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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Felicidade.



Para explicar a felicidade poderíamos recorrer a montanhas de livros e citações. Poderíamos também recorrer a centenas de pensadores, filósofos religiosos e teóricos e aí nos perderíamos com Dalai Lama, Aristóteles, Gautama, Vardhamana, Marx, Epicuro, Freud, Comte, Bentham, Stuart e outros. Poderíamos procurar dentro da Filosofia, da Psicologia e mesmo nas religiões e buscar entender o que é, de fato, a felicidade.


Procuraríamos em todos os campos alguma explicação plausível para tal e conflitante estado de harmonia, porém esbarro sempre no batido ser ou não ser, pois felicidade muitas vezes é confundida com um estado de intensa alegria, o que não simboliza felicidade, pois a alegria é passageira, diferente de felicidade que seria um estado perene, pleno de harmonia e jubilo.


A felicidade não pode de maneira alguma ser um caminho perene, pois muito lendo sobre relatos de pessoas que se dizem felizes, deparo-me sempre com o iminente fim deste caminho, por mais profundo e filosófico que seja o conceito e construção deste estágio, pois há dois sentidos que vejo sobre tal estado psíquico. 


O primeiro é o passageiro. O passageiro é aquele cuja pessoa se sente extremamente confortável, um momento de graça ou quase graça, otimismo, dinheiro, amigos, amores, poder e despreocupações, que lhes dão essa sensação de euforia, alegria e segurança, porém podemos estar à beira de um abismo e em momentos cair. Cair em profunda depressão, em angustias, no pessimismo e medos, o que indubitavelmente prova que a felicidade não é este estado ilusório de plena harmonia e sim um passageiro período de extrema alegria, de conforto mental e serenidade. 


O segundo, é prolongado e desumano, é o estritamente personalista, onde as pessoas importam-se apenas com o seu Eu, com suas vitórias e seu bem-estar, esquecendo que não estamos sós neste mundo feroz. E aí estaremos navegando na hipocrisia de não se importar com os que vivem, e a esmagadora maioria vive num estado de total desamparo, infelicidade e dor. Muitos, mesmo cercado de outros, estão sós, absolutamente sós.


Tão só estamos que mesmo no instante do pleno prazer, após intensos e doados afagos e carinhos com o parceiro ou parceira, entregue plenamente à luxuria, no exato momento de um magnífico orgasmo estamos realmente sós, pois o que sentimos é pessoal, intrinsecamente pessoal, pois não sentimos o prazer do outro. O Eu e depois o outro, mesmo que no compassado tempo, aquele momento é, sem sombras de dúvidas, egoísta.

A felicidade no âmbito, digamos “espiritual” salvo disposições em contrário é oposto a todos os conceitos mais refinados de religiosidade que sempre traz no bojo a palavra amor. Se eu professar o verdadeiro amor como posso me sentir feliz rodeado de tanta desgraça. A não ser que meus conceitos de amor sejam estritamente voltados para o Eu e os meus conceitos de felicidade sejam também egoístas.


Se assim for o Eu está acima de tudo, não me importando com milhões de crianças que passam fome, com milhões de seres humanos que neste exato momento estão sofrendo todos os tipos de brutalidade. Fecho os olhos para não ver a destruição de animais e florestas, fecho os olhos para não ver a destruição dos mares e oceanos e sua fauna.

Perdoem-me, mas eu não sou a tal ponto egoísta. Não consigo fechar os olhos diante de tanta barbárie que o próprio homem comete para enriquecer ou simplesmente ignorar que esta é a nossa casa, e nós estamos, dia a dia destruindo, poluindo, matando.


Poderíamos discorrer também sobre textos de Buda, Dalai Lama, dos antigos filósofos gregos que a chamavam de eudaimonia ou mergulharmos no Jainismo, no Taoísmo, no Xintoísmo e em tantos outros ismos a procura de uma definição concreta deste estado permanente de plenitude, satisfação e equilíbrio psíquico e físico, em que não há inquietações e sofrimentos e os sentimentos vão de uma intensa alegria ao júbilo.


