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sábado, 21 de abril de 2018

Tiradentes - Feriado.




Hoje, 21 de abril é mais um feriado no Brasil. Já não bastasse tantos feriados absurdos, como o 2 de novembro, dias do finados que poderia ser comemorado no primeiro domingo desse mês, ainda temos esse que homenageia um desconhecido português, enforcado em 1792.




                 Tiradentes

Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado Tiradentes, caíra em total anonimato, até que, com o advento da República, dita proclamada por Deodoro da Fonseca, um monarquista e amigo fiel do Imperador, foi pinçado dos arquivos da Torre do Tombo, em Portugal, para termos um mártir desta República de Bananas.


Muitas coisas da História do Brasil deveriam ser recontadas, pois para mim, lendo e estudando costumeiramente sobre os episódios deste país, arremedo de qualquer coisa, vejo que o grande artífice da República foi na verdade o Coronel Benjamim Constant e a oficialidade que acabara de voltar da chamada Guerra do Paraguai, onde tomaram contato com uma República, brutalizada pelos brasileiros. Mas Coronel está abaixo de Marechal, e assim para acomodar a coisa hilária, dentro da hierarquia, não deixariam que o Marechal fosse um mero coadjuvante. Coadjuvante senil, totalmente fora da casinha, que somente à noite soubera em seu leito, doente e febril, que havia sido proclamada esta fantasiosa República.

                                  Vergonhosa Bandeira Provisória.


Uma historia tão hilária que foi uma simples Câmara de Vereadores, a do Rio de Janeiro, que lavrou o primeiro documento republicano e seus parvos, alienados e atrasados componentes entoaram de forma patética a Marselhesa, hino nacional francês, pois tudo foi feito de afogadilho. Tão bestial foi esse acontecimento que a bandeira provisória que fizeram para representar o meu país, foi uma vergonhosa cópia da bandeira Americana, mudando apenas as cores das 13 listras, do vermelho e branco para o verde e amarelo, mas permanecendo o retângulo ao alto azul com as estrelas brancas. Que vergonha, que absurda vergonha de um povo que ainda serve de capacho para os Ianques.

                João Cândido Felisberto


Assim como a nossa Marinha de Guerra, tenta varrer para baixo do tapete a história da Revolta da Chibata ocorrida em 1910, encabeçado por um simples marinheiro Negro, Rio-grandense do Sul, de Encruzilhada, de nome João Cândido Felisberto que meteu medo a muitos oficiais de alta patente da Armada, tentam alguns historiadores enaltecer a figura patética de Deodoro da Fonseca, senil e alheio ao que acontecia no fim do Império que desmoronava de podre e tentam também endeusar a figura de Tiradentes como um verdadeiro mártir.


Tiradentes foi o único a morrer, não por ser um líder revolucionário, perigoso, ou como alguns reacionários diriam se cem anos antes, Marx tivesse lançado seu manifesto, - “um perigoso comunista”, morreu porque era pobre, pois os ricos e poderosos receberam a pena do degredo e muitos ganharam terras nas Colônias portuguesas na Mama África.


Já o Marechal Deodoro, na verdade nem soube que havia dado início a uma República em 1889, que vergonhosamente foi provisória por mais de Século, pois somente em 1993, através de um Plebiscito o povo deu seu aval à República e não ao Império. E por total analfabetismo político optaram por um sistema presidencialista, mantendo o inútil e golpista Senado.  Mais um arremedo do sistema americano.


Também a história de Tiradentes muitas coisas foram envoltas em fantasias, muito se escreveu, muitos livro foram publicados, mas sempre há perguntas pendentes.


Sendo ele um simples Alferes, ou seja, um sargento melhorado, iria ser o chefe de um movimento que contava com Coronéis, Capitães e outros, hierarquicamente acima? História para boi dormir.


Um movimento que não teve nenhuma repercussão dentro da então Colônia Portuguesa do Brasil, pois não passava de um Clube do Bolinha, sem a presença popular e ficou por muito tempo desconhecida do povo, pois foi uma coisinha local e sem repercussão.

                   Tiradentes - A farsa.


Mas como pertencemos a um país de coitadinhos, de religiosos doentios deram a ele uma aura que tenta assemelhá-lo ao dito filho de deus, vestindo-o com uma longa túnica branca, pés descalços, cabelos compridos e barba caindo quase ao peito, um Cristo tupiniquim.


Balela.


Quando de seu enforcamento, teve como mandava a lei, seus cabelos e barbas raspadas, mas o pintor que o retratou, muito tempo depois, fê-lo parecer com Jesus.


E a fantasia religiosa foi tanta que arrumaram até um Judas, que o traiu por algumas moedas.


Joaquim Silvério dos Reis era um Coronel português, pago pela Coroa Portuguesa para defender os interesses desse Império, portanto sua denúncia não foi uma traição e sim um dever de um Militar que defendia a sua Pátria, Portugal e denunciou os fajutos revoltados pois nem para revoltosos serviam, muito menos para revolucionários.


Chega de tantas mentiras neste país, nesta ilha da fantasia, neste país que ainda grande parte da elite é escravagista, burra e rançosa, que mantém o povo nos grilhões da escravidão e se arvora cristã e europeia.


Até quando o povo vai aceitar a mentira. Até quando o povo pobre vai defender com unhas e dentes este sistema surreal e altamente discriminatório, racista e vendido, mas extremamente lucrativo para essa máfia de maus políticos que enxovalham a Nação.


Até quando este povinho vai aceitar a perseguição aos verdadeiros donos da terra, os índios, que tem ainda suas terras roubadas e são assassinados com o aval dessa elite latifundiária e extremamente reacionária?


Até quando este povinho vai dar de ombros às perseguições aos quilombolas e aos negros em geral?


Até quando?


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