Quando eu morrer quero ser
enterrado com a cabeça de fora da terra, pois ainda não vi tudo.
Já vi as mais gostosas e
lindas receitas de caldeiradas com frutos do mar e para minha surpresa há muitos
truques para engrossar o caldo. Para tal usam farinha de mandioca, de trigo,
amido de milho, a famosa maisena.
Êpa meu!
Maizena não é com “Z”?
Não!
Maisena é com “S” e significa o amido de milho, aquela
farinha que parece um talco de tão fina, que se faz mingau, pudim, bolachas e
outras coisas, como passar nas assaduras dos bumbuns dos nenês, entretanto há a marca de fantasia chamada “Maizena” com “Z”, a da caixa amarela. Portanto quando
nos referirmos ao amido de milho devemos escrevê-lo com S. “S” de soldado,
salgado, solstício, jamais com a letra “Z” de zebra, zurrapa, zebu. Pois com
“Z” é uma marca registrada.
Também já vi receitas que
engrossam a caldeirada com batata ou aipim, mandioca, aipi, castelinha, uaipi,
macaxeira, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre. São
termos usado em diversas regiões do Brasil para designar a espécie Manihot Utilíssima,
já que a Manihot Esculenta, a mandioca-brava ou mandioca amarga possui grande
quantidade de ácido cianídrico.
Outros engrossam o caldo com
moranga, abóbora ou jerimum, fruto da aboboreira, que é uma designação popular
atribuída a diversas espécies de plantas da família Cucurbitaceae, nomeadamente
às classificadas no gênero “Abobra” - uma única espécie, nativa da América do
Sul, mas isto não importa, pois a minha caldeirada, após anos de estudos e
experimentações estafantes e científicas, cheguei à conclusão que, sendo famoso
no seio familiar o meu mocotó e internacionalmente desconhecido, porque não
engrossar a caldeirada com feijão branco?
Porém me tapo de nojo quando
um alcaide engrossa a caldeirada com farinha de milho, da grossa ou da fina ou
fubá de milho ou arroz.
Tenho sempre potes de creme
de feijão branco congelados em meu freezer, pois é num tapa que um prato, seja
uma caldeirada, sopa ou dobradinha, está pronto com este artifício. (“Está
pronto” porque estou me referindo ao prato e não a caldeirada ou a dobradinha).
Cozinho o feijão branco, e
depois de bem cozido passo em uma peneira, o creme eu congelo e o que sobrou,
aquela casquinha fina do feijão pode ser usada em diversos outros pratos ou
bolinhos fritos. Aí vai da esperteza de cada um. Nada se perde tudo se
transforma.
Vamos a minha receita de caldeirada
com frutos do mar.
A dona Eufrosina está
pensando que frutos do mar são coisas como a pera-d’água, banana-d’água e
laranja serra d’água. Não dona Eufrosina! Isto são frutos, mas não são do mar.
Nesta foto está apenas a metade dos frutos do mar, mas
podes ver a cebola picadinha, o pimentão e o alho amassado
com sal. A peça grande e branca é o creme de feijão congelado.
Ingredientes:
- 400 ml de creme de feijão
branco diluído a gosto.
- 500 g de frutos do mar –
Camarão, polvo, lula mexilhões e vieiras.
- Cebola, picadíssima.
- Um dente de alho,
amassado.
- 1 colher de sopa de
pimentão verde bem picado.
- 1 colher de sopa de massa
de tomate.
- Azeite de oliva, só para
dar uma fritada rápida no alho e na cebola.
Por favor, não vá fritar o
pimentão. Coisa horrorosa. Fica amargo. Nessas horas te ligues. Não se frita
pimentão.
- Sal a gosto (Não exagere,
pois sal em excesso faz mal).
- Pimenta (gotinhas de molho
de pimenta vermelha)
- Água.
- Salsa seca e moída. Cada
um gosta a seu modo, eu não exagero nos temperos, pois quero sentir o sabor dos
frutos do mar.
Como preparar:
Enquanto em uma panela o
creme de feijão branco congelado vai, com um pouco d’água dissolvendo, em uma
frigideira tu frites a cebola e o dente de alhos com uma pitada de sal em um
fio de azeite de oliva.