Zoroastro, cuja época de sua existência não é precisa, mas calcula-se que tenha vivido pelo Século VII, goela abaixo imposto pela Santa Igreja como sendo antes de Yeshua (a.C.), ao perguntar à divindade Ahura-Mazda sobre o que era a felicidade, Zoroastro recebeu a simples resposta que a felicidade é um abrigo contra o fogo e contra os animais ferozes, ter mulher, filhos e rebanhos de gado.


Aí eu me pergunto:

Isto é felicidade?

Certa noite, quando cursava a Faculdade de História, a Mestra de uma cadeira de História Medieval, a Professora Mirian ao saber de meu ateísmo disse que os ateus não são felizes, não sabem o que é a felicidade, ao que eu respondi:

- O que eu não entendo é como um religioso, que fala em amor pode ser feliz sabendo de tanta maldade, inquietudes e extrema miséria que muitos vivem. Eu por exemplo não posso ser feliz vendo tantos homens e mulheres descalços, sem trabalho, sem dinheiro vendo seus filhos famélicos morrendo de inanição. Isto não condiz com os mais primários conceitos religiosos, quanto mais humanos. Realmente não posso ser feliz, mas a Senhora, crente em Deus, há de regozijar-se diante da fome que mata milhões de crianças e ainda dizer Graças a Deus que não é comigo e rir da desgraça alheia.

Ela vermelha, ficou um bom tempo sem nada dizer, olhando-me perdida e sem respostas mudou o assunto e não mais  questionou o meu ateísmo.


Passei a ver que as pessoas que aparentam felicidade geralmente são as mais beócias, vivem num mundinho de ignorância e mesmo na miséria qualquer coisinha as deixam “felizes” com o pouco que tem. Vivem num verdadeiro mundo de Bob, sem saberem que guerras estão sendo travadas, que hospitais estão abarrotados de crianças que já nascem doentes e muitas morrem sem ter hospitais, que milhões padecem de fome, que milhões não tem perspectivas.

Por este motivo me parece que se confunde alegria com felicidade, pois um homem probo, de bons princípios morais e éticos não pode se dizer feliz se tiver “conhecimento”, pois o conhecimento leva indubitavelmente à infelicidade. Eu sei por isto eu sofro. Eu sei, por isso não posso em hipótese alguma ser feliz. O sofrimento, a dor, o infortúnio, a fome, as doenças e tantas outras coisas que se passam neste mundo cruel com a esmagadora maioria, não deixam ser feliz o homem que sabe e se importa com os desafortunados.

Como posso eu ser feliz sabendo de tanta maldade, de tanta fome, de tanto ódio e de tantos descalabros na vida desta humanidade nenhum pouco humana.


O filósofo grego Pirro de Élis, dizia que a felicidade residia na tranquilidade. 


Que tranquilidade?


Que tranquilidade temos sabendo que um Pato Donald Trump, pode a qualquer momento iniciar uma guerra de extermínio. Que tranquilidade podemos ter sabendo que o mesmo Pato quer expulsar milhões de pessoas dos EUA e jogá-las na miséria de seus países de origem. Que tranquilidade podemos ter sabendo que bilhões de dólares são gastos por hora em armamentos. Armamentos esses cada vez mais devastadores e letais. Enquanto isto milhões e milhões de pessoas morrem de fome, animais são exterminados, florestas são devastadas e os oceanos são envenenados.


Ou será que eu sou o Joãozinho do passo certo?

Vejo muitos dizerem que são felizes. Pura e requintada hipocrisia, pois como pode ser uma pessoa feliz sabendo que seus irmãos, homens, mulheres e crianças andam como cadáveres circulando pelo mundo num verdadeiro circo de horrores em campos de refugiados, assassinados por divergências religiosas e políticas, mortos por latifundiários para se apropriarem de suas parcas e pobres terras.

