A história que passo a
relatar, por questões óbvias, os nomes que usarei são fictícios, pois envolvem
pessoas e pessoas.
Certa manhã Laurinha
precisava sair para ir à manicure, tinha horário marcado às nove horas e deixou
seu filho Paulinho, de pouco mais de três anos em companhia do pai, João Luís e
da empregada, conhecida como Dadá, pois Paulinho, desde que começou a falar não
conseguia chamá-la pelo nome, Leonarda.
Leonarda, de seus dezoito ou dezenove anos, fora para essa
casa logo que nascera Paulinho, para de início servir de babá, mas com o tempo
e o carinho dispensado ao menino foi ficando. Era uma linda moça, que apesar de
ter os cabelos negros, tinha olhos na cor azul, quase cinza claro e um belo
corpo.
Corpaço.
Laurinha saiu às oito e
meia, entrou em seu fusquinha azul e foi rua a fora fazer suas mãos e pés, pois
no dia seguinte havia marcado com a inseparável amiga Clarinha de irem ao
teatro assistirem a um show internacional, juntamente com seus maridos, João
Luís e José, amigos de longa data.
Paulinho foi deixado pelo
pai, no pátio, brincando à sobra de uma árvore e sumiu dentro de sua casa.
Lá pelas tantas, Paulinho
adentrou a casa e viu algo estranho na cozinha, olhou um pouco e sem entender e
sem ser notado foi para o banheiro fazer pipi.
Às onze horas Laurinha
chegou apressada, pois o marido João Luís tinha a que almoçar e ir para o
trabalho, já que trabalhava das 13 às 20 horas.
Quando João Luís saiu para o
trabalho e os afazeres da cozinha estavam prontos, Laurinha disse à Dadá, que ela
poderia descansar, pois iria deitar com o filho Paulinho, para que ele dormisse
um pouco.
Levou o menino para o seu
quarto e ali deitou em sua cama e pediu ao filho que deitasse a seu lado para
descansar, naquela tarde linda e primaveril.
O menino Paulinho subiu na
cama e em pé, sobre o colchão coberto com uma linda colcha de crochê, amarela,
feita por sua avó materna, à sua adorável e honesta mãe disse:
- Mamãe, hoje quando eu fui
fazer pipi, vi a Dadá sentada em cima da mesa da cozinha e o papai levantou a
saia dela e entrou entre suas pernas e começou a fazer assim. E em pé sobre a
cama começou a movimentar os quadris para frente e para trás, num movimento
rápido e constante.
Laurinha quase infartada mandou
que Paulinho parasse de fazer aquilo e não falasse para ninguém.
Levantou-se, deixando o
menino recostado a um travesseiro e com um pensamento de vingança. Furiosa.
Babando de raiva, foi ao telefone e fez uma ligação para a casa de seus pais, Senhor
Ataíde e Dona Micaela, dizendo que era para eles estarem às vinte horas em sua
casa, pois havia um assunto muito sério para tratar e não poderia ser adiado.
Combinado assim ficou.
Imediatamente, louca e raivosa
e com um ódio que corroía sua mente, pois não toleraria aquela traição, ligou
para a casa dos sogros, Senhor Paulo, donde viera o nome do neto e Dona
Gertrudes, pais de João Luís e fez o mesmo convite, quase que impositivamente e
pediu pontualidade, os quais confirmaram que estariam em sua casa, também às
vinte horas.
Não contente, pois a voraz
vontade de vingança a deixara louca ligou para os padrinhos de Paulinho,
Clarinha e José, que eram muito amigos e com eles viviam se encontrando,
visitando e até viajando juntos para praias no litoral ou um passeio esporádico.
Esses tiveram que desmarcar um compromisso para atender ao convite da amada
comadre, que quase implorou para eles estarem também às vinte horas em sua
casa. Pon-tu-al-men-te.
Sua cabeça fervilhava de
ódio. O ódio era tanto que resolveu ligar também para o pároco, o Padre Jorge,
conselheiro e amigo, que havia celebrado o seu casamento e o batizado de Paulinho.
Lembrando ao velho Padre que o mesmo deveria estar em sua casa naquele mesmo
horário estabelecido com os demais. O alquebrado Padre, apesar de estar com uma
forte gripe, confirmou a presença.
João Luís sempre chegava do
trabalho às 20,30 horas e naquele dia quando entrou viu todos sentados à sala e
não sabia qual era o motivo, nem tampouco os convidados sabiam o que se
trataria em tão importante reunião familiar.