Desmanchado o creme de
feijão branco adicione a cebola e o alho fritos, coloque uma colher de massa de
tomate para dar aquela cor, adicione a salsa seca e moída, umas gotas de
pimenta, verifique o sal. Quando tudo estiver fervendo coloque o polvo. Eu
corto em pedaços menores. Quando o polvo estive ao dente, jogue na panela a
lula, também cortada em pedaços pequenos. Quando levantar novamente a fervura,
coloques os mexilhões. Novamente quando levantar a fervura ponha os camarões. É
jogo rápido, pois quando levantar a fervura dos camarões está pronto. É só
servir e te fartar.
Use o tempero que mais te
apetecer, com cuidado no exagero.
Certa feita fiquei
injuriado. Estava no litoral da Bahia e fui com um amigo a um restaurante comer
uma lagosta:
Meu, o negócio é caro. Tudo
bem, não é por isto, porém o bacudo espremeu dois limões sobre a lagosta em seu
prato. Fui à loucura e disse ao estrupício:
- Tche louco, se é para
comer coisa azeda então que ficasses em casa chupando limão. Mas que
barbaridade!
Lagostas, camarões, peixes,
ostras e outros alimentos eu gosto de sentir o gosto dos bichos, caso contrário
pediria ao garçom uma sopa de limão, uma salada de limão, um mexido de limão.
Vá gostar de limão assim lá na casa da Eufrosina.
“Me tapo de nojo”!
Eu sei.
Eu sei que nunca se começa
uma frase com o pronome pessoal do caso oblíquo, mas neste caso dizer: - “Tapo-me
de nojo” a frase fica meio fresca e de frescura já bastou o frio que fez esta
noite.
Que barbaridade!
Bueno! Feita a caldeirada é
só saboreá-la com um vinho e um pedaço de pão cacete. Tá bom, pão francês, ou
como muitos dizem, pão d’água e basta.
Fui.
Tem um segundo
prato?
É claro que sim! Foi outro
de caldeirada, nos trinques!
Clique sobre as fotos para ampliá-las.
Rapaz! Que delicia essa caldeirada. Tá de lamber os beiço, como dizia o Mento, meu segundo pai. Novidade esse creme de feijão branco. Minha irmã mais velha sempre diz, que se engrossar qualquer caldo com maisena, ela não altera o sabor. Barbaridade, assim tu acaba com qualquer dieta.
ResponderExcluirAbraços e tenha uma ótima semana.
Olááá! Anajá.
ResponderExcluirPois é Anajá, a maisena tem mil e uma utilidades, porém prefiro o feijão banco, tanto na cor como na textura é mais macanudo e dá aquele gostinho especial. E nesta época de frio como apetece um bom prato. Caríssima um grande abraço e que tenhas muita saúde e paz e excelentes dias vindouros. E como está o frio por Osório? Aqui está fazendo noites frias, um frio de renguear cusco ao ponto de ter tirado meu poncho do baú, e hoje passei o dia enroladito.
Aqui tá bem frio e ainda temos o famoso vento que desnorteia o povo da cidade. Que segundo algumas pesquisas deixa quem reside aqui meio insano. hahaha
ExcluirAbraços e quando passar por aqui, aparece para um mate.
kkkkkkkk!!!!
ExcluirEsta de deixar insano é o máximo kkkk.
Mas frio deixa qualquer um fora da casinha. Caríssima Anajá, qualquer hora telefonarei com antecedência e com Sandrinha farei uma visita ao casal Schmitz. Bom fim de semana a todos.
Então Pedro, depois destas tuas palavras iniciais, só me resta o último pedido para a família, no momento da minha partida desta para melhor, ser enterrada com a cabeça de fora, para não perder nada. Como nunca pensei nisso kkkk.
ResponderExcluirÉ verdade, usam muitas farinhas para engrossar o caldo de cozidos. E já provei cozidos em restaurantes renomados, com gosto forte de farinha, uma tristeza. Eu adoro caldeirada, na praia, mesmo no calor não pode faltar no meu prato, acho uma explosão de sabores. Se eu não estiver errada, penso que no nordeste usam muita mandioca para engrossar caldos. O feijão branco usado para engrossar caldo, é mesmo uma ideia com mais sabor e muito nutritiva. E tão fácil, pode-se congelar como ensinou, muito prático. O fubá usado aqui no Brasil, tenho achado muito indigesto. Faço a polenta com farinha de milho italiana, fácil de encontrar aqui em São Paulo, o grão não é refinado, muito mais sabor, textura e digestão carinhosa. Após ficar pronta - 40 minutos, pois é pré-cozida, com o fogo apagado, finalizo com manteiga e queijo parmesão ralado, da mesma maneira que os 'risottos' italianos. Um manjar com um belo ragù. E nada pode ser identificada com a polenta feita com fubá.
