Tradição, cultura ou barbárie?
Por volta do ano de 1750, açorianos
que moravam no litoral de Santa Catarina, trouxeram para o Brasil essa insana
brincadeira, que tem por objetivo soltar um touro em algumas comunidades, principalmente
de pescadores no paradisíaco litoral catarinense a exemplo do que ocorre não só
em Portugal como na Espanha, e tem por único objetivo a diversão dos ditos
humanos, que levam os animais a exaustão, momento em que o pobre touro ou boi
já sem forças, cai extenuado sendo então sacrificado. Gostaria de ver o contrário. Aí o bicho homem
ficaria todo ofendidinho.
Tal evento, por ser
crudelíssimo foi, após muitas pendências judiciais, proibido por um acórdão do
STF, Supremo Tribunal Federal, em 3 de junho de 1997.
A sociedade organizada
através de entidade de proteção e defesa dos animais, conseguiu por fim a esse
barbarismo que segundo consta tem forte conotação simbólico-religiosa.
Absurdo. Verdadeiro absurdo.
Não por menos os maiores absurdos foram e são feitos em nome de deus.
No ano seguinte foi aprovada
a Lei de Crimes Ambientais, que passou a punir os farristas, com multas e até
prisão.
En la Casa Pueblo, Punta Ballena. Uruguay
Isto me fez lembrar que visitando a cidade uruguaia de Colônia do Sacramento, em 2014, fundada em 1680 por portugueses, estive com Sandrinha em sua Praça de Touros. Argentinos e uruguaios ricos, pois são esses os mais maldosos e perversos, a mandaram construir e em 1908 foi inaugurada. Entretanto dois anos depois o Governo Oriental proibiu tais espetáculos em todo o território uruguaio, estando hoje essa Praça em ruínas.
Quem é o irracional?
Mas o bicho homem, brutal
por natureza, vive inventando formas de martirizar os pobres animais e com
certeza os filhos de meu neto não verão elefantes na natureza, pois esse
magnífico animal, inteligente e amoroso com seu bando, encontra-se em vias de
extinção, principalmente levado pela caça ilegal por conta de seus marfins. Em
apenas sete anos mais de 145.000 elefantes foram mortos e hoje mais de 95 são
morto por dia, sem falar nos rinocerontes que estão no dramático dilema da
extinção, pois só no Parque de Limpopo-Moçambique foram mortos ilegalmente 295
rinocerontes, somente em 2017.
Quem é a besta?
Apesar desses números
estarrecedores o ANIMAL homem, que tem a soberbas, a veleidade, a empáfia de se
dizer filho de um deus continua em sua saga maligna matando e levando a
extinção não só elefantes, rinocerontes, leões, tigres como outros animais.
Até quando?
Até chegar o momento de
vivermos numa Terra desolada e sem a beleza dos grandes animais.
Interessante. Se
os bichos são chamados de animais, qual seria o nome que daríamos a nós, BICHOS
HUMANOS? Talvez tenhamos que inventar um adjetivo a altura desse animal
daninho, perverso e incomparavelmente covarde.
Fui.
Tapado de nojo.
Olá, querido amigo Pedro!
ResponderExcluirHá quanto tempo, não é verdade? O trabalho aperta e vamos ficando extenuados e mais teus posts não são "coisinhas" simples, que digamos: gostei demais ou coisa do género.
Escreves, lindamente, expões aqui assuntos mto pertinentes, que põe qualquer humano pensando, portanto, me dá prazer e satisfação comentar, trocar impressões, melhor dizendo, contigo sobre tua escrita.
Desde criança, que sempre detestei touradas, aliás, nem percebia bem para que servia torturar um animal e continuo, hoje, já adulta, sem entender. Várias teorias existem sobre as touradas, umas a favor, outras contra, mas se usarmos a mente e a lógica, esse espetáculo é completamente desumano.
Em Portugal e Espanha, e como tu bem dizes, as touradas são mto apreciadas. Não entendo a razão.
Sabes o que o bicho homem precisava era ser atirado às feras como fizeram no Coliseu em Roma. Não sei qual a origem desta barbaridade, mas tem, decerto, religião, por detrás.
As imagens, que colocaste nesse post me dão raiva e pena.
Beijinho e um mega abraço.
Olá amiga do coração.
ExcluirCielito, há quanto tempo, mesmo.
Tal foi que fiquei deveras preocupado, porém entendo, pois por 47 anos estive sempre em correrias de trabalho, estudos, o que continuo a fazer, hoje por prazer e outras coisas.
O que escrevo, nos textos mais pertinentes, o faço pela preocupação que tenho com a natureza tão judiada pelo homem. A extinção de um animal ou vegetal, não diria simples animal ou vegetal, pois todos são importantes, causaria uma ruptura drástica no ecossistema. Na falta de um, outros desaparecerão ou se tornarão verdadeiras pragas, visto que todos estão interligados. Se desaparecessem as abelhas, muito em breve a fome tomaria conta de nosso sensível mundo. Uma preocupação que toma vulto em muitos Estados americanos, inclusive.
Porém a ignorância, a maldade e o imediatismo estão levando a humanidade a um callejón. E não haverá volta. Como comentei na Casa de Madeira, há uma simbiose que se partida como na extinção do Lobo Guará, a flora irá sofrer. Com a extinção dos lobos em Yellowstone, ocorrida há mais de 40 anos as florestas diminuíram, os rios foram assoreados, búfalos e alces tiveram sua população desproporcionalmente aumentadas. Tiveram que reintroduzir os lobos à natureza para que o equilíbrio voltasse.
O bicho homem precisa sentir na pele o mal que está cometendo, talvez assim aprenda a conviver sem interferir neste delicado entrelaçamento.
Prazer imenso em tê-la novamente neste campo das ideias.
Com carinho um beijo e um grande abraço.