Quando das grandes
navegações, Portugal tomou o que não era dele e aqui fincou pé, deu-se início a
maior roubalheira do País e o que pertencia a milhares de anos aos índios de
diversas nações passou a ser dos exploradores que não tinham nada a ver com a
terra.
No ano de 1534. Dom João III
rei de Portugal cria o sistema de Capitanias Hereditárias, ou seja passava de pai para filho, tão ou mais nocivas
que os atuais cartórios no Brasil, que um serviço público passa na maior
cara-de-pau de pai para filho.
Êta pais que já nasceu desavergonhado.
Assim as Capitanias passavam
de pai para filho, eram verdadeiros reinos ao longo da costa brasileira, onde o
português podia explorar a seu bel prazer, iniciando ai o que conhecemos hoje
como latifúndio.
O sistema não deu certo e
rui, iniciando os Governos Gerais com seus Governadores Gerais dos quais apenas
os alunos brasileiros estudaram na escola os três primeiros, Tomé de Souza,
Duarte da Costa e Mem de Sá, entretanto tivemos no Brasil uma série de
Governadores Gerais e depois de 1640 uma corriola de Vice-reis e Juntas
Governativas, mas já estava instalada a pouca vergonha nessas terras, a
principiar pela continuação da distribuição farta e gratuita de terras e estas
não eram para os sem terras da época, e sim para os apadrinhados do poder,
tanto o de Lisboa como os daqui. Portugueses é claro.
Já nessa época começou no
Brasil a existência do latifúndio e do "toma lá, dá cá".
Latifúndio é uma propriedade
agrícola de grande extensão pertencente a um único proprietário, família ou
empresa. Produtiva ou não.
Vale aqui mencionar que a
propriedade é uma coisa discutível, pois essas terras foram tomadas pelos
portugueses a força onde milhões de índios morreram e perderam suas terras.
Portanto essas terras foram roubadas. Mas, hoje alguém há de dizer que ele
comprou as terras legalmente. Tudo bem.
Porém o Código Penal diz que
receptação de material proveniente de roubo é crime. Portanto se formos levar
ao pé da letra, todas as terras do Brasil são frutos de roubo e a pena que hoje
a lei estabelece é de um a quatro anos de reclusão e multa.
Porém como o Código Penal
não vale para os bacanas e a maioria desses roubos já prescreveram mesmo
sabendo-se do ocorrido o caso ficou e ficará na impunidade.
Há no Brasil incalculáveis
latifúndios, muitos dos quais existem com o fim de especulação, e são esses
proprietário os mais reacionários, mandonistas, arrogantes, que se acham acima
da lei. Conheci vários e todos têm as mesmas características.
Em viagem feita ano passado
ao Mato Grosso do Sul, ouvi de um latifundiário a seguinte frase:
“Se houvesse sido eleito
para a Presidência da República o Aureliano, essa porcaria do Parque Nacional
das Emas já estaria com a terra avermelhada e eu metendo soja em todos os
cantos”.
Aureliano que o porco reacionário
se referia, porco que odeia brasileiro, pois além de tudo é um racista, era o Sr. Antônio Aureliano Chaves de Mendonça, que concorreu a
Presidência da República em 1989 pelo PFL, obtendo uma irrisória votação que
não chegou a 1% dos votos, e que segundo o fascista, havia prometido a eles a
posse do Parque.
Parque Nacional das Emas, é
uma das poucas Unidades de Conservação de diversas formas de cerrados dentro do
Estado de Goiás, além de diversas espécies de animais, muitos dos quais em via
de extinção.
Para latifundiários
preservação é uma palavra que eles desconhecem e até odeiam ouvir.
Por outro lado pense bem.
Quem deu a alguém o direito de destruir a natureza que a toda humanidade
pertence. Que hipotético deus deu alguma escritura a um bandido sanguinário
para que ele destrua tudo em benefício próprio, enquanto o povo além da fome
fique sem o seu maior bem que é a natureza.
Florestas que levaram
milhões de anos para se formarem são reduzidas a
capinzal e cinzas e as árvores de algum valor comercial que pertencem a toda
humanidade passam a engrossar as contas bancárias de alguns espertalhões que se
autodeterminam donos da natureza.
E o povo.
O povo é só um mero e reles
detalhe, alienado, roubado, explorado e simploriamente aceita e nada faz.
O povo. Sinônimo de otário
que tudo aceita e nada contesta e os que fazem como Chico Mendes tem um trágico
fim. Mas pelo menos ele tentou.
Como diria uma ovelha no
meio dos lobos: Vou morrer de qualquer jeito, mas vou morrer esperneando, pois
não sou covarde como a esmagadora maioria.
Durante os últimos 150 anos,
muitas terras que pertenciam a União foram simplesmente tomadas pelos
latifundiários, muitas das quais em conivência com os governantes.
Durante o Império e depois
no início da República muitos colonos estrangeiros ganharam terras, enquanto
que os brasileiros que viviam passando fome, sem emprego, sem esperanças nada
ganharam, a não ser os bacanas.
Novamente dirá algum
experto: “O governo distribuiu terras para atrair os imigrantes”. Tudo bem. Aos
estrangeiros tudo, mas ao povo brasileiro nada. E esse mesmo povo, que tanta
miséria passou, tanta fome passou, tantas mortes contaram, vítimas dos
latifundiários. Vejam no Nordeste o que aquele povo padeceu e muitos padecem
vítimas da seca, do pouco caso, da fome que consume suas vidas, que gera
pessoas de estatura baixíssima, de corpos esquálidos, pernas e braços
cadavéricos, corpos defeituosos, sem expectativa de vida, manipulados por
políticos safados, ainda são discriminados por alguns maus brasileiros reacionários
e metidos.
E apesar de todo o
sofrimento a maioria do povo nordestino são tão submissos aos poderosos.
Chega!
Libertem-se!
Aprendam a dizer não!
E apesar de toda essa
roubalheira feita no Brasil, ao longo de mais de quinhentos anos, ainda tem
muitos equivocados, que não tem um pedaço de terra para caírem mortos, não
possuem um palmo de terra odeiam o MST, e como ensandecidos, babando feito
loucos, saem em defesa dos latifundiários.
É isso aí guri, é de dar pena dessas pessoas vazias e reacionárias.
Mas isto nem Freud explica!
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