Acho que sempre escrevi maisena com Z. Aprendi mais uma, obrigado! Outra coisa, concordo muito sobre nada ser desperdiçado na cozinha, assim como aprendi com minha mãe, tudo se aproveita. E os bolinhos, ai que delícia. Semana passada fiz com sobra de arroz.
Pelo amorrrr dona Eufrosina! Atenção nos frutos!
Como você, não gosto de exagerar nos temperos, não se pode perder sabores. Assim é a cozinha do mediterrâneo, suave, natural e pouco tempero. Portanto, os excessos, como no caso do limão e da lagosta na Bahia, em nada comovem.
A apresentação da caldeirada no prato, esta sim é comovente kkkk! A cor do caldo é linda, textura aveludada, provoca o apetite. Os frutos estão robustos, no ponto, se percebe muito bem. Eu gosto com pão, se for italiano tipo rústico, com casca crocante e miolo macio, com aquele leve gosto azedo, proveniente do 'lievito madre' - fermento natural, eu adoro!
Sobre os teus comentários na viagem ao Chile/Santiago, realmente a foto do maridex na esquina está ótima, eu também gosto. As ruas são muito arborizadas no bairro da Providencia, gostamos muito de lá ficar hospedados, tudo bem próximo. Também pensamos em fazer Santiago de carro. Sei de pessoas que fizeram os lagos chilenos de carro, achei um show. Vi um vídeo muito interessante no youtube. A cordilheira foi a melhor parte, foi lá que provei o melhor vinho, que vi uma família de condores, que me senti maravilhada no meio das montanhas, ouvi histórias incríveis! Não deixe de ver a parte 3 da viagem ao Chile, lá está a minha vivência na Cordilheira. O vinho Casillero del Diablo apreciamos muito, por aqui também temos em todos os mercados. Quando viajamos, não fazemos compras, sempre foi assim. Investimos muito na viagem, especialmente na parte gastronômica. Locais de compras com muitos turistas, fugimos. Aliás, todos os locais turísticos, não vamos. Shows de tango, com fogos e cavalos subindo ao palco, filas, multidão de pessoas, saímos pela esquerda, fugimos. Levamos uma mala que não despachamos, ela vai conosco para o avião e depois, bem guardada no maleiro, bem acima das nossas cabeças. Levamos pouco na mala, o suficiente para termos conforto, somos simples e sem frescuras, gostamos de aproveitar o momento.
Pedro e Sandrinha, meus queridos, deixo mais um abração carinhoso, beijinhos e o desejo de que tenham dias felizes.
Olá Maria Glória:
ExcluirTão lindo o teu comentário que merece ser respondido em partes:
Esta de ser enterrado com a cabeça para fora da terra é porque realmente, morreremos e não veremos tudo. KKK
Algumas farinhas não se prestam para este ou aquele prato, já o feijão branco vai bem em todos. Gosto muito de um pirão de farinha de mandioca, juntamente com camarão, peixes e outros frutos do mar, com pimenta o suficiente para quebrar certos gostos, porém sem exagero. Eu uso muito a farinha de mandioca, quer seja no tradicional churrasco, no feijão preto e até mesmo no carreteiro. Hoje mesmo Sandrinha fez um belo arroz carreteiro com carne, pois há o de charque ou linguiça, lentilha com linguicinha e saladas. Foi a festa. E lá estava a farinha de mandioca envolvendo tudo e para dar aquele gostinho especial adicionei o azeite de oliva. Aqui no Rio Grande há um costume antigo de engrossar o café preto bem doce, com farinha de mandioca. Adorava quando era piá, pois hoje a garotada nem sabe que assim se fazia. Outra coisa são as diferentes farinhas de milho que usamos aqui no sul. Excelente qualidade e de variados tipos. Vovó usava muito o milho verde ralado para fazer pratos inimagináveis, doces e salgados e o que eu acho muito bonito é que o milho sendo tipicamente usado há milhares de anos pelos índios caiu no gosto dos europeus com a “descoberta” de Colombo e hoje faz parte cultural da gastronomia italiana.