Realmente não consigo entender este estado mesquinho de harmonia que um discutível Jesus tenha defendido o amor como elemento fundamental para atingir esta harmonia, inclusive no patamar da felicidade. Mas se alguém ama como pode ser feliz com tantos passando por uma infelicidade generalizada, doente, miserável e faminta.


AH! Dirá aquele fervoroso religioso, que fecha os olhas diante da desgraça humana: Tu tens que buscar a felicidade, pois ela é um bem para ti.


Como poderei ser feliz no meio de tanta infelicidade. Ou sou um verdadeiro alienado ou sou um hipócrita arrogante. Como aceitar que os outros sofram enquanto eu me digo feliz.


Não sou!


Não sou porque não sou hipócrita e sofro muito pelos despossuídos, pelos marginalizados, pelos discriminados, pelos que já nascem doentes, pelos famélicos e valetudinários. Sofro ao ver tanta maldade, tanta hipocrisia. Poucos com tanto e tantos com pouco ou nada.

Dá para ser feliz?

Dizia Aristóteles que a felicidade pode ser atingida pela prática do bem, porém se alguém tem que fazer o bem, pressupõe-se que alguém não está bem, e se alguém não está bem e precisa de alguém para superar alguma vicissitude, como, diante deste dilema alguém pode ser feliz.





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21 comentários:

  1. Pedro,
    Eu gosto de vir aqui e me deitar
    com seus escritos.
    Estive olhando ao lado as imagens
    de sua família: linda família!
    Bjins
    CatiahoAlc.

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    1. Olá Catia.
      Imensamente grato pela tua visita e comentário. Visito seguidamente teu espaço maravilhoso que me proporciona lindas postagens e maravilhosas imagens.
      Família ou clã é bom quando, como acontece com meus filhos e filha, o amor está sempre presente. Amo meus filhos, meus netos e isto me é o suficiente para seguir em frete, obviamente com Sandrinha, juntos há quase 50 anos.
      Beijos e um delicioso domingo.

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  2. Olá Professor Pedro, e uma honra estar a comentar tal assunto, começando que me admiro muito, das pessoas abraçarem a tal causa da felicidade despojadas de suas soberbas e egos aflitos cujo a nossa sociedade promove a todo instante, esta loucura insana que nos mostram como são horrorizadas aos nossos olhos e sentidos, pesares de todos os dias vejo diante disto, claro que incitam o nome de Jesus para tudo e com tudo que seja amor ou desgraça, e como se fosse um mártir de que se possa matar ao próximo e depois ser perdoado ao mesmo instante, não espanta que as nossas cidades estão atopetadas de igrejas evangélicas, que despojam amor de si mesmas para enaltecer estes pastores figurativos cheios de tesão pelas " prostitutas " que os cercam aclamando a sua divindade maléfica, desculpe me as palavras, mas isto não me traz felicidade, muito menos alegria.

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    1. Olá meu amado filho do coração, sempre um imenso prazer.
      Pois é bem assim e eu não entendo como que uma pessoa pode se dizer feliz no meio de tanta infelicidade. Ou fecham os olhos para tudo, são insensíveis ou estão completamente fora da realidade. Se a felicidade é um estado perene então eu acho que a felicidade são apenas momentos de alegria.
      Obviamente há muitos que são extremamente egoístas e não se importam com a desgraça alheia. Principalmente esses lacaios de pastores que sugam o parco dinheiro de seus crentes atormentados e enriquecem da noite para o dia. Não me admiro deles, os safados e mentirosos, mas me admiro deste povo parvo, atrasado que continua a acreditar em um dito livro sagrado que verte maldade e sangue.
      Meu querido Lucas Reimann, fico imensamente grato pelo teu comentário e gostaria de saber do Geovani e dos outros alunos que ficavam ali na escada da sala dos Professores em papos maravilhosos e cheios de alegria.
      Um grande abraço.
      Bons tempos aqueles.

