazes, os inaptos, os inseguros, os renomadamente ignorantes, precisam
se agarrar aos milicos por qualquer probleminha que haja.
Ora, se as instituições
estão funcionando, o Ministério Público processando e mandando para a cadeia um
monte de figurões, a Polícia Federal investigando, prendendo, desmascarando
essa quantidade de cafajestes que usando de cargos políticos e públicos
enriquecem ilicitamente, e que a cada dia nos surpreende os nomes dos meliantes
e os partidos que os mesmos fazem parte (todos os partidos).
Mesmo assim, com a máquina
azeitada e funcionando como nunca, há os incompetentes que precisam se agarrar
as calças dos milicos com medinho.
Com medinho de quê?
O poder civil está dando
conta do recado como nunca, porém uma minoria se acha incompetente, se acha
incapaz e clama por uma intervenção militar.
Coitados, além de
retrógrados dão provas de sua total incompetência.
Pois por qualquer coisinha,
coisa de "paiséco" subdesenvolvido e sem cultura, tipicamente latino-americano,
pede um intervenção de um General.
- Ai, eu não sei como votar,
chama um General!
- Ai, “tocum meda”, chama um
General!
- Ai, eu sou um
incompetente, chama um General!
- Estão espirrando do meu
lado, chama um General!
- Ai, estou com dodói, chama um General!
Só falta aparecer uma
incompetente casada com algum incompetente e dizer:
- O meu incompetente não
sabe fazer direito, chama um General!
Vá criar vergonha e aprender
que o poder civil tem condições de sair de qualquer crise, competência tem,
porém os incompetentes acham que só os milicos são competentes.
Isto é dar atestado de
burrice.
Comece a mudança não reelegendo nenhum vereador.
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