Os temperos devem temperar, sem tirar o gosto do elemento principal. Quase, ou nunca uso o limão como tempero. Uso-o sim para temperar um bolo ou pão com sua casca ralada.
Custei para aprender o tempo de cozimento de cada elemento desta caldeirada e estou pensando e fazer uma, que quando quase pronta mergulhar algumas postas de peixe.
O Dom Luiz deve estar fazendo sucesso na Internet com aquela foto na esquina. Ficou uma excelente foto.
Quando viajamos, principalmente para o Uruguai, não gostamos também de fazer compras em áreas de turistas e sacoleiros. Como sempre nos distanciamos da fronteira tudo o que se compra é de mesma qualidade, porém de preço bem menor e sem atropelos e sem frescuras.
Maria Gloria e Luiz, agradecemos o carinho de vocês e retribuímos, desejando muita alegria, saúde e paz.
Pedro e Sandrinha, bom dia!
ExcluirCom esta história de greve, tivemos alguns transtornos no trabalho. Ficamos sem combustível e foi uma dificuldade desde domingo, pois precisamos do carro para trabalhar. Hoje tenho o palpite de que tudo começa a voltar ao normal. Conseguimos abastecer o carro ontem, uma sorte e empenho do maridex! As compras de legumes e verduras, não tivemos dificuldade, só a cebola e a batata que os preços estavam exorbitantes. A carne já começava a faltar e agora é preciso atenção para as compras de carne, visto que alguns locais podem comercializar carnes recongeladas ou em estado duvidoso, o que é preocupante. Não moramos na Suíça, então a atenção é necessária.
Quando vamos a Belo Horizonte visitar a netinha do Dom Luiz, gosto de comparar farinha de milho no Mercado Central, é moída de maneira artesanal, excelente. No interior de São Paulo, podemos encontrar similares. Nos mercados da cidade de São Paulo, encontramos uma farinha de milho muito refinada, industrializada, que nada mais é do que subproduto da indústria do óleo de milho, então, não há amido suficiente para uma bela cremosidade no caso das polentas, nem tampouco sabor. Quando a polenta está cozinhando, com esta farinha muito refinada, sinto um cheiro de sabão em pó, acredita? Lembra quando as nossas mães/avós ferviam as roupas brancas, nos baldes de alumínio? Então, é aquele cheiro de sabão. Não gosto.
Sobre o limão: eu gosto de usar no prato. Exemplo: um bife a milanesa ou uma sardinha empanada, uso o limão quando estão prontos, no prato. Gosto de temperar frango com a raspa do limão e vinho branco, de preferência o siciliano, aquele amarelo, porque na casca está o óleo essencial, muito perfumado e saboroso. Uso para doces e salgados. O risotto com arroz italiano e raspas de limão siciliano é comovente! E o arroz doce, feito com arroz italiano é super cremoso e muito aromático com as raspas de limão e um pauzinho de canela. Eu ralo e congelo as raspinhas, vou usando assim. Sempre tenho no freezer.
Prestei muita atenção nesta tua postagem sobre o tempo de cozimento dos frutos do mar, especialmente a ordem em que foi agregando um a um na panela. Frutos do mar é fácil de fazer, mas requer conhecimento, pois ficam duros se passarem do ponto e perdem o sabor. Aí é um caso perdido e de chorar.
Ontem fiz uma 'caldeiradinha' com peixe, mexilhão e vongole. Porém, está mais para peixe e frutos do mar al pomodoro, com azeitona preta e alcaparra. Digo, está mais para um cozidinho do mar a moda do mediterrâneo do que as nossas maravilhosas caldeiradas. Estava suculento e acompanhou bolinhos de espinafre da vovó kkkkk.
Você sabe que eu tenho um pacote de feijão branco na despensa, que vou fazer para congelar, segundo a tua receita, mas o que me falta é tempo. Agora, estou ajudando o Dom Luiz no trabalho, por mais dias na semana e inventei de reformar um dos túmulos da família. Pois é Pedro, os cemitérios de São Paulo estão sem vigilância e os ladrões roubando nossas portas e adornos de bronze. No nosso túmulo roubaram as placas com os nomes/datas dos falecidos, o brasão e a porta, tudo de bronze. Nem sei o que falar, o que pensar, uma falta de respeito, nada é feito pela prefeitura e nem governo algum. Simplesmente ignoram! E sabe do pior? Tenho medo de entrar sozinha no cemitério, de andar por aquelas vielas adentro, sem saber o que se pode acontecer, em termos de assalto. Muitos casos registrados. Cemitério não me causa medo e nem tristeza, lido muito bem com isso, mas com assaltos, sim tenho receio.