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  3. Meu professor Pedro, eu não mantive contato com estes rapazes mais, mas eu fiquei sabendo todos estão casados como eu tambem me casei, pois parte deles e o próprio Giovani foram morar para Alvorada, Natanael também, eu moro em esteio ainda,porém não mais onde morava perto da escola santo Inácio, comprei uma casa em outro bairro, Natanael acabou perdendo sua mamãe pouco tempo, bem nova, acabou ficando órfão de vó e mamãe as únicas que ele tinha vivas e presentes em sua vida, o Giovani se não me engano esta trabalhando em uma metalúrgica, Natanael se formou em técnico em plástico e trabalha em uma empresa logística de Gravataí, eu me formei enfermeiro técnico e estou trabalhando na clínica santa thecla em canoas e também na support Sul de socorrista, o Elizeu e meu vizinho e esta namorando também, trabalha em uma estamparia. Tenho imensa saudades deste grupo, me trouxe muitas alegria em tempos dificeis. Grande abraço meu amigo do coração !

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  4. Meu professor Pedro, eu não mantive contato com estes rapazes mais, mas eu fiquei sabendo todos estão casados como eu tambem me casei, pois parte deles e o próprio Giovani foram morar para Alvorada, Natanael também, eu moro em esteio ainda,porém não mais onde morava perto da escola santo Inácio, comprei uma casa em outro bairro, Natanael acabou perdendo sua mamãe pouco tempo, bem nova, acabou ficando órfão de vó e mamãe as únicas que ele tinha vivas e presentes em sua vida, o Giovani se não me engano esta trabalhando em uma metalúrgica, Natanael se formou em técnico em plástico e trabalha em uma empresa logística de Gravataí, eu me formei enfermeiro técnico e estou trabalhando na clínica santa thecla em canoas e também na support Sul de socorrista, o Elizeu e meu vizinho e esta namorando também, trabalha em uma estamparia. Tenho imensa saudades deste grupo, me trouxe muitas alegria em tempos dificeis. Grande abraço meu amigo do coração !

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    1. Lucas, meu querido aluno e filho do coração.
      Fiquei feliz em saber do Giovani, do Natanael, do Elizeu. Todos encaminhados em suas vidas profissionais. Se os encontrar transmita-lhes muitos abraços, pois adorava ficar no horário do recreio conversando com vocês, descontraidamente naquelas escadas. Muita coisa aprendi com vocês. Que legal em saber que tu és um enfermeiro técnico e socorrista. Grande abraço meu filho do coração, sabes que isto é honesto, pois sempre nutri por vocês um grande apreço, uma coisa de pai para filhos.
      Saúde e paz.
      Grande abraço.

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  5. Amigo Pedro,
    Para Aristóteles, a felicidade não está atrelada aos prazeres ou ao ouro, mas, a atividade prática da razão. Porém, a razão me remete a frase do monólogo da primeira cena, do terceiro ato de “Hamlet”, de: William Shakespeare...

    "To be or not to be, that is the question?" - "Ser ou não ser, eis a questão?"

    Ou seja, o que é mais nobre para a alma o ouro ou a razão? Em nosso espírito sofrer as feridas das setas da razão por vezes não nos traz a lucidez. De contrapartida, a fortuna material vem enfurecida e, muitas vezes nos alveja a honra, pois, tolos são aqueles que se vendem aos bens materiais e não olham para o lado, observando as desigualdades sociais (que saltam aos olhos), fazendo de conta que não existem.
    Muito boa e necessária a tua postagem.
    Um abraço!!!