Após este ter cumprimentar a
todos, Laurinha pediu para ele sentar em uma cadeira, já colocada
estrategicamente por ela em frente aos convidados e imediatamente chamou Dadá,
que veio também sem entender o porquê estava sendo convocada para àquela
reunião familiar e em pé ficou perto da porta do corredor.
Laurinha, mostrando
nervosismo, afastou a mesinha de centro, chamou seu filho Paulinho que brincava
em um canto daquela sala com seus caminhõezinhos e colocou o menino no meio
daquela roda de pessoas amigas, honestas e que tanto a admiravam, voltando para
sua poltrona, sentou-se curvada para frente, com os cotovelos apoiados nos
joelhos e as mãos trançando os dedos, em visível transtorno, pedindo ao filho
que relatasse o que vira naquela manhã.
Pulinho, inocente e
titubeante começou a relatar com suas palavras infantis, entre as pessoas em
completo silêncio e redobrada atenção:
- Hoje eu vi a Dadá sentada
na mesa da cozinha e o papai levantou a saia dela, entrou entre suas pernas e
começou a fazer assim – Repetindo aquele movimento – E concluiu:
- Igualzinho ao que o
dentista faz na mamãe quando ela vai lá arrumar os dentes.
Obs: O desenho em paint é também de minha autoria.
Querido Pedro,
ResponderExcluirPois é, "cá se fazem, cá se pagam" (risosssssssssssssssss).
Acontece infidelidade, bilateralmente, mas é gato escondido com rabo de fora.
Beijos e bom domingo.
Olá Céu, amada.
ExcluirQuem faz arrisca levar o troco. E esse veio a galope.
Tudo bem, cada um cada um. Não se pode exigir sem a devida compensação.
Bom domingo e uma semana radiante. Tua cirurgia vai transcorrer muito bem.
Abraços.
TELEPATIA. SÓ PODE! OBRIGADA!
ResponderExcluirBem assim.
ExcluirBeijo e obrigado pelos comentários.
Também espero.
ExcluirNão tens de agradecer-me comentários, coisa nenhuma. Estou aqui, pke quero e gosto.
Bisous, mon chéri!
Pedro, meu querido!
ResponderExcluirTudo bem? Feliz com teu domingo e amor de teus filhos? Claro k sim.
Fiquei admirada de nada dizeres da fadista Mariza em teu comentário, e achei que não era próprio de ti, de teus princípios, feitio e personalidade e agorinha mesmo fui encontrar 9 comentários no Spam, entre eles o teu, onde falas de Mariza. Disseste coisas, que desconhecia, completamente, mas fiquei mega contente com tuas palavras, que já estão no meu blog.
Amanhã, é o "Dia D", o desembarque não será na Normandia, mas na Baixa de Lisboa, mais propriamente pertinho do Chiado (nome do poeta, que deu nome a esse local mto chique e bem frequentado), num antigo convento, k há mto é hospital público-privado e dirigido pelo clero, sobretudo por freiras.
Hoje, já liguei pra lá e exigi uma série de coisas. Se pago, tenho de ter, lhes disse.
Te deixo beijos e um enorme abraço. Qdo me for possível escrever, eu te direi algo, nem k seja um monossílabo. Combinado?
Olá Céu.
ExcluirFiques tranquila, pois jamais te deixarei sem uma resposta. Aliás, todos os comentários postados em meu espaço recebem as devidas. Há posts com dezenas de comentários, e a todos dou a devida resposta. Há na capa deste blogue duas publicação com os títulos de GENERAL CÂMARA e FRANCISCO RIBEIRO DA SILVA, com vários comentários e todos foram devidamente respondidos. Assim vou ocupando o meu ócio de aposentado e que me dá imenso prazer em fazê-lo.
Os teus respondo de pronto, pois além de enriquecerem meu espaço sinto enorme prazer em fazê-lo. Moras em meu coração.
Amada alentejana, muitas vezes cometo algum erro de digitação, faltam letras ou na presteza de respondê-los passam batidos alguns erros (vergonhosos). Depois de publicado não há como corrigir. Fazer o quê.
Voltando a Fadista Mariza, também assisti há três ou quatro anos, em um famoso programa de televisão aqui do Brasil, um programa de entrevistas apresentado por Jô Soares,a bela Mariza cantando a maravilhosa canção "Cadeira Vazia" de Lupicínio Rodrigues, um compositor natural de Porto Alegre, nossa Capital Estadual, o que foi para mim uma agradável surpresa.
Que o teu Dia "D", seja de coroado de êxitos, pois é para melhorar. Dê-nos notícias de tua intervenção cirúrgica. Estamos contigo.
Beijos amada.