No dia 2 de fevereiro do ano
de 1917, ano que eclodiu a maior revolução popular da história, em dois
momentos cruciais, um em março, que derrubou a Monarquia na Velha Rússia de Nicolau
II, e o outro em outubro, sendo que neste último pela primeira vez se tentaria erigir
o Comunismo sob a chefia incontestável do Grande Revolucionário Wladimir Iliych
Ulyanov, mais conhecido como Lênin, nascia no interior do Estado do Rio Grande do Sul, em uma família pobre, um menininho que a tudo isto ficaria alheio.
LÊNIN
Os Bolcheviques, da palavra
russa большинство
que quer dizer maioria, assumiram o
Governo no Grande Império, transformando-o com o tempo em União das Repúblicas
Socialistas Soviética.
PAPAI AOS 16 ANOS.
Neste ano de grandes
transformações sociais no mundo, com a aproximação do fim da Primeira Guerra
Mundial (1914-18) em meio a um arrozal, num pobre rancho, na antiga Vila Freire,
na época um nada no meio do nada, pertencente naquela época ao Município de
Canguçu, palavra indígena que traduzindo para o nosso linguajar quer dizer “onça
grande”, que hoje depois de muitas idas e vindas pertence ao Município de
Cerrito, esse menininho que viera ao mundo em uma família pobre. Era uma criança, branquinha, fraca, de cabelos ondulados e
negros como uma mamangava, mas que sua tenacidade transformaria em um homem de bem, grande profissional respeitado em todo o território nacional.
Pobre criança. Qual futuro o
esperava? Há cem anos não havia perspectivas num país miserável, num país de
altíssima taxa de mortalidade infantil. Num país que como hoje uma elite
atrasada, mestiça e burra se acha o suprassumo e mantém com mão de ferro o poder
dos ricos.
Mas entre lutas e muito
esforço pessoal este menino tornou-se num homem e esse homem venceu tornando-se
um Oficial do Exército Brasileiro.
Seu nome: Floribal Farias
Teixeira, meu pai.
Homem altivo, batalhador, de
um sorriso cativante, que por todos os lugares que passava com seu belo
uniforme deixava as moçoilas aos suspiros.
Saudades sim. Lembranças,
muitas. Porém todos os dias o vejo, todo o momento encontro-o em minha frente,
pois basta olhar em algum espelho e ali está ele estampado. Sempre julguei ser
meu irmão mais velho o mais parecido com ele, porém o tempo foi se “aprochegando
devagarzito” e hoje o vejo até no jeito de se expressar, no jeito de falar, no
jeito de ser. Em tudo sou uma cópia exata de meu saudoso pai.
Hoje faz 100 anos que esse menininho nasceu, cresceu e tornou-se um exemplo de pai e cidadão.
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