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    1. Douglas, amigo.
      Apraz-me muito teus comentários.
      Realmente, Aristóteles pensava na felicidade como o maior ato feito e desejado pelo homem, e para alcançá-lo deveria ser seguido de feitos que mostrassem decoro e decência, e tudo mais que inexiste para a esmagadora maioria da classe política. Aí também não posso se feliz.
      Não posso se feliz vendo que muitos Hamlets sofrem hoje em dia de fratricídios, pois muitos Claúdios, que quer dizer manco ou coxo, assassinam diariamente seus irmãos. Pais e mães também são assassinados pelos filhos por motivos torpes, como por exemplo, drogas.
      Nenhuma riqueza torna o homem feliz, pois vivem aos sobressaltos, seja pela queda do dólar, ou por sua alta, seja pelas oscilações das Bolsas de Valores. Mas esses não tem coração, são impiedosos, rudes e pouco ligam para os que os cercam.
      O homem probo e detentor de conhecimento é aquele que não consegue ser feliz, pois ostenta o conhecimento. E este é o maior peso que um homem pode suportar.
      Já o homem ignorante, que vive alheio ao que acontece, vive numa aparente felicidade, pois o pouco para ele é muito. Ri e graceja do próprio infortúnio.
      Leio muito para entender esse planeta feroz, leio tanto meu caro amigo Doug, que há questão de dez anos fui homenageado em vida, é óbvio, coisa rara de acontecer, com o meu nome em uma Biblioteca em Sapucaia do Sul. Tal homenagem deu-se por ter, durante muito tempo amealhado centenas de livros e montado essa Biblioteca, lembrando que a maioria saiu de meu acervo. Mesmo assim não consigo dizer que sou feliz e sim muito alegre por esta homenagem.
      Mas sem esmorecer vamos colocando a cada dia um tijolinho nesta monumental estrada, pois se cada um fizer um pouco a soma será bastante.
      Agradeço teu comentário e fico à disposição do caro amigo.
      Um grande e fraterno abraço.

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  6. Olá prof. Pedro como vão as coisas do lado de cá?
    Com certeza palavras para se pensar...

    Então... gente nova em casa k? "Milena" adoro esses primeiros
    meses daquele cheirinho de bebê, aquela Paz que sentimos de
    ficar olhando aquele ser minúsculo k.
    Com certeza é muito bom...

    Sei que anda sumido, por isso agradeço a lembrança de
    dar uma passadinha na casa;
    Como já havia dito eu demoro mas apareço; antes eu visitava todos os blogs que eu gostava, etc; agora visito só os que por lá deixam um olá, começou a ficar muito difícil e por fim voltei a fazer uma nova graduação; mas vê se não some tanto; dê notícias...

    Tenhas uma boa entrada de mês de novembro.
    PAZ E BEM para ti e para os teus.

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    1. Olá Janicce da bela Casa Madeira.
      Minha última explorada em meu espaço, já pronto para ver um filme e dormir, tive a grata satisfação de encontrar teu comentário. Como sempre belo.
      Tudo tem sido uma correria, até da Blogosfera andei meio sumido e não acesso o Face há mais de um ano. Soma-se aos diversos motivos que meio me afastou do convívio com os amigos blogueiros o fato de ter nascido Milena, que trouxe uma oxigenação extra para as nossas vidas. Coisa boa é uma netinha nova em casa.
      Amada menina, terei uma noite gratificante por teu comentário e aparecerei na Casa, pois sabes bem o quanto ela me encanta.
      Beijos a todos e muito sucesso em tua nova graduação.
      Saúde e Paz para todos.

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  7. Olá, Pedro, querido!

    Foi bom, mto bom, foi uma GRANDE ALEGRIA tu teres entrado em contacto comigo, através do blog (sim, nós não temos mais nenhum contacto, minhas senhoras, portanto, sosseguem. Vocês criam ou mandam criar Perfis falsos para me deixarem mensagens escritas no meu blog, dizendo: fico feliz, Pedro e você, finalmente, se separaram". Basta de tanta falta de inteligência, ciúme e demência. Não passei vossas tolices, as eliminei, quase de imediato, mas ficaram em minha memória, que não é curta.

    PEDRO E EU FOMOS, SOMOS E SEREMOS SEMPRE AMIGOS, EMBORA NÃO NOS "FALEMOS" TODOS OS DIAS, NEM TODAS AS SEMANAS, MAS A AMIZADE É MESMO REAL E GRANDE.

