Hoje é 20 de setembro, data
máxima da República do Rio Grande do Sul, e deveríamos todos, pilchados, com
suas bombachas, botas, guaiaca ou rastras, outros de faixa na cintura tomando
um gole de pura, chiripás, ponchos, palas ou bicharás, ostentando em suas
cabeças seus folhas de abóbora, os campeiros, os canguás ou as boinas e
festejar os feitos Farroupilhas, de tauras e taitas que pelearam na mais
extensa guerra do continente americano.
Guerra que o Rio Grande
lutou solito contra o então todo poderoso Império do Brasil não esquecendo que
os Correntinos muitas vistas grossas fizeram quando precisávamos entrar em seu
território, a Argentina, a procura de abrigo ou para se organizar e voltar a
trançar ferro com o imperiais e tambiém no si pode olvidar de los Orientales
que apoiaram com alguns queras macanudos e com têmpera também Charrua, que se
banlearam para o lado de cá em duas guerras para pelearem juntos aos
Rio-grandenses.
Tal Guerra obrigou o Império
do Brasil, a fabricar meio nas coxas um Imperador, pois era Governado por uma
Regência já que o mandinho chamado Pedrinho era um piá ainda e não tinha idade
para ser coisa nenhuma e foi alçado por um golpe, o chamado Golpe da Maior
Idade para assumir o governo do Império com o título de Imperador Dom Pedro II.
E após muita peleia, após
muitas mortes, conseguiu finalmente o Império concertar um acordo com os
Farroupilhas para acabarem com aquela Injusta Guerra que para os
revolucionários não só representava a Independência, mas alcançaria a
República.
Infelizmente, fico bispando
que em nossa tão sonhada República o que acontece de pronto é o caos econômico
instalado, mal governada, mal administrada e perdendo posições no ranking dos
grandes Estados, onde outros Estados já tiraram luz, e nós a trotesito vamos
envergonhados a léguas de beiço atrás.
E em nenhum momento foi
pedido aos Coronéis de nossa valorosa Brigada Militar para darem um golpe, pois
a maioria de nosso povo acredita na democracia, e é através dela que podemos
errar e acertar.
E essa indignação que vemos
em meio ao funcionalismo público estadual, civil e militar se justifica, pois
jamais havíamos visto o Rio Grande do Sul numa situação tão desmoralizante,
nesta penúria de envergonhar.
AH! minha querência, outrora
exemplo para todo o Brasil, cujos versos de seu Glorioso Hino diz: SIRVEM
NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO A TODA A TERRA.
Porém no meu Pago tudo começou
a dar errado quando e infelizmente uma maioria escassa escolheu uma estrangeira,
nascida lá na Capital dos Bandeirantes, para governar o Estado e que arruinou
as contas públicas, arruinou com o nosso Estado e agora para marcar a
decadência temos esse que se diz gringo fazendo trapalhadas. Pois se é gringo é
italiano, e sendo italiano não seria nem Brasileiro, muito menos Gaúcho.
Ou estou errado?
Pois para quem conhece as
verdadeiras origens dos Gaúchos sabem bem quem é quem, porém costumam, como
dizem alguns alemães “botar tuto xunto incluído”.
Dói muito ver o nosso Estado
nesta situação, porém o povo Gaúcho há de sair desta penúria, fazer valer a sua
garra e altivez haragana de um povo verdadeiramente revolucionário que jamais
se negou de pelear pelos seus interesses, mesmo que para isto tenha que cortar
a própria carne. Mas não é o que acontece.
Somos da têmpera de Sepé,
somos filhos das coxilhas e do Minuano que sopra gelado e faz com que endureça
mais essa têmpera, que nos forjam na figura altaneira do Farrapo, que nos eleva
nosso brio, nossa decência e altivez.
Que jamais venha a ser
preciso usar o aço branco em entreveros de Maragatos e Pica-Paus ou Maragatos e
Chimangos, mas que os homens que governam este estado saiam da letargia e façam
valer o valor de suas bombachas, se é que as usam e do fio de seus bigodes e a
crueza de suas palavras, que deverão ecoar por todos os pagos fazendo com que
os verdadeiros heróis farroupilhas não sejam envergonhados e esquecidos, e que
o sangue derramado em diversos entreveros não tenha sido derramado em vão.
Soy Gaucho por mi sangre y
soy brasileiro por opção. Mas acima de tudo sou Rio Grandense teimoso, quera de
queixo duro e de não gastar pólvora em chimango, de confiar na palavra de um
homem e cumprir com o que tenha dado.
Mas enquanto muitos amargam
em seus municípios todos os tipos de infortúnios, manter Câmaras Municipais a
peso de ouro é um deboche ao povo.
Enquanto mantermos Deputados
Estaduais cheios de assessorias e mordomias, o Estado como o País não serão
sérios.
Enquanto mantermos Deputados
Federais com ganhos de dar inveja a qualquer político de países ricos, o Brasil
não será um país sério.
Enquanto mantivermos o Senado
o Brasil não será o que sempre sonhei.
Fui.
Mas vou tapado de nojo
desses alcaides.
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