Logo que aprendi a ler, o
que foi de vereda, quando fui para o antigo Colégio São Pedro, lá no Fragata em
Pelotas, hoje Colégio Militar Tiradentes, na Avenida Duque de Caxias, outrora
Daltro filho, folheirito li certa feita um livretinho que foi o primeiro livro
que recebi para levar para as aulas com uma maleva irmã católica que era
professora de alfabetização chamada Conceição. Odiada por todos, maligna e
perversa, que nem mesmo Tupanci a acalmava.
De todas as histórias
daquele livro, uma delas nunca mais saiu de minha mente, ficou gravada como
ferro em brasa no couro do alimal, desde aquele lejano ano de 1954.
Dizia a história:
“Revolução Farroupilha”
Em 20 de setembro de 1835, a Revolução Farroupilha
teve por chefe o valoroso Bento Gonçalves da Silva.
Naquela época o Brasil era um Império e os
revolucionários queriam a forma republicana, chegando proclamar a República em nosso Estado.
Alguns anos depois, quando Dom Pedro II subiu ao
trono, mandou Duque de Caxias pacificar o Rio Grande do Sul.
Os revolucionários concordaram em terminar a luta e
a paz foi concedida com honras a sua bravura.
Desde então, e lá se vão
mais de sessenta anos essa historinha continua viva em minha mente, tão viva
como foi em um domingo daquele mesmo ano que a recitei para toda a família
reunida para um almoço em casa de minha avó Idelvira de Farias Teixeira, a vovó
Bibira, charrua despachada, que emocionada me abraçou, apertou e beijou.
Vovô Garcia, um taura sem
igual, corpulento, de cerne forte como camboim, e de uma força descomunal, que
vivia entre a bagualada, muitas vezes derrubando touro a unha, havia pelado a
coruja de um capão para fazer um dos seus famosos churrascos.
Oigalê coisa buenacha!
Nesse momento deixou de
courear o capãozito criado guache e veio para a soleira do galpão assistir minha “declamação”.
Com a carneadeira na mão
destra ensanguentada, ficou estático feito tronqueira ouvindo e sua felicidade
extravasava vendo o neto de o oito anos charlando com firmeza de xiru velho.
Papai, taita peleador, sentado em uma cadeira
sorria deixando a mostra seus grande e alvos dentes emoldurados por seu indefectível bigode negro como mamangava.
O tempo passou célere e
neste último dia 20 de Setembro, comemoramos os 180 anos daquela Revolução, a
mais extensa Guerra do Continente Americano, 10 anos de peleias pelas coxilhas
e campos da minha República do Rio Grande do Sul, aonde muito sangue foi
derramado, feito que jamais se extinguirá de nossa história crivada de guerras
e revoluções.
Nesse dia os Gaúchos e
outros Rio-grandenses comemoraram esses feitos, porém não haveria muito o que
comemorar, pois novamente o Rio Grande do Sul se vê num beco quase sem saída, pois
o Gringo aumentou os impostos, penalizando o povo com uma carga maior do ICMS, essas
extorsiva taxa que não retornam na mesma grandeza para benefício do povo, e já
havia penalizado o funcionalismo público estadual com parcelamentos de salários
e atrasos e suprimindo vantagens, mas anda em romaria com o sombreiro na mão
pedindo, esmolando e endividando ainda mais o Estado.
Enfim estamos quase que de
joelhos, e ai me tapo de nojo e vergonha, mas espero que o espírito Farroupilha que lutou dez anos contra arroxo de impostos feitos pelo Império não seja esquecido e que os verdadeiros Gaúchos venham novamente a Governar a
nossa República, pois os estrangeiros como a paulista Ieda e o gringo Sartori jogaram nosso
Estado ao nível de qualquer republiqueta.
Não podemos esquecer que em
nosso Hino há uma parte que diz:
“Povo que não tem virtudes,
acaba por ser escravo”.
Que hoje os Gaúchos de todas
as querências e cores, reflitam o futuro de nossa República do Rio Grande do
Sul e pensem bem antes de votarem, pois de alcaides já estamos até os
gorgomilos e não se esqueçam desses chimangos que
votaram pelo aumento de impostos (ICMS),
votaram contra a tua guaiaca, não bastasse ser o Rio Grande do Sul um dos Estados
que tem uma das maiores cargas tributárias da Federação:
- Alexandre Postal, Álvaro
Boessio, Gabriel Souza, Gilberto Capoani, Ibsen Pinheiro, Tiago Símon, Vilmar
Zanchin, todos do PMDB; Ernani Polo,
João Fischer e Pedro Westphalen, do PP;
Ciro Simoni, Diógenes Basegio (aquele que anda mais enrolado do que mosca em
teia) Eduardo Loureiro, Enio Bacci, Gilmar Sossella, Juliana Brizola, Marlon
Santos e Regina Becker Fortunati, do PDT;
Adilson Troca, Pedro Pereira e Zilá Breitencach, do PSDB; Catarina Paladini, Elton Weber e Liziane Bayer do PSB; João Reinelli do PV, Mario Jardel
do PSD; e Volnei Alves do PR.
Alimal: Do Gauchês, animal.
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