Mais uma vez volto a
escrever sobre assédio moral dentro das escolas públicas, porém não é mais um
assédio, esses tem se repetido em milhares de escolas envolvendo milhares de
professores.
Não vou me ater a um caso
específico e sim vou escrever no geral, sem generalizar, pois generalização é
burrice.
E fugindo da burrice
entranhada visceralmente em muitas equipes diretivas que se acham donas da
coisa pública, lembrando que o que é público não é de ninguém, é de todo o
povo, e sendo assim, ou seja, não sendo de ninguém não pode ser também
abocanhado por vivaldinos que acham que se é público a ele pertence.
Ao longo de minha vida como
professor pude trabalhar com diferentes equipes; Diretores, Vices, Orientadoras
e Supervisoras, entre os quais encontrei gente competentíssima, verdadeiros
doutores em educação, mas também encontrei uma série de incompetentes, maus-caracteres,
ultrapassados, incapazes, e muitos, principalmente os calhordas que se acham os
donos do coisa pública.
É assédio moral
intrometer-se, sem motivo ou motivo fútil em aulas ministradas pelo
catedrático. Esse não deve permitir que outros, sem a sua capacidade ou
habitação venham “sonhar” em dizer como fazer e o que ministrar. Sugestões são
sempre bem vindas e devem ser feitas junto ao grupo como ideia a ser
implementada.
Certa feita em uma Escola no
Município de Sapucaia do Sul, uma grande Escola, em uma reunião, no, em sua
maioria falido Conselho de Classe, fui “advertido” por uma Supervisora, - (muita
pretensão dela), - de que em minhas aulas o espelho de classe não era
respeitado.
Espelho de classe funciona
com professor que não tem domínio de classe, o que não era o meu caso.
Raríssimas vezes em 20 anos de serviço mandei algum aluno para a secretaria e jamais pedi que chamassem um pai ou mãe para conversar sobre o comportamento de seu filho. O que para muitos professores eram crianças problema eu tirava de letra sem um grito, sem um castigo.
Raríssimas vezes em 20 anos de serviço mandei algum aluno para a secretaria e jamais pedi que chamassem um pai ou mãe para conversar sobre o comportamento de seu filho. O que para muitos professores eram crianças problema eu tirava de letra sem um grito, sem um castigo.
No mesmo momento, quase explodindo
diante da pretenciosa Supervisora disse a ela, ao Diretor e todos que desse conselho
participavam que em minha sala de aula eu era “Boçal, mas era soberano”.
Todos me olharam sem
entender, pois esse jargão aprendi no Exército onde servi por longos anos, ou
seja, o recado que eu dei seria que em minha sala eu mandava e pronto. Não seria
uma supervisora que jamais deu uma aulinha chinfrim em toda a sua vida
profissional que iria dizer o que eu poderia ou não fazer.
Fico tapado de nojo.
Cabe aqui explicar que a
maior autoridade dentro de uma sala de aula é o titular, o professor ou professora
que está ministrando a aula, e a ele cabe permitir ou não a entrada de quem
quer que seja. A ele cabe o andamento da aula, sua organização, sua disposição
de carteiras e onde cada aluno ou aluna vai sentar ou se vai sentar.
Jamais admiti intromissão em
minhas aulas, lembrando que em outra ocasião, bateu à porta de minha sala em
outra escola do mesmo município a Diretora, e esta vinha acompanhada de dois
pinguins, ou seja, dois religiosos todos de preto, irmãos católicos, mas
poderia ser quem fosse, dizendo que os mesmos queriam orar com as crianças.
Simplesmente disse a minha
Diretora:
- Não!
Aqui em minha sala ninguém vai rezar. E educadamente fechei a porta.
Obviamente fui após chamado
para dar explicações diante da equipe e respondi:
- Caras Senhoras, o
princípio Republicano que respalda a laicidade da Coisa Pública, que separou o
Estado da Igreja, há mais de um século, diz que em ambiente público qualquer
ato religioso tem que ser ecumênico, e eu não vi junto aos irmãozinhos católicos,
um pai-de-santo, babalorixá, um vidente kardecista, um imã, um rabino, ou outro
qualquer, mesmo um pastor do mensalinho do demônio. Portanto nem vou perder meu
tempo com vocês. Com licença. - E me retirei.
É também assédio tentar
introduzir em qualquer aula uma ou outra religião, mas isso em muitas escolas
PÚBLICAS não é respeitado e cada um puxa a brasa para a sua surrada,
ultrapassada e danosa sardinha. (entendam como quiserem).
Embasbacadas ficaram e nada
disseram. Ainda bem.
Não aceitar intromissão em
sua sala de aula é também uma forma de dizer não ao assédio moral.
Imponha-se.
Professor que se preza tem
atitude e não deixa que lhe botem canga, afinal professor culto e conhecedor de
seu mister é formador de opinião, é formador de caráter, é mesmo sem saber ou sem
querer, um revolucionário. Depende da cabeça de cada profissional.
Houve um Diretorzinho “CC”
de meia pataca, CC é carguinho político, em uma escola que eu trabalhava que
chamou na presença de vários professores uma professora de filha da P., na mesma
hora com duas testemunhas fui até a Secretaria de Educação e em longa conversa
com a Diretora de Ensino fiz com que o desavergonhado fosse exonerado no outro
dia.
Não se acovarde. Bateu,
levou!
Voltando ao espelho de
classe.
Esta organização é típica de
escola tradicional, arcaica, mixuruca e prejudicial a educação. Um professor
que tenha domínio de classe, conhecimento e capacidade profissional, que seja
competente não precisa de espelho.
Por outro lado muito do que
acontece dentro das escolas vai também da postura do professor.