    Pedrito, sei que estás mto feliz com o nascimento de tua amada neta Milena, que nasceu no dia 29 de agosto. Muitos parabéns aos pais, avós, tios, tias e primos, enfim, a toda a família.

    Voltarei para comentar teu post, logo que possível.

    Je t' embrasse de tout mon coeur.

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    1. Olá Cielito.
      Nem vou perder o meu tempo falando o que penso dessas pessoas, o meu tempo e mais importante, TU és mais importante.
      Andamos agora motivados com o nascimento da neta Milena, linda, linda, linda. Foi apressadinha e veio dias antes do tempo, mas está pesando bem e é muito espertinha.
      Falaremos na sequência, pois tenho imenso prazer de contigo trocar ideias.
      NÃO IMAGINAS A ALEGRIA QUE TROUXESTE AO MEU CORAÇÃO.
      Beijos e muita saúde.

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    2. Pedro, é verdade, não se pode sentir felicidade com o planeta no momento em que se encontra, em estado de guerra em muitos sentidos.
      Acho que já te falei, não tenho participado muito das notícias, eu andava muito irritada. Não fiquei bem. Mas mesmo assim, eu sei que toda esta miséria existe. É triste. Mas podemos ficar satisfeitos, por algumas situações, momentos e pessoas que fazem parte da nossa vida, como muitas vezes aqui já falamos do netos, da alegria que eles trazem em nossas vidas. A felicidade? Ao ler Fernando Pessoa, entendo bem quando diz que o vento batendo no rosto e saber que está vivo é uma alegria. É assim, acho que ela, a felicidade, está nos detalhes, que muitas vezes não percebemos ou percebemos... e eu acho que a felicidade ou o estado de alegria, é um momento solitário, porque mesmo no coletivo, muitos estão ausentes, nada conscientes do que se passa.
      Agora me conte, a Milena e o Bruno estão bem? Sandrinha, filhos e noras? E tu?
      Estou na hora do meu café da tarde como não tinha muito apetite no almoço, fiz agora um lanche de mortadela com tomates secos, feitos por mim. Deu super certo, ficaram delicadamente adocicados e com um leve sabor defumado. E mesmo com esse calor, tenho que degustar este lanchinho com café, porque são 5 horas da tarde, hora do café.
      Esperando sempre que todos estejam bem, deixo um beijo e muitos abraços e o desejo de uma ótima semana a todos.

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    3. Olá menina:
      Não respondi antes pois ontem passamos o dia com Milena em Gravataí. Tadinha, levei-as durante a manhã a dois laboratórios para receber quatro vacina. Passou o dia de beicinho, meio chateada pelas picadas. Mas tudo bem. Ela está ótima e linda. Bruno continua estudando muito. Continua aquele garotão sensato e amigão do vô. E todos os outros estão bem, com saúde e muito trabalho.
      Quanto ao assunto abordado fica mui difícil entender a verdadeira felicidade, pois todos os conceitos esbarram no egoísmo ou nos conceitos de fraternidade. Então prefiro dizer que tenho momentos alegre e até extremamente alegres, porém são efêmeros. A felicidade para mim inexiste neste mundo feroz.
      Amiga desejo que bons dias nos reservem alegrias, porém na atual situação está quase impossível e a cada dia vemos uma enxurrada de loucuras e grosserias ditas pelo homem que deveria ser centrado e digno. Não dá para ser feliz com esse infeliz no comando da Nação.
      Um beijo a todos e muita saúde e paz.

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    4. Meus queridos Pedro e Sandrinha, olá!
      Espero que estejam bem, com saúde e alegria.
      Milena após as vacinas, está bem tenho certeza e o beicinho é só sorrisos para o papai e vovô!
      O infeliz no comando da nação está com um cenário totalmente alterado pelas ocorrências destes últimos dias, Lula Livre! Confesso que eu não esperava, mas gostei muito e acompanhei a Dilma no Grupo Puebla, na Argentina. Achei tão lindinho quando o Mujica chegou. Tenho acompanhado no Instagram, pois lá eu sigo, Lula, Dilma, PT, Alberto Fernández.
      Beijocas aos meus queridos amigos e família!

