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domingo, 6 de maio de 2018

Espaguete sem Espaguete.



Olá.

Hoje fiz o almoço deste domingo. Um belo espaguete sem espaguete. É um prato sem amido.


Já há algum tempo venho fazendo e experimentando sabores e texturas, temperos e vinhos.


Bueno, o vinho só serve neste caso para beber enquanto se faz o almoço, pois não vai nesta receita.


Vamos de vereda aos ingredientes:

- 1 belo pé de couve-chinesa:

- 150 g de cogumelos castanhos.

- 150 g de ervilha torta.

- 1 peito grande de galinha em cubos, já cozido ou assado.

- 3 dentes de alho.

- 2 tabletes de caldo de galinha.

- Sal.

- Azeite de oliva.



Nesta receita tu podes usar menos cogumelos e menos ervilhas tortas, fica ao gosto.

Preparo:



Enquanto os cogumelos vão para a panela ferver, lave as ervilhas tortas, tire os fiapos das bordas e corte a la louco, pois tem que ficar em pedaços grandes para melhor sentires o sabor. Assim como os cogumelos que já deve em ir para a panela cortados em nacos graúdos.

 
Lembrando que os cogumelos boiam e não conseguirás cobri-los, portanto use água suficiente para cozê-los.





Preparada as ervilhas tortas, pegamos a couve-chinesa, vamos tirando folha por folha e lavando bem. Depois com uma boa faca separe os talos das partes finas das folhas. As folhas vão para um saquinho e volta para a geladeira, para em outra hora tu fazeres saladas, sopas ou omeletes. As folhas não serão usadas, os talos sim.



Enquanto os cogumelos cozinham com uma pitada de sal, pegues os talos da couve-chinesa e com uma boa faca vá cortando tirinhas finas e longitudinais.


Reserve.


Reserve os talos cortados fininhos e ao comprido, pois será a última coisa que irá para a panela.


Os cogumelos estando prontos vai ficar aquela água escura na panela. Por favor, não vá jogar aquela água fora pensando que é agua suja. Reserve os cogumelos e a água.


Na tua Wok, se tiveres. Se não tiveres, azar! Pode ser então numa panela de bom tamanho tu ponhas um fio de azeite e ali dê uma fritada nos cubos de carne de galinha. Se por ventura eles estiverem crus vai demorar mais um pouco.


Nesta fritada da carne já o faças com os dentes de alho cortados em lascas finas. Por favor, dona Eufrosina, não deixe queimar os alhos, pois ficam duros, amargos e dão um aspecto feio ao prato. É vapt-vupt. Junte os tabletes de caldo de galinha.

Notinha: 

- Alguns pratos eu uso cebola ou alho, ou raramente os dois juntos. Neste caso só gosto do alho, pois a cebola mata um pouco o gosto do alho.



Quando a carne estiver pronta, despeje a panela de cogumelos com aquela água e deixe ferver por uns três minutos e coloque as ervilhas tortas.


Veja quando as ervilhas tortas estiverem quase ao ponto. No ponto de comer, é óbvio. Ai então tu vais juntar o espaguete, que é a última coisa que vai para a panela.


- Mas que espaguete se tu mesmo escreveste acima que não tem espaguete?




- Mas tche louco! O espaguete que eu falo são as tiras dos talos da couve-chinesa. Mas tche louco! Tu te "faz" de leitão vesgo pra mamar em duas tetas.

Tampe a panela por dois ou três minutos e depois vá virando a preciosidade bem na manha. Procure com calma por as tiras de couve-chinesa para baixo e com o auxilio de uma boa colher vá viando aquele caldo por cima.



Tudo misturadinho apague o fogo, deixe a panela com a tampa e vá arrumando a mesa enquanto ela vai dando mais uma cozidinha no vapor.


O caldo que fica é pouquinho, fininho, muito saboroso e nutritivo.

Acompanhamento:



Tal prato pede como acompanhamento uma pessoa especial, que goste de coisas naturais, aprecie o diferente e te ame muito e entre olhares ternos ou maliciosos vá saboreando este casamento de coisas nutritivas, sentindo a textura de cada uma.

Além de gostoso faz bem à saúde, tanto a comida quanto os olhares.
  
Para aqueles que gostam de massas, podem substituir os talos de couve-chinesa por alguma massa de cozimento rápido. Também fica muito bom.

Fui.


Bom apetite.


8 comentários:

  1. Oi Pedro!
    Couve chinesa aqui é acelga. Eu gosto, é fresca, adoro na salada. Cogumelos eu adoro, gosto também no risotto, com arroz italiano. Faço com caldo de legumes caseiro, super fácil e congelo. A ervilha torta é chic, diferente, tão elegante e crocante!
    Gostei da sequência de fotos, muito bem explicado.
    Pedro, achei um prato muito saudável e completo. Tem tudo que eu gosto. Levei a receita para um qualquer fazer. E achei que combinou muito bem com a galinha. Um prato bem oriental e muito bom para o jantar, porque é leve.
    Um abraço e bons dias!

