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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Quem Disse Que Terra Tem Dono?


Nos primórdios das civilizações as terras eram de todos, afinal a natureza é de todos.

Com o passar do tempo e com o surgimento do feudalismo na Idade Média, os vivaldinos, ladinos e canalhas senhores começaram a impor restrições aos servos que usufruíam daquilo que para muitos meigos dizem que deus deu. Cercaram terrar e daí começou uma verdadeira corrida dos ricos e poderosos para tomar mais e mais terras.

O servo viu-se privado até de catar lenha nos bosques, porque esses foram cercados aleatoriamente pelos senhores. Ferro, carvão, lã e lenha passaram a ser exclusividade do senhor feudal ou rei.

Não contentes com essa situação os senhores proibiram também a caça, Sendo assim a situação do servo tornou-se uma penúria e os mesmos acabaram migrando para as cidades atrás de alguma coisa fazer para poderem viver e manter suas esquálidas famílias cuja maioria dos filhos morria antes de aprender a falar.


Com o descobrimento da América pelos europeus a barbárie se instalou nestas terras de tal maneira que morrer para muitos era melhor. Fugia-se assim da escravidão, das mutilações e de ver os seus entes queridos serem também escravizados e mortos pelos cristãos que chegavam em levas cada vez maiores, com suas surradas bíblias em uma das mãos e na outra um facão ou arma de fogo para matar gente. 

Hipócritas!

E tem muito equivocado que não possui um palmo de terra para ser sepultado que defende com unhas e dentes os latifundiários, não sabendo que a maioria das terras do Brasil tem suas posses ilícitas e que para usurpá-las muita gente foi assassinada.

Com a Revolução Industrial, iniciada no século XVII as coisas pioraram a tal ponto que era comum se encontrar, principalmente na Inglaterra crianças de cinco ou seis anos  mutiladas, sem mãos ou braços decepados por rudimentares máquinas que davam suporte a crescente industrialização. E um mutilado não recebia nenhuma indenização, era simplesmente substituído por outro que teria o mesmo fim. Mas o magnata não dava as mínimas e ainda fazia chacota.

Milhares e milhares de crianças tinham esse trágico destino e outras tantas morriam trabalhando de sol-a-sol, mesmo se tivessem cinco, seis ou sete anos. Não importava. Isto para muitos lerdos das ideias é um projeto de deus, porém para as pessoas cônscias não passou de um crime cometido pelo Capitalismo que iniciava o fazia de forma brutal e criminosa, como ainda acontece até aqui no Brasil, onde o trabalho escravo ainda perdura, principalmente nas carvoarias que empregam uma infinidade de crianças, mal alimentadas e que trabalham até a exaustão. Ou seja, o crime e a injustiça continuam a serem feitos pelos poderosos e o povo parvo ainda os defendem.


Muitos retirantes das terras agora cercadas por espertalhões que se disseram donos, iam também para as cidades, verdadeiros amontoados, sem luz, esgoto e água, trabalharem em precárias indústrias, principalmente nas de lã e ao chegar ao fim do mês recebia seus salários que não dava para comprar dois ou três pães.

Encima da miséria humana o Capitalismo foi se formando, encima de milhões de mortos, mortos pelas máquinas, mortos pela maldade humana e mortos principalmente pela fome. Nessa época é bom lembrar que a expectativa de vida não passava dos trinta anos. Não por ser da natureza humana, mas devido principalmente a miséria em que viviam e as condições desumanas do trabalho.

Tenho lido na Internet sobre diversos assuntos e fico pasmo com a falta de conhecimento dos que se atrevem a fazer comentários. Muitos são totalmente vazios, reacionários e burros. Aconselho-os, antes de fazer qualquer comentário que vá fazer um supletivo ou ler alguma coisa relacionada ao assunto, pois é de embrulhar o estômago tanta babaquice.


Após a grande peste que dizimou mais da metade da população europeia no século XIV, chamada de Peste Negra, outros surtos ocorreram principalmente no Velho Continente, digo na Europa, pois dizer Velho Continente é na verdade uma falácia, pois Europa, Oriente Médio e Norte da África são tão velhos quanto os outros e se algum esperto disser que isto se refere a cultura, aí então precisa saber que a cultura chinesa dá de goleada.

Outrossim, chamar de Velho Continente é ceder aos interesses etnocêntricos europeus. E isto me dá tanto nojo que eu chego a...



Nos Estados Unidos da América a posse da terra deu-se eliminando de forma brutal e selvagem os índios, um crime muito mais dantesco que os perpetrado contra os judeus na Alemanha.

Soldados do recém-formado EUA trespassavam as barrigas das índias gravidas com suas espadas e as deixavam em agonia, morrendo aos poucos. Crianças já nascidas eles eram mais complacentes, pois as segurando pelos pezinhos, batiam tão fortemente com suas cabeças em pedras que a morte era instantânea, ficando apenas os miolos esparramados pelos campos. E muitos, durante e após esses crimes hediondos, reuniam-se para com suas surradas bíblias ao alto louvarem a deus e agradecer a esse pela força e coragem a eles dadas e que os levou a vitória contra os índios, onde milhares e milhares haviam sido mortos em seu nome.

Que deus, hein?

Com um deus desses não precisamos de demônios.



Lembro aqui que os mentirosos filmezinhos de enésima qualidade dos americanos se passando por vítimas dos índios, não mostram a verdade, pois até o escalpo foi inventados pelos colonizadores e soldados americanos, e se os índios o faziam também foi em vingança aos cristãos que diziam ter deus no coração e fizeram tantas atrocidades pelo mundo.

No Brasil a coisa não foi tão diferente, porém aqui a maioria dos índios sucumbiu em guerras ou com as doenças trazidas pelos portugueses. Porém alguns portugueses foram mais vivos e seguiram o que eram aconselhados ao saírem da Boa Terrinha, ou seja:

Para dominares a terra e teres respeito faça filhos, muitos filhos.


E aqui chegando os portugas fizeram filhos e mais filhos, com suas esposas brancas, com suas amantes índia e com suas mucamas negras e com suas inexplicáveis, exuberantes e lindas mulatas, e o Brasil se tornou este país multicolorido, multirracial e multicultural.

Mas a questão da terra no Brasil é assunto para a próxima publicação.



Para os eternos contestadores, que jamais leram um livro do começo até o fim, antes de sair por aí dizendo bobagens leiam entre outros os seguintes livros:













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