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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Viajando no Tempo - Parte Um


Quando eu tinha uns cinco ou seis anos, já haviam obviamente inventado a bomba atômica, coisa impensada, mas isso só foi possível com o desenvolvimento das ciências, matemática, química, física e tudo mais que nos últimos quinhentos anos a genialidade humana foi, com muito sacrifício descobrindo, coisas como a gravidade, de Isaac Newton e tantas outras coisas que deixariam boquiabertos os grande filósofos gregos, passou-se a saber que a Terra não é o centro de nada, muito menos o Sol, porém ainda nos anos 1950 o povo analfabeto e rude, que era a esmagadora maioria dos brasileiros acreditava que os morcegos eram ratos que ao aproximarem-se da morte criavam assas e saiam as noites a voar em busca de um lugar distante para morrer.


No fim da Idade Média era crença geral de muitas pessoas letradas e cientistas da época que os gansos selvagens que no inverno migravam para o sul da Europa, nasciam de árvores, até que um pesquisador rumou no verão para o norte da Europa para saber onde passavam esses gansos e os encontrou em lagos daquela região, porém não havia uma só árvore por perto e então o pesquisador descobriu que nas águas daqueles lagos haviam pequenos cracas brancas e concluiu que os gansos selvagens eram aquelas cracas transformadas, e a  história se espalhou pelo Continente e todos passaram a acreditar que os gansos selvagens eram nada mais nada menos que pequenos animaizinhos de conchas duras modificados.




Ainda hoje, em pleno século XXI, milhões são as pessoas que acreditam nas coisas mais estapafúrdias possíveis, como leite com manga faz mal, comer uva com melancia leva à morte, tomar suco de laranja com leite faz mal, que na primeira relação sexual não tem perigo de pegar AIDS, entrar n’água após se alimentar faz mal e tantas outras babaquices.


E aí vem o mais grave.

Quanto mais retroagirmos no tempo menos conhecimento o homem possuía. Não vamos nem dar como exemplo os países desenvolvidos do Primeiro Mundo, pegamos nós mesmos como exemplo, e vamos passar uns dias juntos com índios isolados na Floresta Amazônica, eles de selva sabem muito mais do que nós, entretanto não tem um “bestilhonésimo” de nosso conhecimento. Matemática, química, física, filosofia, história, geografia, astronomia, física quântica. (Se bem que temos nas nossas cidades uma montanha de bestas que não sabem nada). Ele, os índios isolados não sabem nada de propulsão a jato, de exploração espacial, de conhecimento de informática, telefonia, telecomunicações, impressoras 3D. Ou seja, são na tecnologia um zero à esquerda.

Há mil anos 99,9% das pessoas ainda viviam no analfabetismo, reis, príncipes, na Europa ainda dormiam em montes de palhas, muitos dos quais não sabiam nem juntar as letrinhas, analfabetos e seus castelos eram úmidos, frios e pestilentos. Não tomavam banho, não usavam papel higiênico e faziam suas necessidades (1 e 2) em qualquer lugar como fazem os animais ditos irracionais. Achavam que as doenças eram uma maldição, pois não conheciam os vírus nem as bactérias.


A peste negra que atingiu a Europa entre os anos de 1347 e 1353, dizimando mais de 75 milhões de vidas na Europa, mais da metade de sua população, era tida como uma maldição de deus e milhares e milhares de judeus foram chacinados, pois acreditavam que deus mandara o castigo por causa dos perseguidos judeus. Haja paciência para aturar tal burrice, já que a Peste Negra nada mais é que a doença conhecida hoje como bubônica e que é transmitida pelas pulgas (Xenopsylla cheopis) dos ratos (rattus rattus), que ao sugar o sangue do humano transmite a bactéria Yersinia pestis.

Deu um nó nas ideias, imaginem há oitocentos anos.


Sendo assim o que iríamos encontrar há dois mil anos passados.

Alguns esparsos filósofos isolados na Grécia que pouco ou nada sabiam, pensavam muito, porém não tinham muito conhecimento sobre quase nada.

O povo germânico ainda vivia em cabanas de paus e palha no meio das florestas frias do norte do continente. E era voz corrente em toda a Europa que banhos faziam mal, com exceção de Roma e Grécia. Porém com o fim do Império Romano, toda a Europa mergulhou na mais profundo ignorância, conduzida principalmente pela fé cristã. Estudar, ler, aprender era coisa do demônio, fazer um chá, tomar banho, contemplar a Lua, era coisa do demônio, nascer com um sinal no corpo era coisa do demônio. Tudo era coisa do demônio, nem mesmo as mulheres podiam dar qualquer sinal de prazer na hora do sexo pois estaria ela incorporada pelo demônio. (coisa que não mudou muito para certas bestas, que vivem em louvação).

Porém nossa viagem nos levará há três mil anos atrás.

O que se sabia?

Nada.

E a quatro ou cinco mil anos, o que sabiam?

Nada!

Eram uns bichos selvagens, sem conhecimento algum, vivendo a cada dia, sem perspectivas, porém sabiam que raríssimos passariam dos vinte anos de idade. Pois nesta idade estavam morrendo de velhos e alquebrados.


Pois foi nessa época que passaram a inventar historinhas para explicar o que não entendiam, historinhas bobas que até hoje inundam as cabecinhas das pessoas e o brabo é que elas acreditam piamente. Cegamente. Fanaticamente. Doentiamente. Uma coisa que nem Freud explica.

O povo tem que acordar e deixar de ser joguete nas mãos dos espertalhões e vivaldinos que ficam ricos da noite para o dia enchendo a cabeça das pessoas com essas historinhas anteriores a era do Ariri Pistola.
Acordem!

Já é tempo de sair deste sonho, já é tempo de virar a página e ver a vida como ela é e não como vem sendo vendida com muito lucro, principalmente nos últimos dois mil anos e seus gurus vivem nos aporrinhando.

Platão, claro que não saberia o que é um HD Externo, entretanto o conhecimento se adquire, mas viver na ilusão é duro de aceitar.


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