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    5. Olá Maria Glória.
      Saudades.
      Estamos bem e Milena cada dia mais uma graça, agora ri muito, esta cada vez mais sapeca.
      A cada burrice desse governicho, digo: Bem Feito! Quem mandou votar num destrambelhado. E aí me sobressai a burrice de muitos que acham que a lei foi alterada para libertar o Lula. Nada disto, a lei já existia, só que agora estão cumprindo. VIVA LULA LIVRE. Tenho conversado com muitas pessoas sobre a atual situação e pelo visto, apesar de não ter participado do 2º turno o eleito foi o Amoedo, pois todos agora envergonhados do que fizeram dizem com a maior cara de lata que votaram no Amoedo. O mesmo aconteceu quando o Collor foi cassado, todos diziam que haviam votado no Eneas. Nem o Amoedo nem o Eneas concorreram em segundo turno. Mas a direita não tem mesmo coerência. Precisamos que Outros Grupos Progressistas, como o de Puebla, se façam ouvir e que um dia a mesa seja virada. Chega de tantos serem governados por tão poucos. Tantos famintos, desempregados ou vivendo na linha da pobreza um dia terão que revoltar-se, precisam ter consciência de classe e fazer a verdadeira justiça. Vibrei com a eleição de Mujica ao Senado Oriental pero precisamos de muitos Mujicas, muitos Lulas e muitas Dilmas para transformar essa América do Sul e por conseguinte toda a América Latina. Do extremo sul da Argentina ao extremo norte do México, um dia faremos um grande governo socialista, pela paz e pela liberdade.
      Beijos a todos.

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    6. "Do extremo sul da Argentina ao extremo norte do México, um dia faremos um grande governo socialista, pela paz e pela liberdade."
      Estas tuas palavras são dignas de um grito de liberdade, a esperança de que dias melhores virão na nossa América do Sul!
      Mais beijos com abraços deixo por aqui, Pedro e Sandrinha!

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    7. MG, querida amiga.
      Tenho esse sonho meio utópico, porém acho que um dia, mesmo distante teremos governos socialista, não só na América do Sul, como na Central e México. Povos sofridos, explorados e discriminados. Levanta-te povo latino.
      Beijos amada, continuarei a sonhar.

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  8. Olá, Pedrinho!

    Teu post é tão abrangente, aliás como todos, que me faltam as palavras precisas para o comentar.

    Logo em cima aquela imagem de crianças morrendo à fome, devido à ganância dos poderosos, dos ricos, que nada fazem a favor de quem tanto precisa, e são felizes, dizem eles, ou pensam k são felizes. A roupa de marca, os bons carros, casas luxuosas, a vassalagem, as drogas ilícitas, enfim, tudo lhes parece proporcionar aquilo k julgam ser felicidade, mas não, pois mto desses acabam morrendo com o uso de drogas e bebidas diversas, tudo junto. Outros, se estampam na estrada com o carro mais potente, que possuem. Que felicidade tão artificial e desgraçada tem essa gente!

    O conceito de felicidade foi e continua sendo estudado por filósofos, psicólogos e até algumas religiões, e cada um bota suas ideias cá para fora, do jeito que entende e lhe convém.

    Dos filósofos, estou de acordo com Freud, que achava que a felicidade era algo k o ser humano pretendia, sempre pretendeu atingir, aliás, mas no mundo real, isso era e é uma utopia. Ora, como tu dizes e mto bem: quem pode ser feliz vendo tanta infelicidade e desgraças de todo o género no mundo? A felicidade é um estado de bem estar, de contentamento, de prazer, que pode durar uns minutos, e nada mais, e tal como tu bem escreveste, é algo egoísta, visto k só o próprio a está sentindo naquele preciso momento.

    A Psicologia acha que a felicidade pode ser medida, o grau dela, melhor dizendo, mas isso depende de tantos fatores, como o sexo, a renda, casa própria ou não, estado civil, emprego, enfim, felicidade total e para sempre não existe mesmo.