E aqui devemos fazer o “Mea
culpa”.
Olhem-se em um espelho e
faça uma auto crítica da roupa que estás usando, do teu corte de cabelos, de
teus adereços, de tua postura corporal, de tua maneira de falar. Olhe no geral
a tua figura e analise o que tu estás vendo a tua frente se é um professor ou é
uma coisa vestida.
Não precisa ser de grife,
porém devem estarem limpas, passadas e adequadas.
Professor sem postura de
educador passa a ser mais um, e os alunos sabem onde pisam.
Professor sem domínio de
classe passa a ser o mais assediado por equipes ávidas em mostrar serviço. Mostras
que podem.
Professor sem domínio
profundo de sua cátedra, por favor, vá vender cachorro-quente na esquina, pois quem não sabe o que leciona também será um alvo fácil do assédio moral.
Vestia-me adequadamente,
geralmente usando camisas limpas e gravata, e mesmo assim nunca deixei de ser
gentil, educado e ao mesmo tempo duro com o aluno quando isso exigia.
Aboli há vinte anos o
bagaceira boné, indumentária própria de quem não tem estilo e passei a usar
meus chapéus, esses sim, de grifes reconhecidas, Prada, Lagomarsino e Curi.
Alguém dirá:
- Mas todo o mundo usa boné.
E respondo que eu não sou
“todo o mundo”, mas em minhas caminhadas diárias uso-o com abrigo e tênis,
jamais para dar aula.
Os anos passaram e até hoje,
meus alunos de vinte anos atrás continuam me procurando, entrando em contato,
saindo em grande grupos com seus maridos e esposas para jantarmos em alguma
pizzaria e continuam tendo em mim um referencial.
Na formatura de nível superior
de minha amada aluna Lucilene encontrei seu marido, também meu ex-aluno, o
grande Marcelão.
Grande, em vários sentidos, em
tamanho, honradez, moral, educação. Ele, Marcelo Andriotti, apresentou-me para
sua sobrinha, uma linda menina, dizendo:
- Este é a ‘Lenda’.
Na hora segurei a emoção,
mas depois, bem depois em casa ao pensar no caso, sorrateiras lágrimas
insistiam em inundar meus olhos. Emoção e alegria.
Porém professor que deixa
ser manipulado por equipes vai ser também manipulado por alunos e lembro aqui
que hoje há muitos marginais de oito anos dentro das escolas e muitos bobalhões
tratam esses marginais a pão de ló.
E marginal é marginal, tenha
8 ou 80 anos e ao longo do tempo vi muitos pais irem a escola e fazer caca na
cabeça das equipes e essas por medo baixarem ainda mais a cabeça com medo da
marginália.
Muitos ficaram rubros de
raiva ao lerem marginal de 8 anos, e eu pergunto à esses pobrezinhos o que são
os aluninhos de 7 e 8 anos que envenenaram as bolachas da professora com veneno
para ratos.
São santinhos?
O aluno de 14 anos que
agrediu varias vezes a professora, com socos e pontapés não é um marginal
safado?
O aluno de 13 anos que matou
a facadas uma professora não é um delinquente, um marginal?
Porque eles não agem assim
nos Colégios Militares?
Por que lá o buraco é mais
embaixo.
É que nas Escolas Publicas
existe o medo político, vamos passar o imbecil, pois isto dá voto.
Não vamos punir o
marginalzinho de 8 anos, porque o pai dele é cabo eleitoral do vereador fulano,
outro marginal travestido de edil, e por ai se vão as causas que levam a este
estado de calamidade dentro das escola públicas.
Pois é também Assédio Moral
uma equipe exigir que dê notas para certos pústulas “de menor” para não se
incomodarem.
É assédio exigir dos professores que não reprovem nenhum aluno para que a escola receba mais verbas
federais.
E têm muitos políticos safados,
envolvidos em escândalos e falcatruas, desvio de verbas públicas, assalto
contumaz ao erário que defendem qualquer marginal que tenha menos de 17 anos.
Direitos Humanos e ECA são
dois entraves à educação neste país. Duas porcarias que deveriam ser
erradicadas da sociedade. Pois só vejo Direitos Humanos defendendo assassinos,
ladrões, estupradores, marginais e essa eca de ECA só serve para defender o marginalzinho,
o delinquente, “dimenor” como dizem os imbecis.
Marginal é marginal, menino,
menina, homem, mulher que não tenha vergonha é marginal. Vereador, Deputado ou
outro que use o cargo público em benefício próprio é marginal e como marginal
deve ser tratado.
Aliás, para esses deveria
ter pena de morte.
Muito bem colocado e exageradamente original, como o autor. Existe um ponto nestas corrupções todas que as pessoas não enxergam. Aprende-se a usar da sua superioridade desde sempre. As pessoas são educadas e instruídas desde cedo a contar vantagem em tudo. O triste é continuar vendo casos de pessoas que em sua ignorante e pequwna limitação, pensam que são melhores que outros.
ResponderExcluirO caso tipico do esperto sem instrução.
Olá Calina.
ResponderExcluirEu passei por maus bocados tendo um diretor escamoso, falso, indigno, sorrateiro, ardiloso, mentiroso e extremamente cínico. Sabes bem de quem estou falando. E para não fazer bobagem pedi, com muita dor no coração para ser transferido de escola, depois fiquei sabendo pelo próprio prefeito da época Sr. Walmir Martins, que o meliante safado além de verbas do CPM levava para sua casa o que deveria ser distribuído como merenda aos alunos.
Um vil, mentiroso e sórdido elemento.
Fico feliz com teu comentário.
Respeitosamente.
Do teu professor.
Pedro.