Abraços meus queridos amigos, Sandrinha e Pedro.
Olá Maria Glória, boa tarde.
ExcluirAqui a grave levou muitos ao desespero, entretanto algo tem que ser feito, não podemos ficar omissos e sendo levados como ovelhas para o matador por esse bando de políticos canalhas que estão em Brasília. Acho que ainda é pouco, Brasília deveria ser tomada pelo povo e jogar toda essa camarilha no xilindró. Todos. Porém não só em Brasília, mas em todos os Estados e Municípios, pois são 518 anos de roubalheira neste país, e o povo ainda não acordou desta letargia. Infelizmente.
Bueno, deixando o lado terrível deste Brasil, vamos as coisas boas que ainda existem. Como estão vocês, fora os problemas advindos com a greve, todos bem, e Dom Luiz e a linda Mariana, tudo bem?
Sabes que para a retirado do óleo dos grãos é usado solvente e levantasses uma questão muito sensível que não havia pensado. Será que todas essas farinhas não são as sobras desse processo. Dizem que não. Que as sobras vão para ração animal. É de se duvidar. Quanto a carne já estamos sabendo da possibilidade de usarem carnes estragadas, maquiadas e envasadas com novas datas para iludirem o povo. Enquanto o abastecimento de carne não estiver 100% normalizado nós vamos usar o quê? Pescados? Não confio, pois podem também estarem sendo maquiados. Então sobram poucas opções. É usar o que temos em nossos freezers e procurar fontes alternativas.
Não temos muito que fazer, pois infelizmente a seriedade é uma coisa que poucos têm. A grande maioria não dá a mínima importância aos aspectos de higiene e excelente manipulação de alimentos. Novamente vamos cair na mesma esparrela, vivemos num país com falta de memória, com falta de vergonha, com falta de caráter. A maioria é assim. E infelizmente a corrupção é generalizada e começa na base da pirâmide.
Novamente vamos voltar as coisas boas. Não sou muito de usar limão como tempero, a não ser em doces. Costumo comer salmão grelado em um belíssimo restaurante aqui perto de casa, porém não uso o limão e quando peço já digo ao garçom: Sem limão. Assim como refrigerantes, é sem a famosa rodela de limão.
Adoro cítricos, laranja, cidra, pomelo, mexerica, bergamota, lima, lima-de-bugre e até limão em forma de limonada.
Quanto à ordem que coloco os frutos do mar na caldeirada é interessante. Uma coisa que aprendi por mim mesmo. Pois a lula se cozida de mais vira uma borracha. Então nesta ordem e neste tempo ficam ao dente. Maravilha.
Pois é, estou pensando em fazer uma caldeirada com peixe e agora me atiçou a vontade, pois não havia pensado no berbigão, (vongole). Não esqueças de escorrer bem a água do feijão branco para fazer o creme bem sequinho. A água onde foi cozido o feijão pode ser usada em outros pratos, como canjas e carnes. Passe na peneira apenas os grãos. Quando na peneira ficar muito seco e não conseguires passar, vá colocando ao poucos a água para facilitar o escoamento do creme. Pode depois dar uma apurada no creme para evapora o máximo d'água possível, mas cuide para não grudar no fundo e queimar. Quanto aos bolinhos de espinafre ficam ótimos e nós usamos inclusive a folha da beterraba para, também, fazer bolinhos fritos.
Cemitério: Temos aqui em Porto Alegre um maravilhoso cemitério, o São Miguel e Almas. É maravilhoso, pois é um verdadeiro museu a céu aberto. Lindas obras de arte. Maravilhosas esculturas em pedra ou bronze. Vejo eu nos cemitérios a história de um povo e suas requintadas obras. Pena que muitas coisas são roubadas para serem trocadas por pedras de crack.
Caríssimos amigos Maria Glória e Luiz, desejamos a vocês muita saúde e paz.
Fraterno abraço.