    Qto às religiões, creio k só o Budismo diz algo com jeito e com alguma sabedoria. O homem pode ser parcialmente feliz, se puser de lado o prazer por treinamento mental, o k não é de todo fácil. Temos prazer qdo comemos algo de k gostamos mto, temos prazer qdo olhamos nossos filhos e netos, enfim, um cem número de situações.

    Infelizmente, a crendice é uma panaceia, que nem tem classificação possível. Dê o dízimo e você alcançará a felicidade na terra e a vida extra terrena. Nem sequer padres e pastores são felizes, pois, por mto k possuam de bens materiais, adquiridos se sabe lá como, ou melhor, a gente sabe que são os fiéis k lhes dão isso e mais aquilo para se salvarem e terem uma vida de felicidade, contudo mtos estão metidos em verdadeiros sarilhos e alhadas, e portanto cadê a felicidade?

    Temos momentos de mta alegria, sim, como agora tu e todos vocês estão tendo com o nascimento de Milena, mas felicidade total e contínua é impossível termos, pois o mundo está todo às avessas. Não sei por onde anda aquele ser chamado de deus de amor, não sei, ou melhor, sei. ELE NÃO EXISTE!

    Qdo te apetecer e tiveres tempo, me dá tua opinião sobre meu poema e sobre o vídeo, que lá coloquei. Merci. Je t'attends.

    Beijos, querido e um enorme abraço.

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    1. Céu!
      Sábias palavras.
      Sempre me deparo com certos conceitos de felicidade alardeados por muitos que querem com palavras bonitas agradar a todos. Vejamos as religiões. Na Idade Média todos tinham a certeza de irem para o inferno. Hoje todos tem a certeza de irem para um paraíso celestial. Pois os conceitos mudaram, a ciência começou a dar respostas a todas as coisas. As doenças eram entendidas como castigo, hoje se sabe que são provocadas por vírus ou bactérias. Nessas mudanças científicas que beneficiaram a maioria, levou o homem a repensar suas desgraças e ver que não há razão para acreditar em inferno. Porém muitos ainda usam esse inferno para se locupletarem. Pastores, Padre e outros canalhas.
      Quanto mais eu leio e procuro o entendimento, lembrando que li nestes últimos meses, entre outros, os livro "Sapiens - Uma breve história da Humanidade"; "Homo Deus - Uma breve história do amanhã" e "21 Lições para o século 21", todos de Yuval Noah Harari e "Como as Democracias Morrem" de Steven Levitsky e Daniel Ziblat, entre outros, muitas coisas mudaram em minha visão de mundo. O primeiro, Sapiens, mais de 500 páginas, a cada página lida me impelia a ir até o fim quase sem parar, pois nos traz informações maravilhosas sobre a história desta humanidade tão pouco humana. Ler e refletir. Muitas coisas mudam em tua cabeça. Outros livros li e a cada um me fazia distanciar cada vez mais das crenças, inclusive li o Gênesis, Segundo Alan Kardec e tive acirrados debates com alguns "doutores", pois carece de lógica e conhecimento astronômico e histórico, porém interessante para enriquecer o debate deste assunto tão ilusório para muitos.
      Leio e visito o Templo Budista de Três Coroas, nas Serra Gaúcha, porém, apesar de concordar com muitos ensinamentos, pois no Budismo não existe deus e sim o aprimoramento dos seres, isto é legal, mas também não me dá respostas a altura do que procuramos enquanto humanos.
      Na verdade é como disse. Vivemos sós, mesmo nos momentos mais bonitos e prazerosos. Vivemos dentro de nossa casca e muitas vezes nos negamos a sair e entender o que se passa com os outros. Egoismo.
      Este final de semana andarei pelo teu espaço e deixarei algum comentário.
      Milena nos trouxe um sopro de otimismo e muita alegria.
      Mil beijinhos. Aparecerei.

      (Sandrinha me chama para o almoço)

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