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  2. Olá Maria Glória.
    Sei que aí vocês dizem acelga, porém acelga para nós é outra coisa e bem diferente. Seja lá como for essa couve-chinesa/acelga é muito gostosa. Gosto de fazer omeletes com ela, fica deliciosa, ou comê-la crua em forma de salada. A ervilha torta, que eu gosto muito, é gostosíssima e compõe vários pratos e pratos saudáveis. Combina também com iscas de filé bem finas e aceita também um espaguete de cozimento rápido. Algumas vezes uso o molho shoyu, sutil, quase imperceptível. Claro está que esta receita pode, em mão mais hábeis se transformar em um prato sofisticado. Saborear boas comidas é uma coisa maravilhosa, porém após passar vinte e poucos dias no Uruguai, ao voltarmos para o Brasil, ainda em Uruguaiana, terra de Sandrinha, fomos ao maravilhoso Restaurante da Praça e o primeiro prato que comi foi o nosso tradicional feijão com arroz. Andava com saudades. Do refinado ao simples o que vale é o prazer de bem comer. Um grande abraço cá do Rio Grande do Sul.

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  3. Eu gosto de feijão com arroz, mas não todos os dias. Acho um prato pesado, eu sinto assim no meu organismo. São dois tipos de grãos em uma refeição. Na verdade, o prato do brasileiro é muito farto: feijão, arroz, bife, batata frita, farofa e salada. Seis itens! E no Rio de Janeiro, ainda tem o pastel, com toda esta composição.
    Para mim, uma carne e um legume é a felicidade.
    Outro abraço cá de Sampa.

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    1. Olá.
      Também não como feijão e arroz todos os dias, mas são dois grãos que se completam tão bem, um fornece o que o outro não tem e neste casamento saem ganhando quem os consomem. Separados são bons, juntos são boníssimos. Gosto da variedade, dos pratos requintados, porém adoro a simplicidade como a de um arroz de carreteiro ou um de "china" (???). Afinal de contas eu nem sei o que não gosto, pois gosto de tudo, de mogango com leite, café preto engrossado com farinha de mandioca, pão com torresmo, salada de mastruço.Minha terra natal é a capital dos bons e refinados doces, mas eu não desprezo um "Romeu e Julieta" É óbvio que tenho minhas preferências.
      Caríssima amiga, que tenhas uma noite maravilhosa e cheia de bons sonhos.

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    2. Para mim pão com torresmo é comida do Olimpo, dos deuses.

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    3. Olá Maria Glória.
      Realmente, pão com torresmo é ótimo.

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  4. Olá Prof. Pedro, arrasou!
    São texturas e sabores diferentes mas que também são gostosos...
    Quando estamos no sítio preferimos coisas simples que não tomam muito tempo na cozinha, meu esposo por aqui não dispensa um bom carreteiro de schark.
    Sábado fiz uma massa ao áleo e óleo com certeza por aqui os finais de semana são regados ao vinho! tenho curso de todos os tipos imagináveis sobre vinho... mas não dispensamos o vinho de garrafão da colônia k é o que o povo gosta. Agora andamos nos aventurando a conhecer mais cervejas.
    Enfim... é o que sobra da vida a boa comida e as pessoas que vão passando por nossas vidas.
    Abraços a ti a aos teus.
    PAZ E BEM.

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    1. Olá Janicce.
      Obrigado pelo arrasou, mas faço o possível para ter sabores e qualidades em um prato. Vinha há algum tempo experimentando e quando substituí o espaguete por talos de couve-chinesa foi o máximo. Um prato agradável, leve e rico. Tenho experimentado em diversos lugares, diversos tipos de torta Macron, porém nenhuma delas me convenceu. Então vamos às compras. Pretendo essa semana ainda, fazer esta delícia, porém ao meu modo. Será que vou acertar? Eis a questão. Gosto muitíssimo de um arroz "carreteiro" e sempre com farinha de mandioca. Gosto muito de vinhos. Temos aqui no Rio Grande bons vinhos, diria até, excelentes vinhos e nem sempre o caro é o melhor. O melhor vinho é aquele que não nos faz mal e agrada nosso paladar. Não me aventuro muito em cervejas, já que as tradicionais são muito aguadas e as artesanais nem sempre caem no gosto. Mas o melhor é como encerras teu comentário, - o importante são as boas comidas e as pessoas que passam por nossas vidas de maneira pura, afetuosa e sincera. És uma dessas. Abraços a ti e ao esposo, que tenham belos dias, com bons vinhos e cervejas.
      Saúde e paz.

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