Pedro, estamos todos bem, obrigado. A Marianinha está ótima e muito espertinha.
ExcluirNo caso dos grãos e farinhas, eu concordo. Duvido de tudo, pois não moramos em um país sério.
Quando eu falo para muitas pessoas sobre a higiene dos alimentos ou sobre como diversos alimentos embutidos são feitos com massa de soja e aromatizantes, as pessoas ficam olhando com aquela cara de não entendo nada disso, ué, etc e tal. Ninguém se preocupa com o que está comendo, a grande maioria é assim. Infelizmente, é uma conversa para poucos.
Obrigado pela dica sobre a confecção do creme de feijão. Ficarei atenta.
Beijinhos e abraços ao casal.
Olá Maria Glória.
ExcluirQue bom saber que todos estão bem. Realmente quando falamos sobre a higiene muitos não entendem ou não acreditam. Pensam que a goiaba é lavada e seus bichinhos são tirados antes de ir para a panela. Conforme chega no caminhão vai direto para o cozimento sem nenhuma higiene, muitas vezes ratos cai nos grandes caldeirões e ninguém vê. Antes de darem o ponto passam por peneiras e os ossinhos são retirados entre outras porcarias que são cozidas junto. Adoro goiabada. Por lei há uma tolerancia de pelos de ratos na massa de tomate. Embutidos, se as pessoas vissem como são feitos não comeriam. Adoro embutidos. Havia uma grande fábrica de conservas e compotas em Pelotas cujo gerente tinha um filho que servia ao Exército comigo e trabalhávamos na mesma Seção e muitas noites íamos com armas de pressão e passávamos a noite matando ratos que corriam por cima dos figos, pêssegos e outros produtos cozidos prontos para serem enlatados no dia seguinte. Nas indústrias de laticínio, caso filmado por uma emissora de televisão, um funcionário lavando as mãos e os braços no leite pronto para ser envasado. E nas padarias, será que há cuidados com a higiene. Mas se formos dar bola para isto não iremos nem a restaurantes, pois é um escândalo a sujeira em muitas cozinhas. E depois há aquele provérbio mui conhecido que diz: O que não mata, engorda!
Um grande abraço a toda a família e um especial a ti e a Dom Luiz.
PS.: Por um costume oriental (uruguaio), já que nossa família tem troncos castelhanos, costumamos chamar um amigo ou homem que respeitamos de Dom. Sempre chamei meu sogro de Dom Mário, ou Dom Mário Ariel de los Santos.
Portanto um abraço a Dom Luiz.
Olá Pedro e Sandrinha, boa tarde!
ResponderExcluirAqui muito frio, com muita umidade. Ontem fui ao dentista e uso o metrô por ser mais fácil e rápido. O vento batia no meu rosto sem dó, super gelado. Hoje está mais frio que ontem, céu cinza e nublado, com garoa.
O maridex agradece por chamá-lo de Dom e também sente o mesmo respeito por você Pedro e Sandrinha. Gostamos de conhecer estes costumes, achamos mesmo muito bonito.
Os embutidos... caso sério quanto a higiene e o que está presente na massa. E o que dizer da escandalosa mortadela, que nós adoramos aqui em casa. Como é perfumada!
Incrível saber que: Por lei há uma tolerancia de pelos de ratos na massa de tomate". Estamos perdidos.
Uma vez, aqui em São Paulo, estava eu e o maridex em uma churrascaria famosa. Eram tantos turistas, até árabes estavam no salão jantando e dando os seus gritos de alegria. A certo ponto, era tanta animação, um rato sai da cozinha e corre pelas pernas dos clientes. Fui um momento horrível, mas algumas pessoas nem se importaram, parecia tudo normal kkkkkkkk. Pois é, um horror!
Deixo um forte abraço para este casal simpático, que mesmo não conhecendo pessoalmente, tenho muito carinho.
Boa Noite Maria Glória.
ExcluirA previsão de que a temperatura caia para 6ºC amanhã. Hoje fez 9º. Talvez tenhamos temperaturas negativas na Serra, com previsão de formação de geada em algumas localidades e estamos esperando a neve. As noites aqui andam muito frias.
