Nos primórdios das
civilizações as terras eram de todos, afinal a natureza é de todos.
Com o passar do tempo e com
o surgimento do feudalismo na Idade Média, os vivaldinos, ladinos e canalhas
senhores começaram a impor restrições aos servos que usufruíam daquilo que para
muitos meigos dizem que deus deu. Cercaram terrar e daí começou uma verdadeira
corrida dos ricos e poderosos para tomar mais e mais terras.
O servo viu-se privado até
de catar lenha nos bosques, porque esses foram cercados aleatoriamente pelos
senhores. Ferro, carvão, lã e lenha passaram a ser exclusividade do senhor
feudal ou rei.
Não contentes com essa
situação os senhores proibiram também a caça, Sendo assim a situação do servo
tornou-se uma penúria e os mesmos acabaram migrando para as cidades atrás de
alguma coisa fazer para poderem viver e manter suas esquálidas famílias cuja
maioria dos filhos morria antes de aprender a falar.
Com o descobrimento da América
pelos europeus a barbárie se instalou nestas terras de tal maneira que morrer
para muitos era melhor. Fugia-se assim da escravidão, das mutilações e de ver
os seus entes queridos serem também escravizados e mortos pelos cristãos que
chegavam em levas cada vez maiores, com suas surradas bíblias em uma das mãos e
na outra um facão ou arma de fogo para matar gente.
Hipócritas!
Hipócritas!
E tem muito equivocado que não
possui um palmo de terra para ser sepultado que defende com unhas e dentes os latifundiários,
não sabendo que a maioria das terras do Brasil tem suas posses ilícitas e que
para usurpá-las muita gente foi assassinada.
Com a Revolução Industrial,
iniciada no século XVII as coisas pioraram a tal ponto que era comum se
encontrar, principalmente na Inglaterra crianças de cinco ou seis anos mutiladas, sem mãos ou braços decepados por
rudimentares máquinas que davam suporte a crescente industrialização. E um
mutilado não recebia nenhuma indenização, era simplesmente substituído por
outro que teria o mesmo fim. Mas o magnata não dava as mínimas e ainda fazia
chacota.
Milhares e milhares de
crianças tinham esse trágico destino e outras tantas morriam trabalhando de
sol-a-sol, mesmo se tivessem cinco, seis ou sete anos. Não importava. Isto para muitos lerdos das ideias é um projeto de deus, porém para as pessoas cônscias não passou de um crime cometido pelo Capitalismo que iniciava o fazia de forma brutal e criminosa, como ainda
acontece até aqui no Brasil, onde o trabalho escravo ainda perdura,
principalmente nas carvoarias que empregam uma infinidade de crianças, mal
alimentadas e que trabalham até a exaustão. Ou seja, o crime e a injustiça continuam a serem feitos pelos poderosos e o povo parvo ainda os defendem.
Muitos retirantes das terras
agora cercadas por espertalhões que se disseram donos, iam também para as
cidades, verdadeiros amontoados, sem luz, esgoto e água, trabalharem em
precárias indústrias, principalmente nas de lã e ao chegar ao fim do mês recebia
seus salários que não dava para comprar dois ou três pães.
Encima da miséria humana o
Capitalismo foi se formando, encima de milhões de mortos, mortos pelas
máquinas, mortos pela maldade humana e mortos principalmente pela fome. Nessa
época é bom lembrar que a expectativa de vida não passava dos trinta anos. Não
por ser da natureza humana, mas devido principalmente a miséria em que viviam e
as condições desumanas do trabalho.
Tenho lido na Internet sobre
diversos assuntos e fico pasmo com a falta de conhecimento dos que se atrevem a
fazer comentários. Muitos são totalmente vazios, reacionários e burros.
Aconselho-os, antes de fazer qualquer comentário que vá fazer um supletivo ou ler
alguma coisa relacionada ao assunto, pois é de embrulhar o estômago tanta babaquice.
Após a grande peste que
dizimou mais da metade da população europeia no século XIV, chamada de Peste
Negra, outros surtos ocorreram principalmente no Velho Continente, digo na
Europa, pois dizer Velho Continente é na verdade uma falácia, pois Europa, Oriente
Médio e Norte da África são tão velhos quanto os outros e se algum esperto
disser que isto se refere a cultura, aí então precisa saber que a cultura
chinesa dá de goleada.
Outrossim, chamar de Velho
Continente é ceder aos interesses etnocêntricos europeus. E isto me dá tanto nojo
que eu chego a...
Nos Estados Unidos da América
a posse da terra deu-se eliminando de forma brutal e selvagem os índios, um
crime muito mais dantesco que os perpetrado contra os judeus na Alemanha.
Soldados do recém-formado
EUA trespassavam as barrigas das índias gravidas com suas espadas e as deixavam
em agonia, morrendo aos poucos. Crianças já nascidas eles eram mais
complacentes, pois as segurando pelos pezinhos, batiam tão fortemente com suas
cabeças em pedras que a morte era instantânea, ficando apenas os miolos
esparramados pelos campos. E muitos, durante e após esses crimes hediondos, reuniam-se
para com suas surradas bíblias ao alto louvarem a deus e agradecer a esse pela
força e coragem a eles dadas e que os levou a vitória contra os índios, onde milhares e milhares haviam sido mortos em seu nome.
Que deus, hein?
Com um deus desses não
precisamos de demônios.
Lembro aqui que os
mentirosos filmezinhos de enésima qualidade dos americanos se passando por
vítimas dos índios, não mostram a verdade, pois até o escalpo foi inventados
pelos colonizadores e soldados americanos, e se os índios o faziam também foi
em vingança aos cristãos que diziam ter deus no coração e fizeram tantas
atrocidades pelo mundo.
No Brasil a coisa não foi
tão diferente, porém aqui a maioria dos índios sucumbiu em guerras ou com as
doenças trazidas pelos portugueses. Porém alguns portugueses foram mais vivos e
seguiram o que eram aconselhados ao saírem da Boa Terrinha, ou seja:
Para dominares a terra e
teres respeito faça filhos, muitos filhos.
E aqui chegando os portugas
fizeram filhos e mais filhos, com suas esposas brancas, com suas amantes índia
e com suas mucamas negras e com suas inexplicáveis, exuberantes e lindas mulatas, e o Brasil
se tornou este país multicolorido, multirracial e multicultural.
Mas a questão da terra no
Brasil é assunto para a próxima publicação.
Para os eternos
contestadores, que jamais leram um livro do começo até o fim, antes de sair por
aí dizendo bobagens leiam entre outros os seguintes livros:
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