Diga ao Maridex que por uma herança familiar, aonde se entreveraram Uruguaios, Argentinos e Rio-grandenses da fronteira algumas palavras são de uso comum destes três povos. Uruguaiana terra natal de Sandrinha, e Fronteira Oeste, há um sotaque todo especial e quem não está acostumado fica meio "oitavado ouvindo os viventes charlando, meio cantado, mas cheio de nuances típicos desta plaga, outrora castelhana. Um grande e fraterno abraço a Dom Luiz.
Quanto aos embutidos e alimentos industrializados não podemos ter nojo, pois na verdade é um nojo. Alzira! Carnes que não servem para o consumo são transformadas em embutidos e sem muito cuidado. Fazer o quê? Vi um filme feito as escondidas em uma cozinha de um grande restaurante na própria São Paulo, aonde as carnes estavam soltas no piso da cozinha, sem embalagens e dali saíam os bifes para os pratos dos incautos consumidores. Denovamente: Fazer o quê?
Papai quando menino, trabalhou em um Hotel e Restaurante de um parente, e contava que em uma noite do ano 1930, um fazendeiro chegou ao hotel tarde da noite e com muita fome e pediu uma janta: O dono do hotel disse que faria uma "bóia" especial. Como só havia restado arroz o dono do hotel foi na barril da lavagem que iria no outro dia para os porcos, enfiou o braço naquela porcaria, catou uns pedaços de carnes que haviam sobrado nos pratos de outros clientes, lavou-os, refogou-os com cebola e alho e fez um carreteiro e serviu com dois ovos fritos ao homem, que com fome, comeu de se fartar e ainda deu uma gorjeta. Acredito que carnes que sobram nos pratos dos restaurantes são transformadas em almôndegas, croquetes e pastéis. Não tenho dúvidas.
Temos que lembrar de que, o que não mata, engorda!
Sandrinha está encolhidinha na frente da televisão vendo um filme e manda um mega abraço ao casal. E eu também.
Pedro, adorei aqui: "fica meio "oitavado" achei bem legal!
ExcluirFilmes sobre denúncias de restaurantes já vi alguns, também. Lembro de uma churrascaria, que inclusive já almocei, onde os frangos, antes de serem assados, ficavam marinando no tempero, dentro de uma velha e nojenta banheira, urrrrgh!
O maridex retribui, igualmente, com um grande e fraterno abraço, Pedro!
Sabe que temos restrições quando a comer almondegas fora de casa, tipo tortinhas com recheios duvidosos (o que será no recheio? Restos!). E o maridex nunca devolve a comida, caso venha, por exemplo, um filé fora do ponto, porque teme que a comida volte cuspida. Já soubemos de casos assim!
Fala para a querida Sandrinha, que também adoro ficar no sofá com uma manta peludinha, bem quentinha, vendo filminhos.
Um gostoso abraço ao casal querido, com beijinhos afetuosos. Um ótimo final de semana.
Olá menina!
ExcluirPois é! Quando em vez solto una palavrita gaúcha no meio da "charla", porém quero explicar que "oitavado" é quando o vivente fica meio de lado, olhando de soslaio. São coisas deste Rio Grande.
Nosotros comemos muito fora de casa e faço que não sei, pois se começar a reparar em tudo não vamos a lugar nenhum, pois todos, repito, "todos" carecem de higiene. Almoçávamos em um pequeno restaurante pertinho de nossa casa. Éramos bem atendidos e a comida "a la carte" vinha conforme o pedido. Porém tratávamos com muito respeito, carinho e gorjetas, as duas irmãs que trabalhavam como garçonetes. Algum tempo depois as duas foram dispensadas pela proprietária que nos confessou que as mandou embora pois viu as duas fazendo nojeiras nos pratos de pessoas que as tratavam com indiferença. Ainda bem que não éramos nós. Tenho por costume, como sabes, tratar bem todas as pessoas, principalmente garçons. Pois não sabemos o que pode acontecer entre a cozinha e a mesa.
Dom Luiz está corretíssimo quanto ao reclamar, muitas vezes até podemos, se conhecermos bem o garçom ou o cozinheiro. Dê-lhe um grande abraço.
Sandrinha fica até a madrugada vendo filmes na Net, já eu não troco uma boa noite de sono para ver filmes.
Agradecemos o gostoso abraço e os beijinhos afetuosos e retribuímos com muito carinho e consideração.
Que esse maravilhoso casal paulista tenha um belíssimo final de semana, são os desejos meus e de Sandrinha.